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TURMA: 5º TERMO
DISCIPLINA: ÉTICA NA
ENFERMAGEM
PROFESSORA: ANDRÉIA MURA
PERES
Participantes do Grupo:
Grupos 06 e 07 (OBS: os grupos irão fazer o mesmo caso, mas
separadamente).
Caso 3
Grávida de 24 semanas, Testemunha de Jeová, é internada com hemorragia intensa.
Os intensivistas resolvem aplicar sangue compulsoriamente, considerando o princípio
bioético de Beneficência ao futuro bebê.
A base religiosa que Testemunhas de Jeová alegam para não permitirem ser
transfundidos é obtida em alguns textos contidos na Bíblia, como no livro do Gênesis:
“Todo animal movente que está vivo pode servir-vos de alimento. Como no caso da
vegetação verde, deveras vos dou tudo. Somente a carne com sua alma – seu sangue –
não deveis comer.” Ou no Levítico: “Quando qualquer homem da casa de Israel ou
algum residente forasteiro que reside no vosso meio, que comer qualquer espécie de
sangue, eu certamente porei minha face contra a alma que comer o sangue, e deveras
o deceparei dentre seu povo”
1- O que é eticamente melhor? Realizar o procedimento indicado, à revelia do
paciente, ou respeitar a vontade dele e sua religião?
O Código de Ética Médica, em seu Art. 56, veda ao médico “des respeitar o direito
do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou
terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida”
Como analogia, pode-se também usar o Art. 51, que veda “alimentar
compulsoriamente qualquer pessoa em greve de fome que for considerada capaz física
e mentalmente, de fazer juízo perfeito das possíveis consequências de sua atitude. Em
tais casos, deve o médico fazê-la ciente das prováveis complicações do jejum
prolongado e, na hipótese de perigo de vida iminente, tratá-la”
Art. 26. Deixar de respeitar a vontade de qualquer pessoa, considerada capaz física e
mentalmente, em greve de fome, ou alimentá-la compulsoriamente, devendo
cientificá-la das prováveis complicações do jejum prolongado e, na hipótese de risco
iminente de morte, tratá-la. [...]
No que tange ao profissional de enfermagem, a Resolução do Conselho Federal de
Enfermagem 311 de 2007, a qual aprova a reformulação do Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem, traz em seu artigo 10 a possibilidade do profissional de
recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica, científica,
ética e legal. No mesmo código, temos em seus Princípios Fundamentais, o fato de que
o profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e
legais, e ainda, com respeito a vida, a dignidade e os direitos humanos, em todas as
suas dimensões (COFEN, 2007). Ou seja, ainda que o profissional deva respeitar a
decisão tomada pelo paciente ou seu representante legal, o bem maior tutelado será o
direito à vida, o qual os profissionais de enfermagem não devem medir esforços para
proteger. Sendo tal afirmativa confirmada pelos artigos abaixo transcritos do Código
de Ética dos Profissionais de Enfermagem- CEPE: [...]
Orientações:
Embasar as respostas no CEPE 2017 e outras legislações sobre o
assunto, citando os artigos para argumentação.
Bom trabalho!