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ANCILOSTOMOSE

ANCILOSTOMOSE (amarelão, doença jeca-tatu, mal-da-


terra)

Família Ancylostomidae ( ankylos=curvo + stomma=boca)

Subfamílias
• Ancylostominae – espécies apresentam
dentes na margem da boca.
• Espécie: Ancylostoma duodenale

• Bunostominae – espécies possuem lâminas


cortantes circundando margem da boca.
• Espécie: Necator americanus
• Estes nematódeos apresentavam distribuição
geográfica restrita aos locais de origem, porém
atualmente com a globalização, as espécies tornaram-
se cosmopolitas.  

• A. duodenale era restrito ao continente europeu,


africano e asiático, 
• N. americanus era restrito ao continente americano e
parte da África.
• A. ceylanicum era restrito a Taiwan.

• A ancilostomíase, no Brasil, tem como maior causador


o Necator americanus.
• Ancylostoma duodenale (clima temperado)
• Adultos machos e fêmeas cilíndricos (9 a 13mm)
• Cápsula bucal profunda
• 2 pares dentes dorsais – margem interna
• 1 par dentes triangulares subventrais – fundo cápsula
• MACHOS – menores fêmea, extremidade posterior com
bolsa copuladora
• FÊMEAS – extremidade posterior afilada com processo
espinhoso terminal

Bolsa copulatoria Processo espinhoso


Macho Fêmea
• Necator americanus (5 a 11mm) (clima tropical)
• Cápsula bucal profunda
• 2 lâminas cortantes –subventral
• 2 lâminas cortantes –subdorsal
• fundo cápsula – dente longo
• MACHO – bolsa copuladora desenvolvida
• FÊMEA – extremidade posterior afilada – sem processo
espinhoso
Necator americanus

Necator: lâminas cortantes


Ovos

Ancilostoma – 20 a 30 mil ovos/dia


Necator – 6 a 11 mil ovos/dia
Larva Rabditóide (L1 e L2 - solo)

Ovo L1 12 a 24 h
L1 L2 3 a 4 dias
L2 L3 5 dias (filarioide)
Intestino delgado HOMEM (verme adulto)

Fezes com ovos

Eclosão e larva rabditóide L1

L2 (rabditóide) e produz nova cutícula interna

L3 - filarióide – LARVA INFECTANTE – não se alimenta


Larvas Filarióides (L3)
Ciclo Evolutivo

Vermes adultos
Duodeno
INFECÇÃO ATIVA – L3 – PELE

L3 penetração pele (30 min)

Circulação sanguínea e/ou linfática

Coração  artérias pulmonares

Passando pelos pulmões(L4) retornando


faringe  deglutição (Ciclo de Loss)

(L5) Final do duodeno - Adulto

Ciclo varia de 5 a 7 semanas


• MIGRAÇÃO pelos pulmões (2 a 7 dias) L3 perde cutícula e
adquire nova L4;

• INTESTINO DELGADO (8 dias) L4 fixa-se duodeno e alimenta-se


sangue  transformação L5 após 15 dias  L5 em adulta – 30 dias
INFECÇÃO L3 – VIA ORAL
Água ou alimento contaminado larvas L3

Estômago L3 perde cutícula

Migram intestino delgado 


duodeno penetram mucosa L4

Voltam luz intestino  fixam-se mucosa e iniciam repasto sangüíneo L5

Adultos  cópula  produção ovos eliminados através fezes


Patologia

• Local penetração
• Geralmente assintomática;
• Pele - lesões traumáticas , sensação de “ picada” , prurido e edema
resultante processo inflamatório e infecções secundárias.

• Período incubação – até surgirem sintomas intestinais 1 a 2 meses e


pode durar anos
ALTERAÇÕES PULMONARES
• passagem larvas – tosse de longa ou curta duração

PARASITISMO INTESTINAL
• Dor epigástrica;
• Diminuição apetite, indigestão, cólica;
• indisposição, náuseas, vômitos;

• Número parasitas alto ocorre:


• diarréia sanguinolenta;
• perda de peso;
• má absorção dos nutrientes.

• constipação – mais frequentes quando ocorre


deposição dos ovos.
• Crianças com parasitismo intenso, pode ocorrer :
• diminuição proteínas e atraso no desenvolvimento
físico e mental.

• No intestino parasitas alimentam-se de sangue,


provocando :
• Danos na mucosa e capilares do intestino.

• Casos crônicos (grande número de parasitas) a perda de


sangue devido às hemorragias leva:
• à anemia por déficit de ferro, com perda de atividade
e capacidade intelectual.

• Os Ancylostomas são mais perigosos: cada um consome


0,20ml por dia, enquanto o Necator, consome apenas
0,05ml.
Diagnóstico, Controle e Tratamento
• Diagnóstico:
• Clínico – sintomas
• Laboratorial – EPF e hemograma

• Medidas preventivas:
• saneamento básico, educação sanitária e
• suplementação alimentar de Fe e proteínas;

• Tratamento:
• Uso anti-helminto – mais de uso curativo;
• Albendazil, Mebendazol
PROFILAXIA:
- Saneamento, educação sanitária, suplementação
alimentar, uso de anti-helmínticos, produção de vacina

TRATAMENTO:
- Pamoato de pirantel, Mebendazol, Albendazol
- Alimentação suplementar, -Sulfato ferroso

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