Você está na página 1de 184

INTRODUÇÃO À

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Administração Financeira nas Empresas
Administração Financeira nas Empresas

Objetivo das empresas

 Para administração financeira, o objetivo


econômico das empresas é a maximização de
seu valor de mercado.

 O investimento feito por proprietários de empresas


devem produzir um retorno compatível com o risco
assumido.

 A geração de lucro e caixa é importante para que


uma empresa cumpra sua função social.
Adinistração Financeira nas Empresas

Administradores
+
Empregados

Visão de empresa como sistema de geração de lucro.


Administração Financeira nas Empresas

Atividades Empresariais
Segundo a natureza: > operações
> investimentos
> financiamentos

Atividades de operações: existem em função do


negócio da empresa.

Atividades de investimentos: relativas a aplicações


de recursos em caráter temporário ou permanente.

Atividades de financiamentos: refletem os efeitos das


decisões tomadas sobre a forma de financiamento
das atividades de operações e de investimentos.
Administração Financeira nas Empresas

Relação entre a DRE e as atividades


empresariais

 As atividades operacionais geram receitas e despesas


operacionais antes das despesas financeiras. São de
natureza comercial, produtiva e administrativa.

 As atividades não operacionais geram receitas e


despesas financeiras e receitas e despesas não
operacionais.

 O IR e a CSLL, bem como as participações nos


resultados são calculados após os resultados das
atividades operacionais e não operacionais.
Administração Financeira nas Empresas

DRE e atividades empresariais, sob o aspecto gerencial (1/2)

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ATIVIDADES EMPRESARIAIS

RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS


Vendas de produtos
Prestação de serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA O
Devoluções e abatimentos
Comerciais (vendas) P
Impostos incidentes sobre vendas E
Impostos incidentes sobre serviços R
(=) RECEITA LÍQUIDA A
(-) CUSTO DOS PRODUTOS E SERVIÇOS C
Custo dos produtos vendidos
Produção e execução (parte I
Custo dos serviços prestados vendida) O
(=) LUCRO BRUTO N
(-) DESPESAS OPERACIONAIS Comerciais, administrativas A
Despesas de vendas e gerais (despesas de I
Despesas gerais e administrativas vendas e de suporte a S
Outras receitas e despesas operacionais
atividades de operações)
(=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS
RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS
Administração Financeira nas Empresas

DRE e atividades empresariais, sob o aspecto gerencial (2/2)


(cont.)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO ATIVIDADES EMPRESARIAIS

(=) LUCRO OPERACIONAL ANTES DAS


RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS N R
à A
Receitas financeiras Investimentos temporários O C
(-) Despesas financeiras e Financiamentos I
(=) LUCRO OPERACIONAL (DE ACORDO COM O
A LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA) O N
Receitas não operacionais Atividades extraordinárias e P A
(-) Despesas não operacionais eventuais E I
(=) LUCRO ANTES DO IR E CSLL - S

(-) PROVISÃO P/ IR E CSLL Despesas sobre o lucro


(=) LUCRO APÓS O IR E CSLL
(-) PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
Empregados Despesas sobre o lucro
Administradores

(=) LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO


Administração financeira nas empresas

Funções do administrador financeiro

a) análise, planejamento e controle financeiro

b) tomadas de decisões de investimento

c) tomadas de decisões de financiamentos


Administração financeira nas empresas

Análise, planejamento e controle financeiro

Coordenar, monitorar e avaliar todas as atividades da

empresa, bem como participar ativamente das

decisões estratégicas, para alavancar as operações.


Administração Financeira nas Empresas

Decisões de Investimentos
Destinação dos recursos financeiros para aplicação
em ativos correntes (circulantes) e não correntes,
considerando a relação adequada de risco e retorno.
Administração Financeira nas Empresas

Decisões de financiamentos
Captação de recursos financeiros para o financiamento
dos ativos, considerando a combinação adequada dos
financiamentos de curto e longo prazos e a estrutura
de capital.
Administração Financeira nas Empresas

FINANÇAS

TESOURARIA CONTROLADORIA

Administração Contabilidade
de caixa financeira

Crédito e contas Contabilidade


a receber de custos

Contas a pagar Orçamentos

Câmbio Administração
de tributos

Planejamento Sistemas de
financeiro informação

Organograma da área de Finanças


Integração dos Conceitos
Contábeis com os
Conceitos Financeiros
Integração dos Conceitos Contábeis com os Conceitos Financeiros

Ciclos operacional, econômico e


financeiro
Ciclo econômico (de uma empresa industrial): inicia-se
com a compra da matéria prima e encerra-se com a
venda do produto. Compra

recebimento
Ciclo financeiro: inicia-
se com o primeiro pagamento
desembolso e termina,
geralmente, com o
recebimento da venda.
venda
Ciclo operacional : de forma geral, inicia-se
com a compra de matéria-prima e encerra-se
com o recebimento da venda.
Integração dos Conceitos Contábeis com os Conceitos Financeiros

Mês 0 1 2 3 4

Compra de Pagamento de Venda (c ) Pagamento da Recebimento


matéria-prima (a ) outros custos (b ) matéria-prima (a’ ) da venda (c’ )

Início de Término de Despesa de Pagamento da


fabricação fabricação comissão (d ) comissão (d’ )

Prazo de
Prazo de estocagem dos
fabricação (PF ) Produtos acabados
(PEPA )

Prazo de rotação dos estoques (PRE )

Prazo de recebimento da venda (PRV )

Prazo de pagamento da compra (PPC )

CICLO ECONÔMICO (CE )

CICLO FINANCEIRO (CF )

CICLO OPERACIONAL (CO )

Ciclos operacional, econômico e financeiro


Integração dos Conceitos Contábeis com os Conceitos Financeiros

Regime de competência e regime de caixa


Regime de competência: as receitas são reconhecidas
no momento da venda, e as despesas, quando
incorridas; coincide com o ciclo econômico.

Regime de caixa: as receitas são reconhecidas no


momento do efetivo recebimento, e as despesas, no
momento do efetivo pagamento.

Ao longo do tempo, todas as receitas e despesas


(operacionais e não operacionais) serão recebidos
ou pagos em dinheiro ou foram antecipadamente
recebidos ou pagos.
Integração dos conceitos contábeis com os conceitos financeiros

Liquidez:

É a capacidade de pagar compromissos financeiros


no curto prazo.

Em sentido amplo, a liquidez é relacionada com as


disponibilidades mais os direitos e bens realizáveis no
curto prazo.

Em sentido restrito, a liquidez é relacionada somente


com as disponibilidades imediatas (dinheiro).
MERCADO FINANCEIRO BRASILEIRO

Sistema financeiro nacional


Mercado financeiro
Meios de pagamento
Sistema de pagamentos brasileiro
Sistema Financeiro Nacional
Sistema Financeiro Nacional

Sistema financeiro nacional


O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado por
instituições que têm como finalidade intermediar o
fluxo de recursos entre os poupadores e
investidores e os tomadores de recursos.

O mercado financeiro é regulamentado e fiscalizado


principalmente pelo Banco Central do Brasil (BCB
ou Bacen) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
que estão subordinados ao Conselho Monetário
Nacional (CMN).
Sistema Financeiro Nacional

Órgãos de Regulação e Instituições


Sistema Fiscalização Categoria

Financeiro Nacional Instituições


Discriminação
(1/4) Financeiras que
das
captam Depósitos
Banco Central a Vista instituições
do Brasil financeiras nos
Demais sub-quadros
Órgãos de Regulação Instituições seguintes
e Fiscalização Financeiras

Comissão de
Outros
e Valores
Mobiliários Intermediários
Conselho ou Auxiliares
(CVM)
Monetário Financeiros
Categorias das Nacional
(CMN)
Instituições Entidades
Financeiras Superintendência
de Seguros
Ligadas aos
Sistemas de
Privados Previdência e
(SUSEP) Seguros

Administração
de Recursos
Secretaria de de Terceiros
Previdência
Complementar
Sistemas de
Liquidação e
Sistema Financeiro Nacional

Instituições
Sistema Supervisão
Financeiro Nacional Categoria Discriminação
Bancos Múltiplos com Carteira
(2/4) BCB
Instituições Comercial
Financeiras que Bancos Comerciais BCB
captam Depósitos Caixas Econômicas BCB
Instituições a Vista Cooperativas de Crédito BCB
Financeiras Bancos Múltiplos sem Carteira
BCB
Comercial
Bancos de Investimento BCB, CVM
Bancos de Desenvolvimento BCB
Demais Sociedades de Crédito,
BCB
Financiamento e Investimento
Instituições
Sociedades de Crédito
BCB
Financeiras Imobiliário
Companhias Hipotecárias BCB
Associações de Poupança e
BCB
Empréstimo
Agências de Fomento BCB
Sociedades de Crédito ao
BCB
Microempreendedor
Sistema Financeiro Nacional

Bolsas de Mercadorias e
Sistema BCB, CVM
de Futuros
Financeiro Nacional
Bolsas de Valores CVM
(3/4)
Sociedades Corretoras de Títulos
BCB, CVM
e Valores Mobiliários
Outros Sociedades Distribuidoras de
BCB, CVM
Intermediários Títulos e Valores Mobiliários
Instituições ou Auxiliares Sociedades de Arrendamento
BCB
Financeiras Financeiros Mercantil
Sociedades Corretoras de
BCB
Câmbio
Representações de Instituições
BCB
Financeiras Estrangeiras
Agentes Autônomos de
BCB, CVM
Investimento
Entidades Fechadas de
SPC
Previdência Privada
Entidades Entidades Abertas de
SUSEP
Ligadas aos Previdência Privada
Sistemas de Sociedades Seguradoras SUSEP
Previdência e
Seguros Sociedades de Capitalização SUSEP
Sociedades Administradoras de
SUSEP
Seguro-Saúde
2.1 Sistema Financeiro Nacional

Sistema Fundos Mútuos BCB, CVM


Financeiro Nacional Administração Clubes de Investimentos CVM
(4/4) de Recursos Carteiras de Investidores
BCB, CVM
de Terceiros Estrangeiros
Administradoras de Consórcio BCB
Sistema Especial de Liquidação e
BCB
Instituições de Custódia  SELIC
Financeiras Sistemas de Central de Custódia e de
Liquidação e Liquidação Financeira de BCB
Custódia Títulos  CETIP
Caixas de Liquidação e
CVM
Custódia
Sistema Financeiro Nacional

Autoridades monetárias
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL (CMN)

É o órgão supremo do Sistema Financeiro Nacional.

BANCO CENTRAL DO BRASIL (BCB OU BACEN)

É o órgão executivo central so Sistema Financeiro


Nacional.

COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS (CVM)

É o órgão normativo e fiscalizador do mercado de


ações e debêntures.
Sistema Financeiro Nacional

INSTITUIÇÕES AUXILIARES DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO


Algumas instituições atuam também como agente
auxiliar de normatização e fiscalização do SFN:

Banco do Brasil (BB).

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Caixa Econômica Federal (CEF).

ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE


SEGUROS E PREVIDÊNCIA PRIVADA
Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Secretaria de Previdência Complementar (SPC).


Sistema Financeiro Nacional

Instituições do sistema financeiro nacional

Algumas das instituições do SFN:

BANCOS COMERCIAIS

CAIXAS ECONÔMICAS

BANCOS DE DESENVOLVIMENTO

BANCOS DE INVESTIMENTO

SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL

BANCOS MÚLTIPLOS

BOLSAS DE VALORES, DE MERCADORIAS E DE FUTUROS


Sistema Financeiro Nacional

Instituições não financeiras

Existem instituições não financeiras que exercem


papel importante para o desenvolvimento da
economia.

EXEMPLOS:

EMPRESAS DE FACTORING

ADMINISTRADORAS DE CARTÃO DE CRÉDITO


Mercado Financeiro
Mercado financeiro

Mercado financeiro
Em uma economia, de um lado existem os que possuem
poupança financeira e, de outro, os que dela necessitam.
A intermediação entre os dois lados ocorre no
mercado financeiro. Inve stidor
1 To
ma
d
id or Re e or
d
v est cu
r
1 sos

$ 100
In 2

00
$

$3
50
3 or
id
est

$ 100

Tomador

Recursos
Inv

de

n
$ ...

0
$ 15 $
r 4 i do

20
0
est
Inv

00

$ ..
$1

or
.

ad
Inv m 2
est To de sos
id r
5 or e cu
Investidor R
Mercado financeiro n
Mercado Financeiro

Para fins didáticos, o mercado financeiro pode ser


subdividido em quatro mercados:

a) Mercado monetário
b) Mercado de crédito
c) Mercado de capitais
d) Mercado de câmbio

Na prática, ocorre sobreposição entre os quatro mercados.


Mercado Financeiro

Mercado monetário

Neste mercado, são negociadas, basicamente,


operações de curto e curtíssimo prazos.

A política monetária do Governo é executada por


meio desse mercado, com a compra e venda de
títulos emitidos pelo Banco Central:

 BBC – Bônus do Banco Central


 NBC – Notas do Banco Central
Mercado Financeiro

Mercado de crédito
É o mercado principal onde os tomadores de
recursos se relacionam com os intermediários
financeiros, para suprir as necessidades de capital
de giro e as necessidades de financiamento de bens
e serviços.
Exemplos de operações de crédito:

 empréstimos para capital de giro


 descontos de títulos
 conta garantida
 adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC)
 repasse de recursos externos (Resolução nº 2.770)
 financiamento de importação
Mercado Financeiro

Mercado de capitais
A finalidade do mercado de capitais é a de financiar
as atividades produtivas e o capital de giro das
empresas, por meio de recursos de médio e longo
prazos.

Principais instrumentos de financiamento existentes


no mercado de capitais brasileiro:

a. ações;
b. debêntures;
c. notas promissórias (commercial papers).
Mercado Financeiro

Mercado de câmbio
No mercado de câmbio, são negociadas moedas
internacionais conversíveis, pelas instituições
credenciadas pelo Banco Central.

Algumas das moedas estrangeiras mais negociadas


no mercado de câmbio brasileiro:

 dólar dos Estados Unidos;


 iene do Japão;
 euro da União Européia;
 libra esterlina da Grã-Bretanha;
 franco da Suíça;
INFLAÇÃO E JUROS
Inflação e preços
Inflação e Preços

Inflação

Inflação: aumento generalizado de preços, que


provoca a redução do poder aquisitivo da moeda.

Deflação: redução generalizada de preços, que


provoca o aumento do poder aquisitivo da moeda.
Inflação e Preços

Impacto da inflação sobre as atividades


empresariais
Inflação interna nas empresas: ocorre da mesma forma
que para as pessoas físicas. Cada empresa tem a sua
própria inflação de preços.

Indivíduo Empresa
Gastos Custos e despesas
Salário Venda
Poupança Lucro
Inflação e Preços

Índices de inflação
Os índices de inflação são criados para medir a variação de preços, com
diferentes finalidades. Alguns dos principais índices de preços:

IGP-DI (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DISPONIBILIDADE INTERNA)


O IGP-DI é obtido pela média aritmética ponderada de outros três índices: 60% de
IPA (Índice de Preços por Atacado), 30% de IPC (Índice de Preços ao
Consumidor) apurado nas cidades de Rio de Janeiro e São Paulo, e 10% de
INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). É apurado desde 1947 pela
Fundação Getúlio Vargas (FGV).

IGP-M (ÍNDICE GERAL DE PREÇOS DO MERCADO)


Esse índice tem a mesma composição e estrutura do IGP-DI, mas o período de
coleta de dados vai do dia 21 de um mês até o dia 20 do mês seguinte.
Inflação e Preços

INPC-IBGE (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DA FIBGE)


Esse índice começou a ser calculado a partir de setembro de 1979 pela FIBGE
(Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e reflete a variação dos
preços pagos pelos consumidores das principais regiões metropolitanas.

IPCA (ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO DA FIBGE)


O IPCA é um importante índice de preços para a execução da política monetária
do Banco Central do Brasil, pois é utilizado para o acompanhamento dos objetivos
estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir de julho de 1999.
IPC-FIPE (ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR DA FIPE)
Esse é um dos índices de preços mais antigos do Brasil e é medido pela FIPE-
USP. Mede o custo de vida da família paulistana durante o mês.
ICV-DIEESE (Índice do Custo de Vida do DIEESE)
Esse índice é apurado pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Sócio-Econômicos), com a finalidade de medir o custo de vida da classe
trabalhadora.
Juros
Juros

Introdução
O juro é a remuneração do capital.

O governo utiliza a taxa de juro como


instrumento de política econômica e monetária
para controlar o nível de propensão ao
consumo e incentivar a poupança.

A taxa de juro é determinada no mercado financeiro,


basicamente, em função da oferta e procura de
recursos financeiros.
Juros

Termos comuns em transações financeiras

• capital
• prazo
• forma de resgate ou amortização
• taxa de juro
• forma de pagamento de juros
• período de capitalização
• spread
Juros
Porcentagem e taxas de juros

A taxa é expressa geralmente em porcentagem, isto é,


em fração de 100 (por cento), em quase todas s
%
aplicações (exemplos: taxa de juro, taxa de
%
crescimento demográfico, taxa de dispersão etc.).

Porcentagem = por + cento + agem


% %
Exemplo: 10% = 10/100 = 0,1

%
Para cálculos de juros, utiliza-se a forma unitária.
Juros
Juro comercial e juro exato
Juro comercial: é calculado com taxa expressa em
porcentagem, com base em ano comercial
convencionado de 360 dias.

Juro exato: é calculado considerando o ano civil de


365 dias e de 366 dias em anos bissextos.

Por praxe, as operações financeiras são calculadas


com base em ano comercial, mas existem operações
financeiras em que as taxas de juros devem ser
calculadas com base em juros exatos, pois os
períodos abrangem efetivamente o calendário civil.
É o caso de operação de leasing, em que as
prestações mensais são pagas 12 vezes no ano.
Juros

Taxas fixas e taxas flutuantes

Taxas fixas
São taxas predeterminadas e válidas para todo o
período da operação financeira, mesmo que haja mais
de um período de capitalização.

EXEMPLO.
3% a.m. pelo prazo de 90 dias, com pagamentos
mensais.
=> 3% no primeiro mês, 3% no segundo mês e 3% no
terceiro mês.
Juros

Taxas Flutuantes
São taxas que variam a cada período de capitalização.
Geralmente, é composta de uma parte variável e uma
parte fixa.

EXEMPLO.
TJLP + 2% a.a. pelo prazo de 12 meses, com
pagamentos trimestrais (suponha TJLP em % a.a., de
6,5%, 6,0%, 5,8% e 5,5%, respectivamente para 1º, 2º,
3º e 4º trimestres).
=> pagamentos trimestrais de: 8,5% a.a., 8,0% a.a.,
7,8% a.a. e 7,5% a.a., respectivamente, para 1º, 2º, 3º e
4º trimestres.
Juros

Estrutura da taxa de juro


A taxa bruta de juro é composta de
(a) taxa de juro real
A taxa de juro real, por sua vez,
(b) taxa de inflação. é composta de
(a) taxa de risco
(b) taxa livre de risco.

Taxa
Taxa de risco de Taxa
juro bruta
Taxa livre de risco real de
juro
Inflação

Componentes da taxa de juro.


CONCEITOS FINANCEIROS BÁSICOS
Juros Simples

Equações dos juros simples

No regime de juros simples, o juro é calculado sobre o


capital inicial , proporcionalmente ao número de
capitalização.

J= C · i · n (equação 4.1)
onde:
J = juros;
C = capital inicial (ou principal);
i = taxa de juros;
n = número de capitalização durante o
prazo da operação financeira.
Juros Simples

Exemplo de cálculo.

Calcular o juro produzido por um capital de $ 100.000,


aplicado durante 6 meses, à taxa de juros simples de
2% a.m.

J=Cxixn
J = $ 100.000 x 0,02 x 6 = $ 12.000,00
Juros Simples

A soma de Capital (C) e Juros (J) chama-se


Montante (M), e pode ser calculado de duas formas
(equação 4.2 ou 4.3).

M= C+ J (equação 4.2)

M = C (1 + i  n) (equação 4.3)
Juros Simples

Exemplo de cálculo.

Calcular o montante de um capital de $ 100.000,


aplicado durante 6 meses, à taxa de juros simples de
2% a.m.

Forma de cálculo 1:
M=C+J
M = $ 100.000 + $ 12.000 = $ 112.000

Forma de cálculo 2:
M = C x (1 + i x n)
M = $ 100.000 x (1 + 0,02 x 6)
M = $ 112.000
Juros Simples

Taxas proporcionais

Taxas proporcionais são típicas do sistema de


capitalização linear (juros simples).

EXEMPLO. 1% a.m. é proporcional a 3% a.t., que é


proporcional a 6% a.s., que é proporcional a 12% a.a.

n % 1% a.m. (ao mês) 3% a.t. (ao trimestre) 6% a.s. (ao semestre) 12% a.a. (ao ano)
Mês 1% a.m. x 1 n = 1% a.m. 3% a.t. / 3 n = 1% a.m. 6% a.s. / 6 n = 1% a.m. 12% a.a. / 12 n = 1% a.m.
Trimestre 1% a.m. x 3 n = 3% a.t. 3% a.t. x 1 n = 3% a.t. 6% a.s. / 2 n = 3% a.t. 12% a.a. / 4n = 3% a.t.
Semestre 1% a.m. x 6 n = 6% a.s. 3% a.t. x 2 n = 6% a.s. 6% a.s. x 1 n = 6% a.s. 12% a.a. / 2 n = 6% a.s.
Ano 1% a.m. x 12 n = 12% a.a. 3% a.t. x 4 n = 12% a.a. 6% a.s. x 2 n = 12% a.a. 12% a.a. x 1 n = 12% a.a.
Juros Compostos

Juros compostos

No regime de juros compostos, os juros produzidos


em um período de capitalização e não pagos são
integrados ao capital no início do período seguinte,
para produzirem novos juros, ou seja, os juros
incidem sobre o capital inicial e sobre os próprios
juros.
Juros Compostos

Equações dos juros compostos

No regime de juros compostos, é indiferente que os


juros sejam pagos a cada período de capitalização ou
no final do prazo da operação financeira.

Equação básica dos juros compostos

J = C [(1 + i)n  1] (equação 4.4)


Juros Compostos

Equações deduzidas da equação básica do Montante

M = C (1 + i)
n (equação 4.5)

M
C =
( 1 + i)n

log ( M / C )
n =
log ( 1 + i )

i = [(M / C)1/n ]  1
Juros Compostos

Exemplo de cálculo.

Calcular o montante de um capital de $ 100.000


aplicado durante 6 meses, à taxa de juros compostos
de 2% a.m.

Forma de cálculo:
M = C (1 + i)n
M = 100.000 x (1 + 0,02)6
M = 100.000 x 1,1261624
M = $ 112.616,24
Juros Compostos

Taxa nominal e taxa efetiva

Taxa nominal é a taxa de juro contratada.

Taxa efetiva é a taxa de juro do período de


capitalização, que efetivamente será paga ou
recebida.
Juros Compostos

Quadro 4.1 Alternativ as de aplicação financeira. TOTAL


RECE-
Mês 0 1 2
BIDO
ALTERN ATIVA 1 Aplica- Recebimento de Resgate: 100
Resgate em parcela ção: (100) juros: 10 Recebimento de
única com Reaplicação: (10) juros: 21
capitalização de 0
juros Total: 0 Total: 121 121
ALTERN ATIVA 2 Aplica- Recebimento de Resgate: 100
10
Resgate em parcela ção: (100) juros: 10 Recebimento de
única com
110
Total: 10 juros: 10 1
recebimento de
juros mensais Total: 110 121
ALTERN ATIVA 3 Aplica- Resgate: 50 Resgate: 50
60
Resgate ção: (100) Recebimento de Recebimento de
intermediário com
55
juros: 10 juros: 5 6
recebimento de
juros mensais Total: 60 Total: 55 121
Juro sobre aplicação
do valor recebido no Mês 1
Juros Compostos

Taxas equivalentes

Taxas equivalentes produzem taxas idênticas no


mesmo período, mesmo que estejam expressas em
unidades de tempo diferentes.
Juros Compostos

Taxas equivalentes podem ser calculadas com a


equação 4.9 ou 4.10.

iq =  1 + i - 1 (equação 4.9)

iq = (1 + i)
1/ q
-1 (equação 4.10)

onde:
iq = taxa de juros equivalente a uma fração de
determinado intervalo de tempo;
q = número de frações do intervalo de tempo
considerado.
Juros Compostos

EXEMPLOS.

Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 12% a.a.


q = 12 meses
1/ 12
iq = (1 + 0,12)  1 = 0,948879% a.m.

Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 5,830052% a.s.


q = 6 meses
1/ 6
iq = (1 + 0,05830052)  1 = 0,948879% a.m.

Taxa mensal equivalente à taxa nominal de 0,948879% a.m.


q = 1 mês
1/ 1
iq = (1 + 0,00948879)  1 = 0,948879% a.m.
Juros Compostos

Períodos não inteiros


Se i = taxa de juro nominal de um período inteiro, n =
número de períodos inteiros em que é expressa a
taxa de juros, e p/q = fração de um período, a taxa
de juros efetiva do prazo da operação (ie) pode ser
calculada mediante a seguinte fórmula:

ie = (1 + i)n + p/ q - 1 (equação 4.11)


Juros Compostos

Utilização de calculadoras financeiras

VP ou PV = valor presente (capital);

VF ou FV = valor futuro (montante);

N = número de capitalização da taxa i;

I = taxa de juros;

PMT = prestações em valor uniforme.


Valor do dinheiro no tempo
Valor do Dinheiro no Tempo

Valor do dinheiro no tempo

J = VF  VP (equação 4.12)

Fator de Juros = VF / VP (equação 4.13)

VF = VP x Fator de juros (equação 4.14)

VF = VP (1 + i) n (equação 4.15)

VP = VF / (1 + i) n Equação 4.16
Valor do Dinheiro no Tempo

Fluxo de caixa

Fluxo de caixa é um esquema que representa as


entradas e saídas de caixa ao longo do tempo. Deve
existir pelo menos uma saída e pelo menos uma
entrada.

Fluxo de caixa convencional:


a) uma entrada e várias saídas, ou
b) uma saída e várias entradas.

Fluxo de caixa não convencional:


várias entrada e várias saídas.
Valor do Dinheiro no Tempo

Exemplo de representação de fluxo de caixa (1/2)

REPRESEN TAÇÃO AN ALÍTICA DO FLUXO DE CAIXA


(1) Em Colunas Separadas (2) Em Coluna Única
Meses Entradas Saídas Entradas / Saídas
0 11.000  11.000
1
2 4.000 + 4.000
3 5.000 1.000 + 4.000
4
5 2.144  2.144
6 6.000 + 6.000
Valor do Dinheiro no Tempo

Exemplo de representação de fluxo de caixa (2/2)

REPRESEN TAÇÃO GRÁFICA (DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA)

Entradas 0 4.000 4.000 0 6.000


Eixo do tempo     
0 1 2 3 4 5 6

Saídas 11.000 2.144

Por convenção, a flecha no sentido “para baixo” representa uma


saída de caixa, e no sentido “para cima” representa uma entrada
de caixa.
Valor do Dinheiro no Tempo

Taxa interna de retorno

Taxa interna de retorno (TIR) é uma taxa de juros


implícita numa série de pagamentos (saídas de caixa)
e recebimentos (entradas de caixa). É conhecida
também como taxa de desconto do fluxo de caixa.

Ao descontar os valores correntes aplicando a TIR, a


soma das saídas deve ser igual à soma das entradas,
em valor presente ou em valor da data focal,
anulando-se.
Valor do Dinheiro no Tempo
Cálculos da TIR do fluxo de caixa apresentado

Cálculo da TIR com calculadora financeira HP 12C

Mês Fluxo de Digitação


caixa
0 (11.000) 11000 CHS g CF0

1 0 0 g CFj.

2 4.000 4000 g CFj. 2 g Nj.

3 4.000

4 0 0 g CFj.

5 (2.144) 2144 CHS g CFj.

6 6.000 6000 g CFj.

f IRR = 2,00% a.m.


Valor do Dinheiro no Tempo
Comprovação da exatidão da TIR calculada

COMPROVAÇÃO DO CÁLCULO DA TIR, À TAXA DE 2,0% a.m.

Mês Movimentação Juros Saldo

0 (11.000) (11.000)

1 - (220) (11.220)

2 4.000 (224) (7.444)

3 4.000 (149) (3.593)

4 - (72) (3.665)

5 (2.144) (73) (5.882)

6 6.000 (118) 0
Valor do Dinheiro no Tempo

Perpetuidade

Quando um capital "nunca vence" e rende juros


periódicos indefinidamente, a forma de remuneração
chama-se perpetuidade.

Pode-se calcular o Valor Presente da Perpetuidade


(VPP), dividindo o fluxo de rendimentos futuros (PMT)
pela taxa de juros (i).

PMT
VPP =
i
Equivalência de capitais
Equivalência de Capitais

Cálculo de valor presente

Valor corrente Fator de juros Valor equivalente


(A) (B) (A / B)

Conjunto de capitais 1:
$ 11.000 (1,02)0 $ 11.000
$ 2.144 (1,02)5 $ 1.942
Total $ 12.942

Conjunto de capitais 2:
$ 4.000 (1,02)2 $ 3.845
$ 4.000 (1,02)3 $ 3.769
$ 6.000 (1,02)6 $ 5.328
Total $ 12.942
Equivalência de Capitais

Capitais equivalentes em uma data focal

Se os conjuntos de capitais são equivalentes a valor


presente, eles são também em qualquer outra data focal.

(equação 4.18)
VE = VN (1 + i) dfdc
ou

(equação 4.19)
VE = VN / (1 + i) dcdf
Onde:
VE = valor equivalente;
VN = valor nominal (ou valor corrente);
df = data focal;
dc = data corrente.
Equivalência de Capitais

Cálculo de capitais equivalentes em data focal 4, a 2%


a.m.
Valor corrente Fator de juros Valor equivalente
(A) (B) (A x B)

Conjunto de capitais 1:
$ 11.000 (1,02)4 - 0 $ 11.907
$ 2.144 (1,02)4 - 5 $ 2.102
Total $ 14.009
Conjunto de capitais 2:
$ 4.000 (1,02)4 - 2 $ 4.162
$ 4.000 (1,02)4 - 3 $ 4.080
$ 6.000 (1,02)4 - 6 $ 5.767
Total $ 14.009
Equivalência de Capitais

Valor presente líquido e valor futuro


líquido

Se a taxa de juros aplicada aos valores correntes for


diferente da TIR, haverá diferença entre a soma dos
capitais 1 e 2.

O Valor Presente Líquido (VPL) é a soma das entradas


e saídas de um fluxo de caixa na data inicial.

O Valor Futuro Líquido (VFL) é a soma das entradas e


saídas de um fluxo de caixa na data final.
Equivalência de Capitais

Cálculos de VPL a 3% a.m.

Valor corrente Fator de juros Valor equivalente


(A) (B) (A / B)
Conjunto de capitais 1:
$ 11.000 (1,03)0 $ 11.000
$ 2.144 (1,03)5 $ 1.849
Total $ 12.849
Conjunto de capitais 2:
$ 4.000 (1,03)2 $ 3.770
$ 4.000 (1,03)3 $ 3.661
$ 6.000 (1,03)6 $ 5.025
Total $ 12.456

VPL $ (393)
Equivalência de Capitais

Cálculos de VFL a 3% a.m.

Valor corrente Fator de juros Valor equivalente


(A) (B) (A x B)
Conjunto de capitais 1:
$ 11.000 (1,03)6 $ 13.135
$ 2.144 (1,03)1 $ 2.208
Total $ 15.343
Conjunto de capitais 2:
$ 4.000 (1,03)4 $ 4.502
$ 4.000 (1,03)3 $ 4.371
$ 6.000 (1,03)0 $ 6.000
Total $ 14.873

VFL $ (470)
Equivalência de Capitais

Séries uniformes equivalentes

TRAN SFORMAÇÃO DE UM VALOR EM UMA SUE

VP= -$ 60.000,00
i= 15% a.p. (ao período)
N= 4
PMT= ?

A SUE (tecla PMT) deste fluxo de caixa é de $ 21.015,92.


Equivalência de Capitais

Séries não uniformes equivalentes

Série uniforme equivalente (SUE)

0 1 2 3 4
35.015,92 35.015.92 35.015.92 35.015.92

Transformação de SUE em SNUE (SNUE)

Série não uniforme equivalente

0 1 2 3 4
35.015,92 35.015.92 20.000,00 52.284,22
FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA E
DO LUCRO
Relação Custo-Volume-Lucro
Relação custo-volume-lucro
Relação Custo-Volume-Lucro => demonstra o ponto de
equilíbrio isto é, o ponto onde as receitas de vendas se
igualam com a soma dos custos e despesas, e o lucro é
nulo.

Para calcular o ponto de equilíbrio, assumem-se algumas


premissas:

a. não existem estoques acabados ou em fase de elaboração; toda


a produção é vendida;

b. não há distinção entre os custos e despesas; esses são


separados em fixos e variáveis.
Custos e despesas fixos
O valor total dos Custos e Despesas Fixos (CDFs) não variam
proporcionalmente à quantidade de produção, permanecendo fixos,
independentemente do nível de atividades.

EXEMPLO. Uma empresa produz 1.000 unidades de um produto e paga o


aluguel mensal de $ 20.000; se a empresa passar a produzir 5.000 unidades, o
valor do aluguel mensal continuará sendo de $ 20.000.

Unitariamente, os CDFs variam em função da quantidade de


produção.
EXEMPLO. Para 1.000 unidades de produção, o valor do aluguel corresponde
a $ 20,00 por unidade produzida; para 5.000 unidades produzidas, corresponde
a $ 4,00 por unidade produzida.
Custos e despesas variáveis
O valor total dos Custos e Despesas Variáveis (CDVs) varia proporcionalmente
à quantidade de produção. Unitariamente, os CDVs são fixos.

Os Custos Variáveis são representados, basicamente, pelos materiais


utilizados no processo de produção (matérias-primas, materiais auxiliares etc.)
e pela Mão-de-obra Direta. As Despesas Variáveis são representadas pelas
despesas como a Comissão de Vendas e alguns tipos de impostos sobre as
vendas.

A proporcionalidade dos CDVs não é exata em alguns casos, pois vários


fatores (humanos, mecânicos, ambientais etc.) influenciam o nível de
produção.
Uma unidade produzida e vendida consome $ 2,00 de matéria-prima.
1.000 un. x $ 2,00 = $ 2.000
5.000 un. x $ 2,00 = $ 10.000

Custo da
Matéria-Prima

$ 20.000

$10.000

$ 2.000

0 1.000 5.000 10.000

Volume de atividade (quantidade)

Figura 13.2 Comportamento dos custos e despesas variáveis.


Margem de contribuição

Margem de Contribuição (MC) é o valor resultante


das vendas (líquidas de impostos) deduzidas dos
CDVs.
Uma vez apurada a Margem de Contribuição Unitária
(MCU), basta multiplicá-la pela quantidade total de
vendas, para se conhecer a Margem de Contribuição
Total (MCT).
Quadro 13.1 Cálculo de MCT para diferentes quantidades de vendas.

Quantidade de vendas: 1.000 5.000 7.500 10.000

Vendas líquidas: $ 10.000 $ 50.000 $ 75.000 $ 100.000

() Custos variáveis: $ 4.300 $ 21.500 $ 32.250 $ 43.000

() Despesas variáveis: $ 900 $ 4.500 $ 6.750 $ 9.000

(=) MCT: $ 4.800 $ 24.000 $ 36.000 $ 48.000

MCU $ 4,80 $ 4,80 $ 4,80 $ 4,80


x x x x x
Quantidade 1.000 5.000 7.500 10.000
MCT $ 4.800 $ 24.000 $ 36.000 $ 48.000
Ponto de equilíbrio em quantidade

No ponto de equilíbrio (PE), a empresa está


vendendo a quantidade de produtos suficiente para
cobrir, além dos CDVs, os CDFs, ou seja, os Custos
e Despesas Totais (CDTs). No PE, o lucro líquido é
nulo.

PE = CDF .
MCU
EXEMPLO.

Sabendo-se que a MCU é $ 4,80, e CDF é $ 36.000, a


quantidade de venda necessária para cobrir todos
os custos e despesas é calculada como segue:

PE = 36.000 . = 7.500 unidades


4,80
Ponto de equilíbrio contábil

Receitas
Líquidas Receitas Líquidas
Totais (RLTs)

Custos e Despesas
$ 100.000 Totais (CDTs)
Ponto de Equilíbrio (PE)

$ 75.000
Custos e Despesas
Variáveis (CDVs)

$ 36.000

Custos e Despesas
Fixos (CDFs)

0 5.000 7.500 10.000

Volume de atividade (quantidade)

Figura 13.3 Ponto de equilíbrio contábil.


Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE)

O PEE é a quantidade de produção e venda onde a


Receita Total anula os Custos e Despesas Totais
acrescidos dos custos econômicos. Suponha-se
que o custo econômico seja de $ 15.000 além dos
custos fixos de $ 36.000.

PEE = 36.000 + 15.000 . = 10.625 unidades


4,80
Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF)

O PEF é a quantidade de venda (venda a vista) que


produz Receita Total, anulando os Custos e
Despesas Totais (também pagos a vista) deduzidos
das depreciações e amortizações.
Suponha que as depreciações e amortizações sejam
de $ 6.000 no período.

O PEF é calculado como segue:

PEF = 36.000  6.000 . = 6.250 unidades


4,80
Ponto de equilíbrio em valor

CDF
PE $ =
%MC (equação 13.2)

Sendo o valor do CDF, de $ 36.000, e %MC, de 48% ($ 36.000 /


$ 75.000 = 0,48 ou 48%), a receita líquida necessária para cobrir
todos os custos e despesas é calculada como segue:

PE$ = 36.000 / 0,48 = $ 75.000.


Margem de contribuição negativa
Alguns ramos de negócios podem trabalhar com a
margem de contribuição negativa. É o caso de
jornais e revistas (alguns jornais são distribuídos
gratuitamente).
Quadro 13.2 Simulação com aumento de tiragem.

Situação Situação
Atual Futura
Quantidade de exemplares 10.000 12.000
(x) MCU (0,60) (0,60)
(=) MCT (6.000) (7.200)
() CDF (10.000) (10.000)
(=) Prejuízo (16.000) (17.200)
(+) Receita de anúncios 17.000 19.550
(=) Lucro 1.000 2.350
Aumento do lucro (em %) 135%
Alavancagem operacional

O aumento no nível de atividade produz efeito no


resultado econômico. A essa relação de causa e
efeito, dá-se o nome de alavancagem operacional.
Mede-se o Grau de Alavancagem Operacional
(GAO), mediante a seguinte equação:

GAO = % Lucro .
% Volume

A empresa jornalística do exemplo anterior


apresentou GAO de 6,75.
Formação do Preço de Venda
Formação de preço de venda

Métodos para formação de preço:

 com base em custo

 com base em percentual da receita líquida

 mark-up

 com base em mercado


Formação de preço com base em custo
contábil

Equação básica do preço de venda:

receita líquida = custos + despesas + lucro

ou

receita bruta = custos + despesas + lucro + tributos


RL = CDV + CDF + L (equação 13.4)

onde: RL = receita líquida;


CDV = custos e despesas variáveis;
CDF = custos e despesas fixos;
L= lucro.

RL = [(5,20 x 10.000) + 36.000] x (1 + 0,15)


RL = [52.000 + 36.000] x 1,15
RL = 88.000 x 1,15 = $ 101.200
RL
RB = x (1 + %TF )
1 - %ICMS (equação 13.5)

onde: RB = receita bruta;


%ICMS = alíquota do ICMS;
%TF = alíquota dos tributos federais.

RB = [$ 101.200 / (1  0,18)] x (1 + 0,2265)


RB = $ 123.415 x 1,2265 = $ 151.368
Quadro 13.3 Estrutura de preço com base em custo contábil.
Unitário Total % sobre % sobre
Quantidade de produção e venda 1 10.000 RL CDT
Receita bruta 15,1368 151.368 149,57% 172,01%
(-) IPI, PIS e Cofins (22,65%) 2,7953 27.953 27,62% 31,77%
(=) Base de cálculo dos tributos 12,3415 123.415 121,95% 140,24%
(-) ICMS (18%) 2,2215 22.215 21,95% 25,24%
(=) Receita líquida (RL) 10,1200 101.200 100,00% 115,00%
(-) Custos variáveis 4,3000 43.000 42,49% 48,86%
(-) Despesas variáveis 0,9000 9.000 8,89% 10,23%
(=) Margem de contribuição 4,9200 49.200 48,62% 55,91%
(-) Custos e despesas fixos 36.000 35,57% 40,91%
(=) Custos e despesas totais (CDT) 88.000 86,96% 100,00%
(=) Lucro 13.200 13,04% 15,00%
Formação de preço com base em
percentual da receita líquida

CÁLCULO DA RECEITA LÍQUIDA COM O


PERCEN TUAL SOBRE A RECEITA LÍQUIDA
RL = (5,20 x 10.000) + 36.000 + 0,15 RL
RL  0,15 RL = 52.000 + 36.000
0,85 RL = 88.000
RL = 88.000 / 0,85 = $ 103.529
CÁLCULO DA RECEITA LÍQUIDA DEDUZIN DO O
PERCEN TUAL DO LUCRO DO PERCEN TUAL DA
MARGEM DE CON TRIBUIÇÃO

CDF
RL =
%MC - %L
(equação 13.7)

RL = 36.000 / (0,49773  0,15)


RL = 36.000 / 0,34773
RL = $ 103.529
CÁLCULO DA RECEITA BRUTA
RB = [$ 103.529 / (1  0,18)] x (1 + 0,2265)
RB = $ 126.255 x 1,2265 = $ 154.852

O PVB unitário é: $ 154.852 / 10.000 un. = $ 15,4852.


Quadro 13.4 Estrutura de preço com base em receita líquida.
Unitário Total
%
Quantidade de produção e venda 1 10.000
Receita bruta 15,4852 154.852 149,57%
(-) IPI, PIS e Cofins (22,65%) 2,8597 28.597 27,62%
(=) Base de cálculo dos tributos 12,6255 126.255 121,95%
(-) ICMS (18%) 2,2726 22.726 21,95%
(=) Receita líquida 10,3529 103.529 100,00%
(-) Custos variáveis 4,3000 43.000 41,53%
(-) Despesas variáveis 0,9000 9.000 8,69%
(=) Margem de contribuição 5,1529 51.529 49,77%
(-) Custos e despesas fixos 36.000 34,77%
(=) Lucro 15.529 15,00%
Formação de preço com base em
conceito de valor do dinheiro no tempo

Tabela 13.1 Prazos de recebimentos e pagamentos.


Itens Prazos Valor
(dias) corrente
Recebimento de duplicata D + 40 a calcular
Recolhimentos de IPI, PIS e Cofins D + 18 a calcular
Recolhimento de ICMS D + 10 a calcular
Pagamentos de custos variáveis D+0 43.000
Pagamentos de despesas variáveis D+0 9.000
Pagamentos de custos e despesas fixos D  32 30.000
VP = VN (1 + i ) (df - dc ) / 30

(equação 13.9)
RL = 43.000 + 9.000 + [(36.000 – 6.000) x 1,03203] + 0,15 RL
RL – 0,15 RL = 52.000 + 30.961
0,85 RL = 82.961
RL = 82.961 / 0,85 = $ 97.601
A B C D E F

1 Prazos Valores Valor


% %
2 (dias) correntes presente
3 Receita bruta com custos financeiros (A) -40 - #DIV/0! 0 0,00%
4 (-) IPI, PIS e Cofins (B = A / 1,2265 x 22,65%) -18 - #DIV/0! 0 0,00%
5 (=) Base de cálculo dos tributos (C = A - B) - #DIV/0! - 0,00%
6 (-) ICMS (D = C x 18%) -10 - #DIV/0! 0 0,00%
7 (=) Receita líquida (E = C + D) 0 #DIV/0! 0 0,00%

Figura 13.4 Modelo de planilha de cálculo da receita bruta.

Atingir meta
Definir céula: E7
Para valor: 97601
Alterando a célula: C3
Figura 13.5 Ferramenta “Atingir meta”.
Quadro 13.5 Estrutura de preço aplicando o conceito de v alor do dinheiro no
tempo.
Prazos Valores Valor
% %
(dias) correntes presente
Receita bruta com encargos financeiros -40 153.797 149,57% 147.854 151,49%
(-) IPI, PIS e Cofins (22,65%) -18 28.402 27,62% 27.903 28,59%
(=) Base de cálculo dos tributos 125.395 121,95% 119.951 122,90%
(-) ICMS (18%) -10 22.571 21,95% 22.350 22,90%
(=) Receita líquida 102.824 100,00% 97.601 100,00%
(-) Custos variáveis 0 43.000 41,82% 43.000 44,06%
(-) Despesas variáveis 0 9.000 8,75% 9.000 9,22%
(=) Margem de contribuição 50.824 49,43% 45.601 46,72%
(-) Custos e despesas fixos 32 30.000 29,18% 30.961 31,72%
(=) Lucro 20.824 20,25% 14.640 15,00%
Quadro 13.6 Fluxo de caixa da estrutura de preço aplicando o conceito de
v alor do dinheiro no tempo.
Datas (D ) 0 10 18 40 TOTAIS
Recebimento das vendas 153.797 153.797
(-) Recolhimento de IPI, PIS e Cofins (28.402) (28.402)
(-) Recolhimento de ICMS (22.571) (22.571)
(-) Pagamento de custos variáveis (43.000) (43.000)
(-) Pagamento de despesas variáveis (9.000) (9.000)
(-) Pagamento de custos e despesas fixos (30.961) (30.961)
(=) Caixa operacional da data (82.961) (22.571) (28.402) 153.797 19.863

(+/-) Custo financeiro 3% a.m. 0 (821) (842) (2.971) (4.634)


(=) Saldo acumulado de caixa (82.961) (106.354) (135.597) 15.229 15.229

14.640
Valor i = 3% a.m. Valor
presente n = 40 dias futuro
Formação de preço pelo método do mark-up
Mark-up multiplicador = Preço de venda
Base (equação 13.10)

Base
Mark-up divisor =
Preço de venda (equação 13.11)

(a) Preço de venda bruto:

PVB = 10.200 / [(1 – (0,22 + 0,10)]

PVB = 10.200 / 0,68 = $ 15.000

(b) Mark-up:

Mark-up com multiplicador = 15.000 / 10.000 = 1,5

Mar-up com divisor = 10.000 / 15.000 = 0,6667


Formação de preço com base no
mercado
Se o preço é determinado pelo mercado, a
competitividade se dá pelo preço.

Equação (base mercado):


LUCRO = preço de venda bruto  tributos  custos 
despesas  encargos financeiros

Principais métodos para formação de preço:


 preço corrente
 com base em concorrência
 preços agressivos
 preços promocionais
Formação do preço de venda de
mercadoria importada
CRONOGRAMA DE EVENTOS

Eventos Data Evento


Financeiro
 Entrega de proposta de venda D+0
 Recolhimento de Imposto de Importação (10% sobre D+40 x
FOB)
 Recolhimento de ICMS (18% sobre FOB + II) D+40 x
 Pagamento de despesas alfandegárias (6% sobre D+40 x
FOB)
 Pagamento de mercadoria importada D+45 x
 Desembaraço de mercadoria D+50
 Término da inspeção e embalagem da mercadoria D+100
 Faturamento e entrega de mercadoria D+120
 Recolhimentos de tributos sobre a venda (21,65%) D+150 x
 Recuperação de ICMS recolhido na importação D+150 x
 Recebimento de venda D+150 x
Premissas e condições do mercado financeiro em D+0:
 Valor FOB da mercadoria: US$ 1.000,00
 Taxa de câmbio em D+40: R$ 1,62 por dólar
 Taxa de câmbio em D+45: R$ 1,65 por dólar
 Custo de financiamento (juros): 25% a.a.

Valor presente = Valor corrente / (1 + i) (n/360)


O saldo de caixa, de R$ 229,01, em D+150 equivale a margem bruta de
R$ 208,68, calculado como segue: R$ 229,01 / 1,25(150/360) = R$ 208,68.

Quadro 13.5 Cálculo do preço de venda bruto, com taxas de câmbio esperadas pelo mercado financeiro
(em R$)

Eventos Data Valor Valor


financeiros (D+) corrente presente

Mercadoria importada: US$ 1.000,00 x R$ 1,65 45 1.650,00 1.604,61


Imposto de importação: US$ 1.000,00 x R$ 1,62 x 10%) 40 162,00 158,03

Despesas alfandegárias: US$ 1.000,00 x R$ 1,62 x 6% 40 97,20 94,82


Custo da mercadoria 1.909,20 1.857,46

ICMS: US$ 1.000,00 x 110% x R$ 1,62 x 18% 40 320,76 312,90

(-) Recuperação de ICMS de importação 150 (320,76) (292,28)


Custo da mercadoria ajustado 1.878,08

Margem bruta: (R$ 1.878,08 / 0,9) x 10% 208,68


Preço de venda líquido (PVL) 150 2.290,09 2.086,76

Impostos sobre a venda: (R$ 2.290,09 / 0,7835) x 21,65% 150 632,81


Preço de venda bruto (PVB) 150 2.922,90
Comprovação por meio de fluxo de caixa
O saldo de caixa, de R$ 229,01, em D+150 equivale a margem bruta de
R$ 208,68, calculado como segue: R$ 229,01 / 1,25(150/360) = R$ 208,68.

Quadro 13.6 Fluxo de caixa da proposta de venda, com premissas e condições originais (em R$)

DATA (D+) 0 40 45 120 150

Eventos financeiros

Recebimento de venda 2.922,90

Pagamento de mercadoria importada (1.650,00)

Recolhimento de Imposto de importação (162,00)

Pagamento de despesas alfandegárias (97,20)

Recolhimento de ICMS sobre mercadoria importada (320,76)

Recuperação de ICMS de importação 320,76

Recolhimentos de Impostos sobre a venda (632,81)


Fluxo líquido de caixa 0,00 (579,96) (1.650,00) 0,00 2.610,85

Custo de financiamento (25% a.a.) 0,00 (1,80) (106,20) (43,88)

Saldo de caixa anterior 0,00 (579,96) (2.231,76) (2.337,96)


Saldo de caixa acumulado 0,00 (579,96) (2.231,76) (2.337,96) 229,01
Estudo de Viabilidade de
Lançamento de Produto
Estudo de Viabilidade de Lançamento de Produto

Premissas básicas
 Volume de produção: 1.000 unidades no primeiro ano
 Incremento anual: incremento anual de 20% nos primeiros
4 anos e, a partir daí, redução anual de
15%
 Vida útil comercial estimada: 8 anos
 Investimentos em máquinas e
instalações: $ 150 (são depreciados à taxa linear de
10% ao ano e podem ser vendidos pelo
valor residual contábil, em qualquer
época)
 Taxa de atratividade: 15% a.a.
 Alíquota do Imposto de Renda: 25% (recolhido durante o próprio
exercício social; em caso de prejuízo,
consegue-se recuperar o valor, por
meio de outros projetos lucrativos)
 Preço unitário: $ 6,00 / unidade é o preço máximo
aceito pelo mercado
Estudo de Viabilidade de Lançamento de Produto

 Todas as compras e vendas são feitas em dinheiro.

 O custo total de produção (exceto depreciações) do “Nosso” é de $ 6,50 por


unidade, para o volume de vendas previsto para o primeiro ano (1.000
unidades), assim composto:

Custos variáveis: $ 4,00 / unidade

Custos fixos (exceto $ 2,50 / unidade (total = $


depreciações): 2.500)

 As despesas gerais e de vendas são compostas por uma parte variável e


outra fixa.

Despesas de vendas variáveis: $ 0,10 / unidade

Despesas fixas: $ 220


Estudo de Viabilidade de Lançamento de Produto

Classificação de custos e despesas


Cálculo da Margem de Contribuição Unitária:

Preço de venda unitário: $ 6,00


(-) Custos variáveis unitários: $ 4,00
(-) Despesas variáveis unitárias: $ 0,10
(=) Margem de contribuição unitária: $ 1,90

Custos e Despesas Fixos:

Custos fixos anuais: $ 2.500


(+) Despesas fixas anuais: $ 220
(=) Total de custos e despesas fixos: $ 2.720
Estudo de Viabilidade de Lançamento de Produto

Elaboração e análise do fluxo de caixa

Quadro 13.9 Fluxo de caixa e payback do projeto.

Quantidade Investimento Margem Custos e Imposto Fluxo de Caixa Payback


Ano de (Aplicação) de Despesas de Valor Valor em Valor
Vendas Venda Contribuição Fixos Renda Corrente Presente Presente
0 1.000 (150) 1.900 (2.720) 209 (761) (761) (761)
1 1.200 2.280 (2.720) 114 (326) (284) (1.045)
2 1.440 2.736 (2.720) (0) 16 12 (1.033)
3 1.728 3.283 (2.720) (137) 426 280 (753)
4 2.074 3.941 (2.720) (302) 920 526 (227)
5 1.763 3.350 (2.720) (154) 476 237 10
6 1.499 2.848 (2.720) (28) 100 43 53
7 1.274 30 2.421 (2.720) 79 (191) (72) (19)
Total 11.978 (120) 22.759 (21.760) (220) 659 (19)
Estudo de Viabilidade de Lançamento de Produto

Análise dos custos e despesas evitáveis


Custos e Despesas Fixos Valores Valores
normais evitáveis
 Aluguel da fábrica: 1.000 1.000

 Mão-de-obra indireta: 600 550

 Energia elétrica - parte fixa: 220 220

 Serviços profissionais: 500 500

 Locação de veículos: 300 300

 Outros custos e despesas: 100 60

 Total: $ 2.720 2.630


ANÁLISE DE CUSTOS
Rateio de Custos Indiretos de
Fabricação
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Introdução e premissas básicas


Diferentes métodos e critérios de rateio de Custos Indiretos de
Fabricação (CIFs) podem produzir diferentes resultados
econômicos, pois os CIFs surgem em função da produção, mas não
têm relação direta com os produtos.

Com a modernização e automatização dos processos industriais,


os CIFs passaram a exercer maior impacto na formação de custos
industriais.

Um dos grandes problemas da alocação de CIFs ocorre quando


existe reciprocidade de serviços prestados entre os departamentos
de serviços.
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Principais métodos de transferência de custos


dos departamentos de serviços:
 direto
 dos degraus
 algébrico
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

RATEIO DE SERVIÇOS PRESTADOS

Quadro 14.1.b Relatório de serviços prestados (em %).


Departamentos ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 Total
De ADMGE para *** 15% 35% 30% 20% 100%
De ALMOX para 30% *** 35% 25% 10% 100%
De MANUT para 20% 40% *** 0% 40% 100%
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Alocação dos custos indiretos de


fabricação

Os CIFs são alocados aos departamentos de


serviços e de produção, por algum critério
predeterminado.
Após a alocação, são feitas as transferências de
CIFs dos departamentos de serviços para os
departamentos de produção.
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.2.a Cálculo de taxas de rateio de CIFs.


Custos Critérios ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 Totais
Aluguel m2 40 100 20 240 320 720
5,56% 13,89% 2,78% 33,33% 44,44% 100%
Energia Elétrica Kwh 5.000 2.000 4.000 60.000 29.000 100.000
5,00% 2,00% 4,00% 60,00% 29,00% 100%
Refeitório Nº Func. 10 5 5 80 35 135
7,41% 3,70% 3,70% 59,26% 25,93% 100%
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.2.b Rateio de CIFs.

Departamentos Serviços Produção Valor


ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 Total

Rateio de CIFs
Aluguel 834 2.083 417 5.000 6.666 15.000
Energia Elétrica 100 40 80 1.200 580 2.000
Refeições 222 111 111 1.778 778 3.000
CIFs Próprios 18.844 27.766 14.392 21.522 12.976 95.500
Total Geral 20.000 30.000 15.000 29.500 21.000 115.500
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Transferência de custos pelo método


direto

Por este método, os custos dos departamentos de


serviços são transferidos de uma só vez,
diretamente dos departamentos de serviços aos
departamentos de produção.
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.3.a Ajuste de taxas de rateio.

Departamentos ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 TOTAL


De ADMGE para P1, P2
Taxas originais *** *** *** 30% 20% 50%
Taxas de rateio *** *** *** 60,00% 40,00% 100%
De ALMOX para P1, P2
Taxas originais *** *** *** 25% 10% 35%
Taxas de rateio *** *** *** 71,43% 28,57% 100%
De MANUT para P1, P2
Taxas originais *** *** *** 0 40% 40%
Taxas de rateio *** *** *** 0 100,00% 100%
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.3.b Rateio aos departamentos de produção pelo método direto.


Departamentos ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 Total
Total de CIFs 20.000 30.000 15.000 29.500 21.000 115.500
De ADMGE para (20.000) *** *** 12.000 8.000 0
De ALMOX para *** (30.000) *** 21.429 8.571 0
De MANUT para *** *** (15.000) 0 15.000 0
Totais 0 0 0 62.929 52.571 115.500
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.3.c Apuração do custo de fabricação pelo método direto.

Produtos P1 P2
Quant. Valor CMU Quant. Valor CMU TOTAL

Estoque Inicial 0 0 0 0 0 0 0
Produção 12.000 *** *** 4.000 *** *** ***
Custos de Matérias-primas *** 41.500 *** *** 20.000 *** 61.500
Custos de MOD *** 14.000 *** *** 9.000 *** 23.000
Custos Indir. de Fabricação *** 62.929 *** *** 52.571 *** 115.500
(=) Soma 12.000 118.429 9,8691 4.000 81.571 20,3928 200.000
(-) Estoque Final 7.200 71.058 9,8691 1.600 32.628 20,3928 103.686
(=) Custo Prod. Vendidos 4.800 47.371 *** 2.400 48.943 *** 96.314
14.1 Rateio de Custos Indiretos de Fabricação
Quadro 14.3.d Demonstração de resultado - método direto.

P1 P2 TOTAL

Vendas Líquidas 46.080 55.920 102.000


(-) Custo dos Produtos Vendidos (47.371) (48.943) (96.314)
(=) Lucro Bruto (1.291) 6.977 5.686
(-) Despesas Administrativas e Gerais *** *** (4.000)
(=) Lucro (Prejuízo) Líquido *** *** 1.686

Quadro 14.3.e Balanço patrimonial - método direto.

ATIVO PASSIVO
Caixa 90.800 Capital 436.000
Estoque Matérias- 24.500 Lucros Acumulados 1.686
primas
Estoque Prod. 103.686
Acabados
Imobilizado 250.000
(-) Depreciação Acum. (31.300)
437.686 437.686
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Transferência de custos pelo método


dos degraus

O método dos degraus (ou método progressivo)


consiste em transferir os custos dos departamentos
de serviços entre os próprios departamentos de
serviços e departamentos de produção, passo a
passo (em degraus, ou progressivamente), de forma
que o departamento que transferir o custo não mais
o recebe.
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

A ordem de transferência poderia iniciar-se pelo


departamento que menos recebe o valor da
transferência (vários outros critérios podem ser
adotados).

Quadro 14.4.a Determinação da ordem de transferência.

Departamentos ADMGE ALMOX MANUT

Total de CIFs 20.000 30.000 15.000

De ADMGE para *** 3.000 7.000

De ALMOX para 9.000 *** 10.500

De MANUT para 3.000 6.000 ***

Transferências 12.000 9.000 17.500


recebidas

Ordem de transferência 2º 1º 3º
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.4.b Ajuste de taxas de rateio.

Departamentos ALMOX ADMGE MANUT P1 P2 TOTAL

1º)
De ALMOX para:
Taxas originais *** 30% 35% 25% 10% 100%
Taxas de rateio *** 30,00% 35,00% 25,00% 10,00% 100%
2º)
De ADMGE para:
Taxas originais *** *** 35% 30% 20% 85%
Taxas de rateio *** *** 41,18% 35,29% 23,53% 100%
3º)
De MANUT para:
Taxas originais *** *** *** 0 40% 40%
Taxas de rateio *** *** *** 0 100% 100%
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.4.c Rateio aos departamentos de serviços e produção pelo método


dos degraus.

Departamentos ALMOX ADMGE MANUT P1 P2 Total


Total de CIFs 30.000 20.000 15.000 29.500 21.000 115.500
1º) De ALMOX para (30.000) 9.000 10.500 7.500 3.000 0
2º) De ADMGE para (29.000) 11.942 10.234 6.824 0
3º) De MANUT para - (37.442) 0 37.442 0
Totais 0 0 0 47.234 68.266 115.500
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.4.d Apuração do custo de fabricação pelo método dos degraus.


P1 P2
Quant. Valor C.M.U. Quant. Valor C.M.U. TOTAL

Estoque Inicial 0 0 0 0 0 0 0
Produção 12.000 *** *** 4.000 *** *** ***
Custos de Matérias-primas *** 41.500 *** *** 20.000 *** 61.500
Custos de MOD *** 14.000 *** *** 9.000 *** 23.000
Custos Indir. de Fabricação *** 47.234 *** *** 68.266 *** 115.500
(=) Soma 12.000 102.734 8,5612 4.000 97.266 24,3165 200.000
(-) Estoque Final 7.200 61.641 8,5612 1.600 38.906 24,3165 100.547
(=) Custo Prod. Vendidos 4.800 41.093 *** 2.400 58.360 *** 99.453
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.4.e Demonstração de resultado - método dos degraus.

P1 P2 TOTAL

Vendas Líquidas 46.080 55.920 102.000


(-) Custo dos Produtos Vendidos (41.093) (58.360) (99.453)
(=) Lucro Bruto 4.987 (2.440) 2.547
(-) Despesas Administrativas e Gerais *** *** (4.000)
(=) Lucro (Prejuízo) Líquido *** *** (1.453)

Quadro 14.4.f Balanço patrimonial - método dos degraus.

ATIVO PASSIVO
Caixa 90.800 Capital 436.000
Estoque Matérias- 24.500 Prejuízos Acumulados (1.453)
primas
Estoque Prod. 100.547
Acabados
Imobilizado 250.000
(-) Depreciação Acum. (31.300)
434.547 434.547
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Transferência de custos pelo método


algébrico

O método algébrico é o único método que pode ser


considerado científico, pois ele reconhece a
reciprocidade dos serviços prestados entre os
próprios departamentos de serviços.

Métodos de transferência recíproca:

Álgebra linear

Álgebra matricial
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.5.a Resumo de valores a transferir e taxas de rateio.


Departamentos ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 TOTAIS
CIFs a transferir 47.798 57.978 52.022 157.798
De ADMGE *** 15% 35% 30% 20% 100%
para
De ALMOX para 30% *** 35% 25% 10% 100%
De MANUT para 20% 40% *** 0 40% 100%
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.5.b Rateio aos departamentos de serviços e produção pelo método


algébrico.
Departamentos ADMGE ALMOX MANUT P1 P2 Total
Total de CIFs 20.000 30.000 15.000 29.500 21.000 115.500
De ADMGE para (47.798) 7.170 16.729 14.339 9.560 0
De ALMOX para 17.393 (57.978) 20.292 14.495 5.798 0
De MANUT para 10.404 20.808 (52.022) 0 20.808 0
Totais 0 0 0 58.334 57.166 115.500
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.5.c Apuração do custo de fabricação pelo método algébrico.


P1 P2
Quant. Valor C.M.U. Quant. Valor C.M.U. TOTAL

Estoque Inicial 0 0 0 0 0 0 0
Produção 12.000 *** *** 4.000 *** *** ***
Custos de Matérias-primas *** 41.500 *** *** 20.000 *** 61.500
Custos de MOD *** 14.000 *** *** 9.000 *** 23.000
Custos Indir. de Fabricação *** 58.334 *** *** 57.166 *** 115.500
(=) Soma 12.000 113.834 9,4862 4.000 86.166 21,5415 200.000
(-) Estoque Final 7.200 68.301 9,4862 1.600 34.466 21,5415 102.767
(=) Custo Prod. Vendidos 4.800 45.533 *** 2.400 51.700 *** 97.233
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.5.d Demonstração de resultado - método algébrico.

P1 P2 TOTAL

Vendas Líquidas 46.080 55.920 102.000


(-) Custo dos Produtos Vendidos (45.533) (51.700) (97.233)
(=) Lucro Bruto 547 4.220 4.767
(-) Despesas Administrativas e Gerais *** *** (4.000)
(=) Lucro (Prejuízo) Líquido *** *** 767

Quadro 14.5.e Balanço patrimonial - método algébrico.

ATIVO PASSIVO
Caixa 90.800 Capital 436.000
Estoque Matérias- 24.500 Prejuízos Acumulados 767
primas
Estoque Prod. 102.767
Acabados
Imobilizado 250.000
(-) Depreciação Acum. (31.300)
436.767 436.767
Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Análise das diferenças entre os


métodos de rateio de CIFs

Quadro 14.6.a Resumo de CIFs totais dos departamentos de


produção.

Métodos \ Deps. Produção P1 P2 TOTAL

DIRETO 62.929 107,88% 52.571 91,96% 115.500

DEGRAUS 47.234 80,97% 68.266 119,42% 115.500

ALGÉBRICO 58.334 100% 57.166 100% 115.500


Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Quadro 14.6.b Comparação de resultados apurados com diferentes


métodos de rateio.

Métodos Direto Degraus Algébric


o

Lucro Bruto 5.686 2.547 4.767

(-) Despesas Administrativas e


Gerais (4.000) (4.000) (4.000)

(=) Lucro (Prejuízo) Líquido 1.686 (1.453) 767


Rateio de Custos Indiretos de Fabricação

Simulação de lucro caso toda a produção tivesse sido


vendida.

Quadro 14.6.c Demonstração de resultado com venda integral.

Métodos Direto Degraus Algébrico

Vendas 250.000 250.000 250.000


(-) Custo dos Produtos Vendidos (200.000) (200.000) (200.000)
(=) Lucro Bruto 50.000 50.000 50.000
(-) Despesas Administrativas e Gerais (4.000) (4.000) (4.000)

Lucro (prejuízo) 46.000 46.000 46.000

CONCLUSÃO:

Se não existir estoque, qualquer método gera o mesmo


lucro.
Padrões de Custos
Padrões de Custos

Padrões de custos

Os padrões de custos devem refletir o nível


desejável (e possível) de eficiência na utilização de
recursos humanos, materiais e financeiros.

Os custos efetivos podem variar em relação ao


padrão, em função da diferença de:
preço unitário de compra, ou
nível de eficiência da utilização de materiais,
mão-de-obra e custos indiretos de fabricação.
Padrões de Custos

Análise da variação da quantidade e do


preço

Variação orçamentária é a diferença entre o valor


planejado e o realizado.

Variação = Valor real  Valor orçado

Variação favorável (F) => quando beneficia a empresa


Variação desfavorável (D) => quando prejudica a empresa
Padrões de Custos

Quadro 14.7 Comparação de valor orçado versus valor real.


Consumo de matéria-prima Valor orçado Valor real Variação D/F
Quantidade 11.000 un. 10.000 un.  1.000 un. F
Preço unitário $ 5,00 $ 5,20 $ 0,20 D
Total $ 55.000 $ 52.000  $ 3.000 F

a. Variação da quantidade
VQ = diferença de quantidade x preço-padrão
VQ =  1.000 un. x $ 5,00 =  $ 5.000 (F)
b. Variação do preço
VP = diferença de preço x quantidade real
VP = $ 0,20 x 10.000 un. = $ 2.000 (D)
c. Variação total
VT = VQ + VP
VT =  $ 5.000 + $ 2.000 =  $ 3.000 (F)
INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
E CONTROLE FINANCEIRO
Controle e Informações Gerenciais
Sistema de informações gerenciais
Sistema de informações gerencial => conjunto de
subsistemas de informações que processam dados
e informações para fornecer subsídios ao processo
de gestão de uma empresa.

Dados => elementos potencialmente úteis em sua


forma bruta, mas não têm valor imediato por si só,
pois não transmitem idéia clara de determinado fato
ou situação.

Informações => resultado de dado ou conjunto de


dados adequadamente processados para que o
usuário final as compreenda e possa tomar decisões
baseadas nelas.
Sistema de
Contas a Pagar Sistema de
Contas a Pagar
Interface

Sistema de Processo de Sistema de


Contas a Pagar
Tesouraria Tesouraria

Interface
Sistema de
Sistema de Contabilidade
Contabilidade

Sistemas tradicionais Sistemas integrados

Figura 15.1 Fluxo de dados entre os sistemas de controle.


Funções de controladoria
A principal função do controlller é dar suporte à
gestão dos negócios da empresa, para que esta
atinja seus objetivos, por meio de informações
gerenciais geradas em tempo hábil para tomada de
decisões, a um custo razoável.

Sob a visão tradicional, o controller tem uma atitude


passiva, pois consegue visualizar os diversos riscos
da operação, mas a sua função é somente a de
informá-los aos tomadores de decisões.
Pela visão moderna, o controller tem uma atitude
mais ativa, pois ele pode influenciar os resultados
da empresa, envolvendo-se em atividades
estratégicas, procurando visualizar o futuro e
identificando novas oportunidades de negócios.
Orçamento empresarial

Orçamento empresarial é representado pelo


orçamento geral que, por sua vez, é composto pelos
orçamentos específicos.

O orçamento geral retrata a estratégia da empresa e


evidencia, por meio de um conjunto integrado por
orçamentos específicos, subdivididos em quadros
(sub-orçamentos), onde estão refletidas
quantitativamente as ações e políticas da empresa,
relativas a determinados períodos futuros.
ORÇAMENTOS ESPECÍFICOS

O orçamento geral de uma empresa industrial é


formado basicamente pelos seguintes orçamentos
específicos:
a. orçamento de vendas;
b. orçamento de produção;
c. orçamento de matérias-primas;
d. orçamento de mão-de-obra direta;
e. orçamento de custos indiretos de fabricação;
f. orçamento de custo de produção;
g. orçamento de despesas gerais, administrativas e de vendas;
h. orçamento de capital;
i. orçamento de aplicações financeiras e financiamentos;
j. orçamento de caixa;
k. orçamento de resultado.
Planejamento de Resultados
Conceitos de planejamento

O planejamento consiste em estabelecer com


antecedência as ações a serem executadas dentro
de cenários e condições preestabelecidos,
estimando os recursos a serem utilizados e
atribuindo as responsabilidades, para atingir os
objetivos fixados.
Princípios de planejamento

Os princípios de planejamento podem ser


classificados em:
gerais; e
específicos.
Princípios de planejamento
Princípios gerais de planejamento:
a. princípio da contribuição aos objetivos;
b. princípio da precedência;
c. princípio da maior penetração e abrangência;
d. princípio da maior eficiência, eficácia e
efetividade.

Princípios específicos de planejamento:


a. planejamento participativo;
b. planejamento coordenado;
c. planejamento integrado;
d. planejamento permanente.
Filosofias do planejamento

A maioria dos processos de planejamento envolve


uma mistura dos três tipos de filosofias a seguir
descritas, embora possa haver predominância de
um deles, segundo Oliveira.

a. filosofia da satisfação;
b. filosofia da otimização;
c. filosofia da adaptação.
Tipos de planejamento

O planejamento pode ser classificado em três tipos:

a) estratégico;

b) tático;

c) operacional.
Tipos de planejamento
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
É um tipo de planejamento de longo prazo, de
responsabilidade dos níveis mais altos da
Administração, que procuram se antecipar a fatores
exógenos e internos à empresa, geralmente
relacionados com as linhas de produtos ou
mercados.

Outras caracterísitcas:
 envolve grande volume de recursos
 decisões de difícil reversibilidade
 nível de risco expressivo
PLANEJAMENTO TÁTICO
Tem a finalidade de otimizar parte do que foi
planejado estrategicamente. Tem um alcance
temporal mais curto em relação ao planejamento
estratégico.
PLANEJAMENTO OPERACIONAL
Tem a finalidade de maximizar os recursos da
empresa aplicados em operações de um
determinado período (curto e médio prazos).
Outras características:
 decisões mais descentralizadas
 decisões mais repetitivas
 decisão mais fácil de ser revertida do que a
estratégica
POLÍTICAS

Políticas são guias de raciocínios que dão a direção


e o sentido necessários para o processo de tomada
de decisões repetitivas e são planejadas para
assegurar a congruência de objetivos.
Sistema de Orçamentos
Sistema de orçamentos

O sistema de orçamentos (ou sistema orçamentário)


é um instrumento de planejamento e controle de
resultados econômicos e financeiros. É um modelo
de mensuração que avalia e demonstra, através de
projeções, os desempenhos econômicos e
financeiros da empresa, bem como das unidades
que a compõem.

Os orçamentos expressam, quantitativamente, as


políticas de compras, produção, vendas, recursos
humanos, gastos gerais, qualidade e tecnologia.
Planejamento e controle por meio do
orçamento
Segundo Welsch,
“o planejamento e controle de resultados pode ser
definido, em termos amplos, como um enfoque
sistemático e formal à execução das
responsabilidades de planejamento, coordenação e
controle da administração. Especificamente,
envolvem a preparação e utilização de (1) objetivos
globais e de longo prazo da empresa; (2) um plano
de resultados a longo prazo, desenvolvido em
termos gerais; (3) um plano de resultados a curto
prazo detalhado de acordo com diferentes níveis
relevantes de responsabilidade (divisões, produtos,
projetos etc.), e (4) um sistema de relatórios
periódicos de desempenho, mais uma vez para os
vários níveis de responsabilidade”.
Inter- ORÇAMENTOS DE MARKETING

relaciona- 1
ORÇAMENTO
DE VENDAS
7
ORÇAMENTO DE
DESPESAS DE
VENDAS

mentos dos
orçamentos
ORÇAMENTOS DO PROCESSO DE PRODUÇÃO
7
ORÇAMENTO
2
DE

específicos
ORÇAMENTO
DESPESAS
DE PRODUÇÃO
GERAIS E
ADMINISTRA-
TIVAS

3 4 5
ORÇAMENTO ORÇAMENTO ORÇAMENTO
DE MATÉRIAS- DE MÃO-DE- DE CUSTOS 8
PRIMAS OBRA DIRETA INDIRETOS DE ORÇAMENTO DE
FABRICAÇÃO INVESTIMENTOS

6
9
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO
DE CUSTO DE
DE
PRODUÇÃO
APLICAÇÃO
FINANCEIRA E
EMPRÉSTIMOS

DE 3, 6, 8, 9, 10
PARA 5, 7

Figura 15.2
DEMONSTRA- 10
Fluxo de dados e ÇÃO DE
RESULTADO
BALANÇO
PATRIMONIAL
ORÇAMENTO ANÁLISE
DAS
DE CAIXA
informações do MOVIMEN-
TAÇÕES

sistema FINANCEIRAS

orçamentário.
Horizonte de planejamento e freqüência
da revisão do planejamento

Geralmente, são adotados dois períodos de


planejamento: o de curto prazo e o de longo prazo.

PLANEJAMENTO DE CURTO PRAZO


Geralmente, é de um ano ou um semestre, e
coincide com o exercício social da empresa.

PLANEJAMENTO DE LONGO PRAZO


O planejamento de longo prazo é feito por um prazo
de dois até dez anos por algumas empresas,
englobando vários exercícios sociais.
Responsabilidade e controle
O sistema de contabilidade por áreas de
responsabilidade possibilita o controle do resultado
projetado.

Os centros de responsabilidade são unidades que


podem ser criados de acordo com a estrutura
organizacional (diretoria, departamento, seção etc.)
ou por projetos.

Os três tipos de centros de responsabilidade são:


a) centros de custos
b) centros de resultados
c) centros de investimentos
Vantagens e limitações do sistema de
orçamentos
VANTAGENS:
a. com a fixação de objetivos e políticas para a empresa e suas unidades,
introduz-se o hábito do exame prévio e minucioso de principais fatores
antes da tomada de decisões importantes;
b. com base em resultados econômicos e financeiros projetados, importantes
decisões financeiras podem ser tomadas com maior grau de acerto;
c. aumenta o grau de participação de todos os membros da administração na
fixação de objetivos;
d. os administradores quantificam e datam as atividades pelas quais são
responsáveis, o que os obriga a tomar decisões mais consistentes;
e. facilita a delegação de poderes;
f.  identifica os pontos de eficiência ou ineficiência do desempenho das
unidades;
g. tende a melhorar a utilização dos recursos, bem como ajustá-los às
atividades prioritárias;
h. os controles gerenciais tornam-se mais objetivos.
LIMITAÇÕES:
a. os orçamentos baseiam-se em estimativas, estando sujeitos a erros
maiores ou menores, segundo a sofisticação do processo de estimação;

b. o plano de resultados, por si só, não garante o resultado projetado; deve
ser continuamente monitorado e adaptado às circunstâncias;

c. o custo de implantação e manutenção do sistema não permite a sua


utilização plena por todas as empresas;

d. os atrasos na emissão de dados realizados prejudicam significativamente


a implementação de ajustes em tempo hábil;

e. as dificuldades de implementação de ajustes geram desconfianças em


relação a resultados projetados;

f. quando existe alta volatilidade das variáveis econômicas e financeiras, os


resultados projetados sofrem fortes distorções.

Você também pode gostar