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TRICOMONÍASE

 Agente etiológico:
 Protozoário : Trichomonas vaginalis
HISTÓRICO e EPIDEMIOLOGIA

 É a mais frequente DST – 10% das infecções vaginais


 Atinge 10 a 15% das mulheres ente 15 e 45 anos
 Mais frequente em mulheres entre 20 e 30 anos
 Homens com 30 anos ou mais
 NÃO É COMUM EM CRIANÇAS DE 1 a 10 ANOS (baixo pH
vaginal) = averiguar possibilidades de
infecção ou até abuso sexual
 De 10 a 18 anos é mais comum que seja por contato sexual
FORMA MORFOLÓGICA
ENCONTRADA

 SOMENTE TROFOZOÍTOS ( = não forma cistos)


 FLAGELADO
 Formato: Oval
 Tamanho: 15 a 30 m X 7 a 10 m
 Reprodução por Divisão Binária Simples

https://www.huidziekten.nl/
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vaginalis-1.jpg
Forma de contaminação:
 Comumente através do ato sexual DST

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 Mãe contamina menina em parto vaginal


 Mulheres por uso comum de toalhas e/ou vestuário
Facilidades para o parasito se implantar:

Modificações da flora bacteriana normal (pH 3,8 a 4,5) por:


 Diminuição da acidez local
 Escamação epitelial
 Pode aparecer com pH entre 4 e 8 mas principalmente ao redor de 6

 QUANDO O MEIO VAGINAL MAIS SE MODIFICA?


- período pós-menstrual
- puerpério
- diabetes
- imunodepressão
- estresse
- uso de DIU
Ação patogênica:
 TRICOMONÍASE GENITAL
 VAGINAL NA MULHER
 URETRAL NO HOMEM

 MULHERES  mais sintomáticas


 HOMENS  mais assintomáticos

Período de incubação:
 De 3 a 28 dias
FORMAS CLÍNICAS NA MULHER:
FORMA AGUDA - 10%
FORMA SUBAGUDA - 60 a 70%
ASSINTOMÁTICA - 15 a 20%

 SINTOMATOLOGIA CÍCLICA
 Corrimento vulvo vaginal:
 fluido e abundante
 Amarelado ou esverdeado, bolhoso e fétido
 Ação cáustica sobre a pele = placas nas coxas
 Prurido ou irritação vulvar
 Edema e eritema vulvar (com pontos brancos ou avermelhados)
 Dores no baixo ventre
 DISÚRIA (dor ao urinar) e POLACIÚRIA (freqüência miccional)
 Quadro doloroso que leva à abstinência sexual por dor (DISPAREUNIA)
SECREÇÃO AMARELADA e BOLHOSA

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Observação ginecológica do colo do útero
e da leucorréia
Dermatite na face interna e superior das coxas
PIORA DOS SINTOMAS?

 APÓS MENSTRUAÇÃO e RELAÇÃO SEXUAL


 Também:
 Gravidez
 Uso de contraceptivo oral

 COMPLICAÇÕES NA MULHER:
 Infecções como vaginite ou colpite (vagina),
cervicite (cérvix uterina),etc
PATOGENIA MOSTRADA EM PUBLICAÇÕES
RECENTES
 Facilita a transmissão do vírus HIV – aumento da
porta de entrada por lesões – chance 8 vezes maior
de contaminação
 Causa de baixo peso ao nascer e parto prematuro

 Endometrite pós-parto

 Natimorto e morte neonatal

 Risco de infertilidade 2 vezes maior


SINTOMAS NO HOMEM:
 NORMALMENTE SEM SINTOMASA OU APRESENTA
SINTOMAS LEVES:
 Pela manhã = antes de urinar =
 Secreção uretral fluída e incolor
 Prurido uretral
 Ardência ao urinar
 Hiperemia no meato urinário

 QUANDO SINTOMÁTICO:
 Uretrite com fluxo leitoso ou purulento e prurido na uretra

 COMPLICAÇÕES:
 INFECÇÕES COMO: Prostatite (próstata); Cistite (bexiga);
epididimite (epidídimo) etc
 Risco na diminuição da motilidade dos espermatozóides
Diagnóstico:
 CLÍNICO
 Difícil por sinais e sintomas.
 Melhor o laboratorial

 Mulher: no exame vaginal observa-se:


 hiperemia vulvo vaginal
 áreas de colpite
 Conteúdo vaginal amarelo-esverdeado e fétido (cheiro de
peixe)
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

REALIZAR A COLETA SEM MEDICAÇÃO TRICOMONICIDA HÁ PELO


MENOS 15 DIAS!

HOMENS

Horário ideal: ao acordar pela manhã e antes de urinar.

Coletar secreção direto c/ swab ou do sêmen em recipiente estéril.

MULHERES

Coletar sem higiene vaginal por 18 a 24 horas.

Melhor logo após menstruação com swab de algodão.

EXAME DIRETO DA SECREÇÃO VAGINAL/URETRAL:

EM LÂMINA CLAREADO C/ KOH a 10%, (Protozoários móveis) ;


conservado para transporte ou inoculado em meio de cultura

IMUNOLÓGICOS

IFI, IFD, ELISA ( não devem substituir mas completar o parasitológico)


MEDICAÇÕES USADAS:
 TRATAMENTO SEMPRE DO CASAL
 METRONIDAZOL (FLAGYL)
 VO – 500mg 8/8h – 5 a 7 dias
 TINIDAZOL (FASIGYN)
 VO – 1,5 a 2,0g – dose única
 NIMORAZOL (NAXOGIN)
 VO – 2,0g – dose única ou 1g noite, 1g manhã e 1g noite
 GESTANTES CLOTRIMAZOL CREME
 1 vez antes de deitar a noite por 7 dias seguidos

 ESQUEMAS TERAPÊUTICOS:
 METRONIDAZOL ORAL:10 dias
 METRONIDAZOL ÓVULO:10 dias
 NISTATINA VAGINAL

 TINIDAZOL ORAL:Dose única


 TINIDAZOL ÓVULO:7 a 14 dias
 NISTATINA VAGINAL
Diferenças entre Tricomoníase e Candidíase
 Corrimento amarelo-  Corrimento branco (tipo
esverdeado, bolhoso, leite coalhado)
fétido (cheiro de peixe)
 Prurido  Prurido
 Hiperemia  Hiperemia
 Sensação de queimação
 Dispareunia  Dispareunia
 Escoriações  Escoriações
 Disúria  Disúria
 Polaciúria
 Após menstruação  Antes da menstruação
 SEMPRE TRATAR O  TRATAR PARCEIRO
PARCEIRO SOMENTE SE
SINTOMÁTICO
MEDIDAS
PROFILÁTICAS
 EDUCAÇÃO SANITÁRIA
 DIAGNÓSTICO PRECOCE E TRATAMENTO
 USO DE PRESERVATIVOS
 ABSTINÊNCIA DE CONTATOS COM PESSOAS INFECTADAS
 EVITAR:
 MULTIPLICIDADE DE PARCEIROS
 AUTO MEDICAÇÃO
 INSTRUMENTOS GINECOLÓGICOS CONTAMINADOS
 USO COMUM DE TOALHAS E ROUPAS ÍNTIMAS
 HIGIENE COM ÁGUA DE USO COMUM
 ASSENTOS SANITÁRIOS SUJOS (presença de gotículas de
secreção vaginal)

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