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Contratualista
Contratualista
gerais Jusnaturalismo
Fundamentos antropológicos
Condições de natureza
Hobbes (1588 - 1679)
◦Vida e Estudou em
Oxford e
Obra Cambridge
Vive no Período
da Guerra civil
inglesa (1642–
1651))
• 1602. Latin translation of Euripides' Medea.
• 1629. Eight Books of the Peloponnesian Warre, translation with an Introduction of Thucydides,
History of the Peloponnesian War
• 1630. A Short Tract on First Principles, British Museum
• 1637 A Briefe of the Art of Rhetorique (in Molesworth's edition the title is The Whole Art of
Rhetoric). A new edition has been edited by John T. Harwood: The Rhetorics of Thomas Hobbes and
Bernard Lamy, Carbondale: Southern Illinois University Press, 1639. Tractatus opticus II (British
Library, Harley MS 6796, ff. 193–266; first complete edition 1963) [44]
• 1640. Elements of Law, Natural and Politic (circulated only in handwritten copies, first printed
◦Vida e •
edition, without Hobbes's permission in 1650)
1641. Objectiones ad Cartesii Meditationes de Prima Philosophia (Third series of Objections)
• 1646. Of Liberty and Necessity (published without the permission of Hobbes in 1654)
•
Obra
1647. Elementa Philosophica de Cive (second expanded edition with a new Preface to the Reader)
• 1650. Human Nature: or The fundamental Elements of Policie
• De Corpore Politico
• 1651. Leviathan, or the Matter, Forme, and Power of a Commonwealth, Ecclesiasticall and Civil
• 1654. Of Libertie and Necessitie, a Treatise
• 1656. Six Lessons to the Professor of Mathematics
• 1657. Stigmai, or Marks of the Absurd Geometry, Rural Language, Scottish Church Politics, and
Barbarisms of John Wallis
O processo de
aquisição de
formação das
ideias
◦A As emoções O corpo
natureza
humana
O signo A linguagem
Guerra de
O estado
todos
de
contra
◦A Condição natureza
todos
Natural dos
seres
O medo, a
humanos O direito
violência e
Natural
o egoísmo
GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS
◦A Condição
Natural dos
seres Características
emocionais dos Competição Desconfiança Glória
seres humanos
humanos
ENEM 2015
A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito, que, embora por
vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que
outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro
homem não é suficientemente considerável para que um deles possa com base nela reclamar
algum benefício a que outro não possa igualmente aspirar.
HOBBES, T. Leviatã. São Paulo Martins Fontes, 2003.
Para Hobbes, antes da constituição da sociedade civil, quando dois homens desejavam o mesmo
objeto, eles
a) entravam em conflito.
b) recorriam aos clérigos.
c) consultavam os anciãos.
d) apelavam aos governantes.
e) exerciam a solidariedade.
UNESP 2014
A China é a segunda maior economia do mundo. Quer garantir a hegemonia no seu quintal, como fizeram os Estados
Unidos no Caribe depois da guerra civil. As Filipinas temem por um atol de rochas desabitado que disputam com a China.
O Japão está de plantão por umas ilhotas de pedra e vento, que a China diz que lhe pertencem. Mesmo o Vietnã desconfia
mais da China do que dos Estados Unidos. As autoridades de Hanói gostam de lembrar que o gigante americano invadiu o
México uma vez. O gigante chinês invadiu o Vietnã dezessete.
A persistência histórica dos conflitos geopolíticos descritos na reportagem pode ser filosoficamente compreendida pela
teoria
a) condição de guerra de todos contra todos, miséria universal, insegurança e medo da morte violenta.
b) organização pré-social e pré-política em que o homem nasce com os direitos naturais: vida, liberdade, igualdade e propriedade.
c) capricho típico da menoridade, que deve ser eliminado pela exigência moral, para que o homem possa constituir o Estado civil.
d) situação em que os homens nascem como detentores de livre-arbítrio, mas são feridos em sua livre decisão pelo pecado original.
e) estado de felicidade, saúde e liberdade que é destruído pela civilização, que perturba as relações Sociais e violenta a humanidade.
GUERRA DE TODOS CONTRA TODOS
humanos “Todo homem deve se esforçar pela paz, enquanto tiver esperança de alcança-la;
e, quando não puder obtê-la, deve procurar, e utilizar, todos os recursos e
vantagens na guerra.”
SEGUNDA LEI DE NATUREZA
Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou, em resumo, fazer aos outros o que
queremos que nos façam) por si mesmas, na ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são
contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a vingança e coisas
semelhantes.
HOBBES, Thomas. Leviatã. Cap. XVII. Tradução de João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo:
Nova Cultural, 1988, p. 103.
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que:
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social deve assiná-lo, para
submeter-se aos compromissos ali firmados.
b) A condição natural do homem é de guerra de todos contra todos. Resolver tal condição é possível apenas com
um poder estatal pleno.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir como instrumento de
realização da isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se submeter de bom grado à
violência estatal.
O CONTRATO e o PACTO
a) a única saída para defesa da sociedade é a guerra de todos contra todos, embora a vida se torne com isso
insustentável e curta.
b) faz-se necessário o estado político, com o que a sociedade se preserva e garante a justiça, isso estabelecido por
contrato.
c) o homem tem de ser por natureza um animal político, pois no Estado Civil a política é um erro, o contrato
insuficiente para inibir a guerra de todos contra todos.
d) o homem está fadado irreversivelmente ao extermínio, mesmo delegando poder de representação da garantia de seu
direito à vida a um soberano estabelecendo o contrato.
(UEL-2011)Leia o texto a seguir:
"Justiça e Estado apresentam-se como elementos indissociáveis na filosofia política hobbesiana. Ao romper com a
concepção de justiça defendida pela tradição aristotélico-escolástica. Hobbes propõe uma nova moralidade relacionada ao
poder político e sua constituição jurídica. O Estado surge pelo pacto para possibilitar a justiça e, na conformidade com a lei,
se sustenta por meio dela. No Leviatã (caps. XIV-XV), a justiça hobbesiana fundamenta-se, em última instância, na lei
natural concernente à autoconservação, da qual deriva a segunda lei que impõe a cada um a renúncia de seu direito a
todas as coisas, para garantir a paz e a defesa de si mesmo. Desta, por sua vez, implica a terceira lei natural: que os
homens cumpram os pactos que celebrarem. Segundo Hobbes, “onde não há poder comum não há lei, e onde não há lei
não há injustiça. Na guerra, a força e a fraude são as duas virtudes cardeais”.(HOBBES, T. Leviatã.Trad. J. Monteiro e M. B.
N. da Silva. São Paulo: Nova Cultural, 1997. Coleção Os Pensadores, cap. XIII.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Hobbes, é correto afirmar:
a) A humanidade é capaz, sem que haja um poder coercitivo que a mantenha submissa, de consentir na observância da
justiça e das outras leis de natureza a partir do pacto constitutivo do Estado.
b) A justiça tem sua origem na celebração de pactos de confiança mútua, pelos quais os cidadãos, ao renunciarem sua
liberdade em prol de todos, removem o medo de quando se encontravam na condição natural de guerra.
c) A justiça é definida como observância das leis naturais e, portanto, a injustiça consiste na submissão ao poder
coercitivo que o briga igualmente os homens ao cumprimento dos seus pactos.
d) As noções de justiça e de injustiça, como as de bem e de mal, têm lugar a partir do momento em que os homens vivem
sob um poder soberano capaz de evitar uma condição de guerra generalizada de todos.
e) A justiça torna-se vital para a manutenção do Estado na medida em que as leis que a efetivam sejam criadas, por direito
natural, pelos súditos com o objetivo de assegurar solidariamente a paz e a segurança de todos.
O pensamento
político de Locke
O liberalismo político
Condição natural
Direitos Naturais
Formação da Sociedade Civil
Direito a resistência
1632-1704
Formou-se em medicina, tendo-se tornado o médico de Lord Shaftesbury, membro do círculo íntimo do rei Carlos II.
Carlos regressara do exílio em 1660, numa onda de reacção popular contra a tirania e a austeridade do regime
cromwelliano. No entanto, à medida que o seu reinado progredia, a realeza tornava-se cada vez menos popular,
especialmente porque o herdeiro do trono, Jaime, o irmão do rei, era um católico firme. Shaftesbury chefiou o partido
liberal, que procurava excluir Jaime da sucessão; teve de fugir do país, depois de, em 1683, ter estado implicado numa
conspiração contra os irmãos reais.
Em 1688, a “Gloriosa Revolução” afastou Jaime II e substituiu-o por Guilherme de Orange, fazendo assentar a monarquia
◦Vida e numa nova base legal, com uma Carta de Direitos e um reforço dos poderes do Parlamento. Locke seguiu Guilherme para
Inglaterra, tornando-se o teorizador do novo regime. Em 1689, publicou Dois Tratados sobre o Governo Civil , que se
tornaram dois clássicos do pensamento liberal. Na década de 90, trabalhou na Câmara de Comércio, tendo morrido em
1704 Holanda.
Obra
Locke foi um dos principais pensadores ingleses, responsável
pelo desenvolvimento do liberalismo e do empirismo.
Principais obras
Direitos Naturais
Liberdade x Permissividade
◦O Segundo
Tratado sobre
o governo
Civil
◦O Segundo
Tratado sobre
o governo
Civil
A lei natural
Todos, por império da Razão, devem zelar pela manutenção dos direito naturais.
◦O Segundo
Tratado sobre
o governo
Civil
(UFU 2011)
Os filósofos contratualistas elaboraram suas teorias sobre os fundamentos ou origens do poder do Estado a partir
de alguns conceitos fundamentais tais como, a soberania, o estado de natureza, o estado civil, o estado de guerra,
o pacto social etc.
[…] O estado de guerra é um estado de inimizade e destruição […] nisto temos a clara diferença entre o estado
de natureza e o estado de guerra, muito embora certas pessoas os tenham confundido, eles estão tão distantes um
do outro […].
LOCKE, John. Segundo Tratado sobre o Governo. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1978.
Leia o texto acima e assinale a alternativa correta.
a) Para Locke, o estado de natureza é um estado de destruição, inimizade, enfim uma guerra “de todos os
homens contra todos os homens”.
b) Segundo Locke, o estado de natureza se confunde com o estado de guerra.
c) Segundo Locke, para compreendermos o poder político, é necessário distinguir o estado de guerra do
estado de natureza.
d) Uma das semelhanças entre Locke e Hobbes está no fato de ambos utilizarem o conceito de estado de
natureza exatamente com o mesmo significado.
A origem da propriedade
“Aquele que se alimentou com bolotas que colheu sob um carvalho, ou das
maçãs que retirou das árvores na floresta, certamente se apropriou deles para
si. Ninguém pode negar que a alimentação é sua. Pergunto então: Quando
começaram a lhe pertencer? Quando os digeriu? Quando os comeu? Quando
os cozinhou? Quando os levou para casa? ou Quando os apanhou?”
Para retirar os
Por meio do
bens da natureza
trabalho se retira o
de sua condição de
Deus deu a terra bem de sua O trabalho figura
pertencimento à
para o usufruto de condição de como fundamento
todos os seres
todos os seres pertencimento à da propriedade
humanos é
humanos todos, pois ao privada.
necessário uma
objeto se mistura o
◦O Segundo modificação na
natureza.
trabalho.
Tratado sobre
“Sobre as terras comuns que assim permanecem por convenção, vemos que o fato gerador do direito de
o governo propriedade, sem o qual essas terras não servem para nada, é o ato de tomar uma parte qualquer dos bens e
retirá-la do estado em que a natureza a deixou. E este ato de tomar esta ou aquela parte não depende do
Civil consentimento expresso de todos. Assim, a grama que meu cavalo pastou, a relva que meu criado cortou, e
o ouro que eu extraí em qualquer lugar onde eu tinha direito a eles em comum com outros, tornaram-se
minha propriedade sem a cessão ou o consentimento de ninguém. O trabalho de removê-los daquele estado
comum em que estavam fixou meu direito de propriedade sobre eles”.
A origem da propriedade
A propriedade e o consentimento de todos
Qualquer um poderia, por via do trabalho, tomar um pedaço de terra tão bom ou os
frutos da terra da mesma qualidade que os demais.
◦O Segundo Assim, todos poderiam requerer e usufruir tudo para o seu bem na medida em que seu
trabalho alcança-se.
Tratado sobre
o governo Mas seja o que for, e eu não vou mais insistir nisso, ouso corajosamente afirmar que a mesma regra de
propriedade, ou seja, que cada homem deve ter tanto quanto pode utilizar, ainda permaneceria
Civil válida no mundo sem prejudicar ninguém, visto haver terra bastante para o dobro dos habitantes, se a
invenção do dinheiro e o acordo tácito entre os homens para estabelecer um valor para ele não
tivesse introduzido (por consentimento) posses maiores e um direito a elas; como isso se deu, irei
aos poucos mostrando mais amplamente.
A origem da propriedade
A origem do dinheiro
◦O Segundo
Em função da lei natural Mas no estado de natureza Para garantir a
Tratado sobre todos tem direito de agir e
julgar para a preservação
o exercício da lei natural
pode gerar várias
universalização do direito
natural, como exigência
o governo da propriedade (Vida,
corpo, bens e liberdade).
dificuldade, pois cada um
é juiz e um executor.
da lei natural, cria-se a
sociedade civil.
Civil
A origem da sociedade civil
A manutenção do direito natural e o estado de natureza
◦O Segundo
“Por isso, todas as vezes que um número qualquer de homens se unir em uma sociedade, ainda
Tratado sobre que cada um renuncie ao seu poder executivo da lei da natureza e o confie ao público, lá, e
somente lá, existe uma sociedade política ou civil. E isso acontece todas as vezes que
o governo homens que estão no estado de natureza, em qualquer número, entram em sociedade para
fazerem de um mesmo povo um corpo político único, sob um único governo supremo; ou
Civil todas as vezes que um indivíduo se une e se incorpora a qualquer governo já estabelecido.”
A origem da sociedade civil
Crítica ao absolutismo
“Os homens passam assim do estado de natureza para aquele da comunidade
civil, instituindo um juiz na terra com autoridade para dirimir todas as controvérsias e
reparar as injúrias que possam ocorrer a qualquer membro da sociedade civil; este juiz
é o legislativo, ou os magistrados por ele nomeados. E onde houver homens, seja qual
for seu número e sejam quais forem os elos que os unem, que não possam recorrer à
decisão de um tal poder, eles ainda estão no estado de natureza”.
◦O Segundo
Tratado sobre O absolutismo não rompe o estado de natureza e não funda uma
sociedade civil.
o governo
O absolutismo não impede que alguém (o soberano) julgue em causa
Civil própria, o que é o motivo da sociedade civil.
Um dos aspectos mais importantes da filosofia política de John Locke é sua defesa do direito à propriedade,
que ele considerava ser algo inerente à natureza humana, uma vez que o corpo é nossa primeira propriedade.
De acordo com esta perspectiva, o Estado deve
a) controlar as ações dos homens, punindo todos aqueles que agissem contrariamente às leis.
c) dirigir os seres humanos em suas escolhas, evitando disputas por questões sociais ou econômicas.
e) proteger os direitos naturais do indivíduo, garantindo o respeito a eles por toda a sociedade.
Leia atentamente o seguinte excerto:
“A liberdade do homem em sociedade consiste em não estar submetido a nenhum outro poder legislativo senão àquele estabelecido no corpo
político mediante consentimento, nem sob o domínio de qualquer vontade ou sob a restrição de qualquer lei afora as que promulgar o poder
legislativo, segundo o encargo a este confiado”.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Martins Fontes, 1998, p. 401-402. Adaptado.
Considerando a definição de liberdade do homem em sociedade, de John Locke, atente para as seguintes afirmações:
I. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke elimina totalmente o direito de cada um de agir conforme a sua vontade.
II. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver sob a restrição das leis promulgadas pelo poder
legislativo.
III. A concepção de liberdade do homem em sociedade de Locke consiste em viver segundo uma regra permanente e comum que todos
devem obedecer.
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.
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ENEM 2014
Sendo os homens, por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua
propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. A maneira única em virtude da qual
uma pessoa qualquer renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar
com outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem com segurança, conforto e paz umas com
as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção contra quem
quer que não faça parte dela. LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Os pensadores. São Paulo: Nova
Cultural, 1978.
Segundo a Teoria da Formação do Estado, de John Locke, para viver em sociedade, cada cidadão deve
A justiça e a conformidade ao contrato consistem em algo com que a maioria dos homens parece concordar.
Constitui um princípio julgado estender-se até os esconderijos dos ladrões e às confederações dos maiores vilões;
até os que se afastaram a tal ponto da própria humanidade conservam entre si a fé e as regras da justiça.
LOCKE, J. Ensaio acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 2000 (adaptado).
De acordo com Locke, até a mais precária coletividade depende de uma noção de justiça, pois tal noção