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História e Cultura das Artes

Epralima 11º ano – Desenho 3D


Professora Catarina Vale
A Cultura do Palco
Recapitulando
• O Século VXII não pôs de parte, de um maneira completa o séc. XVI.
• O sentimento de proporção e moderação não desapareceu, assim
como as características do estilo clássico na arquitetura e na
decoração.
• No entanto, ao lado deste espírito, formou-se outro espírito, uma
tendência chamada por Barroco.
A origem divina do absolutismo régio
• Deus estabelece os reis como seus ministros e reina através deles
sobre os povos.
• Os príncipes agem como ministros de Deus e os seus lugares-tenentes
sobre a Terra. É através deles que Deus exerce o seu domínio.
• O Rei vê de mais longe e de mais alto; deve acreditar-se que ele vê
melhor e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o murmúrio é
uma predisposição para a revolta.
As Festas como meio de controlar os cortesãos
Os convites para as frequentes festas ou para os passeios privados em
Versalhes foram os meios para distinguir os cortesãos e para manter
todos eles sempre ansiosos por agradar o Rei.
• O Rei olhava continuamente à esquerda e à direita , quando se
levantava, ao deitar-se, durante as refeições, ao passar pelas salas e
pelos jardins, notando toda a gente.
• Para as pessoas de maior distinção, era vergonha não viver
permanentemente na corte ou só ir lá de vez em quando.
• Foi no Palácio de Versalhes que o Rei Luís XIV, o rei-Sol, criou uma
forma de vida em corte que imortalizou o seu nome e o do seu
palácio por toda a Europa.
• Gerindo o quotidiano de milhares de cortesãos, Luís XIV começou por
regulamentar as relações sociais (sobretudo da aristocracia, mas
também do clero e da burguesia) através de um rigoroso código de
etiqueta que regia os comportamentos (como vestir e falar, como
atuar perante as restantes hierarquias sociais), e através de
cerimónias e rituais próprios que ele, o Rei, ocupava o lugar principal,
concentrando todas as atenções.
• Deste modo foi orientado toda a corte para a obediência e culto à sua
pessoa.
• O Rei não olhava a despesas para abrilhantar as cerimónias e festas
da corte, cujo luxo as tomavam modelo para as restantes cortes
régias, um pouco por toda a Europa, da Península Ibérica à Rússia.

• As grandes festas não servem para prazer dos convidados, mas para
manifestação da grandeza do anfitrião.
• Grandioso, imponente e ricamente decorado, o palácio não é nem
intimista nem confortável: São as grandes distâncias entre as suas
várias dependências; os mármores, que o revestem, criam ambientes
gélidos e difíceis de aquecer – No inverno de 1709 o vinho gelou na
mesa do Rei.
• https://www.youtube.com/watch?v=kzzBvTiOvH8
A Arquitetura
• Uma das suas caraterísticas é a procura do efeito.
• Os arquitetos barrocos aspiravam ao superlativo, ao apelo das
grandes massas e dos grandes espaços, à grandeza.
• Usavam todos os seus meios para aumentar a impressão, dirigindo a
vista para as grandes distâncias.
• Cobriam as estruturas com massas de ornamentos e curvas
improváveis.
• Utilizavam materiais quase como se estivessem a desenhar cenários
de teatro.
• As construções são feitas na
preocupação dos contrastes.
• Adoram os dourados e os mármores
coloridos, os púlpitos e os baldaquinos.
• Levam o espetáculo para junto do
espectador, através do realismo
naturalista ao detalhe.

Baldaquino:
Elemento construtivo que cobre o
altar principal de uma igreja.
Trabalho de pesquisa
• Tendo em conta a matéria que foi dada, escreve um texto de 180
palavras acerca do que entendes pelo estilo barroco (a arte, a crença
e a arquitetura).
• O Antigo Regime foi o período entre 1618 e 1714 que envolveu o
Barroco e certas orientações políticas, económicas, sociais e religiosas,
como o Absolutismo, o Mercantilismo... É caracterizado pela sua
instabilidade generalizada, causada essencialmente pela pobreza,
guerras, e confrontos religiosos.
• O Antigo Regime marca uma época de grande desconfiança da
população em todo o sistema que governava tanto espiritualmente
como politicamente.
A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648)
• A Guerra dos Trinta anos teve origem num conflito entre duas potências Europeias: o
Império Austro-Húngaro, governado pela Casa dos Habsburgos, e o Sacro Império,
que não tinha grande destaque económico no cenário Europeu e que se encontrava
numa situação política bastante frágil.
• O conflito acabou por envolver quase todas as potências Europeias e os seus
territórios, excepto as inglesas e russas. Iniciou-se, portanto, em 1618, quando os
Habsburgos quiseram unificar o Império Austro-Húngaro e Sacro Império. Contudo,
havia bastantes problemas, como o risco da perda de independência do Sacro Império,
as diferenças religiosas que levaram os protestantes do Sacro Império a formar a Liga
Evangélica e, em forma de resposta, os católicos Habsburgo a formar a Liga Sagrada.
Os conflitos entre as duas ligas deram-se exclusivamente em território do Sacro
Império, o que lhe causou enormes prejuízos económicos e imensas mortes.
• A França, desinteressada do crescente poder alcançado pelo Império
Austro-Húngaro, apesar de católica, aliou-se ao Sacro Império,
trazendo outros apoios do norte da Europa, como a Suécia.
Consecutivamente, declarou guerra à Espanha, a maior potência
Europeia daquele tempo, que não tardou a invadir o sul de França
enquanto esta seguia para Oriente.

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