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Os direitos das Mulheres em Portugal e

na Nigéria.
Trabalho realizado por: André nº 5; Jéssica Trindade nº15, Maria Barbosa nº18,
Mariana Mestre nº19 e Mayra nº 25.
Índice
• Capa, 1
• Índice, 2
• Introdução, 3
• Curiosidades, 4
• A evolução históricas dos Direitos das Mulheres, 5
• Os Direitos das Mulheres em Portugal, 7
• Hoje em dia, em Portugal…. 8
• Os Direitos das Mulheres na Nigéria, 11
• O casamento infantil na Nigéria, 13
• As principais ativistas da Nigéria, 14
• Conclusão, 16
• Bibliografia. 17
Introdução

Introdução:
No âmbito da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento e de Geografia C, foi nos
proposto um trabalho sobre os Direitos das Mulheres em dois países, um desenvolvido e
outro em desenvolvimento, escolhemos assim Portugal e Nigéria, respetivamente.

Desde a Revolução Industrial e no contexto da 1ª Grande Guerra Mundial, a Mulher saiu da


proteção patriarcal e passou a ter autonomia nos seus lares assim como, o controlo sobre as
suas posses. Com a modernização dos tempos, os cargos de liderança empresarial,
organizacional e política, passaram a contar com presenças femininas, no entanto, tal não se
verifica em todos os países do mundo, existindo assim uma grande disparidade entre países
do Norte e países do Sul que, iremos abordar em diante.
Factos históricos/
curiosidades sobre os
direitos das Mulheres

Curiosidades:
A famosa imagem da mulher de lenço na Em 1961, a comercialização da O dia 8 de março, Dia
cabeça e o braço à mostra surgiu quando a pílula anticoncecional causou uma Internacional da Mulher, surgiu
operária Geraldine Hoff pousou de revolução de costumes e liberdade por causa da morte de 130
modelo para J.Howard Miller. O artista sexual. A pílula foi desenvolvida operárias carbonizadas num
A famosa imagem da mulher de
usou a imagem como propaganda durantelenço na cabeça mostrando o braço
por dois médicos americanos,
surgiu quando a operária
incêndio Geraldine
numa Hoff
fábrica têxtil de posou
de amodelo
Segunda para
GuerraJ.Howard
Mundial. O Miller.
cartaz O artista usou Gregory
a imagem como
Pincus e Carlpropaganda
Djarassi, duranteNova
a Segunda Guerra
York em 1911. Mundial. O
Intelectuais
converteu-se
cartaz em um símbolo
converteu-se em umpara as
símbolo para as mulheres que assumiram
com incentivo da feministapostos
e feministas
de trabalho afirmam que asaos homens
em substituição
mulheres que assumiram postos de ativista social armadas
Margaret Sanger e mulheres operárias do final do
trabalho em substituição dos homens que que serviam às forças americanas século 19, organizavam-se contra
financiamento de Katharine
serviam às forças armadas americanas. McCormick, uma rica herdeira os governos e patrões para lutar
industrial. por melhores condições de
trabalho.
A evolução histórica dos
direitos das Mulheres

A evolução histórica dos direitos das mulheres


Nos séculos VI e V a.C., no apogeu das Na Idade Média, a figura do guerreiro O iluminismo, como movimento filosófico
pólis gregas, emergiram as bases das ideias era incontestavelmente masculina, e cultural que visava ao alcance da
sobre democracia, tendo Atenas liberdade, autonomia e emancipação por
devido a uma masculinização proposta meio da razão, favoreceu, no século XVIII,
desenvolvido o primeiro governo por diversos fatores, dentro deles o
democrático da história. Aos cidadãos era o acesso da mulher à educação formal. A
cristianismo. À mulher cabia o papel revolução francesa é, pois, considerada por
dado participar diretamente das questões
de donzela, virgem e casta, à espera do muitos como o berço do feminismo
políticas da pólis, menos às mulheres e aos moderno.
escravos. marido.

Na primeira guerra mundial com a partida dos


homens, as mulheres passaram a trabalhar nas
Com a revolução industrial do século
fábricas, a conduzir autocarros, a fazerem Em 1900 a mulher passou a ser
XVIII e o êxodo rural, à mulher é reparações elétricas e a carregarem material ativa politicamente através da
aferido outro papel na sociedade, a de pesado, assumindo também o papel de chefe de sua conquista pelo voto, e com
trabalhadora assalariada, ainda que o família. Como consequência destes atos, as isto, foram desenvolvidas
seu salário fosse muito inferior ao dos mulheres passaram a ter uma imagem de quem era
várias associações de
homens para a realização do mesmo capaz de substituir o sexo masculino e por isso,
sufragistas que lutavam cada
ofício. passaram a ser valorizadas pela sociedade, a ter
direito a intervir na política, a ter outro papel face á vez mais pelo feminismo.
família e ao emprego.
Os direitos das Mulheres em
Portugal

Os direitos das mulheres em Portugal


Em 1909, deu-se a fundação da Liga Republicana das Mulheres Portuguesas e,
consecutivamente, após um grande êxito em 1911, a Associação de Propaganda
Feminista. Estas associações permitiram o avanço do feminismo e da voz feminina para
conquistar e acabar com as injustas impostas pela sociedade patriarcal da época.
Esta emancipação é promovida pelas feministas Ana Castro Osório, Carolina Beatriz
Ângelo, Adelaide Cabete, Maria Veleda que contra tudo e todos levaram os ideais
feministas pela primeira vez ao parlamento.
Este esforço garantiu-lhes a valorização social que até aí lhes faltava, assim sendo, as
mulheres adquiriram o direito de intervenção politica, consolidaram a sua posição
jurídica na família e viram aberto o acesso a carreiras profissionais prestigiadas.
No entanto, só em 1974 todos os cidadãos passaram a ser iguais perante a lei. Pelo Beatriz Ângelo, médica de
menos em teoria, homens e mulheres começaram a usufruir dos mesmos direitos e reconhecido valor que dedicou a
deveres. sua vida pela luta dos ideais em
que acreditava. Aproveitando uma
falha na Lei Eleitoral
republicana,em1911, exigiu votar,
recorrendo assim a tribunais.
Os direitos das mulheres em
Portugal (hoje em dia)

Hoje em dia, em Portugal….


Hoje em dia, em Portugal, as mulheres têm direitos iguais aos homens como, o direito de voto, o
direito à representação política, ao trabalho, ao salário (embora ainda com grandes
discrepâncias), ao ensino, à livre circulação no espaço público e ao uso do seu corpo —
incluindo a libertação sexual ou a interrupção voluntária da gravidez.
Em Portugal fundou-se, a Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, uma associação
de carácter social, cultural e humanista, sem fins lucrativos e independentes sob o ponto de vista
partidário, administrativo e confessional. Foi criada no dia 12 de Novembro de 2004 com o
objetivo de construir sinergias para a reflexão e ação coletiva, tendo em vista a promoção da
igualdade de oportunidades entre as mulheres e os homens, a defesa dos direitos das mulheres,
com recurso aos mais variados meios, entre os quais pesquisa, lobbying, divulgação,
comunicação, sensibilização e formação.
Um dos dados mais alarmantes em Portugal
prende-se com as diferenças salariais entre
homens e mulheres, com o género feminino a
ganhar menos, independentemente das categorias
profissionais: “com diferenças que ultrapassam
os 600 euros brutos mensais no grupo das(os)
representantes do poder legislativo e de órgãos
executivos, bem como dirigentes e gestoras(es)
executivas/os, e os 200 euros no caso de artífices
e trabalhadoras(es) qualificados da indústria e da
construção”.
Segundo o estudo da Organização Internacional do Trabalho, os
homens portugueses ganham em média mais 22,1% do que as
mulheres.

1.Percentagem população ativa 2.Ganho médio mensal dos trabalhadores por 3.População segundo os Censos, com o ensino superior
em Portugal por sexo, por data. conta de outrem: total e por sexo, por data. completo em % da população residente: total e por sexo,
por data.
Os direitos das
Mulheres na Nigéria

Os direitos das Mulheres na Nigéria


Na Nigéria os direitos das mulheres estão constantemente a ser violados, situações
como:

• violência sexual, doméstica;


• casamento infantil;
• mutilação feminina;
• feminicídio;
• desigualdade perante a lei;
• tráfico de mulheres e
• trabalhos forçados são ainda uma realidade neste país, agravadas pela situação de
pandemia.
A investigação da Amnistia Internacional identificou
várias barreiras enfrentadas pelas vítimas e
sobreviventes de violência de género. Entre estas
estão a falta de confiança no sistema de justiça e
traumas sofridos às mãos das autoridades, incluindo a
polícia, e dos serviços de saúde, quando tentaram
relatar os casos. As jovens e mulheres que ousam
denunciar a violência e os abusos correm o risco de
rejeição social.
Na Nigéria, a palavra 'feminismo' era um insulto até
que chegou a “Coalizão Feminista”, um grupo que
luta pela igualdade das mulheres nigerianas, e que se
concentra em questões como a violência sexual, a
educação das mulheres, a igualdade financeira e a
representação na política.
O casamento infantil na
Nigéria

O casamento infantil na Nigéria


De acordo com a UNICEF, a África tem as maiores taxas de incidência de casamento infantil,
com mais de 70% das raparigas com idade inferior a 18 anos.
O casamento infantil é ainda uma prática presente no norte da Nigéria, e legal segundo a
Constituição do país, onde as crianças são obrigadas a casar devido às dificuldades económicas
das suas famílias, já que estas recebem um dote em troca da mão da sua filha.
O casamento institui às crianças responsabilidades da vida adulta e para as quais elas não estão
preparadas. Meninas e meninos nestas circunstâncias precárias ficam expostas a abusos,
exploração, violência, privação da educação, da infância, da vida social e da sua independência.

x
As principais ativistas
da Nigéria

As principais ativistas da Nigéria:


• Aishatu Kabu Damboa, de apenas 23 anos, é uma estudante de jornalismo e feminista que sobreviveu à
violência. Num país onde cerca de 3 milhões de pessoas precisam de proteção contra a violência sexual,
a batalha desta jovem não é fácil. Ainda assim, ela fundou a ONG "Zenith of the Girlchild and Women
Initiative" e está a apoiar muitas mulheres.
• Iremos agora apresentar um vídeo sobre os objetivos desta ativista :
https://www.youtube.com/watch?v=PFZr9Y7lMeA&ab_channel=DWPortugu%C3%AAspara%C3%81
frica

• Margaret Ekpo é reconhecida por: ter mobilizado mulheres ricas e pobres para lutar pelos seus direitos
económico-políticos e participar na vida política, lutou também incansavelmente, pela independência
nigeriana. Tornou-se uma das primeiras mulheres políticas eleitas no país, tendo mantido como
prioridade nesta atividade a promoção do papel das mulheres na sociedade. Começou por participar em
reuniões para protestar contra o tratamento que era dado pelas autoridades coloniais britânicas às
equipas médicas indígenas. Seis anos mais tarde, fundou a Associação das Mulheres do Mercado para
sindicalizar as mulheres na cidade de Aba, estado da Nigéria onde vivia com o marido.
O mapa destaca países que têm leis que discriminam as
mulheres no mercado de trabalho (Fonte: Banco Mundial |
Mulheres, Empresas e Direito 2018)
Conclusão:
Para concluir, é imprescindível eliminar preconceitos, alterar as representações de género e os valores que
têm perpetuado na existência de relações desiguais no meio familiar, escolar e social e que isso se deve
fazer através da educação.
Os Estados devem garantir que as jovens e mulheres continuem a ter acesso à proteção policial e à justiça,
bem como a abrigos e outros serviços de apoio para escapar à praga da violência de género.
Bibliografia:
• Um novo Tempo da História 12º ano, Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Rosas;
• Por data;
• https://www.justificando.com/2017/09/13/um-pouco-da-historia-de-conquistas-dos-direitos-das-mulheres-
e-do-feminismo/
;
• https://www.publico.pt/2020/11/10/politica/noticia/diferenca-salarial-homens-mulheres-52-dias-trabalho-
pago-1938645
;
• https://www.jpn.up.pt/2018/05/28/estudo-igualdade-de-genero-7-diferencas-entre-homens-e-mulheres/
• https://www.dw.com/pt-002/margaret-ekpo-e-a-luta-pelos-direitos-das-mulheres-na-nig%C3%A9ria/a-43
416976
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