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ESCOLA DE ENFERMAGEM ANA NERY

DISCIPLINA: Higiene e Profilaxia


DOCENTE: Enf. Letícia Maria Leite Silva

A REFORMA SANITÁRIA, SUS E


COMUNIDADE
FLORENCE NIGHTINGALE: COMO ELA
REVOLUCIONOU NOSSOS HÁBITOS DE HIGIENE
 Nascida há 200 anos, a britânica Florence
Nightingale é merecidamente conhecida por ter
revolucionado a enfermagem;
 Nightingale só apoiou totalmente a ideia de que
muitas doenças são causadas por
microrganismos específicos conhecidos como
germes depois dos 60 anos;
 nos anos 1880, ela tinha muita noção da
importância da lavagem das mãos.
FLORENCE NIGHTINGALE: COMO ELA
REVOLUCIONOU NOSSOS HÁBITOS DE HIGIENE

 Durante a Guerra da Crimeia (1853-1856),


Nightingale implementou a lavagem de mãos
e outras práticas de higiene nos hospitais do
exército britânico;

 A atenção de Nightingale a pesquisas


médicas internacionais era só um dos fatores
por trás de sua habilidade de fazer
intervenções eficazes em saúde pública.
DADOS IMPORTANTES SOBRE FLORENCE

 Depois da Guerra da Crimeia, Nightingale usou estatística para provar a


eficácia de diferentes intervenções.
 Ela produziu seus famosos diagramas, que demonstravam a alta
proporção de morte de soldados causadas por doença;
 Se tornou a primeira mulher aceita na Sociedade de Estatística de Londres
em 1858;
 Depois disso, ela desenhou questionários para obter dados sobre
questões como as condições sanitárias de estações do exército na Índia,
ou a taxa de mortalidade de populações na Austrália;
 O princípio que a guiava era que um problema de saúde só poderia ser
enfrentado de forma efetiva se suas dimensões fossem confiavelmente
estabelecidas.
DIAGRAMA DA FLORENCE
O livro de Nightingale, Notas sobre Enfermagem (1860)

● Trazia conselhos para pessoas


comuns sobre como manter um lar
saudável;

● Nightingale aconselhava as pessoas a


abrirem as janelas para maximizar a
luz e a ventilação, e eliminar o ar
“estagnado, mofado e impuro”;
● E ela defendia melhorias no sistema
de drenagem para combater doenças
que vinham da água, como o cólera e
a febre tifóide.
EVOLUÇÃO DA REFORMA SANITÁRIA

● A década de 1980 foi marcada por uma grave crise mundial, cujas
consequências em termos de desequilíbrios macroeconômicos, financeiros e de
produtividade atingiram a economia brasileira.
● Em resposta a essa crise, verificou-se intenso processo de internacionalização
dos mercados, dos sistemas produtivos e da tendência à unificação monetária,
cujo resultado foi uma perda considerável da autonomia dos Estados nacionais.
● A partir desse momento, os princípios da focalização e da seletividade passaram
a orientar a ação de organismos como o Banco Mundial, contrapondo-se a teses
desenvolvimentistas e de defesa de proteção social universal.
● A reforma sanitária realizada no Brasil no período da redemocratização tem sido
apontada como uma política na contra-corrente dessa tendência de reforma
setorial
O movimento Sanitarista

 O movimento da Reforma Sanitária nasceu no início da década de 1970.

 A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação
às mudanças e transformações necessárias na área da saúde.

 Essas mudanças não abarcavam apenas o sistema, mas todo o setor saúde, em
busca da melhoria das condições de vida da população.
Profissionais de saúde e
grupos médicos,
preocupados com a saúde
pública desenvolveram teses
e integraram discussões
políticas. Este processo teve
como marco institucional a
8ª Conferência Nacional de
Saúde, realizada em 1986.
8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em
1986.
 Foi um dos momentos mais importantes na definição do Sistema Único de Saúde
(SUS) e debateu três temas principais: ‘A saúde como dever do Estado e direito do
cidadão’, ‘A reformulação do Sistema Nacional de Saúde’ e ‘O financiamento
setorial’;
 O crescimento do movimento sanitário, organizado desde os anos 1970, foi
crucial para o amplo debate dessas questões;
 Enquanto o país passava pelo processo de redemocratização, o movimento
ganhou consistência e avançou na produção de conhecimento, com a criação de
órgãos como o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), em 1976, e a
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), em 1979.
8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em
1986.

 A partir da promulgação da Constituição, em 1988, a saúde ganhou rumos


diferentes com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS)
 Em 28 de dezembro de 1990, a Lei n° 8.142 instituiu as Conferências e os
Conselhos de Saúde, instâncias de controle social;
 O Decreto nº 99.438, de 7 de julho de 1990, regulamentou as novas atribuições
do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e definiu entidades e órgãos para o novo
plenário, com 30 membros.
PRIMEIRA CONFERÊNCIA ABERTA AO POVO

 A 8ª foi a primeira conferência que contou com a participação de usuários. Antes dela, os
debates se restringiam à presença de deputados, senadores e autoridades do setor. As
conferências eram “intraministério”;
 O Ministério da Saúde convidava pessoas das secretarias e intelectuais, mas os eventos
não tinham a dimensão atual;
 Arouca, que estava no núcleo do movimento sanitário e na época era presidente da
Fiocruz, foi convidado a presidir a 8ª Conferência.
CIDADANIA E SOCIEDADE
A importância da participação popular no SUS

 O SUS é um sistema construído com base em princípios de


solidariedade social, que assegura a participação da população, a
universalidade do acesso, a equidade e a integralidade da atenção.
 No Brasil, saúde e cidadania estão intimamente ligadas.
 Isso se dá a partir do princípio da participação popular do SUS, que
permite que o cidadão comum tenha poder de influenciar na
qualidade dos serviços do setor.
Comunicação com a Sociedade

 A linguagem deve ser adequada, com conteúdo de


interesse para a sociedade local e o uso de meios
modernos, como a Internet, e populares ;

 O objetivo da educação permanente para o controle


social é dar visibilidade aos direitos e deveres da
população;

 A partir da organização de reuniões e seminários,


aproveitando os espaços existentes nas comunidades
– unidades de saúde, escolas, igrejas, centros
comunitários na área rural e urbana e nas
comunidades indígenas e de quilombolas;
CONCLUSÕES

 O relatório final apontou o consenso em relação à formação de um sistema


único de saúde, separado da previdência, e coordenado, em nível federal, por
um único ministério;

 O relatório aponta ainda a necessidade de participação popular, através de


entidades representativas, na formulação da política, no planejamento, na
gestão e na avaliação do sistema;

  Os delegados da 8ª atribuíram ao Estado o dever de garantir condições dignas


de vida e de acesso universal à saúde, e apontaram a necessidade de integrar a
política de saúde às demais políticas econômicas e sociais.

 A ideia era ter um sistema exclusivamente público, com o setor privado


subordinado às normas do SUS, assim como está estabelecido hoje. 
REFERÊNCIAS:

 BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Ministério da Saúde. 22 de maio de


2019.
 BATER, R. Florence Nightingale: como ela revolucionou nossos hábitos de
higiene. Disponível em:
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2020/04/
florence-nightingale-como-ela-revolucionou-nossos-habitos-de-
higiene.html. Acesso em: 06/10/2021.

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