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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA
DESAFIOS E PERSPECTIVAS 2022 A 2024

Maputo, Junho de 2022


ESTRUTURA DE APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

2. COMPORTAMENTO DE PREÇOS DAS COMMODITIES E DOS PRODUTOS BÁSICOS

3. AVALIAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

4. PROJECÇÕES DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA 2022-2024

5. ANÁLISE SWOT

6. DESAFIOS DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

7. PAPEL DOS INTERVENIENTES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS DE INTERVENÇÃO

8. ACÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS FACE AOS DESAFIOS EXISTENTES

9. PERSPECTIVAS

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

11. ACÇÕES DE SEGUIMENTO PARA O ALCANCE DAS METAS DO QUINQUÉNIO


2
1. INTRODUÇÃO

1) A Comercialização Agrícola representa um papel importante na vida da população rural e periurbana, em virtude
de constituir a principal fonte de geração de renda e, por se apresentar como instrumento que motiva o aumento
da produção, produtividade e competitividade da cadeia de valor agrária.

2) É por essa razão que o Governo aprovou em 2013 o Plano Integrado da Comercialização Agrícola - PICA 2013-
2020 (em processo de avaliação para a reformulação do PICA 2022-2031), um instrumento de implementação do
Plano Estratégico de Desenvolvimento Agrário (PEDSA 2011-2020) (em processo de formulação na nova geração
do PEDSA II), com a finalidade de promover o desenvolvimento da comercialização agrícola e estimular o
aumento da produção e da produtividade.

3) O PQG 2020-2024 preconiza como acções estratégicas na área comercial a dinamização da comercialização
agrícola, como forma de garantir o escoamento da produção das zonas produtoras para as zonas de consumo
(mercado interno e externo).

4) O MIC elabora, anualmente, os Planos Operacionais de Comercialização Agrícola (POCA), os quais apresentam
as acções estratégicas e concretas em curso e a serem desenvolvidas na campanha de comercialização num
período de 1 ano, com vista a melhorar e dinamizar o processo de compra, escoamento, conservação,
processamento e venda de produtos agrícolas.

5) É neste âmbito que foi elaborado o presente documento de reflexão, que tem por objectivo apresentar os desafios
e perspectivas da comercialização agrícola 2022-2024.
3
2. COMPORTAMENTO DOS PREÇOS INTERNACIONAIS (UNID: USD/TONELADAS MÉTRICAS)
Os preços de commodities têm se apresentado muito voláteis ao longo do tempo, o que tem influenciado o reajustamento de preços no mercado doméstico, principalmente da farinha do trigo, arroz
e óleo alimentar, pelo facto do país não ser autossuficiente na produção desses produtos, apesar de possuir condições para tal, e, por outro, por ser tomador de preço e pelas incertezas no mercado
global onde algumas economias tem optado por reduzir as exportações e aumentar as reservas alimentares para suprimir as necessidades internas.
Gráfico n° 1 . Preço do grão de trigo Gráfico n° 2. Preço do grão de arroz Gráfico n° 3. Preço do grão de milho
800 50.0 600 545 557 4.0 400 14.6 16.0
525 335.5348.2
2.2 495 493 14.0
700 672.50 40.0 500 466 1.2 0.9 2.0 350
292.6292.72 92.7292.7
38.9 0.3 0.1 0.2 12.0
0.0 -0.4 414 403 400 401 427 427 427 427427 432 436 0.0 300 287282.53
273.85
272.9
272.75
270.39 270.24 261.16261276.6
271.03
269.95
600 400 -0.7 402.05 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
401.32 263.17 10.0
533.10 30.0 -2.0 250
5 02.23
495.30 -2.7 8.0
473.58 26.1
500 300 -4.0 200 6.0
12.8 21.9
20.0 -5.7 5.8
16.0 -5.5 -6.0 150 3.8 4.0
400 200 -5.7
340.95 0.4 2.0
294.04 2 95.00
2 94.16 10.0 -8.0 100 -0.3
300 278.45 2 77.76
274.88 279.68 6.1 0.0 -0.1 -0.2 -0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
2 40.81 239.94 2 43.63 5.9 4.6 100 -0.3 -0.8
237.94 229.89 4.4 238.77 1.4 -10.0 50 -1.6 -0.9
1.2 2.0 1.0 -2.6 -2.0
0.0 0.0 0.3 0.0 0.0 -11.2
200 0 -12.0 0 -3.1 -4.0

May-21

Oct-21
Nov-21
Dec-21

Jul-22
Jan-21
Feb-21
Mar-21
Apr-21

Jun-21
Jul-21
Aug-21
Sep-21

Jan-22
Feb-22
Mar-22
Apr-22
May-22
Jun-22
Jan-22

Apr-22
Jan-21
Feb-21

Apr-21

Jun-21

Sep-21
Oct-21
Nov-21

Feb-22
Mar-22

Jun-22
Jul-22
Mar-21

May-21

Jul-21
Aug-21

Dec-21

May-22
-4.5
100 -10.0
-14.3
Grão de Arroz Grão de Milho
0 -20.0
Jan- Feb- Mar- Apr- May Jun- Jul- Aug- Sep- Oct- Nov- Dec- Jan- Feb- Mar- Apr- May Jun- Jul-
21 21 21 21 -21 21 21 21 21 21 21 21 22 22 22 22 -22 22 22 Período
Período Período
Grão de Trigo

Indexmundi, 2022 2021 2022 Variação (%) Indexmundi, 2022 2021 2022 Variação (%)
Média Média Indexmundi, 2022 2021 2022 Variação (%)
244,20 471,05 92,90 Média
499,29 429,00 -14,08 275,60 304,40 10,45
Gráfico n° 4. Preço do grão de Soja Gráfico n° 5. Preço de Açúcar Gráfico n° 6. Preço do Óleo de Palma
800.00 10.0 0.9 12.0 3000 1,861.40 2,195.80 50.0
643.65 9.1 720.6720.8 0.8 0.82 0.82 0.81
7.8 661.6672.36 75.17 0.8 0.73 9.60.76 0.79 0.78 0.78 0.78 0.78
0.78
0.8 0.81
10.0 1,340.65
1,344.79
700.00 8.0 0.69 0.71 2500 38.42,442.602,441.50 40.0
597.13 614.68
585.71
5 78.26
576.3 600.44585.8 606.2 0.7 0.63 0.66 0.67 8.0
1,310.25
2,442.77
600.00 557.55
552.08552 551 661.6 6.0 1,181.38 1,270.29 2,064.30 30.0
0.6 6.0 2000
4.8 3.9 1,141.82
500.00 4.0 0.5 3.0 4.0 1,120.42
2.9 3.8 20.0
1.9 2.6 1,078.05 1,062.99 18.0
400.00 2.0 0.4 2.8 2.0 1500 1,030.48 4.6
1.6 1.5 1.3 10.9 11.2
1.3 0.4 1,019.86 10.0
0.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
300.00 0.0 0.3 0.0 -0.2 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 -1.2 1000
990.27 1,004.42 5.8 7.4 3.5
0.2 -2.0 3.0 2.3
-1.0 0.0 1.0 0.0 0.0 -0.1 0.0
200.00 -2.3 -2.4 -2.0 3.9 -5.2
0.1 -4.0
-5.0 500 -10.0
100.00 -4.0 0 -6.0 -10.4
-4.5 -4.8 -15.4
Feb-21

Apr-21

Sep-21
Oct-21
Nov-21
Dec-21

Feb-22
Jan-21

Mar-21

May-21
Jun-21
Jul-21
Aug-21

Jan-22

Mar-22
Apr-22
May-22
Jun-22
Jul-22
0.00 -6.0 0 -20.0

Jan-21

Jun-21

Sep-21

Jan-22
Feb-21
Mar-21
Apr-21

Jul-21
Aug-21

Oct-21
Nov-21
Dec-21

Feb-22
Mar-22
Apr-22
May-22
Jun-22
Jul-22
May-21
Jan- Feb- Mar Apr- May Jun- Jul- Aug Sep- Oct- Nov Dec- Jan- Feb- Mar Apr- May Jun- Jul-
21 21 -21 21 -21 21 21 -21 21 21 -21 21 22 22 -22 22 -22 22 22 Açucar
Grão de Soja
Óleo de Palma
Período Período
Período

Indexmundi, 2022 2021 2022 Variação (%) 2021 2022 Variação (%)
Média Indexmundi, 2022 Média Indexmundi, 2022
2021 2022 Variação (%)
599,45 674,04 12,44 4 Média
0,70 0,79 12,86 1 043,78 2 113,31 102,47
-CONTINUAÇÃO-
Gráfico n° 7. Preço de Petróleo Tabela n° 8: Preços dos Produtos Básicos
C idade da Be ira

O rig em
Ci dade de Maputo C idade de Nampul a
Comportamento dos preços dos produtos

u/m
140 20.0 Produto Variação Vari açã Variaçã
115.6 2021 2022 2021 2022 2021 2022
% o% o%
básicos; comparação 2021/22
120 18.4 Açúcar branco Nac Kg 81,85 86,19 5,30 85,55 82,35 -3,74 78,82 80,28 1,85

13.6
12.0 15.0 • Durante os meses de Janeiro a Junho de 2022,
12.7 105.8 Açúcar cast anho Nac Kg 70,35 79,02 12,32 71,35 71,46 0,15 70,45 74,20 5,32
100 95.7695.7697.33 97.6
Far. milho Nac Kg 51,61 52,10 0,95 55,12 50,12 -9,08 39,60 32,00 -19,19
os preços médios registaram oscilações com
8.1 85.53 10.0
65.19 72.8
82.0682.2282.29 Farinha de trigo Nac Kg 53,13 66,82 25,77 59,50 60,49 1,66 47,90 45,60 -4,80 tendência a subir comparado com igual período
80 71.8 73.2868.87
61.96 62.95 66.4
5.5 5.7 5.0
Arroz corrente
Arroz ext ra
Imp.
Imp.
Kg
Kg
64,06 59,85 -6,57 49,81 47,49 -4,67 50,00 39,32 -21,36
de 2021, O preço do óleo alimentar nacional e
80,74 78,00 -3,39 59,46 63,42 6,66 100,21 55,00 -45,12
60 54.55 5.2
2.1
1.6 Feijão manteiga Nac Kg 110,71 111,18 0,43 102,50 87,13 -15,00 105,00 87,00 -17,14 importado é que apresentou um incremento
0.2
0.0
0.1
0.0 0.0 0.3 0.0 Amendoim Nac Kg 139,18 140,35 0,84 127,00 100,89 -20,56 100,00 120,83 20,83 com uma taxa de variação correspondente a
40 -3.4 Bat ata Nac Kg
Bat ata Imp. Kg
53,20
46,74
50,00
50,30
-6,02
7,62
42,25
61,29
65,83
58,93
55,79
-3,84
60,78
92,13
45,85
59,91
-24,56
-34,97
34,86%e 28,82% respectivamente, seguido de
-5.0
20 -6.0 T omat e Nac Kg 93,64 68,79 -26,54 85,63 93,19 8,83 124,00 86,99 -29,85 farinha de trigo com 25,77%, a cebola com
0
-8.5
-10.0
Cebola Nac Kg 43,54 50,00 14,84 46,96 40,75 -13,21 59,29 64,32 8,48 14,84%, o açúcar com 5,30%.
Cebola Imp. Kg 45,65 45,31 -0,75 32,50 40,75 25,38 100,00 56,14 -43,86
Jan- Feb- Mar- Apr- May Jun- Jul- Aug- Sep- Oct- Nov- Dec- Jan- Feb- Mar- Apr- May Jun- Jul-
21 21 21 21 -21 21 21 21 21 21 21 21 22 22 22 22 -22 22 22 Óleo alimentar Nac Lt 133,65 172,17 28,82 130,55 151,83 16,30 120,25 120,15 -0,08
Petróleo (Crude) Óleo alimentar Imp. Lt 217,30 291,63 34,21 148,95 140,00 -6,01 116,60 139,18 19,36
Ovos Nac Duz. 114,74 128,35 11,86 100,84 98,65 -2,17 104,92 95,75 -8,74
Comportamento dos preços Cidade da Beira ao
Período Frango cong. Nac Ud. 302,25 314,04 3,90 194,95 220,42 13,06 250,00 263,30 5,32 longo do ano 2022:
Carapau (16 cm) Imp. Kg 140,36 149,50 6,51 142,55 135,49 -4,95 145,00 177,00 22,07 • Durante o período em análise, a cidade da Beira
Indexmundi, 2022 Carapau (18 cm) Imp. Kg 155,83 164,60 5,63 0,00 0,00 148,00 150,00 1,35 foi caracterizada pela redução significativa dos
2021 2022
Média Fonte: SPAEs/DPICs, 2022 preços dos produtos comparando com igual
65.16 99.10
período de 2021, tendo registado um
Gráfico n° 9: Preços do frete marítimo no mercado internacional
incremento significativo no preço da batata
10.00 400.0
Tabela n° 10: Preço dos Contentores USD 40 Pés - 2021/22 reno com uma variação de 55,79%, a cebola
8.82 8.82 8.82 8.82 8.82 8.82 8.82
9.00 8.79
350.0 importada com 25,38%, o óleo alimentar
8.00
335.1 nacional com 16,30%.
300.0
7.00
250.0
2021
Comportamento dos preços Cidade de
2022 2022 21/22
6.00 Nampula ao longo do ano 2022:
200.0
5.00
150.0 •A cidade de Nampula no período de Janeiro a
4.00
2.02
Maio de 2022 registou uma redução
100.0
3.00 comparativamente a igual período de 2021, o
55.4
2.00
50.0 preço de carapau ( 16 cm) importado é que
1.39 1.518.6 1.48
1.30 registou um incremento significativo com uma
1.00 0.0 0.3 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
-2.0 -12.2 taxa de 22,07%, óleo alimentar importado em
0.00 -50.0 19,36%, cebola nacional com a taxa de 8,48%,
Dec-16 Dec-17 Dec-18 Dec-19 Dec-20 Dec-21 Jan-22 Feb-22 Mar-22 Apr-22 May-22 Jun-22 Jul-22
Período
Índice do Frete Marítimo Internacional (USD, Mil por container de 40 pés) - World Container Index açúcar importado congelado nacional com a taxa
de 5,32%.
5
3. AVALIAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA E DA REDE COMERCIAL
Tabela n° 11: Matriz de indicadores do PQG 2020-202
Real I Total até I
Objectivo Estratégico Nº Ord Indicador do Resultado Ano Base 2019 Meta 2024 Real 2020 Real 2021 Trimestre Trimestre Grau Real.
2022 2022
Assegurada comercialização em toneladas de
77 excedentes de produtos agrícolas diversos e realizada 33,639,175 86,405,582 16,437,041 16,860,148 1,246,732 34,543,921 40.0%
Assegurar a transformação e modernização do a sua monitoria
modo de organização da produção e comércio
interno e externo Nº de pacotes de financiamento para construção e
83 reabilitação de lojas rurais e Mercados abastecedores 0 1 0 0 *638,220,000 50%

Promover o desenvolvimento de infraestruturas Aumentada em 16.350 toneladas a Capacidade de


143 232,000 248,350 7,300 7,200 0 14,500 88.6%
Económicas, sociais e de Administração Armazenagem
Indicadores da DNCI
Lancamento da camanha de Comercializacao Número de campanhas de comercialização agrícola
1 5 1 1 1 3 60.0
agricola realizadas
Elaboracao de Boletins da Comercializacao Número de Boletins da Comercialização Agrícola
240 288 48 48 24 120 41.7
agricola Produzidos
Realização de feiras de comercialização Agrícola Número de feiras realizadas b) 33,857 169,285 20,134 24,310 0 44,444 26.3

Elaboracao do Regulamento de Mercados e Feiras Regulamento Elaborado 0 1 0 0 0 0 0.0

Assegurar o abastecimento do mercado nacional


Número de monitorias da quadra festiva realizadas 1 5 1 1 0 1 40.0
em produtos básicos alimentares
Número de empresas licenciadas 16,203 94,008 15,819 18,616 4,556 38,991 41
Licenciamento da actividade comercial Número de operadores de comércio externo
1,522 7,725 1,250 1,958 439 3,647 47
licenciados
Actualizar, elaborar e divulgar planos estratégicos
e legislação comercial (PEC, PICA, Regulamento
de Mercados e Feiras, Decreto nº 34/2013 e
Decreto nº 39/2017 -Regime Jurídico do Número de instrumentos atinentes a actividade
0 5 0 0 0 0 0.0
Licenciamento para o Exercício de Actividades comercial actualizados, elaborados e divulgados
Económicas que compreende a Licença
Simplificada e a Certidão da Mera Comunicação
Prévia) Legenda
Actividades Realizadas
Fonte: DNCI, 2022 Actividades em Cusrso *Financiamento para construção e reabilitação das lojas rurais
Actividades nao realizadas 6
4. PROJECÇÕES DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA 2022 – 2024
Tabela n° 14: Projecções da comercialização agrícola 2022 – 2024
Comercializado (2020+2021+ Iº T 2022) Metas
2019 (Ano Total Grau de
N/O Produto I Trimestre de Plano 2022
base) Real 2020 Real 2021 (2020+2021+2 Realização 2023 2024
2022
022) % Para o presente quinquénio está
1 Milho 2,980,153 2,761,438 3,051,491 218,478 6,031,407 3,082,006 3,143,646 3,206,519
2 Arroz 320,951 309,669 244,106 4,161 557,936 246,547 251,478 256,507 prevista a comercialização de
3 Mapira 257,592 323,769 159,209 362 483,340 160,801 164,017 167,297
4 Mexoeira 219,474 8,300 21,646 6,144 36,090 21,862 22,299 22,745 86.405.582 toneladas de produtos
5 Trigo 0.0 120.0 13,910 0.0 14,030 14,049 14,330 14,617
Sub-Total
6
Cereais
3,778,170 3,403,296 3,490,362 229,145 7,122,803 3,525,265 3,595,770 3,667,686 diversos contra os 33.639.165
7 Feijões 1,130,163 1,036,697 1,351,942 132,084 2,520,723 1,494,615 1,524,507 1,554,997
8 Amendoim 566,167 515,627 458,760 48,965 1,023,352 463,348 472,615 482,067 toneladas comercializadas no
Sub-Total -
9 1,696,330 1,552,324 1,810,702 181,049 3,544,075 1,957,963 1,997,122 2,037,065
Leguminosas quinquénio anterior, correspondente
10 Soja 108,597 89,419 232,994 170 322,583 235,324 240,030 244,831
11 Gergelim 34,220 497,659 335,557 28 833,244 338,912 345,690 352,604 a %.  
12 Girassol 178,047 42,878 13,840 2 56,720 13,978 14,258 14,543
13 Copra 32,426 29,185 27,022 8,565 64,772 27,292 27,838 28,395
14 Algodão 5,097 36,659 45,841 5 82,505 46,299 47,225 48,169
De 2020 a primeiro trimeste de 2022
Sub-Total -
15
Oleagenosas
358,387 695,800 655,254 8,770 1,359,824 661,805 675,041 688,542 foram comercializadas 35,903,747 de
16 Mandioca 5,304,782 5,981,774 6,114,526 257,924 12,354,224 6,175,672 6,299,185 6,425,169
17 Batata doce 560,367 826,381 1,076,030 189,242 2,091,653 1,086,790 1,108,526 1,130,696 toneladas, fruto das medidas tomadas
18 Batata reno 240,158 320,613 322,121 20,167 662,901 325,342 331,849 338,486
19
Sub-Total-
6,105,307 7,128,768 7,512,677 467,333 16,468,602 7,587,804 7,739,560 7,894,351 pelo Governo no âmbito do
Tuberculos
20 Hortícolas 1,867,892 2,688,285 2,254,095 227,228 5,169,608 2,376,637 2,424,170 2,472,653
21 Frutas 2,718 707,869 781,438 87,000 1,576,307 727,771 742,326 757,173
SUSTENTA, reforço do FRCA,
22 Tabaco 19,350 92,689 114,611 1 207,301 115,757 118,072 120,434
23 Chã 0 15,548 45,988 14,321 75,857 46,447 47,376 48,323 intermediação do mercado com as
Castanha de
24 140,000 149,000 189,489 29,638 368,127 191,384 195,212 199,116
Cajú industrias nacionais, grandes
25 Macadámia 3,323 3,462 5,533 2,248 11,243 5,589 5,701 5,815
Sub-Total - superfícies e aumento da capacidade
26 Outros 2,033,283 3,656,853 3,391,154 360,436 7,408,443 3,463,585 3,532,857 3,603,514
produtos
27 Total Geral 13,971,477 16,437,041 16,860,149 1,246,733 35,903,747 17,196,422 17,540,350 17,891,157
de armazenamento.
TOTAL DO QUINQUÉNIO (2020+2021+2022+2023+2024) 86.405.582
Fonte: DNCI, 2022 3
5. ANÁLISE SWOT
Tabela n° 13: Análise SWOT
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
1. Comércio informal- evasão fiscal e concorrência desleal, implicando a necessidade urgente
1. Expansão do mercado Mundial de alimentos
da delimitação entre o comércio formal do informal.

2. Concorrência desleal- entrada no país de produtos originários de outras regiões, usando


2. Implantação de investimentos e projectos em infraestruturas de regras de origem (RdO) da SADC; Não se exploram barreiras técnicas e não se implementam
logística. medidas de salvaguarda para proteger o interesse nacional e Fraca colaboração regional na
troca de informação estatística sobre o comércio externo.
3. Aumento de consumo com emergência da indústria petrolífera,
3. Elevado índice de contrabando e contrafação de produtos.
carvão e ferro
FORÇAS FRAQUEZAS
1. Existência de indústrias de processamento e moageiras com
capacidade para absorver 1.859.028 toneladas de excedentes 1. Inexistência de um (01) Fundo específico para a construção de Mercados Abastecedores.
agrícolas.
2. Existência de mercado para exportação de algumas culturas 2. Vias de acesso – prevalecem as dificuldades de garantir a reabilitação das principais vias de
como leguminosas e oleaginosas acesso com maior destaque para as zonas de potencial agrícola

3. Aumento da capacidade de armazenamento de sereais e 3. Transportes - os custos de transporte têm um peso elevado no preço final do produto
leguminosas comercializado decorrente do mau estado das vias de acesso
4. Assinados 2 Contractos de Concessão para gestão público-
privada de 8 Complexos de Silos e Armazéns com capacidade de 4. Inexistência de um padrão uniforme do milho, secagem (existência de parâmetros (%) de
32.000 toneladas nas províncias de Nampula, Niassa, Zambézia e humidade acima do recomendado e aceite internacionalmente).
Sofala
5. Existência de algumas linhas de crédito para à actividade de
comercialização de excedentes de produção agrícola (ADVZ, 5. Inexistência de um (01) Fundo específico para a construção de Mercados Abastecedores.
FRCA, LINFICA, Bancos Comerciais, entre outros).

3
6. DESAFIOS DA COMERCIALIZAÇÃO AGRÍCOLA

Face ao resultados obtidos na análise SWOT, foram identificados como principais desafios para a implementação do PQG
na área comercialização Agrícola os seguintes:

1) Estabelecimento de uma plataforma fiável e eficiente para a recolha e divulgação da informação;


2) Garantir que todo o excedente de produção seja comercializado, através de ligações de mercado entre os produtores e as grandes
superfícies;
3) Identificar parcerias para construção de mercados grossistas nas regiões Sul, Centro e Norte do País;
4) Assegurar junto dos Governos Distritais o desencorajamento da colecta de produtos com maior teor de humidade;
5) Garantir a reactivação das feiras agrícolas nas sedes distritais;
6) Mobilização de mais recursos financeiros para a promoção de comercialização agrícola;
7) Necessidade de maior investimento em indústria de agro-processamento e conservação de produtos de modo a impulsionar o processo
de produção e comercialização agrícola e consequentemente alargar a base de desenvolvimento do País;
8) Operacionalização dos Complexos de Silos e Armazéns no âmbito das parcerias público-privadas;
9) Assegurar que a indústria nacional consuma produtos de origem nacional com destaque para milho, arroz, soja, macadâmia entre outros;
10) Baixa competitividade dos produtos nacionais, derivada de aspectos tais como fitossanitários, as regras de origem, a apresentação das
embalagens;
11) Reabilitação das vias de acesso que ligam os centros de produção aos mercados consumidores;
12) Comércio informal transfronteiriço, o que dificulta a identificação dos intervenientes no processo de comercialização agrícola e
concorre para a concorrência desleal.
9
7. PAPEL DOS INTERVENIENTES E MEDIDAS ESTRATÉGICAS DE INTERVENÇÃO

Cada interveniente desta cadeia de valor tem um papel crucial no processo da comercialização agrícola para
transformar o excedente da produção agrícola em algo comercializável e cada vez mais competitiva tanto no
mercado interno bem como externo e assegurar que os desafios identificados sejam ultrapassados. Neste
contexto, espera-se:
Do Estado

 Facilitação de investimentos que promovam o comércio, tais como: Reabilitação, expansão e modernização
de infra-estruturas de apoio ao desenvolvimento do comércio agrícola, como estradas terciarias e vicinais
com participação das populações e dos próprios comerciantes rurais; conclusão da montagem dos silos e
criação de parcerias público privado para sua correcta utilização e gestão; promover o desenvolvimento de
mais agro-indústrias. e

 Mobilização de recursos financeiros para facilitar o processo de comercializacao agricola ew construcao de


mercadosabastecedores

 Elaboracao, revisao e divulgacao dos principais instrumentos de comercializacao agricola

10
-CONTINUAÇÃO-

Conselho Executivo Provincial: 


 Participar no licenciamento, fiscalização e monitoria das actividades do sector do comercio;
 Recensear e proceder o registo no cadastro dos operadores da rede comercial;
 Promover a comercialização agrícola e a monitoria do abastecimento do mercado;
 Promover a realização e participação em feiras de comércio;
 Zelar pelo cumprimento das normas de defesa do consumidor;
 Fomentar e monitorar a comercialização agricola; e

Conselho de Representação do Estado

 Implementar a política e estratégias comerciais;


 Promover parcerias público-privadas no ambito de construcao de silos e mercados abastecedores;
 Promover feiras nacionais como forma de divulgar os produtos nacionais;

11
-CONTINUAÇÃO-

Dos Governos Distritais


 

 Definir zonas para o exercício das actividades comerciais.


 Conhecer e ampliar a rede comercial através do registo e actualização constante dos comerciantes que operam no
vosso território
 Promover reuniões regulares com os comerciantes para acompanhar o processo de comercialização agrícola,
nomeadamente, quantidades adquiridas, preços e produção por comercializar
 Promover reuniões periódicas com vendedores informais sobre licenciamento simplificado, passando para o comércio
formal
 Promover feiras de comercialização agrícola
 Divulgar o Regulamento de Licenciamento da Actividade comercial bem como das respectivas taxas.
 Prosseguir com o processo de venda e alienação dos imoveis destinados ao exercício comercial bem como
acompanhar o processo da sua reabilitação.
 Acompanhar e verificar o processo de produção de informação estatística a ser enviada ao nível superior.
 Participar activamente no processo de facilitação de crédito a comercialização agrícola.
 Monitorar a implementação da Caderneta de Comercialização Agrícola.
 Divulgação da Informação da Comercialização Agrícola nas Rádios Comunitárias indicando os locais com excedente
e os preços de referência. e
 Monitorar a fixação de preços através de tabelas ou quadros em locais bem visíveis. 12
-CONTINUAÇÃO-

Do sector Privado
 Participar no fomento de culturas através de fornecimento de sementes melhoradas e garantia de compra da produção.
 Pagar preços compensadores do esforço e dedicação dos camponeses que lhes possibilite melhorar o nível de vida.
 Compra atempada dos produtos agrícolas, processamento e canalização para o mercado interno e para exportação.
 As agro-industriais devem participar na compra e fomento da sua matéria-prima. e
 Construção de mercados abastecedores.

Das autoridades Comunitárias Locais e Tradicionais

 Mobilizar os camponeses a empenharem-se activamente na produção e comercialização agrícola, sobretudo, de


produtos que mais contribuem para o aumento da sua renda e segurança alimentar.
 Facilitar e acompanhar a comercialização agrícola na sua zona de jurisdição.
 Apoiar os produtores, na busca de financiamentos adequados para produção e comercialização e
 A construção, reabilitação e manutenção de estradas secundarias e terciarias.

13
-CONTINUAÇÃO-

Das Organizações Não Governamentais


 
 A Organização de produtores, em associações e cooperativas.
 A formação de produtores, em matérias de gestão de negócios e técnicas de negociação e marcação de
preços de venda.
 Os produtores, na utilização e interpretação de informação sobe mercados e preços de produtos e
insumos.
 Apoiar os produtores, na busca de financiamentos adequados para produção e processo de
comercialização.
 A construção, reabilitação e manutenção de estradas secundarias e terciarias. e
 Incentivar a mobilidade dos camponeses através de meios de transporte de baixo custo.

Das Organizações Humanitárias

 Contribuir para comercialização agrícola através de compras locais dos produtos dos camponeses no
âmbito dos programas de assistência humanitária.
 Promover compras locais de produtos industrializados de produção domestica.
 Facilitar o acesso de agentes económicos nacionais aos concursos para aquisição de produtos agrícolas
para programas de emergência nacional regional e internacional. e 14
PAPEL DOS INTERVENIENTES E MEDIDAS-CONTINUAÇÃO-
ESTRATÉGICAS DE INTERVENÇÃO
Do Instituto de Cereais de Moçambique (ICM)
 

 Intervir como agente de comercialização agrícola de último recurso, para assegurar o escoamento de produtos
agrícolas, nomeadamente a compra, armazenamento, conservação e venda de produtos agrícolas com
incidência para os distritos fronteiriços das províncias de Niassa, Tete e Manica.
 Garantir a reserva física estratégica para a segurança alimentar das populações vulneráveis.
 Criar parcerias com os intervenientes da comercialização de cereais e leguminosas com o objectivo de
assegurar o escoamento de excedentes agrícolas, das zonas de produção para o mercado.
 Monitorar a comercialização de cereais e leguminosas, em particular milho, soja e feijões no centro e norte do
pais.
 Promover a comercialização de cereais e leguminosas para incentivar iniciativas privadas e locais de pequena
escala, sobretudo nas zonas recônditas.
 Mapear os produtores agrícolas (associações, entidades que fomentam culturas de rendimento associado a
produção de culturas alimentares como o milho, feijões) por província, distrito e tipo de produto. Esta
actividade deverá ser realizada em coordenação com as DPICs, Delegações do ICM, Direcção Nacional de
Extensão Agrária do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, DPADER e os Serviços Distritais de
Actividades Económicas (SDAE´s).
 Identificar e mapear os intervenientes da comercialização agrícola, incluindo informações sobre o plano
compra e destino da mercadoria (processamento, revenda ou exportação de cereais e leguminosas). e
 Assinatura de Memorandos de Entendimento para salvaguardar parcerias com os principais intervenientes para
15
a priorização de comercialização no mercado interno de cereais e leguminosas.
-CONTINUAÇÃO-
Da Bolsa de Mercadorias de Moçambique (BMM)

 Implementar os critérios e padrões de classificação das mercadorias atendendo as normas e exigências do


mercado nacional e internacional.
 Efectuar testes laboratoriais e classificar as mercadorias para transacção na bolsa ou por solicitação do
cliente.
 Implementar medidas de conservação da qualidade das mercadorias.
 Fornecer a informação de mercado relativa a previsão da produção e preços praticados e produtos com maior
procura a nível regional e internacional para permitir uma melhor planificação da produção agrícola.
 Fornecer aos produtores os locais onde produzir e especificações dos produtos de acordo com o mercado de
venda regional e internacional.
 Divulgar os serviços prestados pela BMM, Preços e oportunidades de negócio.
 Efectuar contactos de monitoria e fidelização dos operadores da Bolsa.
 Mapear os armazéns e agentes de comercialização e recolher dados de comercialização.
 Registar manifestações de interesse e intermediar a transacção de mercadorias. e
 Fornecer informação mensal aos agentes económicos as tendências de preços e quantidades a serem
produzidas a nível mundial para permitir uma melhor planificação das culturas a serem cultivadas.
 

16
-CONTINUAÇÃO-

Da Direcção Nacional da Indústria (DNI)

 Monitorar e garantir a capacidade das indústrias para absorver (consumir) a matéria prima local.

 Garantir a importação de matérias primas para o mercado local através do DM 99/2003 e

 Promover o agroprocessamento.

Do Instituto para Promoção de Pequenas e Médias Empresas

 Assistencia técnica as Micro, Pequenas e Médias Empresas no acesso ao Código de Barras, Rótulos e
embalagens para produtos de origem agrícola;

 Apoio ao prdutores de batata reno na produção de embalagem para o empacotamento.

17
-CONTINUAÇÃO-

Da Direcção Nacional do Comércio Interno (DNCI)


 Revisão dos principais instrumentos (PEC, PICA POCA)
 Assegurar a implementação da Política e Estratégia Comercial;
 Monitorar a comercialização agrícola, abastecimento às populações
 Licenciar grandes empresas e representações comerciais estrangeiras do ramo comercial e prestação de serviços;
 Promover centros de distribuição/logística de bens e serviços;
 Coordenar acções de promoção de feiras e exposições; e
 Revisão do Decrecto 34/2013
 Revisão do decrecto das margens de lucro
 Intermediação do mercado com as grandes superfícies

Da Direcção Nacional do Comércio Externo (DNCE)

 Divulgação de oportunidades e requisitos exigidos para o acesso aos mercados externos para a comercialização de
produtos agrícolas.
18
-CONTINUAÇÃO- Cont...(30)

Serviços Distrital de Actividades Económicas

 Monitorar a comercialização agrícola


 Monitor a implementação da caderneta da comercialização agrícola
 Promover a construção e reabilitação de lojas rurais.
 Fazer a intermediação entre produtores e industriais locais para consumo de matéria prima
e produtos nacionais

19
8. ACÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS FACE AOS DESAFIOS EXISTENTES

1) Mobilização de recursos financeiros internos (O.E) e externos (parceiros de cooperação do Governo) para a comercialização agrícola;
2) Promover ligações de mercados entre os produtores e os mercados consumidores por forma a garantir a absorção dos excedentes
agrícolas;
3) Garantir que as indústrias nacionais consomam a matéria-prima nacional através de ligações de mercado entre produtores e indústrias
nacionais;
4) Garantir que as grandes superfícies priorizem a produção nacional (hortícolas e leguminosas) através da assinatura de contratos e
memorandos de entendimento;
5) Construção de mercados grossistas nas regiões Sul, Centro e Norte do País (Já foram identificados os eventuais financiadores
aguardando-se a assinatura dos memorandos de entendimento e o desembolso do valor a se financiar conforme ilustra a tabela dos
indicadores do PQG no slide 6);
6) Revitalização e implementação do SIRPP- Sistema de Recolha de Preços e Produtos, via SMS e web, incluir na plataforma as
quantidades comercializadas e os stocks.
7) Introdução efectiva do Certificado de Depósito na cadeia de comercialização através de assinatura de memorando de entendimento
entre a BMM, ICM e os bancos;
8) Fomento a agro-processamento de modo a impulsionar o processo de produção e comercialização agrícola;
9) Assegurar junto dos Governos Distritais o desencorajamento da colecta de produtos com maior teor de humidade através realização de
campanhas de sensibilização;
10) Garantir a institucionalização e a reactivação das feiras agrícolas nas sedes distritais através da coordenação institucional, desde o órgão
central até a base.
11) Harmonização de estatísticas entre o MIC/MADER/GP através da revitalização do Comité de Coordenação do Sector Agrário em que o
MIC faz parte.
12) Mobilização de recursos financeiros internos e externos para a reabilitação de 20 mil Kms de Estradas parao escoamento da produção;
13) Garantir a monitoria da caderneta para que os dados sejam fiáveis;
14) Divulgar a existência de centros de recolha e conservação de produtos frescos.
20
9. PERSPECTIVAS

1) Para o exercício económico de 2022, o Plano Operacional da Comercialização Agrícola definiu os respectivos
resultados tendo como base a previsão de comercializar 17.257.904 toneladas de produtos diversos correspondente a
um crescimento de 2,3% em relação ao ano de 2021.
2) Para responder ao desafio de assegurar a absorção total dos excedentes da produção agrícola, o processo de
implementação do Plano Operacional da Comercialização Agrícola 2022 será monitorado pelo Conselho de Ministros
em sede de balanços da execução do PES tendo como instrumento de base, o Plano de monitoria multisectorial
implementado pelo MIC e o MADER.
3) Envolvimento dos Administradores Distritais e lideres comunitários na sensibilização das populações ao não optarem
a comercialização precoce dos produtos;
4) Restruturação e acondicionamento devido dos produtos;
5) Divulgação da plataforma dos transportadores da província;
6) Prestação de informação sobre a produção, comercialização e consumo aos Administradores Distritais; e
7) Mobilizar os camponeses a empenharem-se activamente na produção e comercialização agrícola de produtos que
mais contribuem para o aumento da renda e segurança alimenta.
8) Aprimorar os mecanismos de recolha de dados estatísticos sobre a comercialização ;
9) Concepção e implementação do cadastro comercial;
10) Continuar a mobilizar recursos públicos e de parceiros de cooperação e desenvolvimento para a constituição da
reserva física de cereais e leguminosas para segurança alimentar;
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS

No computo geral a avaliação da comercialização agrícola no quinquénio é positiva.

Apesar de haver um aumento significativo no volumes de comercialização de produtos agrícolas, como é o caso de milho
e oleaginosas. persistem ainda a necessidade de implementação de algumas medidas para melhorar o fluxo da
comercialização tais como:

1) Estabelecimento de medidas fiscais para estimular o uso de matérias-primas nacionais pela indústria moageira.

2) Introdução dos preços de referência do milho importado.

3) Intermediar a comercialização de milho entre as industrias nacionais e os intervenientes/produtores.

4) Assegurar a instalação de centros de recolha e conservação de produtos frescos.

5) Restringir a importação de milho através do Diploma Ministerial 99/2003.

6) Intermediar a comercialização de milho entre as industrias nacionais e os intervenientes/produtores. e

7) Assegurar a instalação de centros de recolha e conservação de produtos frescos.


11. ACÇÕES DE SEGUIMENTO PARA O ALCANCE DAS METAS DO QUINQUÉNIO

1) Revisão do Decreto n° 34/2013, de 2 de Agosto que aprova o Regulamento do Licenciamento Comercial, cujo processo
está em curso e numa fase avançada de recolha e harmonização de contribuições das DPIC’s, DICCM, INAE e eBAU;
2) Aumento da capacidade de armazenagem e operacionalização dos complexos de silos e armazéns no âmbito das parcerias
público-privadas;
3) Avaliação e revisão da Política e Estratégia Comercial;
4) Revisão do regulamento das margens máximas de lucro;
5) Avaliação e revisão do Plano Integrado da Comercialização Agrícola (PICA);
6) Elaboração de Regulamento da Organização dos Mercados e Feiras Rurais;
7) Implementação do Plano Operacional da Comercialização Agrícola (POCA) 2022;
8) Implementação efectiva da Caderneta de Comercialização Agrícola;
10) Assegurar a instalação de centros de recolha e conservação de produtos frescos;
11) Reabilitação de lojas e cantinas rurais bem como a construção de mercados abastecedores
12) Concepção e implementação do cadastro comercial (Base de Dados);
13) Promover o desenvolvimento da rede comercial com prioridade para a rede comercial rural;
14) Participação, em coordenação com outras instituições, na definição dos preços de referência de cereais tendo em
consideração a produção nacional; e
15) Lançamento da Campanha 2023 e Realização do V Fórum Nacional da Comercialização Agrícola.
11. ANEXO 1. FEIRAS REALIZADAS E SUA PROJECÇÃO (2022-2024)
Tabela n° 14: Feiras realizadas e sua projecção (2022-2024)

Total Real
2019 Ano Real 2022 I Grau de
Província Real 2020 Real 2021 (2020+2021+ Plano 2022 2023 2024
Base trinestre Realização
2022
-
Niassa 2,158 0 0 0 0 0 0 0
4.4
Cabo Delgado 68 3 0 0 3 55 57 59,488
131.7
Nampula 16,052 6,989 10,858.00 3,299 21,146 13 13 14
199.5
Zambézia 10,324 8,993 8,741.00 2,858 20,592 9 9 10
231.8
Tete 2,219 2,232 2,396.00 516 5,144 2,416 2,513 2,613
419.7
Manica 173 316 327 83 726 360 374 389
130.0
Sofala 1,152 479 817 202 1,498 1,163 1,210 1,258
187.7
Inhambane 405 327 326 107 760 420 437 454
117.6
Gaza 250 107 129 58 294 230 239 249
159.3
MPT Província 941 637 661 201 1,499 853 887 923
93.9
MPT Cidade 115 50 52 6 108 65 68 70

TOTAL 33,857.00 20,133.00 24,307.00 7,330.00 51,770 1,675.57 5,583.55 5,806.89 6,039.17

Fonte: DNCI, 2022 TOTAL DO QUINQUÉNIO (2020+2021+2022+2023+2024) 61,869.61

24
ANEXO 2. PLANO DA ACÇÃO
Tabela 14: PLANO DE ACÇÃO ANUAL DA DNCI
Metas
Objectivo Geral Acção Actividade Indicador Prazo
trimestrais
1.1. Implementar o Plano Operacional da 1.1.1. Elaborar 12 Planos Operacionais da Número de documentos 12 Fevereiro/23
Comercialização Agrícola Comercialização Agrícola elaborados e impressos
1.2.1. Realizar o IV Fórum Nacional da Número de Fóruns realizados 1 Abril /23
Comercialização Agrícola
1.2.2. Realizar o lançamento da Campanha da Nº de Campanhas organizadas 1 Abril /23
Comercialização Agrícola 2022
1.2.3. Realizar feira de Comercialização Agrícola Nº de feiras organizadas   Permanente
1.2.4. Promover Fóruns distritais e provinciais da Fortalecidos mecanismos de 1 Abril /23
comercialização agrícola como um instrumento coordenação e de monitoria da
facilitador de organização dos produtores em comercialização
associações e de remoção dos constrangimentos
1.2.5. Realizar monitorias de Comercialização Nº de monitorias realizadas 2 Junho/22
Agrícola e instrumentos que norteiam o seu
funcionamento Outubro/22
1.2.6. Recolher, sistematizar e divulgar a informação Monitorado e divulgado os Permanente Permanente
de precos de mercados através do SIRPP preços de produtos
1.2.7. Monitorar o preco das commodites Monitorado e divulgado os    
preços das commodites
1.2. Dinamizar o processo da comercialização 1.2.8. Elaborar, Rever e Actualizar a legislacao    
agrícola comercial
 
1. Assegurar a transformação e Modernização do  
 
modo de Organização da Produção e Comercio  
•Rever o Regulamento de mercados e feiras Por se rever 1 Dezembro/22
Interno e Externo  
  •Rever a Politica e Estrategia Comercial PEC PPEC revista 1 Dezembro/22
  •Regulamento das margens maximas de lucro, Reculamengto Revisto 1 Dezembro/22
•Plano Integrado da Comercializaçáo Agrícola PICA Revisto 1 Dezembro/22
•Decreto nº 34/2013 e Decreto nº 39/2017 -Regime Decreto Revisto 2 Dezembro/22
Jurídico do Licenciamento das Actividades
Económicas
1.2.9. Divulgar e implementar os seguintes    
instrumentos:

 
•Politica e Estrategia Comercial PEC PPEC divulgada 1 Marco /23
•Regulamento das margens maximas de lucro, Reculamengto Divulgado 1 Marco /23
•Plano Integrado da Comercializacao Agricola PICA Divulgado 1 Marco /23
25
Fonte: DNCI, 2022 •Decreto nº 34/2013 e Decreto nº 39/2017 -Regime Decreto Divulgado 2 Marco /23
Jurídico do Licenciamento das Actividades

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