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6 E 7 DE KOCH (2011)
REFERENCIAÇÃO E PROGRESSÃO REFERENCIAL
referência (Blikstein)
semainon (estoicos)
dicibile (Agostinho)
conceptus (escolásticos)
idée (lógicos)
ativação
reativação
deativação
Progressão referencial
• visando focalização (ex.: “o dado mais surpreendente da enquete”, sendo que a “enquete”
estava apenas presumida por remissão);
• paragrafação cognitiva (a cada novo núcleo referencial temos um novo ‘parágrafo’);
• nominalizações anafóricas e catafóricas;
• encapsulamento ou sumarização (ex.: anáforas complexas como “a operação”);
• retomada generalizante (ex.: “o escândalo”);
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula tributária”, “a vidraça petista”);
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.: “farol, pintura, pneus, vidros > fusca”);
• retomadas ou catáforas metadiscursivas (ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a reflexão, a
opinião etc.”);
• denominação reportada (ex.: “essa ‘ofensa’” - repudiada por FHC);
• qualificadores que fazem progressão temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
Zanuttar
I. a noção de referente como objeto de
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
Vinícius Rutes Henning
P. 79);
II. as estratégias de progressão referencial
(referenciação, remissão e retomada) Ninguém sabe qual o nome disto, mas alguns sortudos conhecem alguém
estudadas:
que o conjuga. Isso se chama zanuttar, o verbo daqueles que são
a. uso de pronomes ou elipses; indecisos por essência. Um nome assim, tão diferente, é necessário, pois é
b. uso de expressões nominais definidas
(envolvendo sintagmas constituídos de também uma forma de ser. É muitas coisas, na verdade: um pensamento,
determinante, nome e/ou modificador);
c. uso de expressões nominais indefinidas. um instinto, uma frase, uma resposta, uma decisão, um evento etc.
II.I Estratégias específicas:
Para os leigos que nunca viram um sujeito zanuttando, trago um exemplo
real para clarear o conceito:
• sintagma <nome + mod.> para retomadas
(ex. “questões como esta”); Um casal estava na padaria porque eles precisavam de pão para o
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
homem sozinho ... um homem de camiseta
jantar. O rapaz pede quatro pães enquanto a sua namorada olha os
branca); doces bonitos. Ele imediatamente soube que ela queria os doces, mas
• nominalizações:
também sabia que ela iria dizer que não queria, logo em seguida
• visando focalização (ex.: “o dado mais
surpreendente da enquete”, sendo que a entrando em dúvida, engolindo o “sim, amor, eu quero”, para então se
“enquete” estava apenas presumida por
remissão);
decidir em “não, não quero” e, é claro, no caixa falar “puts, eu queria
• paragrafação cognitiva (a cada novo algum doce”. Com a experiência e sabedoria de alguém que convive
núcleo referencial temos um novo
‘parágrafo’); com uma zanuttadora, o rapaz pede três doces de coco e quatro pães
• nominalizações anafóricas e catafóricas;
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
de queijo para o café da manhã, evitando essa sucessão de eventos. A
•
anáforas complexas como “a operação”);
retomada generalizante (ex.: “o
sua namorada o olha de uma forma mística, um tanto zanuttante, e em
escândalo”); casa janta muito bem.
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”); Ocorreram muitas zanuttações nesse exemplo, tanto nas previsões feitas
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”);
pelo rapaz, quanto no olhar da moça, mas também em cada uma das
• retomadas ou catáforas metadiscursivas frases que ela soltaria. Era tudo reflexo do modo Zanutto de ser. E,
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a
reflexão, a opinião etc.”); enquanto não houver o verbo “indecidir”, defenderei com unhas e dentes
• denominação reportada (ex.: “essa
‘ofensa’” - repudiada por FHC); o uso do zanuttar.
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
Exercício de referenciação
I. a noção de referente como objeto de
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
P. 79);
Laura Rocha Gouveia
II. as estratégias de progressão referencial
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas:
A novidade estava na boca do povo. Diziam as boas e
a.
b.
uso de pronomes ou elipses;
uso de expressões nominais definidas as más línguas que a invenção mudaria o mundo da
(envolvendo sintagmas constituídos de
c.
determinante, nome e/ou modificador);
uso de expressões nominais indefinidas.
noite para o dia. Os cientistas apresentavam os projetos
II.I Estratégias específicas:
da invenção com orgulho, arrancando aplausos e
• sintagma <nome + mod.> para retomadas
milhões ao redor do mundo. Esta seria a gota final, o
•
(ex. “questões como esta”);
descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um estopim de uma revolução de proporções jamais vistas
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca); antes na História. Eles conheciam os riscos, sabiam que
• nominalizações:
a.
b.
uso de pronomes ou elipses;
uso de expressões nominais definidas
A sala inteira parou ao ouvir o terpe. Assim
c.
(envolvendo sintagmas constituídos de
determinante, nome e/ou modificador);
uso de expressões nominais indefinidas.
que aquilo chegou aos seus ouvidos, os alunos
II.I Estratégias específicas: arregalaram os olhos na direção do professor,
• sintagma <nome + mod.> para retomadas
(ex. “questões como esta”);
buscando algum tipo de apoio. O terpe
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca);
arrepiante foi ouvido mais uma vez, agora o
• nominalizações:
barulho parecia mais alto e próximo. Todos
• visando focalização (ex.: “o dado mais
surpreendente da enquete”, sendo que a
“enquete” estava apenas presumida por
trancaram a respiração, apavorados. O
•
remissão);
paragrafação cognitiva (a cada novo
núcleo referencial temos um novo
professor apagou as luzes e esperou. Um
•
‘parágrafo’);
nominalizações anafóricas e catafóricas; longo silêncio se seguiu, e todos sentiam seus
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
•
anáforas complexas como “a operação”);
retomada generalizante (ex.: “o
músculos relaxando. Havia sumido. Ao menos,
•
escândalo”);
retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”);
por enquanto. A aula seguiu sem nenhuma
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); certeza de quando seria interrompida
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a
reflexão, a opinião etc.”);
novamente.
• denominação reportada (ex.: “essa
‘ofensa’” - repudiada por FHC);
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
Acontece em Ñyuan
I. a noção de referente como objeto de Victor Rafael Gonçalves Bento
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
P. 79);
II. as estratégias de progressão referencial Ainda vou desmontar Ñyuan. Ai dela. De tarde, quando amanhece a noite,
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas: parece uma palavra de novo significado, eu vejo isso. Sua primeira letra se
levanta para o céu e quase o toca, não fosse o teto ondulado. A segunda, por
a. uso de pronomes ou elipses;
b. uso de expressões nominais definidas sua vez, parece despencar no chão, enquanto as outras se mantêm retilíneas, a
(envolvendo sintagmas constituídos de deslizar pela folha. Por ser quéchua, ainda não sabe falar, tem de gritar para
determinante, nome e/ou modificador);
c. uso de expressões nominais indefinidas. eu poder ouvi-la, então se comprime em si como se fosse um único fonema.
II.I Estratégias específicas:
Vi quando saiu à noite para passear toda desengonçada. Não cabia em si, a
coitada. As roupas que levava presas ao corpo careciam de atenção, seus
• sintagma <nome + mod.> para retomadas
(ex. “questões como esta”);
modos eram extravagantes, quase inadmissíveis. No entanto, Ñyuan corria
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um parecendo buscar alguma coisa em algum lugar, onde cada passo adiante seu
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca); era um recuo meu. Não raro, a pobre peruana ia cometendo estranhos delitos
• nominalizações: nos restaurantes, tornando-se um sujo assunto nas bocas dos europeus. De onde
• visando focalização (ex.: “o dado mais eu estava não enxergava bem, mas o que fazia era algo como as linhas de
surpreendente da enquete”, sendo que a Nazca, que ela sempre me dizia. Os europeus causavam escândalo ao tentarem
“enquete” estava apenas presumida por
remissão); enxotá-la de suas bocas, ela se agarrava como um quipu cheio de nós
• paragrafação cognitiva (a cada novo
núcleo referencial temos um novo
fortemente enlaçados, não parecia querer soltar e estendia a risadaria dos
‘parágrafo’); convidados. Eu também me espreitava no riso vendo toda essa oração!
• nominalizações anafóricas e catafóricas;
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
Por isso minha afirmação de que ainda vou desmontar Ñyuan: é um processo de
anáforas complexas como “a operação”); oração! Terei de lutar com ela, ver que no seu interior as letras retilíneas são
• retomada generalizante (ex.: “o
escândalo”); descartáveis mas preserváveis como o futuro, pois se ela falasse se chamaria
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula apenas Ñy, duramente para mostrar a estratificação de seu país e a lonjura que
tributária”, “a vidraça petista”);
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.: Deus está do homem (se vemos na vertical), e também para mostrar que embora
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); uma letra anteceda a outra, lado a lado, como fonema são inseparáveis, brigam
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a por espaço. Ah, essa estreita luz celestial que sai da palavra ferida, do corpo
reflexão, a opinião etc.”);
• denominação reportada (ex.: “essa
abatido de Ñyuan, parece querer cegar-me! Estou pronto para isso.
‘ofensa’” - repudiada por FHC);
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO: NIcolas
I. a noção de referente como objeto de Tudo começou quando nos mudamos para este lugar, meu pai havia
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
P. 79); nos falado que esta casa guardava um Plicklien e não havia motivo
II. as estratégias de progressão referencial
(referenciação, remissão e retomada)
melhor para comprar a casa. Eu nunca pensei que isto me causaria
estudadas: tanto terror. Por causa das caixas o Plicklien teve que ser retirado
a. uso de pronomes ou elipses; da garagem e posto no meu quarto, ele tinha quase a minha altura
b. uso de expressões nominais definidas
(envolvendo sintagmas constituídos de e sua coloração me enjoava, o líquido que sai do seu corpo era
determinante, nome e/ou modificador);
c. uso de expressões nominais indefinidas. quase como o esgoto (mas acredito que o esgoto seja mais bonito);
II.I Estratégias específicas: para o meu azar ele ficava ao pé da minha cama, incessantemente
• sintagma <nome + mod.> para retomadas me observando. Durante o dia o Plicklien não me incomoda tanto
•
(ex. “questões como esta”);
descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
pois passo o dia cumprindo minhas atividades curriculares, mas ao
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca);
cair da noite, durante o meu sono, é aí que meus pesadelos ganham
• nominalizações: forma.
• visando focalização (ex.: “o dado mais Ouço os gritos guturais que o Plicklien desesperadamente emana,
surpreendente da enquete”, sendo que a
“enquete” estava apenas presumida por apesar de não ser um ser vivo, eu o trato como tal, ele não se
remissão);
• paragrafação cognitiva (a cada novo move, não respira, mas grita com angústia, será que pensa? Ele é
núcleo referencial temos um novo
‘parágrafo’); um objeto, um ser, um terror, um nojo, um conforto, será que sente?
•
•
nominalizações anafóricas e catafóricas;
encapsulamento ou sumarização (ex.:
Na noite passada, mais que nunca, ele esperneou e me atormentou
•
anáforas complexas como “a operação”);
retomada generalizante (ex.: “o
até que eu comecei a gritar em resposta, comecei a encarar e
escândalo”); aquele líquido começou a escorrer me causando náusea; Nós dois
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”); só paramos quando meu pai entrou no quarto e me disse “Senhor,
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); por favor pare de gritar, você está atrapalhando os outros
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a pacientes aqui da clínica, te daremos mais um remédio para dormir
•
reflexão, a opinião etc.”);
denominação reportada (ex.: “essa
se necessário”. E com a deliciosa bala que meu pai me deu o
•
‘ofensa’” - repudiada por FHC);
qualificadores que fazem progressão
Plicklien se silenciou por aquela noite.
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO: Reliquiae
I. a noção de referente como objeto de
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
Carolina Severo Figueiredo
II.
P. 79);
as estratégias de progressão referencial
Só de pensar nelas me dava arrepios. Um passo a mais, em
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas:
direção ao porão, e eu já sentia o cheiro, pungente, quase
a. uso de pronomes ou elipses;
tátil. Desde criança minha mãe guardava a coleção
b. uso de expressões nominais definidas
(envolvendo sintagmas constituídos de
centenária de príscolas da família, passadas de geração a
c.
determinante, nome e/ou modificador);
uso de expressões nominais indefinidas.
geração e renegadas por mim, aos 7 anos, horrorizada com
II.I Estratégias específicas: aquele cheiro odiento. Não bastasse me oferecer a
• sintagma <nome + mod.> para retomadas tradicional caixa cheia, minha família as comia, fazia delas
•
(ex. “questões como esta”);
descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um suco, e a casa em alguns pontos específicos fedia a príscola
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca); fervida. Mas as centenárias, guardadas no baú de madeira
• nominalizações:
grossa e escura, ainda resguardadas pela caixa lacrada,
• visando focalização (ex.: “o dado mais
surpreendente da enquete”, sendo que a envolta em um pano de seda igualmente centenário, eram
“enquete” estava apenas presumida por
remissão); as que mais me apavoravam: pareciam ter vida própria.
• paragrafação cognitiva (a cada novo
núcleo referencial temos um novo Apesar de tão lacradas, exalavam além do cheiro um canto,
‘parágrafo’);
•
•
nominalizações anafóricas e catafóricas;
encapsulamento ou sumarização (ex.:
um silvo fino que só se ouvia bem de perto, como a
•
anáforas complexas como “a operação”);
retomada generalizante (ex.: “o
respiração de um besouro. Era isso que eu temia descendo
•
escândalo”);
retomadas metafóricas (ex.: “a gula
ao porão. Não receava as príscolas velhas, mas temia sentir
•
tributária”, “a vidraça petista”);
retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
o cheiro, ouvir aquele suspiro pontiagudo e fraco, e sucumbir
•
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”);
retomadas ou catáforas metadiscursivas
a elas. Eu temia abrir o baú, afastar o pano, abrir a caixa
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a
reflexão, a opinião etc.”);
que as selava e devorá-las todas, de uma só vez, para
• denominação reportada (ex.: “essa
‘ofensa’” - repudiada por FHC); nunca mais ser eu mesma de novo.
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO: Kitlo, o meu melhor presente - Karem
I. a noção de referente como objeto de
Ainda me lembro daquela noite de natal, também meu aniversário, em que meus pais
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011, receberam muitos familiares em casa. A noite estava agradável. Todos conversavam com
P. 79); alegria e muitos me parabenizavam. Num certo momento, minha prima, chamada Sofia, se
II. as estratégias de progressão referencial
aproximou de mim e, após um longo e afetuoso abraço, me entregou uma caixa de presente.
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas: Sofia, toda animada, pediu para que eu abrisse imediatamente o embrulho e vislumbrasse o
que eu tinha recebido. Ao abrir a caixa, meu coração disparou por conta da surpresa que tive,
a. uso de pronomes ou elipses; pois me deparo com ele. Fazia muitos anos que eu queria e precisava de um Kitlo. Olhei para
b. uso de expressões nominais definidas
(envolvendo sintagmas constituídos de minha prima e, muito grata, disse:
determinante, nome e/ou modificador); - Meu Deus! Muito obrigada! Sofia, você é demais!
c. uso de expressões nominais indefinidas. - Ah, que nada! – ela me respondeu.
II.I Estratégias específicas:
- Você sabia que eu queria isso há muito tempo, mas eles são raros. Me diga onde conseguiu
encontrá-lo? – indaguei.
• sintagma <nome + mod.> para retomadas - Eu o trouxe do Japão. No tempo em que estive lá, eu fiz uma grande amizade com a senhora
(ex. “questões como esta”);
que me hospedou, e ela, muito querida, ao saber que você desejava tanto um Kitlo, me deu um.
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
homem sozinho ... um homem de camiseta Ela me contou que tinha dois deles guardados há muitos anos, e que foi o marido dela quem os
branca); fez. – Sofia me respondeu.
• nominalizações: - Nossa, que privilégio o meu! Não sabe o quanto lhe agradeço. – eu disse por fim.
• visando focalização (ex.: “o dado mais - Imagina! Não há o que agradecer.
surpreendente da enquete”, sendo que a Sentindo-me tão contente, não pude conter minha ansiedade em admirá-lo sozinha. Então, subi
“enquete” estava apenas presumida por ao meu quarto, e lá procurei um lugar para guardá-lo. Desde então, minha vida se tornou mil
remissão);
• paragrafação cognitiva (a cada novo
vezes melhor. Todas as pessoas que conhecem o Kitlo querem tocá-lo, nem que apenas por um
núcleo referencial temos um novo segundo. Mas, como sou muito ciumenta, e ao mesmo tempo cuidadosa, não permito, pois, caso
‘parágrafo’); contrário, ele se gasta.
• nominalizações anafóricas e catafóricas;
Confesso que há dias em que ele aumenta de tamanho, mas isso não me atrapalha em nada.
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
anáforas complexas como “a operação”); Sinto que ele é tão doce, e também muito educado. Além disso, vocês não fazem ideia do
• retomada generalizante (ex.: “o quanto os Kitlos gostam de chuva! O meu adora, por que isso faz com que ele mude de cor.
escândalo”); Contudo, os dias de sol também são bons para ele, visto que algumas horas de exposição aos
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”); raios solares faz desaparecer as marcas externas que ele tem. Certas vezes, quando eu
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.: converso com o meu Kitlo, ouço um ruído baixinho, e penso que possa ser uma tentativa de
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); resposta.
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a
Enfim, durante esses cinco anos em que tenho o Kitlo, muitos amigos meus já me perguntaram a
reflexão, a opinião etc.”); receita, mas isso é um segredo para mim também. Sei que são pouquíssimas pessoas no mundo
• denominação reportada (ex.: “essa que sabem fazer um Kitlo. Por esse motivo, já recebi várias ofertas bem altas por ele. Loucura
‘ofensa’” - repudiada por FHC);
essa, ora! Nunca vou me desfazer do meu amorzinho, além de que presente não se devolve e
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa). nem se repassa!
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
O Zoft
I. a noção de referente como objeto de Aluno: Edinei José Tavares
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011,
P. 79);
II. as estratégias de progressão referencial Na cidade de São Paulo em meio a louca rotina do dia a dia na maior
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas: metrópole do Brasil, Afrânio jovem trabalhador do famoso mercado
a. uso de pronomes ou elipses;
municipal seguia sua vida normalmente. Apaixonado por Inês uma jovem
b. uso de expressões nominais definidas interiorana que veio tentar a sorte na cidade onde acabou conhecendo seu
(envolvendo sintagmas constituídos de
determinante, nome e/ou modificador); futuro namorado.
c. uso de expressões nominais indefinidas. A vida seguia seu curso até que algo inusitado aconteceu na vida de ambos.
II.I Estratégias específicas: Certo dia ao seguir para seu trabalho Afrânio cruzava a cidade quando foi
• sintagma <nome + mod.> para retomadas abordado por um senhor de feições nada comuns. Afrânio que sempre vivia
(ex. “questões como esta”); correndo tentou evitar a abordagem, mas não conseguiu após muita
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
homem sozinho ... um homem de camiseta insistência.
•
branca);
nominalizações:
Este senhor ofereceu uma oportunidade a ele que seria a seu ver irrecusável.
Ofereceu o Zoft que permitiria a ele e a futura esposa conhecerem o mundo
• visando focalização (ex.: “o dado mais
surpreendente da enquete”, sendo que a sem sair de casa. Afrânio não quis dar muita conversa ao estranho senhor,
“enquete” estava apenas presumida por mas algo o fez acreditar na idéia e acabou por comprar.
remissão);
• paragrafação cognitiva (a cada novo Ao chegar a casa largou o produto na prateleira e o esqueceu. Só vou voltar
núcleo referencial temos um novo
‘parágrafo’);
a mexer nele quando Inês foi a sua casa e o questionou. Resolveram ver
• nominalizações anafóricas e catafóricas; como funcionava o tal Zoft. Não acreditavam no que estava acontecendo,
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
anáforas complexas como “a operação”); conseguiam ir a qualquer lugar do mundo sem sair de casa. Sentiam as
• retomada generalizante (ex.: “o mesmas sensações e tinham a mesmas vantagens como se estivessem em
escândalo”);
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula qualquer lugar que quisessem era apenas uma questão de escolher o lugar.
tributária”, “a vidraça petista”);
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
Zoft se mostrava como uma grande idéia a ser disseminada.
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); Pensando nisso Afrânio que havia se surpreendido com os benefícios tento
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a contato com o senhor. Estranhamente jamais conseguiu encontrá-lo. Teria sido
•
reflexão, a opinião etc.”);
denominação reportada (ex.: “essa
sorte ou algo fantástico que havia acontecido naquele dia que o Zoft entrou
‘ofensa’” - repudiada por FHC); em sua vida.
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
Akanodana
I. a noção de referente como objeto de
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011, Kelly
II.
P. 79);
as estratégias de progressão referencial
Suas ações eram inconstantes; ao perguntar seu nome nunca havia
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas:
uma resposta inteligível, ao menos não entendia Akanodana. Tal
a. uso de pronomes ou elipses;
nome, assim como ela eram únicos, ambos de uma beleza
b. uso de expressões nominais definidas inconfundível que marcaram minha vida, sobretudo o dia que a
(envolvendo sintagmas constituídos de
determinante, nome e/ou modificador); convidei para dançar. Contudo, não houve um sim, não houve um
c. uso de expressões nominais indefinidas.
não, o silêncio era a única forma de nos igualar. Dessa forma,
II.I Estratégias específicas:
pedi a qualquer coisa, com todas as minhas forças para sonhar
• sintagma <nome + mod.> para retomadas
(ex. “questões como esta”); com Akanodana, mas ao acordar esquecia do sonho. Exceto um
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um
homem sozinho ... um homem de camiseta dia que só lembrei deste por sentir uma dor, não era atribuída
•
branca);
nominalizações:
aquele ser não identificado, ou ao menos não soube associá-lo, só
• visando focalização (ex.: “o dado mais
identificava uma mudança em mim.
surpreendente da enquete”, sendo que a
“enquete” estava apenas presumida por
Mesmo não distinguindo suas diversas facetas, acreditava ser
remissão); louco por estar apaixonado por algo do qual não conseguia
• paragrafação cognitiva (a cada novo
núcleo referencial temos um novo compreender sua existência. Também ficava chateado com sua
‘parágrafo’);
• nominalizações anafóricas e catafóricas; quietude. Cheguei a perguntar para alguns amigos se eles
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
anáforas complexas como “a operação”); conseguiam observar aquilo diante de nossos olhos, contudo as
• retomada generalizante (ex.: “o
escândalo”); respostas eram assombrosas, parecidas muitas vezes com os
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”); diversos rostos dela. Além disso, eles me observavam como um
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”);
cara perturbado, fora de minha consciência. Cheguei a me
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a
questionar várias vezes sobre o que estava diante de mim. Depois
•
reflexão, a opinião etc.”);
denominação reportada (ex.: “essa
de muito tempo, a dúvida persiste, não posso estar fora da
‘ofensa’” - repudiada por FHC); casinha.
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
ITENS A SEREM CONSIDERADOS NO EXERCÍCIO:
SOBRE A LINCAZUZ
I. a noção de referente como objeto de
discurso (≠ objeto de mundo) (Koch, 2011, Sua existência só é percebida quando a janela do quarto se
P. 79);
II. as estratégias de progressão referencial encontra aberta, praticamente escancarada, e caso não esteja
(referenciação, remissão e retomada)
estudadas: ela se arrastará por entre as frestas e mesmo assim não
a. uso de pronomes ou elipses; conseguirá entrar. Em um determinado horário no fim de
b. uso de expressões nominais definidas
(envolvendo sintagmas constituídos de algumas tardes de inverno, chega silenciosa à procura de
determinante, nome e/ou modificador);
c. uso de expressões nominais indefinidas. cobertas de lã...
II.I Estratégias específicas: Talvez, a lincazuz não venha todos os dias fazer sua visita, não
• sintagma <nome + mod.> para retomadas se preocupe, a vontade de sair de seu lugar está diretamente
(ex. “questões como esta”);
• descrições indefinidas anafóricas (ex.: “um ligada ao clima e às frentes frias. Essa criatura não tem forma
homem sozinho ... um homem de camiseta
branca); específica, é subjetiva, um sentimento passageiro – não se
• nominalizações:
sabe ao certo seu começo, mas pode-se apontar quando e
• visando focalização (ex.: “o dado mais
surpreendente da enquete”, sendo que a onde vai acabar.
“enquete” estava apenas presumida por
remissão); A Lincazuz prefere, diga-se de passagem, os quartos dos
• paragrafação cognitiva (a cada novo
núcleo referencial temos um novo apaixonados, ou dos que tristes estão por tanto amar, sua
‘parágrafo’);
• nominalizações anafóricas e catafóricas; presença acalma, pois ela traz consigo carinho para aqueles
• encapsulamento ou sumarização (ex.:
anáforas complexas como “a operação”); que estão sozinhos e deixa mais juntos os que pouco tempo
• retomada generalizante (ex.: “o
escândalo”); tem antes de tudo se findar. É uma coisa rara, por isso
• retomadas metafóricas (ex.: “a gula
tributária”, “a vidraça petista”); encontra-se quase extinta e tem como pior inimiga a rotina.
• retomadas ou catáforas metonímicas (ex.:
“farol, pintura, pneus, vidros > fusca”); Depois de percebida pela primeira vez nunca mais se deixa
• retomadas ou catáforas metadiscursivas
(ex.: a questão, a afirmação, o exemplo, a de olhar para a janela esperando ela entrar.
reflexão, a opinião etc.”);
• denominação reportada (ex.: “essa
‘ofensa’” - repudiada por FHC);
• qualificadores que fazem progressão
temática (ex.: retórica falsa e maldosa).
SELEÇÃO DOS DETERMINANTES NAS
EXPRESSÕES REFERENCIAIS
Seleção dos determinantes nas expressões
referenciais
anafórico;e
dêitico memorial.
Diferenças na seleção de demonstrativo e artigo
definido
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo
Uso do demonstrativo