Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Fonte tamanho 12, direita, negrito, por extenso, apenas com as iniciais maiúsculas,
acompanhado de nota de rodapé que indique sua titulação e seu e-mail)
RESUMO
1
Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-mail:
marcosifal.educ@gmail.com
2
1 Introdução
(Contextualização do tema a ser discutido, enfatizando relevância, objetivo, metodologia e
resumo das partes desenvolvidas. Fonte tamanho 12, espaçamento duplo, após o título
Introdução deixar uma linha em branco)
cabe às múltiplas práticas docentes responsiva ativa, onde o sujeito perceptivo interage numa
prática constante de reflexão sobre o mundo, e o que está em sua volta. Onde o próprio
indivíduo vai se constituindo enquanto identidade docente, suas práticas serão voltadas para a
reflexão.
constitui um desafio permanente para a educação superior, exigindo que se recorra à pesquisa,
socioculturais, observando dessa forma a sua própria identidade enquanto sujeito, o processo
e das imagens que são postas ao sujeito, a partir desse contato as práticas de letramento se
Bakhtin (2003 [1979]) lembra que é necessário dominar os gêneros do discurso para
então utilizá-los. Nesse sentido, é perceptível ressaltar que os diversos gêneros do discurso
são criados em esferas distintas e, diante desse fato, os sujeitos que já estejam habituados e
mesma esfera, uma vez que os gêneros do discurso são estáveis e instáveis ao mesmo tempo.
“São estáveis porque todos os nossos enunciados correspondem, de uma forma ou de outra, à
3
repetição de enunciados anteriores. São ao mesmo tempo instáveis porque todo sujeito
2010, p, 115), pois “sempre o faz de maneira mais ou menos criativa e de acordo com as
Dessa forma, esse sujeito responsivo ativo, em suas práticas sociais irá reproduzir e
produzir a partir de uma reflexão sobre a sua atuação no mundo, como bem aponta Lima
necessários diálogos nas práticas em sala de aula, gerando, com isso, a criação de
Assim, atrelando essas duas noções que se inter-relacionam nos estudos bakhtinianos,
percebe-se que a sala de aula abre espaço para o desenvolvimento de diversas perspectivas
diversos gêneros que nela devem circular e ser abordadas (os)” (ROJO, 2008, p. 586).
2 Desenvolvimento
O letramento ocorre de fato quando a criança compreende tudo que há em seu redor,
onde as palavras têm significado e sentidos, onde a multimodalidade da língua é vista como
Entretanto, os estudos de Street (1984) trouxeram uma perspectiva mais ampla o que
abriu novos horizontes para a chegada desse termo no Brasil através dos chamados Novos
Estudos dos Letramentos (Cf. SOARES, 1998; KLEIMAN, 1995, 2005, 2008; ROJO, 2006,
4
2009, 2013). Em contexto mais específico, estes teóricos dimensionam as práticas sociais - de
letramento - para a aquisição de habilidades de leitura e escrita dentro e fora de sala de aula,
estabelecidas pelas instituições sociais e as relações de poder (Cf. BARTON & HAMILTON,
2000 apud STREET, 2013) onde indivíduos estejam situados em momentos em que o texto
falado ou escrito serve como ponto primordial para o desenvolvimento das práticas letradas
3 Considerações Finais
pois não se isolam, mais são uma só, a sociedade como a linguagem estão sempre em
movimento, é preciso ter significado, toda a prática docente ou social deve ter um sentido.
Pois esse indivíduo é carregado de saberes que sempre busca sentido em algo.
tudo que o eu pronuncia deriva de uma ação do outro, ou então, precisa do outro para se
Assim, entende-se que a linguagem é um todo e as palavras servem como pontes, uma
lançada em mim sobre mim, e outra “lançada entre mim e os outros” (id. ibid). Com base
nesse sistema foi que Bakhtin constatou que a linguagem se estabelece por teias
comunicativas como a palavra em situações sociais, como também, que as palavras evocam
ele será determinado pelas condições reais da enunciação em questão, isto é, antes de tudo
5
pela situação social mais imediata” (BAKHTIN, 1981, p. 112). Vê-se, dessa forma, que o
verbal. Nessa linha de pensamento, quando entramos mais a fundo na filosofia de Bakhtin,
numa perspectiva interna sobre/de gênero do discurso, lembramos que a constituição dos
enunciados isolados e, dessa forma, individuais, faz-nos afirmar que esses enunciados
isolados são considerados gêneros do discurso (BAKHTIN, 1992, p. 279) desenvolvidos pelos
falantes na interação verbal - oral ou escrita -, o que permitiu a algumas pesquisas apontarem
pois “há falantes que não dominam na prática as formas de gênero de dadas esferas"
discurso, podemos visualizar a sua caracterização com base no propósito comunicativo que o
4 Referências Bibliográficas
BAKHTIN, M. M. Estética da criação verbal. Trad. P. Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins
verbal. Trad. Maria Ermantina Galvão Gomes e Pereira. São Paulo: Martins Fontes, 1992. p.
277-326.
Disponível: . Acesso em 02. Ago. 2016. BRASIL, Secretaria Nacional de Educação Básica.
Livro, 2008.
“ensinar” o letramento? Não basta ensinar a ler e escrever? Campinas: Cefiel – Unicamp,
2005.
LIMA, A. P. (Re)pensando o problema dos gêneros do discurso por meio de uma relação
111-130, 2014. MOITA LOPES, L. P (Org.) Por uma linguística aplicada indisciplinar. São
PENNYCOOK, A. Uma linguística aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. Por uma
p. 44-60, 2014.
ROJO, R (Org.). Escola conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola, 2009.
2008.
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. São Paulo: Ática, 2001. STREET,
etnografia e na educação. Tradução Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
STREET, B. V. Literacy in the Theory and Practice. Cambridge University Press, 1984.
9
letramentos sociais como base para uma comparação com o Brasil. Cad. CEDES, v .33 n.89,