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03 - RESUMO - OTORRINO RINOLOGIA
03 - RESUMO - OTORRINO RINOLOGIA
03 - RESUMO - OTORRINO RINOLOGIA
RINOLOGIA
ANATOMIA
● Topografcamente...
● Rinossinusite aguda:
○ Sintomas obrigatórios:
§ Obstrução nasal OU
§ Rinorreia.
● Nasofbroscopia;
● TC de seios paranasais.
○ Etiologia:
§ Viral;
● Rinovírus;
● Coronavírus;
● Infuenza;
● Parainfuenza.
§ Bacteriana;
● Streptococcus pneumoniae;
● Haemophilus infuenzae;
● Moraxella catarrhalis.
§ Pós-viral;
● Persistência de sintomas em menor intensidade após 10 dias.
○ Diagnóstico:
§ Dado clinicamente;
§ Radiografa simples dos seios: não é recomendada;
§ Tomografa computadorizada: suspeitas de complicação ou falha
terapêutica.
○ Tratamento:
§ RSA viral;
● Impedir evolução do quadro para RSA bacteriana;
● Aliviar sintomas do paciente;
● Lavagem nasal com soro fsiológico 0,9% (LNSF);
● Sintomáticos: anti-histamínicos, descongestionantes orais e
sistêmicos, analgésicos.
§ RSA pós-viral;
● Lavagem nasal com soro fsiológico;
● Sintomáticos;
● Corticóide nasal.
§ RSA bacteriana:
● 1ª escolha: Amoxicilina;
1. Criança: 45 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
2. Adulto: 500 mg 3x/dia ou 875 mg 2x/dia.
● Falha terapêutica;
1. Pneumococo: dobrar dose de amoxicilina;
2. Criança: 80 - 90 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
3. Adulto: 1000 mg 3x/dia.
● H. infuenzae e M. catarrhalis: associar clavulanato;
1. Criança: 45 - 90 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
2. Adulto: 500 mg 3x/dia ou 875 mg 2x/dia.
● Outras alternativas:
1. Axetilcefuroxima;
2. Azitromicina/claritromicina;
3. Levofoxacino;
4. Clindamicina.
○ Orbitária;
§ Edema ou hiperemia periorbitária;
§ Proptose;
§ Diplopia;
§ Oftalmoplegia;
§ Redução de acuidade visual.
○ Óssea;
§ Cefaleia frontal intensa;
§ Edema em fronte.
○ Intracraniana;
§ Sinais meníngeos;
§ Défcits focais;
§ Convulsões e rebaixamento do nível de consciência.
○ Conduta inicial:
§ Internação hospitalar;
§ Antibioticoterapia endovenosa ceftriaxona e clindamicina;
§ Solicitação de TC de seios paranasais e crânio, com contraste.
● Complicações ósseas:
○ Classifcação:
§ Pré-septais x Pós-septais;
§ Celulite x abscesso.
○ Septo orbitário;
§ É um limite entre a cavidade orbitária e pálpebras superior e inferior.
● Complicações orbitárias:
● Haemophilus infuenzae.
§ Agentes de pele:
● Staphylococcus aureus;
● Streptococcus pyogenes.
§ Causas;
● Trauma de pele (laceração ou picada de inseto);
● Infecções oculares (conjuntivite, dacriocistite);
● IVAS, rinossinusites agudas (10%).
§ Quadro clínico;
● Edema periorbitário doloroso;
● Sem alterações de motricidade ocular;
● Ausência de proptose;
● Acuidade visual preservada;
● Reações pupilares presentes.
§ Tratamento:
§ Em pacientes com o estado clínico citado abaixo, pode ser considerado
o uso de antibiótico por via oral;
1. Bom estado geral;
2. Paciente com > 5 anos;
3. Celulite sem abscesso.
§ Antibioticoterapia via oral e reavaliação em 48 – 72 horas;
● Cefalexina 6/6h, via oral, por 10 dias;
1. Adultos 500 mg;
2. Crianças 25 – 50 mg/kg/dia.
§ Falha terapêutica:
● Internação hospitalar;
● Antibioticoterapia endovenosa;
● TC de seios paranasais e crânio, com contraste.
○ Complicações pós-septais:
§ Celulite orbitária;
§ Abscesso subperiosteal;
§ Abscesso intra-orbitário;
○ Ainda, considerar:
§ Avaliação conjunta com oftalmologia e otorrinolaringologia.
● Complicações intracranianas:
○ Atenção para:
§ Meningite;
§ Trombose de seio cavernoso;
§ Abscesso extradural;
§ Empiema subdural;
§ Abscesso cerebral.
○ Conduta:
§ Internação em UTI;
§ Antibiotico terapia endovenosa;
§ Corticóide endovenoso – para redução do edema cerebral;
§ Drenagem cirúrgica.
● Complicações ósseas:
○ Conduta:
§ Internação hospitalar;
§ Antibioticoterapia endovenosa com cobertura para SNC – por 6 – 12
semanas após procedimento de drenagem cirúrgica.
○ Pacientes imunossuprimidos;
○ Diabéticos descompensados;
● Agentes etiológicos:
○ Aspergillus;
○ Mucor.
● Fisiopatologia:
● Quadro clínico:
● Exame físico
● Tratamento;
○ Cirurgia;
§ Debridamento de tecido necrótico.
RINOSSINUSITES CRÔNICAS
● Assim, pode ser observada como uma infamação da mucosa nasossinusal (>
12 semanas), de 2 ou mais sintomas:
○ Sintomas obrigatórios:
§ Obstrução nasal OU;
§ Rinorreia.
● Diagnósticos diferenciais:
○ Bola fúngica;
○ Fibrose cística;
○ Tumores.
○ Tríade de Samter:
§ Asma;
§ Polipose nasal;
§ Intolerância ao AAS.
§ Hiposmia/anosmia frequentes;
§ Piora dos sintomas com uso de AAS, AINEs e álcool.
○ Outras considerações:
§ Apresenta melhora transitória dos sintomas com uso de corticoide oral;
§ Polipose nasal intensa;
§ Na TC apresenta velamento pansinusal.
● Bola fúngica;
○ Quadro clínico:
§ Assintomático;
§ Sintomáticos;
§ Cacosmia (mau odor nasal);
§ Rinorreia purulenta;
OBS.: Na prova: paciente hígido, imunocompetente.
○ TC de seios da face:
○ Tratamento:
§ Cirúrgico;
§ Não há benefício de antifúngicos sistêmicos.
● Fibrose cística;
○ Espessamento do muco;
§ Epistaxes recorrentes;
§ Estenose de vias aéreas – mais frequentemente subglótica.
○ Avaliação:
§ C-ANCA: marcador de atividade de doença;
§ Biópsia tecidual (nasal, pulmonar, renal).
● Tumores.
EPISTAXES
● Fossa nasal;
● Fatores desencadeantes
○ Locais;
§ Trauma local;
§ Corpo estranho nasal;
§ Rinite alérgica;
§ IVAS.
○ Sistêmicos:
§ HAS descompensada.
§ Coagulopatias;
§ Uso de medicamentos (AAS, AINEs, anticoagulantes, Gingko Biloba).
● Atendimento inicial;
○ Aplicar ATLS;
○ Sinais vitais.
● Avaliação otorrinolaringológica:
○ Medidas locais;
○ Gelo em testa;
● Tratamento:
○ Plexo de Kiesselbach;
§ Cauterização com ATA/nitrato de prata;
§ Tamponamento anterior com hemostáticos absorvíveis (gelfoam) ou
dedo de luva.
○ Clínica:
§ Telangiectasias em lábios, pontas dos dedos, mucosa oral;
TRAUMA NASAL
● Epidemiologia;
○ Acidentes automobilísticos;
○ Agressões;
○ Quedas.
● Avaliação inicial:
○ ATLS.
● Avaliação otorrinolaringológica;
○ Deformidades nasais;
○ Controle de epistaxe;
○ Hematoma septal;
§ Drenagem para evitar formação de abscesso.
○ Fraturas de LeFort;
○ Fraturas orbitárias;
○ Sinal do Guaxinim;
○ Rinorreia contínua;
○ Condutas iniciais:
§ Repouso relativo;
§ Elevação de cabeceira a 30º;
§ Evitar manobra de Valsalva;
§ Antibioticoterapia proflática para meningite.
● Tratamento:
RINITE ALÉRGICA
● Infamação da mucosa nasal mediada por IgE com um ou mais dos sintomas:
○ Obstrução nasal;
○ Rinorreia;
○ Espirros;
○ Prurido;
○ Hiposmia.
○ Ácaro;
○ Mofo;
○ Partículas de insetos;
○ Marcha atópica;
○ Achados semiológicos;
○ Prega de Dennie-Morgan;
○ Saudação do alérgico;
○ Respiração oral;
Intermitente Persistente
Sintomas: Sintomas:
< 4 dias por semana ou ≥ 4 sema- > 4 dias por semana e ≥ 4 sema-
nas nas
Leve Moderada-grave
Sono normal
Sono comprometido
Atividades normais – esporte,
Prejuízo funcional
lazer, sono, trabalho
Sintomas incomodam
Sintomas não incomodam
● Diagnóstico: clínico!
○ Confrmação diagnóstica;
§ IgE sérica específca;
● Sensibilização ao alérgeno;
● Não defne alérgeno como causa dos sintomas!
§ Testes cutâneos;
● Prick-test;
● Exame citológico nasal;
● Eosinoflia.
● Tratamento;
○ Corticoide nasal;
○ Anti-histamínicos;
○ Antileucotrieno.
MALFORMAÇÕES NASAIS
● Cistos dermóides;
○ Sinal patognomônico:
§ Exteriorização de pelo por orifício externo.
○ Tratamento;
§ Cirúrgico (primeiros 3 anos de vida);
● Estética;
● Evitar infecções locais;
● Evitar complicações de SNC.
● Meningocele/meningoencefalocele
○ Sinal de Furstenberg:
§ Dado pela expansão com o choro ou compressão de veias jugulares.
● Atresia de coanas;
○ Atresia bilateral;
§ Emergência neonatal;
§ RN: respiradores nasais obrigatórios!
§ Insufciência respiratória grave.
○ Atresia unilateral;
§ Oligossintomática;
§ Frequentemente diagnosticada apenas na fase adulta.
○ Avaliação:
§ Nasofbroscopia: observa-se fossa nasal em fundo cego;
§ TC de face (padrão-ouro): placa atrésica óssea e/ou membranosa.
○ Tratamento:
§ Atresia bilateral Garantir via aérea: IOT;
● Cirurgia.
§ Atresia unilateral Tratamento individualizado de acordo com
queixas.
○ Obstrução nasal;
○ Rinorreia;
○ Epistaxes.
● Avaliação inicial:
○ Exame físico;
○ Nasofbroscopia;
● Diagnóstico defnitivo:
● Diagnósticos diferenciais;
○ Osteoma;
○ Papiloma invertido;
○ Nasoangiofbroma juvenil.
● Osteoma;
○ Crescimento lento;
○ Frequentemente assintomático;
○ Tratamento;
§ Assintomático: observação;
§ Sintomáticos: remoção cirúrgica.
● Papiloma invertido;
○ Quadro clínico;
§ Obstrução nasal unilateral;
§ Epistaxes;
§ Estágios avançados: acometimento orbitário/intracraniano.
○ Exame físico;
§ Massa polipóide, irregular, rosa claro ou cinza, de consistência
endurecida.
○ TC de seios paranasais;
§ Remodelamento ósseo;
§ Alargamento de sítio de comunicação entre seio maxilar e fossa nasal
(complexo osteomeatal);
§ Contrastação heterogênea;
§ Espessamento ósseo em local de implantação do tumor (hiperostose
focal).
○ RNM de face;
§ Padrão cerebriforme;
§ Perda de padrão: sugestivo de malignização!
○ Tratamento: cirúrgico;
§ Seguimento para avaliar recidivas.
● Nasoangiofbroma juvenil;
○ Quadro clínico;
§ Obstrução nasal unilateral;
§ Epistaxes recorrentes e potencialmente graves.
○ Exame físico;
§ Lesão lisa, avermelhada, sangrante.
○ TC de seios paranasais;
§ Obliteração da fossa pterigopalatina;
§ Deslocamento anterior da parede posterior do seio maxilar (sinal de
Hollman Miller);
§ Erosão do processo pterigóideo do osso esfenóide;
§ Erosão do assoalho do seio esfenóide.
○ Tratamento:
§ Embolização arterial seletiva 24 – 48 horas antes de cirurgia;
§ Cirurgia.
QUESTÕES
Qual o diagnóstico?
A) Meningoencefalite.
B) Sinusite.
C) Normal para a idade.
D) Osteomielite.
3) (SUS – SP – 2022) Uma criança de três anos e seis meses de idade, com
história de rinorreia purulenta, fétida, unilateral e abundante há trinta dias,
obteve pouca melhora com o uso de amoxicilina por dez dias. Com base
nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais
provável.
A) Sinusite fúngica.
B) Sinusite crônica.
C) Sinusite aguda.
D) Doença granulomatosa nasal.
E) Corpo estranho nasal.
11) (USP – RP – 2023) Paciente de 24 anos vítima de colisão moto x auto, com
TCE, não estava usando capacete no momento do acidente. É trazido pelos
bombeiros para sala de emergência sendo realizado atendimento segundo
o ATLS, apresentava-se com via aérea pérvia, estável hemodinamicamente,
consciente e orientado. Ao exame físico possuía saída de líquido hialino em
moderada quantidade pela fossa nasal esquerda com alguns laivos de sangue.
Realizada tomografa computadorizada de crânio que demonstrou fratura
de ossos próprios nasais e teto do etmóide, sem desalinhamentos. Sobre a
principal hipótese diagnóstica acerca do achado de exame físico assinale a
alternativa correta.
A) A dosagem de glicose neste líquido quando menor que 20 mg/dL
confrma o diagnóstico.
B) O tratamento cirúrgico de urgência deve ser instituído, pelo risco de
desenvolvimento de meningite.
C) A abordagem cirúrgica nesses casos tem como via de acesso apenas a
craniotomia, com elevadas taxas de mortalidade e morbidade.
D) Deve ser adotada inicialmente conduta expectante com repouso
absoluto, decúbito elevado e cobertura antibiótica proflática para
meningite.
14) (USP – SP – 2019) Com relação a atresia coanal congênita unilateral, pode-
se afrmar que:
A) É incompatível com a vida.
B) É frequentemente diagnosticada apenas na vida adulta.
C) Apresenta apenas componente mucoso.
D) Apresenta indicação cirúrgica imediata.
GABARITO
1) A
2) B
3) E
4) C
5) A
6) B
7) A
8) B
9) C
10) C
11) D
12) B
13) D
14) B
15) A
16) D