consiste na sua obtenção em cultura pura a partir de tecidos doentes do hospedeiro, solo ou substrato. As operações de isolamento são executadas sob rigorosa assepsia, em ambiente próprio, usando-se ferramentas e material desinfestados ou esterilizados. MEIO DE CULTURA DE ROTINA BDA Batata ................... 200 g Dextrose ................ 20 g Agar ..................... 17 – 20 g Água ..................... 1000 ml
Pode ser adiquirido no mercado o
BDA desidratado MÉTODOS BÁSICOS DE ISOLAMENTO
1. ISOLAMENTO DIRETO
2. ISOLAMENTO INDIRETO 1. ISOLAMENTO DIRETO
consiste na transferência, com o auxílio de um
estilete, de estruturas do patógeno (esporas, hifas, rizomorfos, escleródios) diretamente do órgão infectado para o meio de cultura. ISOLAMENTO DIRETO COM INCUBAÇÃO EM CÂMARA ÚMIDA
Quando a pretensão é trabalhar com esporos, mas
estes não estão presentes na amostra, pode-se estimular a esporulação do fungo, mantendo o material em câmara úmida (por um a três dias) a 25 oC.
A exposição do material à luz contínua, em câmara
úmida, é geralmente recomendável para favorecer a esporulação. INCUBAÇÃO EM CÂMARA ÚMIDA REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO ISOLAMENTO DIRETO 2. ISOLAMENTO INDIRETO
Consiste na transferência, para o meio de
cultura, de porções infectadas de tecido do hospedeiro ou amostras de solo e sementes infestadas CARACTERÍSTICAS DO ISOLAMENTO INDIRETO
1. Os métodos de isolamento indireto variam
com o tipo de órgão ou tecido infectado (órgãos lenhosos ou carnosos, não- lenhosos ou nãocarnosos) ou substrato de onde o organismo é recuperado. CARACTERÍSTICAS DO ISOLAMENTO INDIRETO
2. A superfície dos tecidos mortos é
invadida por outros organismos saprófitas (fungos e bactérias), o que dificulta a obtenção do patógeno em cultura pura CARACTERÍSTICAS DO ISOLAMENTO INDIRETO
3. Para evitar a incidência de
contaminantes, o isolamento deve ser feito, sempre que possível, a partir de material recém-infectado, onde o patógeno se encontra em crescimento ativo nos tecidos e há menos saprófitas invasores CARACTERÍSTICAS DO ISOLAMENTO INDIRETO
4. Empregam-se, também, métodos
especiais de isolamento conforme a natureza do órgão infectado, visando reduzir ou eliminar completamente os contaminantes superficiais. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS LENHOSOS OU CARNOSOS (TRONCO,RAÍZES, GALHOS GROSSOS E FRUTOS)
1. Selecione áreas de transição entre o tecido
infectado e o sadio e, com o auxílio de um escalpelo previamente flambado, remova a porção superficial do tecido, expondo as camadas infectadas mais profundas. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS LENHOSOS OU CARNOSOS (TRONCO,RAÍZES, GALHOS GROSSOS E FRUTOS)
2. Com o escalpelo flambado novamente, corte
pequenos fragmentos de tecidos infectados recém-exposto e, com o auxílio de uma pinça ou estilete, plante-os em placas com meio de cultura. Posicione um fragmento no centro e três outros em torno do primeiro, mais ou menos eqüidistante. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS LENHOSOS OU CARNOSOS (TRONCO,RAÍZES, GALHOS GROSSOS E FRUTOS)
3. Mantenha as placas em incubadoras a 25 oC. A
temperatura ótima de crescimento varia com a espécie do patógeno isolada, mas a maioria dos fungos fitopatogênicos cresce na faixa de 20 a 30 oC. Representação esquemática do isolamento de fungo de tecido lenhosos ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
1. Lave o material infectado cuidadosamente
com água e detergente.
2. Enxugue-o com papel-filtro ou papel "Yes".
ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
3. Com o auxílio de escalpelo previamente flambado,
retire fragmentos tissulares das margens da lesão e os transfira para uma solução aquosa de álcool 70%, onde permanecerão por 60 s. O álcool, além de funcionar como desinfestante, tem a propriedade de reduzir a tensão superficial do tecido, facilitando a ação da solução desinfestante propriamente dita. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
4. Transfira os fragmentos de tecido para a solução
desinfestante (hipoclorito de sódio 1%), mantendo- os imersos na solução por 1 min. Este tempo é o bastante para eliminar os contaminantes superficiais sem afetar o patógeno no interior dos tecidos. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
5. Com o auxílio de uma pinça flambada, remova os
fragmentos da solução desinfestante e elimine o excesso de desinfestante, tocando os fragmentos ligeiramente no papel-filtro ou papel "Yes“ esterilizados. ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
6. Plante, eqüidistantemente, três ou quatro
fragmentos por placa contendo o meio de cultura (geralmente, um no centro e três na periferia da placa). ISOLAMENTO DE FUNGOS DOS TECIDOS DE ÓRGÃOS NÃO LENHOSOS OU NÃO CARNOSOS (FOLHAS, RAMOS FINOS, RADICELAS)
7. Mantenha as placas em incubadora a 25 °C até o
crescimento do organismo.
8. Repique a colônia desejada para tubos com BDA
inclinado. Representação esquemática do isolamento de fungo de tecido de folha