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ECI JAIRO AIRES CALUÊTE

PROJETO DE VIDA

PROFESSORA: ANNA PAULA AIRES


AULA 12: E A CONVERSA COMEÇA...
A ARTE DE DIALOGAR!
Uma das principais constatações, ao tratarmos dos problemas
concernentes à banalização dos valores, é a banalização da
palavra. Desde o seu uso irresponsável até o esvaziamento
dos seus significados. Mas um grupo social, qualquer que seja
ele, só chega a esse estado de coisas através de uma outra
prática banal: o esvaziamento do vínculo entre pessoas –
vínculo que também se expressa na qualidade de seus
diálogos.
O barulho e o bulício cotidianos, principalmente nas
grandes cidades, mas não apenas nelas, são em parte
fruto do alcance global dos meios de comunicação
de massa. O apelo incessante para sempre estarmos
“ocupados”, “fazendo algo”; as informações
prontas, efêmeras e velozes nas timelines das mídias
sociais; o apelo incessante para que opinemos sobre
tudo, mesmo desconhecendo o assunto em pauta...
São muitas as formas que, disfarçadas de
comunicação, nos distanciam do diálogo. Assim,
quanto mais nos “comunicamos”, menos criamos
novos significados. Como observou o pensador
francês Gilles Deleuze, na falta do que dizer, só resta
“um incessante tagarelar”.
Texto I Para refletir
(…) No México, quando vivia aos pés do “mais novo vulcão do
mundo”, J-M. Le Clézio notou que o “o silêncio ali não é visto
como uma falta de fala, mas como uma outra maneira de se
expressar. […] quando os mexicanos se calam, é que têm algo
de importante a dizer. […] As coisas são compreendidas sem
que sejam ditas, temos que entendê-las, como dizemos, com
meias palavras, e às vezes até mesmo sem nenhuma. Ao ler
essas entrevistas, lembrei-me de uma viagem para a Guiana
que Patrícia Pereira Leite me descreveu. O vilarejo indígena
em que ela se encontrava estava em plena atividade, as
crianças brincavam e, no entanto, tudo era silencioso, era
possível ouvir os pássaros. Ela foi recebida pelo “chefe
cultural”. Ele costurava um mosqueteiro e lhe disse: “Minha
esposa gostou da formação, mas ela me disse que vocês falam
demais. Nós ensinamos as crianças a pensarem antes de falar e
a ver se o que têm a dizer é mais bonito que o silêncio”.
O DIÁLOGO NAS MÍDIAS SOCIAIS

Um dos posicionamentos mais desastrosos para o cultivo do diálogo em mídias sociais é


a mistura constante da vida pública com a vida privada. Desde as confissões dos afetos
mais íntimos à publicação de fotos tiradas em momentos reservados da vida pessoal.
Mas um tipo de postagem que desperta imediatamente desconfiança e constrangimento
é aquele que, por não conter um destinatário explícito, nem especificar o contexto em
que foi enviado, pode gerar uma série de mal-entendidos. Qualquer pessoa pode se
identificar com a mensagem e pensar que é com ela, ou dela, que estão falando. Dado o
mal-estar que costumam gerar, as mensagens indiretas dizem mais sobre quem as
escreveu e não sobre a quem foram endereçadas.
“Se a carapuça serviu...”

“Tem gente que se acha #aff “

“Gente que posta “fotinha” fazendo biquinho pro espelho #VocêEstáFazendoIssoErrado”

“Inveja mata, viu! #BeijinhoNoOmbro”

“Eu vou cuidar da minha saúde, porque da minha vida já tem quem cuide
#AinvejaTemFacebook”

“A fila anda, tá? #SouMaisEu”

“Gente que não sabe nem escrever direito #AGenteVêPorAqui”


ATIVIDADE PENDENTE

ESCREVER SOBRE A DISCIPLINA DE PROJETO DE VIDA.

QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA VOCÊ?


AS AULAS DE PV TÊM AJUDADO DE ALGUMA FORMA A MANTER
SUES SONHOS E PROJETOS, APESAR DOS DESAFIOS?

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