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Trabalho de Lingustica III Cstelo Edurdo Abula 2024
Trabalho de Lingustica III Cstelo Edurdo Abula 2024
Trabalho de Lingustica III Cstelo Edurdo Abula 2024
1. Introdução .................................................................................................................................. 3
3. Conclusão .................................................................................................................................. 9
O presente trabalho é da disciplina de Linguística III, trabalho este que tem como intuito
de abordar acerca da Mudança do Português em Moçambique. Por tanto Moçambique, um país de
extensa área geográfica, é habitado por muitos grupos étnicos que se comunicam diariamente em
mais de vinte línguas, a maioria delas provenientes da família das línguas bantu, entre as quais
constam línguas como o macua, chimaconde, tsonga, copi, nhanja e sena. Estas constituem o
grupo das principais línguas usadas pela maioria da população dessa área geográfica. A maioria
destas línguas são internacionais, quer dizer, são faladas também em países vizinhos de
Moçambique. Para a sua materialização recorremos algumas obras contundentes a Linguística,
que estão apresentadas na referência bibliográfica do trabalho. E o trabalho está dividido em
títulos e subtítulos e seguintes objectivos:
1.1. Objectivo:
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2. Desenvolvimento teórico
Contextualização:
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masculino e é jovem. Com efeito, de acordo com os dados do Recenseamento Geral da População
e Habitação de 1997, nas zonas urbanas, a maioria sabe falar a língua portuguesa (72.0%),
contrariamente às zonas rurais, onde a maioria não sabe falar a língua portuguesa (73.0%).
(FARIA, ISABEL, et al 2004).
2.1.Estudo de Caso
Contextualização:
A mudança que se observa numa língua no decorrer do tempo está em paralelo com a
mudança dos conceitos de vida de uma sociedade, na mudança das artes, da filosofia e da ciência
e, até, na mudança da própria natureza.
Essa evolução temporal, essa mudança diacrónica ou histórica é um dos aspectos mais evidentes
da variação inerente à qualquer língua. Mas também a língua vária no espaço, razão por que o
português apresenta as variedades nacionais de Portugal e do Brasil, países em que é considerado
língua nacional, e as de Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e
Timor, em que foi adoptado como língua oficial.
Tendo em conta, que a língua vária de acordo com o espaço, no caso de Moçambique não
ultrapassa as barreiras, as mudanças vão de acordo com os grupos étnicos de acordoo
mencionado pelo Faria, Isabel, et al (2004):
Para Matos (2010), É uma característica das diferenças na pronunciação de palavras que variam
de língua para língua, de variedade para variedade. Pode ainda ser causada por influências de
outras línguas, ainda que deva considerar que “os valores fonológicos são abstracções que se
originam das relações que os sons físicos mantêm dentro do sistema da língua”
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Faria, Isabel, et al (2004), Troca da consoante sonora pela consoante surda:
De acordo com cunha, C., e Cintra, L. (2006), A Morfologia é uma disciplina que descreve e
analisa a estrutura interna das palavras e os processos morfológicos da variação e de formação das
palavras. Podemos destacar alguns exemplos de variação morfossintáctica no PM. O primeiro
caso é o que vemos em (21). Falta de concordância.
“Rituais religiosoϕ só conheço um.” (PM) b) “Rituais religiosos só conhecem um.” (PE) A
diferença que se observa nestas duas frases é a falta de concordância no PM se compararmos com
o PE. O importante a reter é que esta variação está inerente à normapadrão. Sabe-se que a fala
pode variar segundo a idade, o grau de escolaridade, as redes sociais, o local de residência, etc.
Este fenômeno não acontece somente em Moçambique, pois estudos de Scherre e Naro (1998,
p.1) mostram que “diferentemente do português de Portugal, o português vernacular do Brasil
apresenta variação sistemática nos processos de concordância de número, exibindo variantes
explícitas e variantes zero (0) de plural em elementos verbais e nominais.” As preposições
destacadas são usadas de forma diferente no PM se compararmos com o PE, que é entendido como a
Norma-Padrão:
As preposições
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2.1.3. Variação Sintáctica
Para além da variação morfológica que vimos em 3.1.2, o PM apresenta variação a nível
sintáctico. Pesquisas de Dias (1991, 2005b; 2009b) mostram que há vários casos de variação se
compararmos com o PE. Vejamos alguns exemplos de Gonçalves (2005b, p.55).
Desvios ao PE
“Eles elogiaram a uma pessoa.” (PM) vs “Eles elogiaram uma pessoa.” (PE)
“Elogiaram-lhe muito.” (PM) vs “Elogiaram-na muito.” (PE)
Os exemplos de Gonçalves provêm de um corpus oral, fato que nos leva a crer que há diferenças
entre a escrita e a fala. O que acontece em muitos casos é a transferência da fala para a escrita,
fato que leva ao distanciamento em relação à norma-padrão. Vejamos outros exemplos de
Gonçalves (2001b, p.986):
A palavra camisola, no PB significa “vestimenta feminino usada para dormir” enquanto no PM,
camisola é “vestimenta de malha de lã ou algodão com mangas compridas que é usada para se
proteger do frio.”
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2.1.5. Variação lexical
Conforme Mateus, et All, (2003), Para um único referente podem existir várias palavras. Por
exemplo: as palavras candonga (na Guiné-Bissau e Angola), chapa-100 (em Moçambique), van
(no Brasil), tocatoca (na Guiné-Bissau), busão (no Brasil) referem-se ao nome do transporte de
passageiros.
Exemplos:
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3. Conclusão
De acordo com as leituras feitas e em buscas face ao tema que aborda acerca as mudanças de
Mudança do Português em Moçambique, conclui-se que: quanto aos aspectos de mudança
fonético-fonológica no português são resultado da influência das línguas maternas de origem
bantu espalhadas um pouco pelo país. É através da variação fonética que percebemos se o falante
nasceu no norte ou no sul do país.
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4. Referencia Bibliográfica
FARIA, Isabel Hub; et al.: (2004): introdução a linguística geral e portuguesa, Caminho, serie
Linguísticas, Lisboa.
MATEUS Maria Helena Mira, et All, (2003): Gramática de linga portuguesa, editorial, Caminho,
s.a Lisboa, 7a edição.
MATOS João Carlos, (2010): Gramática moderna da língua portuguesa, Conceição editorial e
gráfica, editoram escolar, Lisboa.
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