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Trabalho - Literatura

Livro “Poesias”
Grupo
Lívia
Larah
Luiz
Nicolas
Matheus P.
Gabriel
Introdução
Autores
José Paulo Paes nasceu em Taquaritinga SP, em Vinícius de Moraes um poeta, compositor,
1926. Estudou química industrial em Curitiba, intérprete e diplomata brasileiro, nasceu no Rj
onde iniciou sua atividade literária colaborando em 19/10/1913 e faleceu na mesma cidade em
em uma revista. De volta a São Paulo trabalhou 09/07/1980. Escreveu seu primeiro poema
em um laboratório farmacêutico e numa aos sete anos. Fez curso de Direito no Rio e de
editora. Desde de 1948 escreve com Literatura Inglesa em Oxford. Ingressou na
regularidade para jornais e periódicos literários. carreira diplomática, por concurso, em 1943.
Toda sua obra poética foi reunida, em 1986.
Faleceu em 1998.
Autores
Henriqueta Lisboa, poeta mineira considerada Mário Quintana, poeta gaúcho nascido em
pela crítica um dos grandes nomes da lírica Alegrete, em 30 de julho de 1906, e
modernista, dedicou-se à poesia, ensaios e morreu em 5 de maio de 1994, em Porto
traduções. Nasceu em Lambari, Minas Gerais, Alegre. Trabalhou em vários jornais
em 15 de julho de 1901, Formou-se normalista gaúchos. Traduziu autores de importância.
pelo Colégio Sion de Campanha, MG, e, em
Em 1940, lançou a Rua dos Cataventos,
1924, mudou-se para o Rio de Janeiro. Dedicou-
seu primeiro livro de poesias.
se à poesia desde muito jovem. Henriqueta
faleceu em Belo Horizonte, no dia 9 de outubro
de 1985.
O livro "Poesias" é nacional e contém 4 autores:
José Paulo Paes, Mário Quintana, Henriqueta Lisboa e Vinícius de Moraes.
O livro é a junção de alguns poemas deles em uma só obra literária.
São 6 temáticas que dividem os poemas: lugares, coisas, gente, tempo, animais e amor.

ALGUNS CONCEITOS:

- A poesia é uma das sete artes tradicionais, através da qual a linguagem humana é
utilizada com fins estéticos.
- Tem um caráter abstrato.
- Num sentido amplo, a poesia identifica-se com a própria arte.
- É a arte de representar sentimentos por meio da expressão do belo.
Desenvolvimento
Poemas - Lugar
Pomar
Menino - madruga
Rebrilha, cem olhos
o pomar não foge!
agrupados, negros.
(pitangas maduras
E as frutas estalam
dão água na boca.)
- espuma de vidro - O poema diz sobre um pomar cheio de plantas e
Menino descalço
nos lábios de rosa.
Não olha onde pisa. árvores frutíferas, e pessoas o apreciando. Esse poema
Menino guloso!
Trepa pelas árvores com certeza marcará um sentimento feliz dentro de
Menino guloso,
Agarrando pêssegos. você que remete a infância. O poema mostra um
Ontem vi um figo
(Pêssegos macios menino indo nas árvores frutíferas enquanto alguém
mesmo que um veludo,
como paina e flor. fala sobre qual fruto a árvore é.
redondo, polpudo,
Dentadas de gosto!)
E disse: este é meu!
Menino, cuidado,
Meu figo onde está?
jabuticabeiras
-passarinho comeu,
novinhas em folha
passarinho comeu...
não aguentam peso.
Rua dos Cataventos II
Dorme, ruazinha… E tudo escuro…
E os meus passos, quem é que pode ouvi-los?
Dorme o teu sono sossegado e puro,
Com teus lampiões, com teus jardins tranqüilos
Percebemos a maneira afetiva e carinhosa
Dorme… Não há ladrões, eu te asseguro… com que o autor se refere à cidade pequena.
Nem guardas para acaso persegui-los… Ele descreve o local como uma cidade
Na noite alta, como sobre um muro,
As estrelinhas cantam como grilos… tranquila e deixa pistas de que essa é uma
O vento está dormindo na calçada, cidade que não existe mais, que agora é
O vento enovelou-se como um cão…
somente fruto da sua memória.
Dorme, ruazinha… Não há nada…
Só os meus passos… Mas tão leves são Ele poetiza o cotidiano, o ritmo da rua e as
Que até parecem, pela madrugada, pequenas coisas.
Os da minha futura assombração…
Escola
Escola é o lugar onde a gente vai quando não está de férias.
O chefe da escola é a diretora.
A diretora manda na professora.
A professora manda na gente.
A gente manda em ninguém.
Só quando manda alguém plantar batata. Nesses versos mágicos você vai se sentir que
Além de fazer lição na escola, está sendo transportado para a sua escola de
a gente tem que fazer lição em casa.
A professora leva nossa lição para a casa infância. A poesia tem um tom melancólico apesar
e corrige. da escrita ser mais fácil de entender pois é mais
Se a gente não errasse, infantil.
a professora não precisava levar
lição para casa.
Por isso é que a gente erra.
Embora não seja piano, nem banco,
a professora também dá notas.
Quem não tem boas notas, não passa de ano.
(será que fica sempre com a mesma idade?)
A casa
Era uma casa Porque na casa
muito engraçada não tinha parede É um poema brasileiro muito famoso.
Não tinha teto, Ninguém podia Impossível nunca ter ouvido a música que foi
não tinha nada fazer pipi criada com esse poema né?
Ninguém podia Porque penico O autor da poesia criou a letra em homenagem
entrar nela, não não tinha ali ao seu amigo, era uma canção de ninar para as
Porque na casa Mas era feita filhas dele. E também uma referência a casa
não tinha chão com muito esmero que esse mesmo amigo estava construindo com
Ninguém podia Na rua dos bobos as próprias mãos e que demorou cerca de 30
dormir na rede Número zero. anos para ser totalmente construída.
Poemas - Coisas
Coraçãozinho
Coraçãozinho que bate
tic-tic Nesse poema há uma comparação entre o
Reloginho de Papai barulho que o relógio do pai faz com o
tic-tac batimento do coração.
Vamos fazer uma troca Ou seja, é uma associação do amor do
tic-tic-tic-tac filho (coração) ao relógio de seu pai. O
Relógio fica comigo filho pede para ficar com o relógio e dá
tic-tic
todo o seu amor ao pai.
dou coração a Papai
tic-tic-tac.
O relógio
Passa, tempo, tic-tac Já perdi
Tic-tac, passa, hora Toda a alegria É um poema que você lê como se fosse
Chega logo, tic-tac De fazer
uma cantiga infantil.
Tic-tac, e vai-te embora Meu tic-tac
Diz literalmente sobre o tempo e como ele
Passa, tempo Dia e noite
Bem depressa Noite e dia
passa, seja rápido demais para alguns ou
Não atrasa Tic-tac devagar demais para outros.
Não demora Tic-tac E que o tempo não para, o relógio
Que já estou Dia e noite continuará a fazer o "tic-tac" de dia e de
Muito cansado Noite e dia noite.
Cadê?
Nossa! que escuro! Cadê a calça?
Cadê a luz? No guarda- roupa.
Dedo apagou. Cadê o guarda-roupa? É uma cantiga popular (parlenda) que
Cadê o dedo? Fechado à chave.
Entrou no nariz.
tem diversas variações.
Cadê a chave?
Cadê o nariz? Homem levou. O autor foi muito criativo a criando,
Dando um espirro. Cadê o homem? com rimas e estrofes se torna um ótimo
Cadê o espirro? Está dormindo poema.
Ficou no lenço. de luz apagada.
Cadê o lenço? Nossa! que escuro!
Foi com a calça.
Canção de Garoa
Em cima do meu telhado,
Pirulin lulin lulin, O som que se repete no poema representado pelas
Um anjo, todo molhado, letras "in/im" tenta imitar o som que a chuva faz
Soluça no seu flautim. ao cair no telhado.
O relógio vai bater;
É uma poesia que retrata um dia de chuva
As molas rangem sem fim.
O retrato na parede
enquanto estamos em casa somente olhando o
Fica olhando para mim. tempo passar, olhando para o teto, para as
E chove sem saber por quê... paredes e para os retratos esperando a chuva
E tudo foi sempre assim! acabar para poder ir lá fora.
Parece que vou sofrer:
Pirulin lulin lulin...
Poemas - Gente
Pescaria
Um homem
que se preocupava demais
com coisas sem importância
acabou ficando com a cabeça cheia de minhocas.
Um amigo lhe deu então a ideia A pescaria citada nesse poema não é uma pescaria
de usar as minhocas normal porque na verdade as minhocas que o homem
numa pescaria para se distrair das preocupações. usa como isca representam as coisas sem importância
O homem se distraiu tanto na cabeça das pessoas.
pescando
E a cabeça do homem subiu igual "balão" porque ele
que sua cabeça ficou leve
como um balão
pensou em tantas coisas fúteis e sem importância
e foi subindo pelo ar que acabou indo para o "mundo da lua".
até sumir nas nuvens.
Onde será que foi parar?
Não sei
nem quero me preocupar com isso.
Vou mais é pescar.
Mamãezinha
Mamãezinha, conta, Na poesia, a criança pede a mãe para que lhe conte
uma história e a mãe nega pois está ocupada com seus
conta uma história!
afazeres domésticos.
Mamãezinha agora
A mãe cumpre seu papel de mãe zelosa, através de
está no fogão
seus fazeres domésticos, porém, sempre fazendo
fazendo quitutes
tarefas direcionadas ao seu neném.
para o seu neném.
O último pedido da criança é na hora do sono da mãe,
Mamãezinha, conta,
como se o poema quisesse mostrar que as mães
conta uma história!
possuem outras ocupações e que, por isso, precisam
Mamãezinha agora
dividir sua atenção e também descansar.
está no tanque
Fica evidente a difícil rotina de uma dona de casa.
lavando as roupas
do seu neném.
Menininho doente
Na minha rua há um menininho doente.
Enquanto os outros partem para a escola, Nesse poema mostra a vida de uma criança
Junto à janela, sonhadoramente, doente vendo todas as outras pessoas tendo uma
Ele ouve o sapateiro bater sola. vida normal, trabalhando e estudando, andando
Ouve também o carpinteiro, em frente, pela rua enquanto ele mesmo só via tudo isso
Que uma canção napolitana engrola.
acontecer pela janela.
E pouco a pouco, gradativamente,
E diz também do operário que trabalha nessa rua
O sofrimento que ele tem se evola...
e enquanto trabalha fez esse mesmo poema para
Mas nesta rua há um operário triste:
a pobre alma do menino doente.
Não canta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora,
Pra alminha boa do menino doente...
Teu nome
Teu nome, Maria Lúcia
Tem qualquer coisa que afaga
Como uma lua macia
Brilhando à flor de uma vaga.
Parece um mar que marulha Nesse poema o autor fala de sua filha. O poeta a
De manso sobre uma praia elogia a comparando com as belezas da natureza,
Tem o palor que irradia como a lua, as flores, as estrelas ou até mesmo um
A estrela quando desmaia.
pedaço de ilha, com o cheiro mais puro, a suavidade
É um doce nome de filha
É um belo nome de amada de uma pelúcia e o mais lindo acorde sem fim. Com
Lembra um pedaço de ilha isso, ele expressa o que sente, o quanto a ama sua
Surgindo de madrugada. filha cujo nome é Maria Lúcia.
Tem um cheirinho de murta
E é suave como a pelúcia
É acorde que nunca finda
É coisa por demais linda
Teu nome, Maria Lúcia...
Poemas - Tempo
Convite
Poesia
é brincar com palavras A poesia apresenta um discurso próximo à
como se brinca
criança, uma vez que o autor abre mão do tipo
com bola, papagaio, pião.
de escrita para mais velhos e, utiliza palavras
Só que
bola, papagaio,pião que fazem parte do universo infantil para
de tanto brincar transmitir uma mensagem.
se gastam. Ao ler a poesia, fica fácil verificar o que o
As palavras não: autor quer expor por meio das palavras bola,
quanto mais se brinca
papagaio, pião, brincar...
com elas
O autor vai construindo uma metáfora de
mais novas ficam.
Como a água do rio poesia e transmite a mensagem de incentivo à
que é água sempre nova. leitura da poesia, pois o poema sugere que,
Como cada dia assim como é bom e natural brincar, também é
que é sempre um novo dia. natural ler e fazer poesias.
Vamos brincar de poesia?
O espelho
E como eu passasse por diante do espelho
Não vi meu quarto com as suas estantes
Nem este meu rosto
Onde escorre o tempo. O poema reflete sobre temas como a
Vi primeiro uns retratos na parede: passagem do tempo, a memória, a
Janelas onde olham avós hirsutos existência, a velhice e a tão temida morte.
E as vovozinhas de saia-balão
Mostra que o tempo voa e que nada é para
Como para-quedistas às avessas que
sempre, um dia você se olha no espelho e
subissem do fundo do tempo.
O relógio marcava a hora está jovem, no outro a velhice já lhe
Mas não dizia o dia. O Tempo, acompanha.
Desconcertado,
Estava parado.
Sim, estava parado
Em cima do telhado...
Como um catavento que perdeu as asas!
O tempo é um fio
O tempo é um fio fino bastante frágil. Escapa o fio, perdeu-se o tempo
Um fio fino que à toa escapa. Lá vai o tempo
O tempo é um fio. como um farrapo
Tecei! Tecei! jogado à toa!
Rendas de bilro com gentileza. Mas ainda é tempo!
Com mais empenho franças espessas. Soltai os potros aos quatro ventos,
Malhas e redes com mais astúcia. mandai os servos de um pólo ao
O tempo é um fio que vale muito. outro,
Franças espessas carregam frutos. vencei escarpas, dormi nas moitas,
Malhas e redes apanham peixes. voltai com tempo que já se foi...
O tempo é um fio por entre os
dedos.

No poema mostra que o tempo é algo delicado, algo que se passa sem se ver,
algo que escapa pelas mãos.
Você não segura o tempo, ele passa o tempo todo, ele não para.
É um fio contínuo que nunca acaba já que a todo o tempo, é um tempo novo.
Soneto de aniversário
Passem-se dias, horas, meses, anos
O poema mostra que o eu lírico está observando
Amadureçam as ilusões da vida
como as ilusões e expectativas da vida se
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos. modificam com o tempo e como a passagem dos
Faça-se a carne mais envilecida anos afeta as percepções e sentimentos.
Diminuam os bens, cresçam os danos Em vez de focar em desejos ou orgulho, o eu
Vença o ideal de andar caminhos planos lírico está olhando para trás e avaliando as
Melhor que levar tudo de vencida. experiências que moldaram sua vida. O poema
Queira-se antes ventura que aventura trata da ideia de envelhecimento e como a
À medida que a têmpora embranquece maturidade muda nossa perspectiva sobre a vida.
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece...
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Poemas - Animais
As borboletas
Brancas
Azuis
Amarelas Logo no princípio do poema o eu-lírico lista as cores dos insetos
E pretas destacando o aspecto visual. A cor é, portanto, o elemento
Brincam distintivo que separa os animais em categorias: as brancas, as
Na luz azuis, as amarelas e as pretas.
As belas Na verdade, se tratando de um poema infantil, o objetivo das
Borboletas associações é estimular o raciocínio das crianças.
Borboletas brancas Ao utilizar essa linguagem poética rica em metáforas e imagens
São alegres e francas. da natureza, o autor consegue despertar a imaginação do leitor e
Borboletas azuis fazê-lo refletir sobre a diversidade e a beleza que o rodeia.
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão!
Pirilampos
Quando a noite
Vem baixando,
Nas várzeas ao lusco-fusco
E na penumbra das moitas
E na sombra erma dos campos,
No poema, vemos que a mudança de tempo e
Piscam, piscam pirilampos. local, mencionados pelo eu lírico gera no leitor a
São pirilampos ariscos ideia de que os pirilampos não escolhem um local
Que acendem pisca-piscando específico para estar, eles aparecem em diversos
As suas verdes lanternas, locais, desde que esteja escuro.
Ou são claros olhos verdes, A noite vem chegando e os pirilampos (vagalumes)
De menininhos travessos,
começam a piscar emitindo luz.
Verdes olhos semitontos,
Semitontos mas acesos
Que estão lutando com o sono?
Das falsas posições
Com a pele do leão
vestiu-se o burro um dia.
O burro pegou uma "fantasia" de leão e a
Porém, no seu encalço, a
vestiu, porém esqueceu as orelhas para fora
cada instante e hora,
"Olha o burro! Fiau! Fiau!"
da fantasia.
gritava a bicharia... Logo todos viram que era o próprio burro.
Tinha o parvo esquecido Ele tentou ser alguém que não era e acabou
as orelhas de fora! sendo vaiado.
Identificação
Seria um siri na Síria
Ou um grou da Goenlândia?
Uma arara do Ararat
Ou uma pata da Patagónia? No poema há diversas rimas.
Seria uma anta da Antártida
Cada animal citado no texto tem a semelhança com o
Ou um hamster de Amsterdã?
Um periquito de Quito
nome de cada lugar citado.
Ou marmota do Mar Morto? É uma forma de mostrar que nem tudo que parece ser
Seria uma rena do Reno? é. Ou seja, o autor relaciona os animais com os lugares,
Uma mosca de Moscou? mas não quer dizer que é porque o nome parece que é
Chinchila da China ou Chile? porque o animal é originalmente daquele lugar.
Lontra de Londres talvez?
Seria um bicho do sul?
Seria um bicho no norte?
Sei lá. Quem quiser saber,
Que lhe peça o passaporte.
Poemas - Amor
Soneto de fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento No poema, podemos identificar o sentimento de entrega
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto total à pessoa amada, independentemente das
Que mesmo em face do maior encanto circunstâncias e renunciando outras possibilidades de
Dele se encante mais meu pensamento. relacionamentos amorosos.
Quero vivê-lo em cada vão momento Uma possível interpretação é que o autor revela que
E em seu louvor hei de espalhar meu canto todos os relacionamentos enfrentam desafios. Há dias
E rir meu riso e derramar meu pranto bons e dias ruins. Mas em todas as situações, o amor
Ao seu pesar ou seu contentamento deve prevalecer, seja na alegria ou na tristeza.
E assim, quando mais tarde me procure E por fim o autor utiliza uma metáfora para se referir
Quem sabe a morte, angústia de quem vive ao amor, indicando que é uma chama, e uma chama não
Quem sabe a solidão, fim de quem ama dura para sempre: tem um princípio e um fim. Assim,
Eu possa me dizer do amor (que tive): fica expresso o desejo do poeta de aproveitar ao
Que não seja imortal, posto que é chama máximo o amor, enquanto ele existir.
Mas que seja infinito enquanto dure.
Fidelidade
Ainda agora e sempre
o amor complacente.
De perfil de frente
com vida perene. No poema mostra que o amor é afetuoso,
E se mais ausente bondoso e carinhoso.
a cada momento E que ele está sempre presente na vida de
Tanto mais presente
alguém independente do passar do tempo.
com o passar do tempo
à alma que consente
E ainda diz que não há como o esquecer, pode
no maior silêncio sempre ter uma pequena dor do amor em
em guardá-lo dentro alguém.
de penumbra ardente
sem esquecimento
nunca para sempre
doloridamente.
Mistério do amor
É o beija-flor O título do poema realça uma dúvida do autor.
que beija a flor Essa dúvida pode ser claramente notada pelo
ou é a flor emprego da palavra "mistério" que sugere algo
que beija o beija-flor? secreto ou duvidoso.
O autor logo aponta a sua dúvida ao discorrer
no poema uma questão sobre quem beija e
quem é beijado entre a flor e o beija-flor.
Um dia acordarás
Um dia acordarás num quarto novo O poema é uma clara representação do que
Sem saber como foste para lá seria depois de você morrer.
E as vestes que acharás ao pé do leito O poema diz que um dia você vai acordar em
De tão estranhas te farão pasmar, um quarto sem saber como foi para lá e vai
A janela abrirás, devagarinho: estranhar as vestes que está usando, a porta
Fará nevoeiro e tu nada verás... vai abrir e alguém vai falar contigo.
Hás de tocar, a medo, a campainha E esse alguém pode ser um ente querido que
E, silenciosa, a porta se abrirá. já se foi a tempo e você finalmente o
E um ser, que nunca viste, em um sorriso encontrou e essa pessoa fica feliz em te ver
Triste, te abraçará com seu maior carinho já que a tempos não podia ter você com ela.
E há de dizer-te para o teu assombro: Mas essa é só uma das interpretações desse
- Não te assustes de mim, que sofro há tanto! poema, há outras diversas maneiras de
Quero chorar - apenas - no teu ombro interpretá-lo.
E devorar teus olhos, meu amor...
Conclusão
E com isso foi explicado todos os poemas do livro. Não é um livro muito
longo e tem fácil entendimento das poesias.

Obrigada!

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