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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS

DEPARTAMENTO DE BIOMEDICINA
Disciplina: Microbiologia
Professor (a): Débora Lemos Maia
Aluno: Ibio Nascimento Fontana
Módulo Branco
RELATÓRIO MICROCULTIVO

Fungo Inoculado: Microsporum gypseum

Fungo classificado entre os causadores de Micose Cutânea


(Dermatofitoses/Tinea/Tinhas). Entre estes fungos temos 3 gêneros: Epidermophyton floccosum
(o único deste gênero); Trichophyton spp. e Microsporum spp. São fungos
filamentosos/monomórficos, com hifas hialinas e septadas que dificilmente invadem a derme,
ficando preferencialmente na camada do estrato córneo (parte mais externa da epiderme), pois
possuem tropismo pela queratina presente em unhas, pelos e cabelos como fonte de
metabolismo (o risco de Micose Sistêmica por ocorrer por inalaçao de micro estruturas
reprodutíveis ou por traumas na pele; enfoque especial em indivíduos imunocomprometidos e
gatos por possuírem uma resposta celular/inata menos ineficaz). Está relacionado a animais de
estimações como cães e gatos domésticos como transmissores/carreadores sintomáticos ou
assintomáticos de elementos/ estruturas de reprodução como ao artroconídios e microconídios;
portanto uma linha transmissão zoonótica (M. gypseum é geofílico, estando mais relacionado
também a atividades ocupacionais de maior envolvimento/contato com terra/solo ). Clínica:
lesões eritematosas, circinadas, bem delimitadas, descamativas, bordas ligeiramente elevadas,
muito pruriginosas, depende do local da infecção e produção de doença/sintomas, recebendo
classificações correspondentes, como: Tinea corporis (abdômen, glabrata do antebraço e mãos),
Tiena faciea (rosto), Tinea capitis ocorre no couro cabeludo e os sintomas observados incluem:
falocrose com pontos pretos nos folículos, descamação difusa e mácula escamativa com alopécia
transitória ou definitiva (infecções causadas por espécies: Trichophyton verrucosum e T.
mentagrophytes. Diagnóstico: Exame Micológico direto do raspado ou secreção ou biópsia; Exame
Microscópico pós-cultura com observação da micro e macromorfologia. A utilização da luz de
Wood é mais utilizada por dermatologistas, como diagnóstico complementar, já que as únicas
espécies que emitem flourêscencia é o Trichophyton mentagrophytes e algumas espécies do
gênero Microsporum spp.

OBS: A prática deste relatório é uma versão didática do que seria o preparo de lâminas para
Exame Micológico Pós-cultura, utilizando técnica de microcultivo.

PREPARO DO MICROCULTIVO

1- Após confecção da placa com as lâminas e lamínulas, deve ser feito a inoculação do fungo a
ser cultivado dentro de câmera asséptica previamente esterilizada por 15 minutos po luz
UV, é necessário ainda que a esterilização com luz UV ocorra com os equipamento e
materiais que serão utilizados; nesta prática o fungo cultivado foi o Microscopum gypseum.
2- Após esterilização, selecionar o fungo a ser cultivado. O microcultivo permite na íntegra o
estudo das estruturas de reprodução (tanto sexuadas quanto assexuadas) da maioria
dos fungos; facilitando a observação das principais características utilizadas para identificar
tais microorganismos. Nesta prática, a inoculação ocorreu de meios de cultura com fungos
já determinados, a micoteca do laboratório.

3- Reorganizar as lamínulas que estão deitadas dentro da placa utilizando uma pinça em ambas
as mão (importante flambá-las antes de utilizar), sem que elas caiam na câmara; deixar uma
erguida, para facilitar recolocá-la sobre o meio de cultura já inoculado; a outra deve ser
disposta no centro de encontro das lâminas para colocar o corte de meio de cultura
inoculado. Foram utilizadas duas lamínulas na placa pois, após o crescimento fúngico no
meio de cultura Ágar Batata, ambas as lamínulas serão destacadas do meio com
crescimentp e ao centro de duas lâminas serão depositadas juntamente com uma gota de
Azul de Metileno para coloração das estruturas fúngicas e posterior microscopia.
4- Com uma lamínula ao centro das lâminas, recortar (formato quadrado) de um meio de
cultura de enriquecido previamente preparado, um pedaço que cubra a lamínula, utilizando
uma alça de plástico (descartável). Embora descartável, não é necessário descarte caso haja
mais placas de microcultivo para preparar, já que o meio é estéril (não houve contaminação).
Para colocar sobre a lamínula utilize um fio de platina previamente flambado.
5- Em seguida deve-se coletar com o fio de platina a colônia de fungo a ser inoculada, raspando
superficiamente o corpo aéreo das hifas da colônia, hifas de sustenção; a inoculação é feita
espetando o fio de platina nas quatro cantos do meio de cultura recortado
(perpendicularmente), removendo no final restante de microestruturas na borda do meio
sem perfurar; antes e após a inoculação o fio de platina deve ser flambado.
6- Com o meio inoculado, flamba uma pinça, e coloca a oura lamínula por cima do meio de
cultura inoculado. Concluído, utilizando água destilada estéril1, deve-se despejar dentro da
placa (sem cair nas lâminas e lamínula), até o tecido de revestimento da placa estar
totalmente umidecido, importante não encharcar demais o fundo da placa.

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A água utilizada deve ser mantida refrigerada, para as posteriores umidificações da placa, e vedada
para evitar contaminações. Recomenda-se deixá-la sob luz UV nos momentos de esterilização da câmara
asséptica.
7- No fim do microcultivo, a placa deve ser reembalada, devidamente identificada com
o dia da inoculação e, nesta prática em específico, com a espécie de fungo semeada.
Para que o fungo cresça na sua forma filamentosa, deve-ser deixado em temperatura
ambiente até formação do micélio aéreo (quando enfim estará pronto para fabricar
a lâmina); para que haja umidade constante, é necessário a umidifcação do
microcultivo realizado dentro de câmara asséptica esterizada por 15 minutos por luz
UV até a próxima etapa que é sobre o preparo das lâminas para microscopia.

PREPARO DAS LÂMINAS

8- Após micélio desenvolvido, a coleta é feita dentro de câmara asséptica. Remover a


lamínula por cima do meio com a pinça previamente esterilizada no incerador;
remover o meio colado em cima de uma lâmina, utilizando uma alça de platina ou
fio de platina sem derrubar. Em uma lâmina desengordurada, pingar no centro o azul
de metilino e cobri-la com a lamínula removida do meio; já a lâmina que estava por
baixo do meio da cultura, pingar ao centro- dentro do circulo esbranquiçado que
represente o local de presença do micélio- o azul de metileno e então cobrir com a
lamínula.

9- Com as lâminas montadas, as proximas etapas consistem de selá-las (lamínulas) com


esmalte impedindo a presença de oxigênio. Após deixar sempre em secagem a
temperatura ambiente longe de exposição solar e umidade.
10- Com a lâmina selada definitivamente, faz-se a microscopia de ambas, para
vizualização das estruturas reprodutivas, macro e microconídios, além das hifas. É a
última etapa para conclusão de um diagnóstico, pela revelação da espécie ou gênero
mais próximo como agente etiológico de alguma doença fúngica. Esse microcultivo
foi feito com fungo já identificado/conhecido da micoteca do laboratório. Durante
este cultivo não houve contaminação por fungos do ambiente; ou outros problemas
que impossibilitassem sua identificação pelo Exame Micológico pós-cultura.

DESCRIÇÃO: Hifas hialinas,


septadas; macroconídios
fusiformes septados com menos
de
células/esporos/microconídios,
paredes finas e superfície rugosa;
microconídios e clamidoconídios.

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