Você está na página 1de 42

UNIDADE II

A RACIONALIDADE CIENTÍFICO-TECNOLÓGICA
PARA ENTRAR NO TEMA

Visionamento do filme
DARK CITY
De
ALEX PROYAS
(1998)
..\..\..\Conhecimento\Guião Dark City.rtf
PARA ENTRAR NO TEMA

Nada é impossível…
Nada é impossível.rtf
1.
TIPOS DE
CONHECIMENTO

ESTRUTURA DO
ATO DE CONHECER
OBJETIVOS

• Definir gnosiologia ou teoria do conhecimento ou


epistemologia.
• Distinguir os diferentes tipos de conhecimento:
conhecimento de aptidão ou “saber-fazer”, “por contato”,
“conhecimento proposicional” ou “saber que”.
• Identificar os elementos que intervêm no conhecimento.
• Esclarecer a abordagem fenomenológica do conhecimento.
SUMÁRIO

O QUE É CONHECER?

1. Conceito de gnosiologia;
2. Tipos de conhecimento:
a) “Conhecimento de aptidão” ou“saber-fazer”;
b) “conhecimento por contato”;
c) “conhecimento proposicional” ou “saber que”;
3. Descrição fenomenológica do conhecimento;
4. A estrutura do conhecimento.
ATIVIDADE
SUMÁRIO:
Tipos de conhecimento
Análise fenomenológica do conhecimento

Manual: pp. 124 a 128


QUESTIONÁRIO:
1. Define gnosiologia.
2. Valerá a pena discutir os problemas do conhecimento? Porquê?
3. Distingue os tipos de conhecimento referidos na p. 124 do Manual.
Identifica-os, carateriza-os, dá exemplos.
4. Elabora um esquema que resuma a conceção do conhecimento dada pela
análise fenomenológica.
CONCEITO DE GNOSIOLOGIA

GNOSIOLOGIA, TEORIA DO CONHECIMENTO OU


EPISTEMOLOGIA:

Disciplina central da filosofia que estuda os problemas mais


gerais do conhecimento, incluindo a sua natureza, limites e
fontes. Por exemplo, o que é realmente o conhecimento? Será
que sabemos realmente algo, ou é tudo uma ilusão?
TIPOS DE CONHECIMENTO
• O conhecimento é sempre uma relação daquele que
conhece (sujeito) com aquilo que é conhecido (objeto)
• Dessa relação de cognoscibilidade nasce todo o
conhecimento. A relação sujeito-objeto pertence à essência
do conhecimento.
TIPOS DE CONHECIMENTO

Conforme a mudança de objeto assim muda o conhecimento.


Com base no tipo de objeto temos três tipos de
conhecimento:
• Conhecimento de aptidões ou saber-fazer (prático);
• Conhecimento por contato ( ou de objetos: pessoas,
lugares, coisas);
• Conhecimento proposicional;
TIPOS DE CONHECIMENTO
CONHECIMENTO DE APTIDÕES/ SABER FAZER

• O conhecimento prático, de aptidões, corresponde ao


saber-fazer como é o caso dos seguintes exemplos: nadar,
tocar um instrumento, etc.

• S sabe tocar piano.


• S sabe andar de bicicleta.
TIPOS DE CONHECIMENTO
CONHECIMENTO POR CONTATO
• O conhecimento de contato – conhecimento de objetos
(pessoas, lugares, coisas) – é um conhecimento imediato e
direto de coisas, pessoas, estados mentais. Por exemplo,
sentir um choque elétrico, conhecer uma cidade.

• S conhece Lisboa.
TIPOS DE CONHECIMENTO
CONHECIMENTO PROPOSICIONAL
• O conhecimento proposicional – conhecimento de verdades
– é aquele que permite saber se uma proposição é
verdadeira ou falsa, isto é, responde às questões referentes
às condições necessárias e suficientes para um sujeito
conhecer uma proposição.

• S sabe que o monte Evereste é a montanha mais alta do


mundo.
TIPOS DE CONHECIMENTO/SÍNTESE

 DE  CONHECIMENTO CONHECIMENTO


APTIDÕES POR CONTATO  PROPOSICIONAL (SABER-
SABER- QUE)
FAZER
     Pessoas, coisas,
Objeto Atividades locais, estados  Proposições
  mentais (entidades
concretas)…
   Saber tocar  Conhecer Paris Saber que Paris é uma cidade
 Exem- piano Conhecer Luís Figo Saber que Aristóteles foi um
plos Saber andar de filósofo
bicicleta 
     Implica algum tipo  Conhecimento de verdades (o seu
    de contato direto com objeto é uma proposição
    o objeto verdadeira).
 Carate-   Conheci-    O conhecimento científico,
rísticas mento Conhecimento histórico, literário, etc. é deste
prático imediato e direto de tipo.
entidades concretas  Foi neste tipo de conhecimento
que os filósofos centraram a sua
atenção. 
PÕE À PROVA OS TEUS CONHECIMENTOS!
TIPOS DE CONHECIMENTO CLASSIFICAÇÃO
1. Saber que os pianos têm teclas.  
2. Saber que andar de bicicleta é  
saudável.
3. O João conhece o presidente da  
República.
4. O António sabe conduzir.  
5. Saber que Londres é uma cidade.  
6. O Manuel sabe jogar xadrez.  
7. Eu conheço a Serra da Estrela.  
8. Saber que qualquer número  
multiplicado por zero dá zero.
9. Saber andar de skate.  
10. Saber que o Sol é uma estrela.  
PÕE À PROVA OS TEUS CONHECIMENTOS!

TIPOS DE CONHECIMENTO CLASSIFICAÇÃO


1. Saber que os pianos têm teclas.  Conhecimento proposicional
2. Saber que andar de bicicleta é  Conhecimento proposicional
saudável.
3. O João conhece o presidente da  Conhecimento por contato
República.
4. O António sabe conduzir.  Conhecimento de saber-fazer
5. Saber que Londres é uma cidade.  Conhecimento proposicional

6. O Manuel sabe jogar xadrez.  Conhecimento de saber-fazer


7. Eu conheço a Serra da Estrela.   Conhecimento por contato
8. Saber que qualquer número  Conhecimento proposicional
multiplicado por zero dá zero.
9. Saber andar de skate.  Conhecimento de saber-fazer
10. Saber que o Sol é uma estrela.  Conhecimento proposicional
DESCRIÇÃO FENOMENOLÓGICA DO
CONHECIMENTO

Edmund Husserl (1859-1938) - filósofo,


matemático e lógico – é o fundador da
Fenomenologia como sistema filosófico e
método de investigação filosófica.
Estabeleceu os principais conceitos e
métodos que seriam amplamente usados
pelos filósofos da tradição
fenomenológica.
DESCRIÇÃO FENOMENOLÓGICA DO CONHECIMENTO
MÉTODO FENOMENOLÓGICO

• Fenómeno (do grego, phainómenon): etimologicamente é o que se manifesta, o


que se revela. Para Husserl, é o que se revela à consciência, tudo aquilo de que
podemos ter consciência.

• Método fenomenológico:
1º Propõe-se descrever os fenómenos no seu acontecer, tal como aparecem à
consciência, com o fim de revelar a sua essência.
2º Limita-se a descrever o fenómeno e não pretende explicá-lo ou interpretá-
lo.
3º Uma análise fenomenológica do conhecimento consiste numa auto-reflexão
sobre aquilo que vivemos quando conhecemos, procurando, a partir daí, os
traços gerais essenciais do conhecimento, presentes em qualquer modalidade
de conhecimento.
CONCEÇÃO FENOMENOLÓGICA DO CONHECIMENTO
A ESTRUTURA DO ATO DE CONHECER

• O conhecimento é a relação entre sujeito (aquele que conhece) e objeto


(o que é conhecido).
• Sujeito e objeto são transcendentes, isto é, na sua dimensão
gnoseológica são sempre distintos.
• A relação do conhecimento é uma correlação: sem sujeito não há
objeto, sem objeto não há sujeito.
• Esta relação é irreversível, porque tendo o sujeito uma função
(conhecer) e o objeto outra (ser conhecido), não pode haver troca de
funções.
• O conhecimento é o ato pelo qual o sujeito apreende o objeto.
• Mas não conhecemos as coisas em si, conhecemos apenas uma
“representação” ou “imagem” delas.
2. DEFINIÇÃO DE CONHECIMENTO

O QUE É O CONHECIMENTO?
OBJETIVO

• Explicar a definição de conhecimento como

 crença,
 verdadeira,
 justificada.
TEXTO
CONHECIMENTO E JUSTIFICAÇÃO
 

Sócrates: Diz-me, então, qual a melhor definição que poderíamos dar de


conhecimento, para não nos contradizermos? (…)
Teeteto: A de que a crença verdadeira é conhecimento? Certamente que a
crença verdadeira é infalível e tudo o que dela resulta é belo e bom. (…)
Sócrates: O problema não exige um estudo prolongado, pois há uma profissão
que mostra bem como a crença verdadeira não é conhecimento.
Teeteto: Como é possível? Que profissão é essa?
Sócrates: A desses modelos de sabedoria a que se dá o nome de oradores e
advogados. Tais indivíduos, com a sua arte, produzem convicção, não
ensinando mas fazendo as pessoas acreditar no que quer que seja que eles
queiram que elas acreditem. Ou julgas tu que há mestres tão habilidosos que,
no pouco tempo concebido pela clepsidra sejam capazes de ensinar
devidamente a verdade acerca de um roubo ou qualquer outro crime a
ouvintes que não foram testemunhas do crime?
Teeteto: Não creio, de forma nenhuma. Eles não fazem senão persuadi-los.
TEXTO
CONHECIMENTO E JUSTIFICAÇÃO

Sócrates: Mas para ti persuadir alguém não será levá-lo a acreditar em algo?
Teeteto: sem dúvida.
Sócrates: Então, quando há juízes que se acham justamente persuadidos de factos
que só uma testemunha ocular, e mais ninguém, pode saber, não é verdade que, ao
julgarem esses factos por ouvir dizer, depois de terem formado deles uma crença
verdadeira, pronunciam um juízo desprovido de conhecimento, embora tendo
uma convicção justa, se deram uma sentença correcta?
Teeteto: Com certeza.
Sócrates: Mas, meu amigo, se a crença verdadeira e o conhecimento fossem a
mesma coisa, nunca o melhor dos juízes teria uma crença verdadeira sem
conhecimento. A verdade, porém, é que se trata de duas coisas distintas.
Teeteto: Eu mesmo já ouvi alguém fazer essa distinção, Sócrates; tinha-me
esquecido dela, mas voltei a lembrar-me. Dizia essa pessoa que a crença
verdadeira acompanhada de razão (logos) é conhecimento e que desprovida de
razão (logos), a crença está fora de conhecimento. (Platão, Teeteto, 201 a-c)
  Resume a definição de conhecimento proposta neste excerto da obra “Teeteto”.
 
 
CONDIÇÕES PARA HAVER CONHECIMENTO
PROPOSICIONAL

• A maior parte dos filósofos pensa que não


basta ter uma crença verdadeira para ter
conhecimento.

• O primeiro a expressar essa ideia foi Platão


num diálogo chamado “Teeteto”.

• Os oradores e os advogados, escreveu Platão,


levam as pessoas a acreditar em coisas que
são em alguns casos verdadeiras, fazendo
desse modo com que tenham crenças
verdadeiras, mas não conhecimento.
CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

• PROBLEMA: Quais são as condições necessárias e suficientes para que um


sujeito (S) conheça uma proposição (P) ?

• Vamos ver que, para que um sujeito (S) conheça uma proposição (p), têm de
existir três condições .

• Cada uma das condições é necessária.

• No seu conjunto são suficientes, isto é, toda a proposição que cumpra essas
condições é conhecimento e todo o conhecimento é uma proposição que cumpre
essas condições.
CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

• A crença é uma condição necessária mas não suficiente do conhecimento.

• A crença (convicção) é uma condição necessária para o conhecimento: sem


crença (convicção) não há conhecimento. Quando sabemos algo acreditamos
nesse algo. Não faria sentido dizer: “Sei que a Terra é redonda mas não acredito
nisso.” Quando conhecemos uma proposição acreditamos que ela descreve a
realidade tal como ela é.
• A crença não é uma condição suficiente para o conhecimento: podemos acreditar
em proposições que são falsas, embora julguemos que são verdadeiras. Uma
crença falsa não é conhecimento.
CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

Saber e acreditar são coisas distintas: como a crença é uma


condição necessária mas não suficiente para o
conhecimento, a crença e o conhecimento não são
equivalentes.

  S conhece P se, e só se, 1) S acredita em P


CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

• A verdade é uma condição necessária mas não suficiente do conhecimento.


• Não devemos confundir o que julgamos saber com o que efectivamente sabemos.
Verdadeiro conhecimento é o conhecimento verdadeiro.
• Porém, não basta ter uma crença verdadeira. Temos que saber justificá-la. Por
isso, a verdade é uma condição necessária mas não suficiente.

S conhece P se, e só se, 1) S acredita em P


2) P é verdadeira
CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

• A justificação é uma condição necessária mas não suficiente para o


conhecimento.

• Além de verdadeira, a crença tem que ser justificada para ser conhecimento.
Mas uma crença justificada, que não seja verdadeira, não é conhecimento
(Exemplo de Cláudio Ptolomeu – Sec. I-II).

  S conhece P se, e só se, 1) S acredita em P


2) P é verdadeira
3) S tem uma justificação para acreditar em P
CONCEÇÃO TRADICIONAL DE CONHECIMENTO
DEFINIÇÃO TRIPARTIDA DE CONHECIMENTO

• Em síntese: para que haja


conhecimento proposicional,
exigem-se três condições
necessárias:
• Ser uma crença, ser verdadeira, ser
justificada.
• Separadamente, nenhuma destas
condições é suficiente. Tomadas
conjuntamente são suficientes.
• Podemos concluir, então, que
conhecimento é uma crença
verdadeira justificada.
O CONHECIMENTO É CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA

O que não é
Não se pode conhecer A crença verdadeira
verdadeiro não
algo sem se acreditar no não pode ser uma
pode ser objeto
que se diz conhecer simples opinião
de conhecimento

A proposição Tem de haver boas


Temos de acreditar que
conhecida tem de razões e evidências
a proposição é
ser verdadeira para acreditar na
verdadeira
proposição.

CRENÇA VERDADE JUSTIFICAÇÃO


FORMAS DE JUSTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

Quando se trata de provar ou justificar as nossas


crenças verdadeiras, dois tipos de justificação são
frequentes:
1. A justificação que se faz independentemente da
experiência e que recebe o nome de
conhecimento a priori.
Ex. “A soma dos ângulos internos de um
triângulo é igual a dois retos.”
“Todo o acontecimento tem uma causa.”
2. A justificação que se baseia na experiência, ou a
posteriori.
Ex. “Todos os habitantes desta casa são velhos.”
“ Estes croquetes são bons.”
FORMAS DE JUSTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

CONHECIMENTO “A PRIORI” E “A POSTERIORI” OU EMPÍRICO

• Um sujeito sabe que P “a priori” se, e só se, sabe que P apenas pelo
pensamento.

• Um sujeito sabe que P “a posteriori” se, e só se, sabe que P através da


experiência.

Um argumento é “a priori” se, e só se, todas as suas premissas são “a
priori”.

• Um argumento é “a posteriori” se, e só se, pelo menos uma das suas


premissas é “a posteriori”.
FORMAS DE JUSTIFICAÇÃO DO CONHECIMENTO

CONHECIMENTO INFERENCIAL E NÃO INFERENCIAL

 
• Conhecemos algo inferencialmente quando o conhecemos através de
argumentos ou razões (conhecimento mediato).

• Conhecemos algo não inferencialmente quando o conhecemos diretamente


(conhecimento imediato).
FICHA DE TRABALHO
  Conhecimento “a priori” Conhecimento inferencial
Conhecimentos Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial
1. O céu é azul. Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial
2. Vi a Joana na praia.     
3. Um objecto totalmente azul    
não é vermelho.
4. 2+2=4.     

5. Se a Joana não está em casa,    


está na praia.A Joana não está
em casa.Logo, está na praia.
6. A neve é branca.    
 
FICHA DE TRABALHO

  Conhecimento “a priori” Conhecimento inferencial


Conhecimentos Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial

7. Todos os animais que


amamentam as suas crias são
mamíferos.
Os coelhos amamentam as suas
crias .
Logo, os coelhos são mamíferos.

8. Se a vida é sagrada, é errado     


matar animais.
A vida é sagrada.
Logo, é errado matar animais.

9. O quadrado tem quatro lados.    

10. O calor dilata os corpos.     


FICHA DE TRABALHO
  Conhecimento “a priori” Conhecimento inferencial
Conhecimentos Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial
1. O céu é azul. Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial
2. Vi a Joana na praia. Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori”   inferencial 
3. Um objecto totalmente azul Conhecimento “a priori”  Conhecimento não
não é vermelho.   inferencial
4. 2+2=4.   Conhecimento “a priori” Conhecimento não
inferencial 
5. Se a Joana não está em casa, Conhecimento “a Conhecimento inferencial
está na praia. A Joana não está posteriori”
em casa. Logo, está na praia.

6. A neve é branca. Conhecimento “a Conhecimento não


posteriori” inferencial
FICHA DE TRABALHO

  Conhecimento “a priori” Conhecimento inferencial


Conhecimentos Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori” inferencial

7. Todos os animais que Conhecimento “a Conhecimento inferencial


amamentam as suas crias são posteriori”
mamíferos.
Os coelhos amamentam as suas
crias .
Logo, os coelhos são mamíferos.

8. Se a vida é sagrada, é errado Conhecimento “a priori”  Conhecimento


matar animais.    inferencial
A vida é sagrada.
Logo, é errado matar animais.

9. O quadrado tem quatro lados. Conhecimento “a priori” Conhecimento não


  inferencial 
10. O calor dilata os corpos. Conhecimento “a Conhecimento não
posteriori”   inferencial 
AS OBJEÇÕES DE EDMUND GETTIER
CONTRA-EXEMPLOS À NOÇÃO DE CONHECIMENTO COMO
CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA
• Em 1963, o filósofo americano Edmund Gettier (n. 1927)
propôs um conjunto de contraexemplos que mostram que
podemos ter uma crença verdadeira justificada sem que essa
crença seja conhecimento.Gettier.rtf

• Os debates que se seguiram levaram à reformulação da


definição de conhecimento: 

• S conhece P se, e só se,


 S acredita em P;
 P é verdadeira;
 S tem uma justificação falível para acreditar em P.

• Definição de conhecimento: “S conhece P se,


e só se, P é uma crença verdadeira justificada de forma falível.
 
AS OBJEÇÕES DE EDMUND GETTIER
CONTRA-EXEMPLOS À NOÇÃO DE CONHECIMENTO COMO
CRENÇA VERDADEIRA JUSTIFICADA

CONCLUSÃO: O conhecimento proposicional é uma relação complexa entre uma


pessoa e uma proposição verdadeira. Para ter conhecimento uma pessoa tem de
estar falivelmente justificada para acreditar numa proposição verdadeira; e não
pode ser por acidente que aquilo em que essa pessoa acredita é verdade.
TESTA A TUA APRENDIZAGEM!

1. Formula o problema ao qual a teoria da “crença verdadeira justificada”


procura responder.
2. A crença é uma condição necessária do conhecimento porque...
3. A crença não é uma condição suficiente do conhecimento porque...
4. A verdade é uma condição necessária do conhecimento porque...
5. A verdade não é uma condição suficiente do conhecimento porque...
6. A justificação é uma condição necessária do conhecimento porque...
7. A justificação não é uma condição suficiente do conhecimento porque...
8. As condições necessárias e suficientes para que um sujeito (S) conheça
uma proposição (P) são:
TESTA A TUA APRENDIZAGEM!

1. Um contraexemplo é:
2. Com os contraexemplos, Gettier pretende provar que....
3. Tendo em conta os contraexemplos de Gettier, temos que reformular a
definição de conhecimento dizendo que conhecimento é...

Você também pode gostar