O documento descreve 5 níveis da evolução da escrita na criança, começando por garatujas e traços aos 2-3 anos, e terminando com a compreensão do alfabeto, onde cada letra representa um som. Nos níveis intermediários, a criança passa da leitura global para a hipótese silábica, e então para a análise fonêmica.
O documento descreve 5 níveis da evolução da escrita na criança, começando por garatujas e traços aos 2-3 anos, e terminando com a compreensão do alfabeto, onde cada letra representa um som. Nos níveis intermediários, a criança passa da leitura global para a hipótese silábica, e então para a análise fonêmica.
O documento descreve 5 níveis da evolução da escrita na criança, começando por garatujas e traços aos 2-3 anos, e terminando com a compreensão do alfabeto, onde cada letra representa um som. Nos níveis intermediários, a criança passa da leitura global para a hipótese silábica, e então para a análise fonêmica.
• A criança é um produtor de textos desde tenra idade. Numa criança de
classe média, habituada desde pequena a fazer uso do lápis e papéis que encontra na sua casa, podem-se registrar tentativas de desenhar desde a época das primeiras garatujas ou antes ainda ( 2 anos e meio ou 3 anos). • Estas primeiras tentativas de escrita são de dois tipos: traços ondulados contínuos ou de linhas verticais. Desde esse momento, já existe escrita na criança: é a maneira de escrever aos 2 anos e meio ou 3 e, ainda que a semelhança do traçado em relação à do adulto não passa de ser global, os dois tipos básicos de escrita aparecem: os traços ondulados contínuos (com a continuidade da escrita cursiva); os círculos e riscos verticais descontínuos (com a descontinuidade da escrita de imprensa). Nível 1 • A criança espera que a escrita dos nomes de pessoas seja proporcional ao tamanho (ou idade) dessa pessoa, e não ao comprimento do nome correspondente. Faz a leitura de uma maneira global. • Nível 2 • Para poder ler coisas diferentes (insto é, atribuir significados diferentes) deve haver uma diferença objetiva nas escritas. O progresso gráfico mais evidente é que a forma dos grafismos é mais definida, mais próxima à das letras. • Porém o fato conceitual mais interessante é o seguinte: segue-se trabalhando com a hipótese de que faz, falta uma certa quantidade mínima de grafismos. • Cada letra vale como parte de um todo e não tem valor em si mesma. Nível 3 • Este nível está caracterizado pela tentativa de dar um valor sonoro a cada uma das letras que compõem uma escrita. Nesta tentativa, a criança passa por um período da maior importância evolutiva: cada letra vale por uma sílaba. É o surgimento do que chamaremos a hipótese silábica. Com está hipótese, a criança da um salto qualitativo com respeito aos níveis precedentes. Pela primeira vez a criança trabalha claramente com a hipótese de que a escrita representa partes sonoras da fala. • A hipótese silábica pode aparecer com grafias ainda distantes das formas das letras, tanto como com grafias bem diferenciadas. Neste último caso, as letras podem ou não ser utilizadas com um valor sonoro estável. • No que diz respeito ao conflito entre a quantidade mínima de caracteres e a hipótese silábica, o problema é ainda mais interessante, em virtude de suas consequências Trabalhando com a hipótese silábica, a criança está obrigada a escrever somente duas grafias para as palavras dissílabas ( O que, em muitos casos, está abaixo da quantidade mínima que lhe parece necessária) , e o problema é ainda mais grave quando se trata de substantivos monossílabos ( pouco frequente em espanhol, ainda que “sol” e “sal” constituam conhecidos exemplos das palavras iniciais na aprendizagem tradicional). Nível 4 • Passagem para a hipótese silábica para a alfabética. A criança abandona a hipótese silábica e descobre a necessidade de fazer uma análise que vá “ mais além” da sílaba pelo conflito entre a hipótese silábica e a exigências de quantidade mínima de grafias (ambas exigências puramente internas, no sentido de serem hipóteses originais da criança) e o conflito entre as formas gráficas que o meio lhe propõe e a leitura dessas formas em termos de hipótese silábica (conflito entre uma exigência interna e uma realidade exterior ao próprio sujeito). Nível 5 • A escrita alfabética constitui o final desta evolução. Ao chegar a este nível, a criança já franqueou a “barreira do código”, compreendeu que cada um dos caracteres da escrita corresponde a valores sonoros menores que a sílaba, e realiza sistematicamente uma análise sonora dos fonemas das palavras que vai receber. • A partir desse momento a criança se defrontará com as dificuldades próprias das ortografias, mas não terá problemas de escrita, no sentido estrito. Vídeo: Formação da Cidade • Alfabetização : https://youtu.be/DifCyN-BN80