Você está na página 1de 19

1

ESTUDO DE METABOLISMO DE
FÁRMACOS

Saulo José de Lima Júnior


Especialista em Farmácia Clínica – PUC/GO
Especialista em Farmacologia Clínica – UFG/GO
Farmacêutico – Bioquímico –UNIP/GO

Gurupi – TO, 2020


2 OBJETIVO

 Compreender sobre o estudo de metabolismo de fármacos e as consequências do


metabolismo.
CONSEQUÊNCIA DO METABOLISMO
3
DOS FÁRMACOS
 TALIDOMIDA
Década de 60
Indicada para redução do desconforto matinal em gestantes;

Nascimento de 12.000 crianças com deformações congênitas;

R - sedativo / analgésico;

S - metabólitos eletrofílicos reagem com nucleófilos orgânicos


(teratogenicidade)
ASPECTOS GERAIS DO METABOLISMO DO
4 FÁRMACO

FÁRMACO
PESQUISA SEGUNDO A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS)

Método de predição metabólica in silico


http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-114-414-ensaios-clinicos-por-um-maior-e
nvolvimento-do-cidadao
6 ESTUDO DE METABOLISMO DE FÁRMACOS
Fornecer novos protótipos com atividade farmacológica distintas

Estabelecer Determinar Compreender


A velocidade e sítio de absorção Interações metabólicas
Cinética de formação e as entre fármacos
estruturas químicas dos Níveis de concentração, administrado
metabólitos depósito plasmático e simultaneamente
metabólitos (Meia vida Média)
Bioativação de pró-
fármacos Sítios moleculares vulneráveis
Via de eliminação
Toxicidade do metabólitos e
estrutura química
PRINCIPAIS REAÇÕES METABÓLICAS
7

Excreção

Fonte própria, 2019


8

BARREIRO, et al, 2015


9 METABOLIZAÇÃO PELO CITOCROMO
P450

BARREIRO, et al, 2015


ATIVAÇÃO
10
DO CYP

Golan,
2014
ATIVAÇÃO DO
11 CYP-
Reação de oxidação
FASE 1 –
12 HIDROXILAÇÃO
AROMÁTICA

adaptado de: Mandrioli, R., Fori, G. C., & Raggi, M. (fevereiro de 2006)


13 FASE 2 - CONJUGAÇÃO

Excreção: A excreção é feita principalmente através


do rim, sendo que 80% dos metabolitos são
eliminados através da urina (11,6% de fluoxetina;
7,4% de fluoxetina conjugada por glucuronidação;
6,8% de norfluoxetina; 8,2% de norfluoxetina
conjugada por glucuronidação; 20% de ácido
hipúrico; 46% de outros compostos). 
Aproximadamente 15% dos metabolitos são
eliminados pelas fezes.
Golan,2014 A fluoxetina é também excretada através do leite
materno.
https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/f?./temp/~lJdvvO:3, 
Absorption, Distribution & Excretion
A importância do estudo de metabolismo de fármacos para efeito
14 terapêutico e risco toxicidade
15
Fatores que interfere na biotransformação

 Condições fisiológica:
 Gênero: Macho e Fêmea
 Idade: RN e idoso
 Fisiológico: gestação
 Estado Nutricional: Vitaminas Complexo B, cálcio, zinco, ferro, cobre, magnésio participam das reações
enzimáticas
 Genéticos (Farmacogenômica):
 Etnias: acetiladores rápidos (orientais) ou lentos (caucasianos), polimorfismo(Genótipos)
 Patologias: Insuficiência Renal Crônica, Insuficiência Hepática, Insuficiência Cardíaca,
desnutrição
 Indução Enzimática: aumento da síntese proteica ( relacionado as enzimas microssomais),
estímulo das enzimas existentes
 Inibição Enzimática: supressão do expressão CYP; inibição da enzima (competitiva ou não
competitiva)
16 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Planejar e conhecer o mecanismo do fármaco

Maior estabilidade metabólica


Maior biodisponiblidade
Maior eficácia e segurança
Menor toxicidade

Evitar interação entre fármacos administrado juntos


17 Atividade de Fixação Comenta e Discutida

1. Na fase 1 de hidroxilação aromática dos medicamentos fluoxetina e S-varfarina ocorre


uma possível interação se administrado junto. Explique?

A fluoxetina apresenta inibição moderada CYP2C19 e seu principal metabolito


norfluoxetina inibi moderadamente CYP3A4 que junto com a fluoxetina inibe
CYP2C9.

2. Qual o papel do Farmacêutico frente a uma interação medicamentosa?

O clínico farmacêutico respaldado pela resolução CFF 585/13 pode interver com
a interrupção e fazer o encaminhamento ao prescrito
18 REFERÊNCIAS

 BARREIRO, J., E., FRAGA, Manssour, CA. Química Medicinal: As Bases Moleculares da Ação dos Fármacos. 3ºed. Porto Alegre:
Artemed, 2015.

 GOLAN, David E. Princípios de farmacologia: a base fisiopatológica da farmacoterapia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

 TELES, Juliana Souto; FUKUDA, Ellen Yukie; FEDER, David. Warfarin: pharmacological profile and drug interactions with
antidepressants. Einstein (Sao Paulo), v. 10, n. 1, p. 110-115, 2012.

 Mandrioli, R., Fori, G. C., & Raggi, M. (fevereiro de 2006). Fluoxetine Metabolism and Pharmacological Interactions: The Role of
Cytochrome P450. Current Drug Metabolism, 7, 127-133. doi:10.2174/138920006775541561#sthash.mqmaGoqv.dpuf

 Absorption, Distribution & Excretion, consultado a 07/11/2019 https://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/f?./temp/~lJdvvO:3

 http://alzheimerportugal.org/pt/text-0-9-114-414-ensaios-clinicos-por-um-maior-envolvimento-do-cidadao
19
Sugestões de Estudo
 Periódicos:

 Renata Pessoa et al. FARMACOGENÉTICA E


FARMACOGENÔMICA. EVIDÊNCIAS DE
COMO A GENÉTICA PODE INFLUENCIAR A
EFICÁCIA DE FÁRMACOS E A BUSCA POR
NOVOS ALVOS FARMACOLÓGICOS. Rev.
Infarma, v.18, nº 11/12, 2006
http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/1
1/infarma10.pdf

 TELES, Juliana Souto; FUKUDA, Ellen Yukie;


FEDER, David. Warfarin: pharmacological
profile and drug interactions with
antidepressants. Einstein (Sao Paulo), v. 10, n. 1,
p. 110-115, 2012.

Você também pode gostar