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 As variáveis, que foram especificadas na

formulação do problema e hipóteses de


pesquisa, devem ser definidas de forma clara e
sem ambiguidades, ou seja, devem ser
definidas operacionalmente.
 Esta é uma das fases de pesquisa que se revela

de grande importância, uma vez que, se não for


possível operacionalizar todas as variáveis de
uma pesquisa, podemos concluir que a hipótese
não é testável.
 Em termos gerais, uma variável é algo que pode mudar
de valor, geralmente de magnitude e força. É um
substantivo que representa classes de objectos, como,
por exemplo: sexo, escolaridade, renda mensal, altura,
peso, velocidade, etc.
 Evidentemente que existem variáveis fáceis de
identificar, como o sexo, por exemplo, que representa
apenas duas categorias, masculino e feminino. Existem,
porém, outras mais complexas, como, por exemplo,
participação política, pois não é simples definir o
conceito de participação.
 As variáveis apresentam duas características
fundamentais, nomeadamente:
 São aspectos observáveis de um fenómeno
 As variáveis podem ser definidas como características
mensuráveis de um fenómeno, que podem apresentar
diferentes valores ou serem agrupadas em categorias.
Por exemplo, a variável “idade” apresenta diversos
valores: 10 anos, 15, 20, 20, 30 ...n,a; variável “estado
civil” pode ser agrupada nas seguintes categorias:
solteiro, casado, viúvo, divorciado, etc.
 Variações em relação ao mesmo fenómeno
 A variável é um aspecto observável de um único

fenómeno ou uma única variável, comparando


elementos entre diferentes categorias desse
mesmo fenómeno ou variável. Exemplo, um
investigador pretende analisar a distribuição de
trabalhadores segundo o estado civil, após a
colecta de dados obtêm a seguinte informação:
Estado Civil Frequência (F)

Solteiros 100

Casados 80

Viúvos 96

Divorciados 54

União de facto 70

Total 400
Estado civil Frequência (F)

Solteiros 120

Casados 100

Viúvos 5

Divorciados 15

União de facto 9

Total 249
Estado civil Frequência (F)

Solteiros 120

Casados 100

Outros 29

Total 249
 Conforme esta característica, a variável é um aspecto
observável de um fenómeno ligado a outras variáveis
por um determinado tipo de relação. Esta relação pode
ser de co-variação (variação conjunta), dependência ou
casualidade.
 Vejamos alguns exemplos de relações entre variáveis:
◦ Relação de co-variação – relação entre peso e estrutura.
As variáveis mudam conjuntamente.
◦ Relação de associação - relação entre o desempenho
escolar em Estatística e o desempenho escolar em
Psicologia. As variáveis podem mudar conjuntamente,
mas as mudanças numa variável não produzem
necessariamente mudanças na outra variável.
 Relação de Dependências -relação entre posição social
e a renda pessoal. A variável posição social depende da
variável renda pessoal.
 Relação de casualidade - relação entre o preço do
produto e a procura por esse produto. Mudanças numa
variável (preço) produzem mudanças numa outra
variável (procura).

 É importante dominar estes tipos de relação, pois a


análise estatística dependerá das relações presentes
entre as variáveis em estudo.
 Uma das etapas cruciais no desenho de uma pesquisa
de carácter científico é, sem dúvida, a definição da
população ou universo e da amostra que pretendemos
estudar. Vamos então perceber melhor alguns conceitos
base, nomeadamente: população/universo e amostra.
 Por população ou universo entende-se o conjunto de
elementos que possuem determinadas características
comuns que se pretende estudar.
 Normalmente, falamos de população ao referirmo-nos a
todos os habitantes de determinado lugar.
 Em termos estatísticos, população pode ser, por
exemplo:
◦ Um conjunto de indivíduos que trabalham num mesmo
lugar;
◦ Os alunos matriculados numa mesma universidade;
◦ Toda a população de cerveja de uma fábrica;
◦ Todos os cães de determinada raça de uma cidade ou
localidade.
 No entanto, nem sempre é possível obter
informação de todos os indivíduos ou elementos
que formam a população ou grupo que
pretendemos estudar, entre outras, pelas
seguintes razões:
 1) O número de elementos ou indivíduos é

demasiado grande;
 2) O estudo da população é muito dispendioso;
 O tempo pode actuar como agente de distorção
dos resultados ( a informação pode variar, se
transcorrer muito tempo entre o primeiro e o
último elemento).
 Quando não é possível estudar exaustivamente

todos os elementos da população, estudam-se só


alguns elementos que designamos por amostra.
 A amostra é qualquer subconjunto do conjunto
universal da população. Mais especificamente a
amostra consiste em todo o conjunto de dados
ou observações recolhidas a partir de um
subconjunto da população que se estuda, com o
objectivo de tirar conclusões para a população
onde foi recolhida.
 TIPOS DE AMOSTRAS
 Existem dois grandes grupos de amostras,

nomeadamente:
 1. As amostra probabilísticas baseadas nas leis de

probabilidade são aquelas em que cada unidade


amostral tem uma probabilidade conhecida e
diferente de zero de pertencer à amostra.
 2. As amostras não-probabilísticas – que tentam
produzir o mais fielmente possível a população
alvo –são aquelas em que a probabilidade de
selecção de cada unidade amostral da população
é desconhecida..

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