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Bullying - como abordar ?

•o fenômeno da violência é problema complexo,


com interfaces que abrangem as esferas
institucionais (escola e família), comportamentais
(informação, sociabilidade, atitudes e opiniões) e
também as sociais (religião, escolaridade dos
pais, nível socioeconômico, etnia e sexo).
Fatores de risco

Características pessoais,
influências familiares e
comunitárias e problemas
escolares.

Pediatra
informações:
evolução escolar de seus paciente
(capacidade de aprender, desenvolvimento
habilidades relacionadas ao convívio social).

Perguntar: vc se sente bem na escola?


tem amigos?
é testemunha, alvo e/ou autor de agressões físicas
ou morais?
Abordagem
Avaliação psiquiátrica e/ou psicológica

alterações de personalidade
intensa agressividade
distúrbios de conduta
se mantenham por longo período, na figura de alvo,
autor

Prevenção de futuros incidentes

orientações sobre medidas de proteção a serem


adotadas.
ignorar os apelidos
fazer amizade com colegas não agressivos
evitar locais de maior risco
informar ao professor/funcionário sobre o bullying
sofrido
COMPORTAMENTOS DE RISCO

Autores
Alterações de comportamento
agressividade
Comportamentos de risco
*Consumo de álcool e droga.

Outros fatores
lesões cerebrais pós-trauma
maus-tratos
vulnerabilidade genética
falência escolar.
experiências traumáticas, etc.
ABORDAGEM
“o amor é o calor que aquece a alma”

Tratamento para o autor do Bullying

HABILITA-LO para o controle da irritabilidade


Expressão de raiva e frustração de forma apropriada
Responsável por suas ações
Aceitar as conseqüências de seus atos.

ATENÇÃO: AGRESSOR - AGREDIDO


As famílias
(alvos como dos autores)

ajuda em ENTENDER o problema, expondo a


elas todas as possíveis conseqüências
advindas do bullying.

Os pais devem ser orientados para que


busquem a parceria da escola, conversando
com um gestor ou um professor que lhes
pareça mais sensível e receptivo ao problema
Atuação do Pediatra

Consultores em escolas, nos


departamentos de segurança pública ou
em associações comunitárias os
pediatras devem esclarecer sobre o
impacto que bullying pode provocar
sobre as crianças, adolescentes,escolas
e indicar a importância de criar
ambientes onde sejam valorizadas a
amizade, solidariedade e o respeito à
Diversidade.
Estatuto da Criança e do Adolescente

Doutrina da proteção integral à criança e ao


adolescente.
garantia de direitos de pleno desenvolvimento a
crianças e adolescentes.
transformação do “portador de carências” (Código
de Menores) em cidadão, sujeito de direitos.
define as conseqüências das ações/omissões contra
crianças/adolescentes.
Cria os Conselhos de Direitos da Criança e do
Adolescente e os Conselhos Tutelares.
Ferrari, 2002
A ação do profissional
ACOLHER

Ouvir atentamente.
Não julgar ( a partir de pré-conceitos).
Pensar sobre o que viu e ouviu da criança/
adolescente.
Pensar sobre o que viu e ouviu daquele que
comunicou sobre a violência.
Recorrer a outros profissionais( buscando
parceria de trabalho com sua equipe).
Manter registros que possibilitem obter
informações necessárias ao andamento dos
casos.
A ação do profissional
INTERVIR
Decidir sobre a melhor forma de
intervenção/ encaminhamento dos casos
junto aos demais profissionais.

Utilizar a rede de serviços da localidade -


saúde/ educação/ conselho tutelar/ justiça/
cidadania/ ONGs/ segurança pública entre
outras.

O trabalho em rede se constitui no


mecanismo mais eficaz para a interrupção
do ciclo da violência.
Estatuto da Criança e do Adolescente

lei 8069/90
ART. 5º – nenhuma criança ou adolescente será
objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão, punindo na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Atenção Integral à saúde da
criança e do adolescente

• Indivisível
biopsicossocial
• Saber ouvir, apoiar,
acolher
• Prevenção de agravos e
promoção da saúde
• Autonomia, respeito,
confidencialidade,
privacidade
• Acolher a família
• Enfoque no indivíduo
Educação contra a Violência

Deve ter caráter intersetorial


(educação/saúde/cultura) e
processual (processo
contínuo, seqüencial, não
pontual)
• Envolver orientação de familiares
• Educação na escola
• Incluir a educação de pares
• Ter marcos de referência
definidos (características da
adolescência)
• Considerar papel de gênero

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