Aula - ProjeÃ Ã o Das DemonstraÃ Ã Es ContÃ¡beis

Planejamento Financeiro e Orçamento
Operacional
Aula: Projeção das Demonstrações Contábeis.

Professor: Daniel Ferreira Caixe.
1
Agenda
 Projeção das Demonstrações Contábeis:
Demonstração do Resultado do Exercício; e
Balanço Patrimonial.
2
Métodos de Projeção
I) Método das Partidas Dobradas (MPD):

Cada transação financeira é registrada na forma de entradas em, pelo
menos, duas contas;
Total de Débitos = Total de Créditos;
Requer um nível de detalhamento das contas elevado (muitas vezes

indisponível para analistas externos).
3
II) Método da Porcentagem de Vendas (MPV):

A taxa de crescimento das vendas é o único driver;
Etapas:
1) Projeção da taxa de crescimento da receita;
2) Projeção da DRE; e
3) Projeção do BP.
Menor nível de detalhamento;

Sujeito a maiores erros de previsão.
4
III) Combinação entre MPD e MPV:
MPV é o norteador da maioria das contas da DRE;
MPD é o norteador da maioria das contas do BP;
Utilização de diversos drivers:

Critério: identificação das variáveis que apresentam elevada
correlação as contas projetadas.
5
Projeção da Demonstração
do Resultado do Exercício
6
DRE
Apresenta o resultado da empresa durante certo período (trimestre

ou ano):
- Confrontação entre receitas, custos e despesas:

Regime de competência.
7
Projeção de DRE
Demonstração do Resultado do Exercício Fonte(s)

Receita Líquida Orçamento Operacional
(−) Custo dos Produtos Vendidos Orçamentos Operacional e de Investimentos
(=) Lucro Bruto DRE
(−) Despesas Operacionais (OPEX) Orçamentos Operacional e de Investimentos
(=) Lucro Antes de Juros e Impostos (EBIT) DRE
(−) Despesas Financeiras Orçamento de Fontes de Fundos
(=) Lucro Antes de Impostos (EBT) DRE
(−) IR/CSLL DRE
(=) Lucro Líquido DRE
8
Demonstração do Resultado do Exercício Fonte
Receita Líquida Orçamento Operacional
(−) Custo dos Produtos Vendidos* Orçamento Operacional
(=) Lucro Bruto DRE
(−) Despesas Operacionais (OPEX)** Orçamento Operacional
(=) Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e
Amortização (EBITDA) DRE
(−) Depreciação e Amortização Orçamento de Investimentos
(=) Lucro Antes de Juros e Impostos (EBIT) DRE
(−) Despesas Financeiras Orçamento de Fontes de Fundos
(=) Lucro Antes de Impostos (EBT) DRE
(−) IR/CSLL DRE
(=) Lucro Líquido DRE
(*) Sem incluir Depreciação/Amortização considerada como custo.
(**) Sem incluir Depreciação/Amortização considerada como despesa.
9
Case: Brasil Vest
Demonstração do Resultado do Exercício (em R$) 2020
Receita Líquida 4.918.868
(−) Custo dos Produtos Vendidos -2.951.321
(=) Lucro Bruto 1.967.547
(−) Despesas Operacionais (OPEX) -936.821
(=) Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (EBITDA) 1.030.726
(−) Depreciação e Amortização -347.572
(=) Lucro Antes de Juros e Impostos (EBIT) 683.154
(−) Despesas Financeiras -167.582
(=) Lucro Antes de Impostos (EBT) 515.572
(−) IR/CSLL (Alíquota 34%) -175.294
(=) Lucro Líquido 340.278
10
Projeção do Balanço Patrimonial
11
Balanço Patrimonial
Apresenta a posição patrimonial e financeira da empresa;
 Em que a empresa está investindo?

 Como a empresa está financiando seus investimentos?
Posição estática!
Três elementos básicos:

1) Ativo;
2) Passivo; e
3) Patrimônio Líquido.
12
Balanço Patrimonial
Ativo Circulante Passivo Circulante
Caixa Obrigações Trabalhistas (PF)
Orçamento
Contas a Receber Fornecedores (PF)
Operacional
Orçamento Estoques Obrigações Fiscais (PF)
Operacional Tributos a Recuperar Dívidas de CP (POCP)
Despesas Antecipadas
Passivo Não Circulante
Ativo Não Circulante Dívidas de LP (POLP) Orçamento
Realizável a LP
de
Orçamento Investimentos Patrimônio Líquido Financimento
de Imobilizado Capital Social
Investimentos Intangível Reservas
13
Ativo Circulante
Bens e diretos com liquidez imediata ou que serão convertidos em

dinheiro até um ano;
 Principais contas:
Caixa;
Contas a Receber;
Estoques;
Tributos a Recuperar; e
Despesas Antecipadas.
14
Caixa
 Driver:
Índice Caixa sobre Vendas (CV):
Percentual que o Caixa representa da Receita Bruta;
Existe uma forte correlação entre o montante de recursos que precisa ser
mantido em caixa e volume de atividade (mensurado pelas vendas);
Idealmente, usa-se a Receita Bruta para eliminar o efeito que eventuais

alterações nas alíquotas dos impostos sobre as vendas possam provocar em CV.
15
Projeção de Caixa
 Caixa (C):
Em que:
CV = Índice Caixa sobre Vendas.
16
Contas a Receber
 Driver:
Dias de Venda em Contas a Receber (DVCR):
Em que:
N = número de dias do período analisado.
Idealmente, usa-se a Receita Bruta, porque Contas a Receber inclui

impostos sobre as vendas (IPI, ICMS etc.).
17
Projeção de Contas a Receber
 Contas a Receber (CR):
Em que:
N = número de dias do período analisado; e
DVC = Dias de Venda em Contas a Receber.
18
Estoques
 Driver:
Dias de Custo em Estoques (DCE):
Em que:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos; e
19
Projeção de Estoques
 Estoques (E):
Em que:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos;
DCE = Dias de Custo em Estoques.
20
Tributos a Recuperar
 Driver:
Dias de Impostos em Tributos a Recuperar (DITR):
Em que:
Impostos = impostos sobre as vendas; e
21
Projeção de Tributos a Recuperar
 Tributos a Recuperar (TR):
Em que:
Impostos = impostos sobre as vendas (Receita Bruta × Alíquota Média dos
Impostos sobre as Vendas Média);
DIOF = Dias de Impostos em Tributos a Recuperar.
22
Despesas Antecipadas
 Driver:
Dias de Despesas em Despesas Antecipadas (DDDA):
Em que:
OPEX = Despesas Operacionais; e
23
Projeção de Despesas Antecipadas
 Despesas Antecipadas (DAS):
Em que:
OPEX = Despesas Operacionais;
DDDA = Dias de Despesas em Despesas Antecipadas.
24
Ativo Não Circulante
Bens e direitos que serão convertidos em dinheiro após um ano;
 Principais contas:
Realizável a Longo Prazo;
Investimentos;
Imobilizado; e
Intangível.
25
Realizável a Longo Prazo
 Se existir RLP deve-se:
Considerá-lo como operacional;
Usar os mesmos drives das contas do Ativo Circulante para projetar

as contas do RLP;
Incluir RLP no cálculo dos investimentos/desinvestimentos em

capital de giro (Orçamento de Investimento), somando-o ao Ativo
Circulante.
26
Investimentos (I)
Normalmente, pressupõem-se que essa conta permanecerá constante,
pois esses investimentos não se renovam com as operações da empresa
(não estão ligados a sua atividade operacional);
Contudo, se forem previstos:

-Variações no Patrimônio Líquido das investidas (Resultado de
Equivalência Patrimonial – REP); e
-Novos Investimentos (NI).
REP e NI devem ser somados ao CAPEX.

27
Projeção de Imobilizado
 Imobilizado Bruto:
 Depreciação Acumulada:
 Imobilizado Líquido:
28
Projeção de Intangível
 Intangível Bruto:
 Amortização Acumulada:
 Intangível Líquido:
29
Passivo
 Passivo de Funcionamento:
Caráter cíclico e maturidade de até um ano;
Sem ônus financeiros (não geram encargos se pagos em dia).
Fornecedores, obrigações fiscais, obrigações trabalhistas etc.;
 Passivo Oneroso de Curto Prazo:

Empréstimos e financiamentos de CP;
Títulos de dívida de CP emitidos.
 Passivo Oneroso de Longo Prazo:

Empréstimos e financiamentos de LP;
Títulos de dívida de LP emitidos.
30
Obrigações Trabalhistas
 Driver:
Dias de Despesas em Obrigações Trabalhistas (DDOT):
Em que:
OPEX = Despesas Operacionais; e
31
Projeção de Obrigações Trabalhistas
 Obrigações Trabalhistas (OT):
Em que:
OPEX = Despesas Operacionais;
DDOT = Dias de Despesas em Obrigações Trabalhistas.
32
Fornecedores
 Driver:
Dias de Custo em Fornecedores (DCF):
Em que:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos; e
Idealmente:
- Substituir CPV por compras brutas (pode ser obtida na DVA), porque
Fornecedores contém impostos sobre as compras (IPI, ICMS etc.); e
- Neste caso, deve-se projetar as Compras Brutas e DCF = Dias de Compras em
Fornecedores.
33
Projeção de Fornecedores
 Fornecedores (F):
Em que:
CPV = Custo dos Produtos Vendidos;
DCF = Dias de Custo em Fornecedores.
34
Obrigações Fiscais
 Driver:
Dias de Impostos em Obrigações Fiscais (DIOF):
Em que:
Impostos = impostos sobre as vendas; e
35
Projeção de Obrigações Fiscais
 Obrigações Fiscais (OF):
Em que:
Impostos = impostos sobre as vendas (Receita Bruta × Alíquota Média dos
Impostos sobre as Vendas Média);
DIOF = Dias de Impostos em Obrigações Fiscais.
36
Projeção de Passivo Oneroso
I) Passivo Oneroso de Curto Prazo (POCP):
II) Passivo Oneroso de Longo Prazo (POLP):
III) Passivo Oneroso (PO) (Total):
37
Projeção de Patrimônio Líquido
I) Capital Social (CS):
II) Reservas de Lucro (RL):
III) Patrimônio Líquido (PL):
38
Referências
JERONIMO, R. L. Orçamento empresarial: transformando a estratégia

em ações. São Paulo: edição do autor, 2020.
SAMONAS, M. Financial forecasting, analysis, and modelling: a

framework for long-term forecasting. Chichester: John Wiley & Sons,
2015.
PADOVEZE, C. L. Planejamento orçamentário. 3. ed. São Paulo:

Cengage Learning, 2016.
39

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 Projeção das Demonstrações Contábeis:

Demonstração do Resultado do Exercício; e

I) Método das Partidas Dobradas (MPD):

Total de Débitos = Total de Créditos;

Requer um nível de detalhamento das contas elevado (muitas vezes

II) Método da Porcentagem de Vendas (MPV):

Menor nível de detalhamento;

III) Combinação entre MPD e MPV:

MPV é o norteador da maioria das contas da DRE;

MPD é o norteador da maioria das contas do BP;

Utilização de diversos drivers:

Apresenta o resultado da empresa durante certo período (trimestre

- Confrontação entre receitas, custos e despesas:

Demonstração do Resultado do Exercício Fonte(s)

 Em que a empresa está investindo?

Três elementos básicos:

Bens e diretos com liquidez imediata ou que serão convertidos em

Percentual que o Caixa representa da Receita Bruta;

Idealmente, usa-se a Receita Bruta para eliminar o efeito que eventuais

Idealmente, usa-se a Receita Bruta, porque Contas a Receber inclui

 Contas a Receber (CR):

 Tributos a Recuperar (TR):

 Despesas Antecipadas (DAS):

Bens e direitos que serão convertidos em dinheiro após um ano;

 Se existir RLP deve-se:

Considerá-lo como operacional;

Usar os mesmos drives das contas do Ativo Circulante para projetar

Incluir RLP no cálculo dos investimentos/desinvestimentos em

Contudo, se forem previstos:

REP e NI devem ser somados ao CAPEX.

 Passivo Oneroso de Curto Prazo:

 Passivo Oneroso de Longo Prazo:

 Obrigações Trabalhistas (OT):

 Obrigações Fiscais (OF):

I) Passivo Oneroso de Curto Prazo (POCP):

II) Passivo Oneroso de Longo Prazo (POLP):

III) Passivo Oneroso (PO) (Total):

I) Capital Social (CS):

II) Reservas de Lucro (RL):

III) Patrimônio Líquido (PL):

JERONIMO, R. L. Orçamento empresarial: transformando a estratégia

SAMONAS, M. Financial forecasting, analysis, and modelling: a

PADOVEZE, C. L. Planejamento orçamentário. 3. ed. São Paulo:

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