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Apresentação de "Explorando A Cidade: em Busca de Uma Antropologia Urbana", ULF HANNERZ
Apresentação de "Explorando A Cidade: em Busca de Uma Antropologia Urbana", ULF HANNERZ
cidade.
Etnógrafos de Chicago
• Início dos estudos urbanos modernos; Estruturação de um campo dos estudos urbanos;
• Antropologia urbana;
• Ênfase metodológica na pesquisa empírica (etnografia);
• Duas grandes tendências:
1. “Filosofia especulativa, teorizando em grande escala sobre as bases da sociedade humana
e do progresso social” (p.30)
2. “Movimento de pesquisa social conceitualmente fraco, mas extremamente preocupado em
reunir dados sobre as características indesejáveis da sociedade industrial em crescimento”
(p.31)
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William Isaac Thomas (1863-1947)
A visão dos participantes dava início ao conceito de “definição de situação” como elemento crucial
para a compreensão da sociedade e da ação social; A forma como as pessoas definem uma situação
enquanto real.
Pioneiro no uso de “documentos pessoais” – diários, cartas e autobiografias, bem como relatos de
experiência de vida;
Iniciou uma pesquisa que veio a se tornar um dos primeiros grandes trabalhos de campo publicados
(The Polish Peasant in Europe and America/ 1918-1920);
Reuniu um grande número de entrevistas e histórias de vida de pessoas que viviam na Polônia e das
que haviam emigrado para os Estados Unidos;
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Robert Ezra Park (1864-1944
The City: Suggestions for the investigation of Human Behavior in the Urban Environment (1915);
1. A cidade moderna e as novas relações sociais;
2. As relações inter-raciais e interculturais;
3. A comunicação, a opinião pública, as notícias e imprensa;
O urbanismo traz mudanças no velho tipo de organização social referindo-se ao parentesco, casta e
vínculos com o lugar;
Homem racional e especializado como resultado da nova divisão do trabalho;
Formas de sustento deveriam ser estudadas, bem como instituições;
Sociólogo, 1886-1966
A competição pelo espaço gera determinados espaços diferenciados e determinada organização social
nesses espaços- zonas concêntricas;
O centro da cidade, caracterizado pela abundância de atividades sociais, culturais e econômicas, é
dominado por aqueles que dispõem de recursos suficientes para viverem lá;
Os outros indivíduos, com menos recursos, fixam-se em áreas circulares perto do centro da cidade;
Burgess tenta ainda mostrar como as características da organização urbana estão inscritas no espaço-
gueto, gangues- foram identificadas em áreas urbanas degradas, por exemplo, na área em transição
(zona II);
O modelo constituía uma representação tipo da cidade moderna, mas diversos autores questionaram
sua dimensão universal, bem como, criticaram ao aspecto biológico como fator determinante na teoria
ecológica da cidade, que tende a relegar para segundo plano as questões culturais e sociais.
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Hoboes e Hobohemia, Nels Anderson (1889-1986)
1923, The Hobo: estudo sobre os hobos, desempregados que migravam pelo país em busca da
sobrevivência. Considerado como um tipo de nômade moderno. 14
A maioria deles se concentravam em uma área cultural isolada na cidade, batizada como hobohemia.
Criação de termos para pensar e falar sobre tipos de pessoas;
o Pequenas Sicílias, pequenas Polônias, Chinatowns e cinturões negros das cidades grandes,
assim como “áreas do vício”, trazendo tipos marginais tais como vagabundos, boêmios e
prostitutas – todas eles consideradas áreas criadas “naturalmente” a partir de um desejo
universal de diferentes grupos de “preservar seus hábitos culturais peculiares”, e cada uma
cumprindo sua “função” específica no grande organismo urbano.
Little Sicily;
The Gold Coast: four hundred (a classe alta autoconsciente da cidade): grupos restritos que
interagiam com bastante intensidade e mantinham um controle estreito sobre as reputações
pessoais.
- Blue Book of Etiquette.
Casa de cômodos: atomismo social e anonimato;
Bairro boêmio de Chiacago: Towertown.
Favela: North Clark Street – desorganização social;
Little Sicily também fazia parte da favela – começaram organizando sua vida social.
Mudanças fluidas na vida da cidade: transitórios, instáveis e mutáveis.
The Taxi Dance Hall, Paul G. Cressey (1900-1955)
o As mulheres dançavam com qualquer pessoa e cobravam de acordo com o tempo que durava a
dança.
o Um mundo diferente com sua própria maneira de agir, de falar e de pensar.
o Não era apenas um microcosmo da própria cidade, mas sim um produto da cidade.
o Quem eram as dançarinas e as pessoas que frequentavam, o que procuravam;
o Mobilidade da carreira de dançarina segue um declínio;
o Black Belt de Chicago ou prostituição em um bairro negro.
o O lado “positivo” do anonimato fazia com que as dançarinas pudessem alternar entre os meios de
vida (vida dupla);
The Taxi Dance Hall, Paul G. Cressey (1900-1955)
Becker (1966): os estudos resultam em um mosaico; Realização de estudos focados em cenas sociais
observáveis;
Etnografia cooperativa;
Ulf, assim como outros autores, critica a tendência a exagerar um pouco o isolamento do mundo social;
Estudos de enclaves étnicos, estudos de gagues, estudos de ocupações dissidentes, estudos de
comportamento em locais públicos ou de entretenimento público, estudos de bairros mistos;
Coisas demais consideradas como desorganização – diversidade; Posteriormente como organização
social; “Determinismo ambiental”.
Ulf esclarece, criticando algumas teorias, que as pessoas, ao contrário das plantas, se deslocam no
espaço.
Observa-se o levantamento de questões importantes sobre a vida nas cidades, mas pouco esforço para
responde-las. 20