A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não
transmissível (DCNT) definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos.. Trata-se de uma condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais, caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva Emergência hipertensiva é a hipertensão grave com sinais de comprometimento de órgãos-alvo (cérebro, sistema cardiovascular e rins). Efetua-se o diagnóstico pela avaliação de pressão arterial, ECG, análise da urina, bem como de ureia e creatinina séricas. O tratamento consiste na redução imediata da pressão arterial com fármacos IV (p. ex., clevidipino, fenoldopam, nitroglicerina, nitroprussiato, nicardipino, labelol, esmolol e hidralazina). Urgências hipertensivas
A pressão arterial muito
elevada (p. ex., diastólica > 120 a 130 mmHg), sem lesão de órgão-alvo (com exceção, talvez, de retinopatia graus 1 a 3), pode ser considerada urgência hipertensiva. A pressão arterial nesses níveis muito altos geralmente preocupa o médico, porém, há pouca probabilidade de complicações agudas, de modo que não há necessidade de redução imediata da pressão arterial. Deve-se prescrever para esses pacientes a combinação de 2 anti-hipertensivos orais, mantendo-se avaliação ambulatorial meticulosa (com avaliação da eficácia do tratamento). Uma pressão arterial muito alta, sem dano a órgãos, ocorre comumente em pacientes altamente ansiosos ou naqueles que tiveram qualidade de sono muito ruim ao longo de um período de semanas. Referência: https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%A3o/emerg%C3%AAncias-hipe rtensivas