03 - RESUMO - OTORRINO RINOLOGIA

Você também pode gostar

Você está na página 1de 54

CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 1

RINOLOGIA
ANATOMIA

● Topografcamente...

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


2 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 3

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


4 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

RINOSSUNUSITES AGUDAS E COMPLICAÇÕES

● Rinossinusite aguda:

○ Caracterizadas por uma infamação da mucosa nasossinusal caracterizada


pelo início súbito (< 12 semanas) de 2 ou mais sintomas:

○ Sintomas obrigatórios:
§ Obstrução nasal OU
§ Rinorreia.

○ São acompanhados, ou não, de:


§ Dor facial;
§ Hiposmia;
§ Em crianças, pode ser observada tosse.

○ Sinais infamatórios agudos:


§ Pode ser evidenciados através de:
● Rinoscopia anterior;
1. Edema da mucosa nasal;
2. Secreção hialina ou espessa;
3. Pode ter sangramento associado.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 5

● Nasofbroscopia;
● TC de seios paranasais.

○ Etiologia:
§ Viral;
● Rinovírus;
● Coronavírus;
● Infuenza;
● Parainfuenza.
§ Bacteriana;
● Streptococcus pneumoniae;
● Haemophilus infuenzae;
● Moraxella catarrhalis.
§ Pós-viral;
● Persistência de sintomas em menor intensidade após 10 dias.

○ História natural da doença:

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


6 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Quadro clínico e laboratorial – RSA bacteriana;


§ Secreção nasal espessa/purulenta com predominância unilateral
§ Facialgia intensa localizada
§ Febre > 38ºC
§ Elevação de VHS ou PCR.

○ Diagnóstico:
§ Dado clinicamente;
§ Radiografa simples dos seios: não é recomendada;
§ Tomografa computadorizada: suspeitas de complicação ou falha
terapêutica.

○ Tratamento:
§ RSA viral;
● Impedir evolução do quadro para RSA bacteriana;
● Aliviar sintomas do paciente;
● Lavagem nasal com soro fsiológico 0,9% (LNSF);
● Sintomáticos: anti-histamínicos, descongestionantes orais e
sistêmicos, analgésicos.
§ RSA pós-viral;
● Lavagem nasal com soro fsiológico;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 7

● Sintomáticos;
● Corticóide nasal.
§ RSA bacteriana:
● 1ª escolha: Amoxicilina;
1. Criança: 45 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
2. Adulto: 500 mg 3x/dia ou 875 mg 2x/dia.
● Falha terapêutica;
1. Pneumococo: dobrar dose de amoxicilina;
2. Criança: 80 - 90 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
3. Adulto: 1000 mg 3x/dia.
● H. infuenzae e M. catarrhalis: associar clavulanato;
1. Criança: 45 - 90 mg/kg/dia em 2 doses diárias;
2. Adulto: 500 mg 3x/dia ou 875 mg 2x/dia.
● Outras alternativas:
1. Axetilcefuroxima;
2. Azitromicina/claritromicina;
3. Levofoxacino;
4. Clindamicina.

● Complicações – considerações gerais:

○ São quadros potencialmente graves, associados à extensão extrassinusal;

○ Orbitária;
§ Edema ou hiperemia periorbitária;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


8 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

§ Proptose;
§ Diplopia;
§ Oftalmoplegia;
§ Redução de acuidade visual.

○ Óssea;
§ Cefaleia frontal intensa;
§ Edema em fronte.

○ Intracraniana;
§ Sinais meníngeos;
§ Défcits focais;
§ Convulsões e rebaixamento do nível de consciência.

○ Conduta inicial:
§ Internação hospitalar;
§ Antibioticoterapia endovenosa  ceftriaxona e clindamicina;
§ Solicitação de TC de seios paranasais e crânio, com contraste.

● Complicações ósseas:

○ Classifcação:
§ Pré-septais x Pós-septais;
§ Celulite x abscesso.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 9

○ Septo orbitário;
§ É um limite entre a cavidade orbitária e pálpebras superior e inferior.

● Complicações orbitárias:

○ Celulite pré-orbitária ou pré-septal;

§ Infecção do tecido subcutâneo anterior ao septo orbitário;


§ Agentes nasossinusais:
● Streptococcus pneumoniae;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


10 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Haemophilus infuenzae.
§ Agentes de pele:
● Staphylococcus aureus;
● Streptococcus pyogenes.
§ Causas;
● Trauma de pele (laceração ou picada de inseto);
● Infecções oculares (conjuntivite, dacriocistite);
● IVAS, rinossinusites agudas (10%).
§ Quadro clínico;
● Edema periorbitário doloroso;
● Sem alterações de motricidade ocular;
● Ausência de proptose;
● Acuidade visual preservada;
● Reações pupilares presentes.
§ Tratamento:
§ Em pacientes com o estado clínico citado abaixo, pode ser considerado
o uso de antibiótico por via oral;
1. Bom estado geral;
2. Paciente com > 5 anos;
3. Celulite sem abscesso.
§ Antibioticoterapia via oral e reavaliação em 48 – 72 horas;
● Cefalexina 6/6h, via oral, por 10 dias;
1. Adultos 500 mg;
2. Crianças 25 – 50 mg/kg/dia.
§ Falha terapêutica:
● Internação hospitalar;
● Antibioticoterapia endovenosa;
● TC de seios paranasais e crânio, com contraste.

○ Complicações pós-septais:
§ Celulite orbitária;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 11

§ Abscesso subperiosteal;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


12 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

§ Abscesso intra-orbitário;

○ Na presença de um dos seguintes  drenagem cirúrgica!


§ Presença de abscesso;
§ Diminuição de acuidade visual;
§ Ausência de melhora ou piora após 48h de ATB endovenosa.

○ Ainda, considerar:
§ Avaliação conjunta com oftalmologia e otorrinolaringologia.

● Complicações intracranianas:

○ Evoluem com sequelas em até 25% dos casos;

○ Ainda, o óbito ocorre em até 6% dos casos;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 13

○ Atenção para:
§ Meningite;
§ Trombose de seio cavernoso;
§ Abscesso extradural;
§ Empiema subdural;
§ Abscesso cerebral.

○ Conduta:
§ Internação em UTI;
§ Antibiotico terapia endovenosa;
§ Corticóide endovenoso – para redução do edema cerebral;
§ Drenagem cirúrgica.

○ Observe a imagem abaixo:


§ Abscesso subperiosteal em olho esquerdo associado com abscesso
extradural;
§ Pode haver uma disseminação por contiguidade ou via hematogênica.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


14 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Trombose de seio cavernoso:


§ Decorre em uma disseminação infecciosa através das veias orbitárias
para o seio cavernoso;
§ Principal agente etiológico: Staphylococcus aureus;
§ Associada a sepse e meningite;
§ Manifestações clínicas:
● Quemose e oftalmoplegia rapidamente progressiva;

● Progressão para olho contralateral.


§ Fundoscopia: ingurgitação de veias retinianas.

● Complicações ósseas:

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 15

○ Osteomielite do osso frontal;


§ Associada a sinusopatias de seio frontal.

○ Tumor de Pott  demonstra associação com complicações


intracranianas;

○ Conduta:
§ Internação hospitalar;
§ Antibioticoterapia endovenosa com cobertura para SNC – por 6 – 12
semanas após procedimento de drenagem cirúrgica.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


16 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

RINOSSINUSITE FÚNGICA INVASIVA AGUDA - RSFIA

● Doença de altíssima mortalidade;

○ Pacientes imunossuprimidos;

○ Doenças hematológicas malignas;

○ Diabéticos descompensados;

○ Neutropenia grave (< 500/mm³).

● Agentes etiológicos:

○ Aspergillus;

○ Mucor.

● Fisiopatologia:

○ Gera invasão de vasos sanguíneos com isquemia e necrose de partes


moles.

● Quadro clínico:

○ Quadros iniciais: sintomas semelhantes à RSA;

○ Alta suspeição em pacientes imunossuprimidos com sintomas


nasossinusais.

● Exame físico

○ Sinais de isquemia e necrose tecidual nasal;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 17

○ Alterações de pares cranianos;

○ Outras alterações neurológicas.

● Tratamento;

○ Cirurgia;
§ Debridamento de tecido necrótico.

○ Terapia antifúngica EV;


§ Droga inicial: anfotericina B;
§ Aspergilose invasiva: voriconazol.

○ Correção de distúrbios metabólicos associados;


§ Disglicemias;
§ Neutropenia.

RINOSSINUSITES CRÔNICAS

● É um grupo de condições altamente variáveis, com diferentes etiologias e


tratamentos;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


18 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Assim, pode ser observada como uma infamação da mucosa nasossinusal (>
12 semanas), de 2 ou mais sintomas:

○ Sintomas obrigatórios:
§ Obstrução nasal OU;
§ Rinorreia.

○ São acompanhados, ou não, de:


§ Dor facial;
§ Hiposmia;
§ Em crianças, pode ser observada tosse.

○ Sinais infamatórios agudos:


§ Pode ser evidenciados através de:
● Rinoscopia anterior;
● Nasofbroscopia;
● TC de seios paranasais.

● Diagnósticos diferenciais:

○ Doença respiratória exacerbada por asma (DREA);

○ Bola fúngica;

○ Fibrose cística;

○ Granulomatose com poliangeíte;

○ Tumores.

● Doença respiratória exacerbada por asma (DREA);

○ É uma rinossinusite crônica, com predomínio de eosinóflos e resposta


infamatória do tipo T2;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 19

○ Tríade de Samter:
§ Asma;
§ Polipose nasal;
§ Intolerância ao AAS.

○ Quadro clínico associado:


§ Sintomas obstrutivos intensos;
● Imagem abaixo: pólipo nasal;
1. Massa gelatinosa;
2. Pode obstruir parcial ou totalmente a fossa nasal
3. Não apresenta risco de malignização.

§ Hiposmia/anosmia frequentes;
§ Piora dos sintomas com uso de AAS, AINEs e álcool.

○ Outras considerações:
§ Apresenta melhora transitória dos sintomas com uso de corticoide oral;
§ Polipose nasal intensa;
§ Na TC  apresenta velamento pansinusal.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


20 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Bola fúngica;

○ Rinossinusite crônica fúngica;

○ Crescimento lento de hifas no interior do seio;

○ Sem invasão tecidual;

○ Mínima reação infamatória;

○ Quadro clínico:
§ Assintomático;
§ Sintomáticos;
§ Cacosmia (mau odor nasal);
§ Rinorreia purulenta;
OBS.: Na prova: paciente hígido, imunocompetente.

○ TC de seios da face:

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 21

§ Acometimento de seio único;


§ Mais frequente: seio maxilar;
§ Seio paranasal opacifcado com calcifcações – lesão típica.

○ Tratamento:
§ Cirúrgico;
§ Não há benefício de antifúngicos sistêmicos.

● Fibrose cística;

○ Doença genética autossômica recessiva;

○ Disfunção em canais de cloro;

○ Espessamento do muco;

○ Diminuição do clearance mucociliar;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


22 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ RSC é presente em praticamente 100% dos pacientes!


§ Pouco sintomáticos.

○ Principal diferencial de polipose nasal em crianças.

● Granulomatose com poliangeíte;

○ Vasculite de pequenos vasos;


§ Vias aéreas superiores e inferiores;
§ Glomerulonefrite.

○ Quadro clínico otorrinolaringológico;


§ Perfuração septal;
§ Deformidade nasal – “nariz em sela”;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 23

§ Epistaxes recorrentes;
§ Estenose de vias aéreas – mais frequentemente subglótica.

○ Avaliação:
§ C-ANCA: marcador de atividade de doença;
§ Biópsia tecidual (nasal, pulmonar, renal).

● Tumores.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


24 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

EPISTAXES

● Fossa nasal;

○ Região extremamente vascularizada com ramos de diferentes artérias.

● Plexo de Kiesselbach/Área de Little – em azul na imagem acima;

○ Local mais comum de sangramentos nasais (90%);

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 25

○ Anastomoses de ramos das aa. carótidas interna e externa;

○ Sangramentos intermitentes de pequeno volume.

● Epistaxes com risco potencial:

○ Artéria esfenopalatina – em vermelho na imagem acima;


§ Ramo da artéria maxilar (ACE)
§ Sangramentos contínuos de grande volume.

○ S-point – em amarelo na imagem acima;


§ Artérias etmoidais anterior e posterior (ACI);
§ Sangramento intermitentes de grande volume.

● Fatores desencadeantes

○ Locais;
§ Trauma local;
§ Corpo estranho nasal;
§ Rinite alérgica;
§ IVAS.

○ Sistêmicos:
§ HAS descompensada.
§ Coagulopatias;
§ Uso de medicamentos (AAS, AINEs, anticoagulantes, Gingko Biloba).

● Atendimento inicial;

○ Aplicar ATLS;

○ Avaliação de proteção de vias aéreas;

○ Sinais vitais.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


26 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Avaliação otorrinolaringológica:

○ Medidas locais;

○ Gelo em testa;

○ Passagem de algodão embebido em solução adrenalina + lidocaína


1:2000.

● Tratamento:

○ Plexo de Kiesselbach;
§ Cauterização com ATA/nitrato de prata;
§ Tamponamento anterior com hemostáticos absorvíveis (gelfoam) ou
dedo de luva.

○ S-point e Artéria esfenopalatina;


§ Frequente falha às medidas locais;
§ Tamponamento anteroposterior (dedo de luva + sonda de Foley);
§ Internação hospitalar com Hb/Ht seriados e coagulograma;
§ Tratamento defnitivo cirúrgico;
● Cauterização;
● Ligadura.

○ Falhas nas medidas anteriores:


§ Angioplastia com embolização seletiva.

● Telangiectasia hemorrágica hereditária (Síndrome de Rendu-Osler-Weber);

○ Caracteriza-se por epistaxes recorrentes;

○ Clínica:
§ Telangiectasias em lábios, pontas dos dedos, mucosa oral;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 27

§ Malformações arteriovenosas pulmonares, SNC, hepáticas e


gastrointestinais.

○ História familiar positiva.

TRAUMA NASAL

● Epidemiologia;

○ Acidentes automobilísticos;

○ Agressões;

○ Quedas.

● Avaliação inicial:

○ ATLS.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


28 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Avaliação otorrinolaringológica;

○ Deformidades nasais;

○ Controle de epistaxe;

○ Hematoma septal;
§ Drenagem para evitar formação de abscesso.

● Sinais de outras fraturas craniomaxilofaciais:

○ Fraturas de LeFort;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 29

○ Fraturas orbitárias;

● Sinais de fratura de base de crânio;

○ Sinal do Guaxinim;

○ Rinorreia contínua;

○ Não realizar tamponamento nasal ou passagem de sonda nasal até


descartar fratura em TC de crânio/face.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


30 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Fístula liquórica nasal;

○ Condutas iniciais:
§ Repouso relativo;
§ Elevação de cabeceira a 30º;
§ Evitar manobra de Valsalva;
§ Antibioticoterapia proflática para meningite.

● Tratamento:

○ Redução fechada sob anestesia local em até 14 dias do trauma (conduta


de acordo com o HCFMUSP);

○ Evitar redução entre 2º e 5º dia após trauma por conta de edema


importante de partes moles;

○ Eletivo: rinoplastia reparadora.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 31

RINITE ALÉRGICA

● Infamação da mucosa nasal mediada por IgE com um ou mais dos sintomas:

○ Obstrução nasal;

○ Rinorreia;

○ Espirros;

○ Prurido;

○ Hiposmia.

● Associada aos aeroalérgenos:

○ Ácaro;

○ Mofo;

○ Partículas de insetos;

○ Pelos de cães e gatos;

○ Pólen (países com estações do ano bem defnidas).

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


32 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

● Na Pediatria, observa-se tais fatores:

○ Marcha atópica;

○ Achados semiológicos;

○ Prega de Dennie-Morgan;

○ Saudação do alérgico;

○ Respiração oral;

○ Mucosa nasal pálida.

● Classifcação (Allergic Rinites and Its Impact on Asthma (ARIA);

○ Duração e gravidade dos sintomas.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 33

Intermitente Persistente
Sintomas: Sintomas:
< 4 dias por semana ou ≥ 4 sema- > 4 dias por semana e ≥ 4 sema-
nas nas

Leve Moderada-grave

Sono normal
Sono comprometido
Atividades normais – esporte,
Prejuízo funcional
lazer, sono, trabalho
Sintomas incomodam
Sintomas não incomodam

● Diagnóstico: clínico!

○ Confrmação diagnóstica;
§ IgE sérica específca;
● Sensibilização ao alérgeno;
● Não defne alérgeno como causa dos sintomas!
§ Testes cutâneos;
● Prick-test;
● Exame citológico nasal;
● Eosinoflia.

● Tratamento;

○ Mudança do estilo de vida:


§ Cuidados ambientais.

○ Corticoide nasal;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


34 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Lavagem nasal com SF 0,9%;

○ Anti-histamínicos;

○ Antileucotrieno.

MALFORMAÇÕES NASAIS

● Cistos dermóides;

○ Malformação da linha média nasal mais comum;

○ A formação ocorre quando há falha de regressão da dura-máter;

○ Elementos ectodérmicos e mesodérmicos;


§ Folículos pilosos;
§ Glândulas sebáceas;
§ Glândulas sudoríparas.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 35

○ Massa não-compressível e não-pulsátil em linha média nasal;

○ Sinal patognomônico:
§ Exteriorização de pelo por orifício externo.

○ Extensão intracraniana em 20-36% dos casos;

○ Avaliação: TC e RNM de face e crânio;

○ Tratamento;
§ Cirúrgico (primeiros 3 anos de vida);
● Estética;
● Evitar infecções locais;
● Evitar complicações de SNC.

● Meningocele/meningoencefalocele

○ Tecido neural e LCR em região extracraniana com comunicação evidente


com SNC;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


36 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Presente em múltiplos locais: nasal, occipital, frontal, espinhal


(meningocele);

○ Lesões de coloração azulada, compressíveis, pulsáteis e com


transiluminação;

○ Sinal de Furstenberg:
§ Dado pela expansão com o choro ou compressão de veias jugulares.

○ Avaliação: TC e RNM de face e crânio;


§ TC: avaliação de defeito ósseo na base do crânio;
§ RNM: local de conexão com o SNC e conteúdo de saco herniário.

○ Tratamento  Cirúrgico precoce.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 37

● Atresia de coanas;

○ Obstrução da abertura posterior da cavidade nasal;

○ Associação em alguns casos a síndromes genéticas;


§ Síndrome de Down;
§ Síndrome de CHARGE.

○ Atresia bilateral;
§ Emergência neonatal;
§ RN: respiradores nasais obrigatórios!
§ Insufciência respiratória grave.

○ Atresia unilateral;
§ Oligossintomática;
§ Frequentemente diagnosticada apenas na fase adulta.

○ Avaliação:
§ Nasofbroscopia: observa-se fossa nasal em fundo cego;
§ TC de face (padrão-ouro): placa atrésica óssea e/ou membranosa.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


38 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Tratamento:
§ Atresia bilateral  Garantir via aérea: IOT;
● Cirurgia.
§ Atresia unilateral  Tratamento individualizado de acordo com
queixas.

TUMORES BENIGNOS NASOSSINUSAIS

● Entidades relativamente raras;

● Apresentam sintomas inespecífcos;

○ Obstrução nasal;

○ Rinorreia;

○ Epistaxes.

● Avaliação inicial:

○ Exame físico;

○ Nasofbroscopia;

○ TC e RNM de face e crânio.

● Diagnóstico defnitivo:

○ Biópsia de lesão com avaliação anatomopatológica;

○ Frequentemente biópsia é possível apenas durante procedimento


cirúrgico.

● Diagnósticos diferenciais;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 39

○ Osteoma;

○ Papiloma invertido;

○ Nasoangiofbroma juvenil.

● Osteoma;

○ Tumor benigno mais frequente da cavidade nasal e seios paranasais;

○ Crescimento lento;

○ Frequentemente assintomático;

○ TC de seios paranasais: lesão compacta e hiperatenuante;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


40 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ Tratamento;
§ Assintomático: observação;
§ Sintomáticos: remoção cirúrgica.

● Papiloma invertido;

○ Tumor benigno, localmente agressivo, com potencial de malignização;

○ HPV tipos 6, 11, 16 e 18;

○ Metaplasia de epitélio nasossinusal com invaginação para estroma


subjacente, sem invasão de membrana basal.

○ Quadro clínico;
§ Obstrução nasal unilateral;
§ Epistaxes;
§ Estágios avançados: acometimento orbitário/intracraniano.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 41

○ Exame físico;
§ Massa polipóide, irregular, rosa claro ou cinza, de consistência
endurecida.

○ TC de seios paranasais;
§ Remodelamento ósseo;
§ Alargamento de sítio de comunicação entre seio maxilar e fossa nasal
(complexo osteomeatal);

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


42 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

§ Contrastação heterogênea;
§ Espessamento ósseo em local de implantação do tumor (hiperostose
focal).

○ RNM de face;
§ Padrão cerebriforme;
§ Perda de padrão: sugestivo de malignização!

○ Tratamento: cirúrgico;
§ Seguimento para avaliar recidivas.

● Nasoangiofbroma juvenil;

○ Tumor ricamente vascularizado;

○ Pacientes do sexo masculino entre 9 e 19 anos;

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 43

○ Origem: fossa pterigopalatina


§ Gânglio pterigopalatino;
§ Ramos do n. maxilar (V2);
§ Ramos da artéria. esfenopalatina;
§ Local de difícil acesso cirúrgico!
§ Possível extensão orbitária e intracraniana.

○ Quadro clínico;
§ Obstrução nasal unilateral;
§ Epistaxes recorrentes e potencialmente graves.

○ Exame físico;
§ Lesão lisa, avermelhada, sangrante.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


44 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

○ TC de seios paranasais;
§ Obliteração da fossa pterigopalatina;
§ Deslocamento anterior da parede posterior do seio maxilar (sinal de
Hollman Miller);
§ Erosão do processo pterigóideo do osso esfenóide;
§ Erosão do assoalho do seio esfenóide.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 45

○ RNM de face e crânio  Avaliação de extensão extrassinusal;

○ Tratamento:
§ Embolização arterial seletiva 24 – 48 horas antes de cirurgia;
§ Cirurgia.

QUESTÕES

1) (FMUSP - 2019) Considerando a tomografa abaixo, qual é a principal


hipótese diagnóstica?

A) Sinusopatia maxilar esquerda.


B) Sinusopatia maxiloesfenoidal direita.
C) Sinusopatia maxiloetmoidal esquerda.
D) Sinusopatia frontal direita

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


46 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

2) (FMUSP – 2022) Mulher de 35 anos de idade deu entrada no Pronto-


Socorro com cefaléia e febre não medida há 5 dias. Tentou utilizar vários
analgésicos sem melhora. No exame clínico apresenta T 38ºC, FC 100 bpm,
sem outras alterações. Foi realizada a tomografa computadorizada mostrada
a seguir.

Qual o diagnóstico?
A) Meningoencefalite.
B) Sinusite.
C) Normal para a idade.
D) Osteomielite.

3) (SUS – SP – 2022) Uma criança de três anos e seis meses de idade, com
história de rinorreia purulenta, fétida, unilateral e abundante há trinta dias,
obteve pouca melhora com o uso de amoxicilina por dez dias. Com base
nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta o diagnóstico mais
provável.
A) Sinusite fúngica.
B) Sinusite crônica.
C) Sinusite aguda.
D) Doença granulomatosa nasal.
E) Corpo estranho nasal.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 47

4) (UNIFESP – 2022) Homem, 33 anos de idade, sem comorbidades,


apresentou quadro de odinofagia e rinorreia há 10 dias, associado à febre
não aferida. Fez uso de Dipirona e lavagem nasal com soro fsiológico, com
melhora importante dos sintomas há 5 dias, Porém, há 2 dias, apresenta
obstrução nasal, piora da rinorreia, que se tornou mucopurulenta, mais
intensa à direita, associada à facialgia importante desse mesmo lado e
“inchaço” no olho. Exame físico: febre de 38,8ºC, rinoscopia com rinorreia
esverdeada à direita, edema e abaulamento periorbitário à direita com
proptose; oroscopia com secreção mucopurulenta em parede posterior de
orofaringe, sem outros achados patológicos. Com base nessas informações,
assinale a alternativa correta.
A) Trata-se de complicação orbitária de rinossinusite aguda. Deve-se iniciar
tratamento clínico com antibioticoterapia sistêmica internado e exame
de imagem se não houver melhora dos sintomas em 48 horas.
B) Trata-se de neoplasia dos seios da face com extensão orbitária. Requer, de
imediato, exame de imagem e biópsia da lesão.
C) Trata-se de complicação orbitária de rinossinusite aguda. Requer, de
imediato, exame de imagem para defnição de tratamento clínico ou
cirúrgico.
D) Trata-se de rinossinusite fúngica invasiva. Requer endoscopia nasal,
exame de imagem de imediato e debridamento em centro cirúrgico.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


48 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

5) (USP – SP – 2022) Homem de 28 anos, diabético tipo I mal controlado,


com antecedente de vários episódios de cetoacidose diabética, vem com
queixa de febre intermitente (de até 37,5ºC) e rinorreia purulenta com
sangue há quatro semanas. Há uma semana evoluiu com ptose palpebral.
Realizada tomografa de seios da face (fgura).

O tratamento inicial mais adequado para a hipótese mais provável é:


A) Anfotericina B.
B) Radioterapia.
C) Amoxicilina-clavulanato.
D) Clindamicina

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 49

6) (SUS – SP – 2022) Um paciente queixa-se de obstrução e congestão nasal


em ambas as fossas nasais há quatro meses, associadas à rinorreia anterior,
à dor facial e a episódios de cefaleia e hiposmia. Tem antecedente pessoal
de asma e intolerância a AAS. Ao exame físico, é possível visualizar lesões
de aspecto gelatinoso provenientes de meato médio, bilateralmente,
estendendo-se até o teto de ambas as fossas nasais e do meato comum,
bilateralmente. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que
apresenta o diagnóstico mais provável.
A) Rinossinusite aguda.
B) Rinossinusite crônica, com polipose nasal.
C) Pólipo antrocoanal.
D) Papiloma invertido.
E) Carcinoma espinocelular de cavidade nasal.

7) (USP – SP – 2019) Paciente previamente hígido de 30 anos, refere há 5 anos


quadro de obstrução nasal, rinorreia purulenta e dor facial à esquerda, sem
melhora com uso de antibióticos. Realizou tomografa de seios paranasais,
ilustrada abaixo.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


50 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

Assinale a alternativa correta:


A) O tratamento é a remoção cirúrgica do conteúdo do seio acometido e
sua aeração.
B) Trata-se possivelmente de rinossinusite fúngica e além do tratamento
cirúrgico, devemos iniciar antifúngico sistêmico.
C) O tratamento cirúrgico está indicado apenas se o paciente não apresentar
melhora com uso de fuconazol ou cetoconazol via oral.
D) Frente a essa afecção, devemos sempre pesquisar imunossupressão.

8) (SUS – SP – 2022) Um paciente com 38 anos de idade apresenta obstrução


nasal, rinorreia clara, eventualmente sanguinolenta, e astenia. Ao exame,
observa-se perfuração do septo, com lesão de aspecto granulomatoso e
estenose subglótica. Os exames laboratoriais revelam alteração nas provas de
função renal e C-ANCA positivo. Com base nesse caso hipotético, assinale a
alternativa que apresenta o diagnóstico mais provável.
A) Leishmaniose.
B) Granulomatose de Wegener.
C) Tuberculose extrapulmonar.
D) Síflis terciária.
E) Histoplasmose.

9) (USP – SP – 2019) Homem de 75 anos apresenta epistaxe pela fossa nasal


esquerda de moderado volume. Já foi submetido à ligadura de artéria
esfenopalatina via endoscópica, bem como das artérias etmoidais anterior
e posterior do mesmo lado em episódio de epistaxe prévios há alguns anos.
Assinale a abordagem recomendada neste caso:
A) Ligadura da artéria carótida externa.
B) Ligadura da artéria carótida interna.
C) Angiografa com embolização.
D) Radioterapia hemostática.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 51

10) (UNIFESP – 2022) Homem, 40 anos de idade, vítima de acidente de


automóvel, apresenta desvio da pirâmide nasal, edema facial e epistaxe.
Foi submetido a exame radiológico que confrmou fratura nasal. Qual é o
melhor momento, após o trauma, para o tratamento cirúrgico?
A) Trinta dias.
B) Vinte e um dias.
C) Dois dias.
D) Dez dias.

11) (USP – RP – 2023) Paciente de 24 anos vítima de colisão moto x auto, com
TCE, não estava usando capacete no momento do acidente. É trazido pelos
bombeiros para sala de emergência sendo realizado atendimento segundo
o ATLS, apresentava-se com via aérea pérvia, estável hemodinamicamente,
consciente e orientado. Ao exame físico possuía saída de líquido hialino em
moderada quantidade pela fossa nasal esquerda com alguns laivos de sangue.
Realizada tomografa computadorizada de crânio que demonstrou fratura
de ossos próprios nasais e teto do etmóide, sem desalinhamentos. Sobre a
principal hipótese diagnóstica acerca do achado de exame físico assinale a
alternativa correta.
A) A dosagem de glicose neste líquido quando menor que 20 mg/dL
confrma o diagnóstico.
B) O tratamento cirúrgico de urgência deve ser instituído, pelo risco de
desenvolvimento de meningite.
C) A abordagem cirúrgica nesses casos tem como via de acesso apenas a
craniotomia, com elevadas taxas de mortalidade e morbidade.
D) Deve ser adotada inicialmente conduta expectante com repouso
absoluto, decúbito elevado e cobertura antibiótica proflática para
meningite.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


52 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

12) (USP – SP – 2023)Menino, 9 anos de idade, vem para consulta anual de


rotina. Refere coriza hialina na maior parte dos dias da semana, espirros em
salva e prurido apenas de manhã, ao acordar, na mesma frequência. Não
sabe referir há quanto tempo os sintomas estão presentes, refere ser “desde
sempre”. Diz que os sintomas não prejudicam as atividades diárias e o sono;
também não o incomodam durante as aulas de educação física e as partidas
de futebol. Ao exame clínico, você nota presença de dupla linha de Dennie-
Morgan, prega nasal horizontal e mucosa nasal pálida e edemaciada. Qual a
classifcação dessa rinite alérgica?
A) Persistente moderada.
B) Persistente leve.
C) Intermitente moderada.
D) Intermitente leve.

13) (USP – SP – 2019) Qual das seguintes malformações congênitas nasais


apresenta o sinal de Furstenberg positivo (aumento da lesão à compressão
das veias jugulares)?
A) Cisto dermoide nasal.
B) Glioma nasal.
C) Atresia de Coana.
D) Meningoencefalocele nasal.

14) (USP – SP – 2019) Com relação a atresia coanal congênita unilateral, pode-
se afrmar que:
A) É incompatível com a vida.
B) É frequentemente diagnosticada apenas na vida adulta.
C) Apresenta apenas componente mucoso.
D) Apresenta indicação cirúrgica imediata.

15) (ABC – 2022) A fossa pterigopalatina é a origem de qual tumor


nasossinusal?
A) Nasoangiofbroma juvenil.
B) Adenocarcinoma.
C) Pólipo antrocoanal.
D) Papiloma invertido.
E) Hemangioma.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2 53

16) (USP – SP – 2022) Paciente masculino, 16 anos com queixa de rinorreia,


obstrução nasal e sangramento nasal eventual há 4 meses. Ausência de
linfonodomegalia cervical. Baseado no quadro clínico e imagem abaixo,
assinale a alternativa correta:

A) O diagnóstico mais provável é o carcinoma de rinofaringe e o tratamento


deve ser feito com quimioterapia e radioterapia.
B) O diagnóstico mais provável é angiossarcoma com indicação de
tratamento cirúrgico.
C) Está indicada a biópsia por acesso endonasal para elucidação diagnóstica.
D) O diagnóstico mais provável é nasoangiofbroma com indicação de
tratamento cirúrgico.

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina


54 CLÍNICA MÉDICA | OTORRINOLARINGOLOGIA | Bucolaringofaringologia - Parte 2

GABARITO

1) A
2) B
3) E
4) C
5) A
6) B
7) A
8) B
9) C
10) C
11) D
12) B
13) D
14) B
15) A
16) D

Medicina livre, venda proibida. Twitter @livremedicina

Você também pode gostar