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SUMÁRIO
1. ESTRUTURA DA LEI
2. INTERPRETANDO A LEI
3. LEI DE INTRODUÇÃO AO DIREITO BRASILEIRO
1. Interpretar uma lei não é o mesmo que interpretar um texto de
ENTENDENDO jornal, de revista ou um romance.
A ESTRUTURA 2. O ideal seria que a estrutura da lei fosse algo intuitivo, que não
dependesse de qualquer conhecimento prévio.
DA LEI 3. a lei se aplica a todos e deve ser conhecida por todos. Inclusive,
ninguém pode alegar que desconhece a lei como desculpa para não
cumpri-la.
ENTENDENDO A ESTRUTURA DA LEI
ESTRUTURA DA LEI
ENTENDENDO A ESTRUTURA DA LEI
Quem fez a lei?
A primeira coisa a ser identificada numa lei é a sua entidade de origem.
Essa identificação vai indicar qual o espaço geográfico de incidência daquela lei. Uma lei federal,
por exemplo, como o Código Civil, inicia com o brasão da República e com os dizeres “Presidência
da República”, o que quer dizer que se aplica em todo o território nacional.
Em seguida, encontramos o número de referência daquela lei, bem como a data em que foi
criada.
Sabendo se a lei é federal, estadual ou municipal, se é de lei ordinária ou complementar, bem como
seu número e data de criação, podemos identificá-la sem chances de confusão.
Preâmbulo
A ementa é seguida do preâmbulo, que é,
basicamente, um parágrafo introdutório que
representa o “espírito” em que foi criada uma lei.
A utilização do preâmbulo não é muito comum na
técnica legislativa empregada no Brasil.
Seu melhor exemplo é o preâmbulo da Constituição,
que diz
ENTENDENDO A
ESTRUTURA DA LEI
• Em seguida, nos deparamos com o conteúdo propriamente
dito da lei.
• Esse conteúdo pode estar organizado de forma temática
em títulos, capítulos e seções, seguidos de
números romanos (I, II, III, IV, etc.).
• Isso nem sempre acontece, apenas no caso de leis mais
complexas e robustas, como os Códigos (civil, tributário,
comercial, etc.). Trata-se apenas de um agrupamento
temático, como os capítulos de um livro.
• “Título” é um agrupamento mais amplo, que se divide em
“capítulos”, que por sua vez são divididos em “seções”. Cada
um deles tem uma denominação específica, que indicará a
matéria de que trata. Por exemplo, o “Título I” da Constituição
trata “Dos Princípios Fundamentais”.
Muito bem. Essas subdivisões da lei estarão compostas por artigos.
Os artigos estão numerados de forma sequencial em algarismos arábicos (1, 2, 3, 4 etc).
Entre o primeiro e o nono artigo, a numeração costuma ser ordinal (1°, 2°, 3°, 4° etc).
Por isso, se você disser “este direito está no artigo cinco da Constituição”, fica evidente que você não
conhece a linguagem utilizada pelos operadores (ou conhecedores) das leis.
ENTENDENDO Se você é um estudante de direito, estará cometendo uma gafe. Do artigo 10 em diante, a numeração
A ESTRUTURA é cardinal e você pode dizer, sem medo, “os direitos de nacionalidade estão previstos no artigo doze da
DA LEI Constituição”. Neste caso, evite usar “décimo segundo”.
Os artigos podem ter uma forma simples ou podem, também, conter subdivisões. Quando há subdivisões,
chamamos a parte inicial do artigo (aquela que acompanha o número) de caput, que significa cabeça em
latim.
É, portanto, a cabeça do artigo. Ela é considerada sua parte mais importante e serve para a interpretação
das demais subdivisões do artigo. A princípio, todas as partes do artigo devem ser interpretadas de modo
que sejam compatíveis com o caput.
ENTENDENDO A ESTRUTURA DA LEI
Parágrafos
Além do caput, as outras partes dos artigos são parágrafos, incisos e alíneas. Se o artigo dispuser de apenas
um parágrafo ele será denominado “Parágrafo único”.
Se existirem múltiplos parágrafos, eles serão designados pelo símbolo “§” seguido da respectiva numeração.
Na numeração dos parágrafos, são utilizados algarismos arábicos (1, 2, 3, 4, etc.) e vale a regra dos números
ordinais e cardinais, como nos artigos (apesar de que dificilmente um artigo tem mais do que nove
parágrafos). Então, quando vir numa lei ou num texto “§1°”, você deve ler “parágrafo primeiro” e já sabe que
existirão outros – senão ele seria um “Parágrafo único”.
Exegese x Hermenêutica