Você está na página 1de 121

Emergências Químicas

Sumário
Conceitos Básicos de físico-químico
Emergência - Definição
Introdução e Sensibilização
Sistemas de Classificação de risco
Diamante de Hommel
Ficha de Emergência
Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico FISPQ
Atendimento Emergencial
Técnicas de Contenção
Descontaminação
Equipamentos de proteção Individual
Reações ou fenômenos físico-química estão presentes a todo
momento em nosso dia a dia.
É útil conhece-los bem para saber como usá-los
a nosso favor e nos defendermos da
conseqüências desastrosas que eles podem
provocar.

Exemplo de fenômeno físico:

Rasgar uma folha de papel - não modifica


a estrutura da matéria

Exemplo de fenômeno químico:

Queimar folha de papel – modifica a


estrutura da matéria
Fenômenos físicos: Fenômenos químicos
Não alteram a constituição intíma Alteram a constituição da
da matéria. As propriedades são intíma da matéria. As
conservadas. propriedades não são
conservadas.
Formam uma ou mais novas
Não formam novas substâncias.
substanciais.

Podem ser repetidos tantas vezes


Não podem ser repetidos com
se queira com a mesma substância.
as mesmas substâncias
usadas na experiência.
Exemplo:
Mistura de substância, mudança de Exemplo: Decomposição e
estado físico. combinação de substâncias.
Em principio devemos aceitar que:

“ Tudo que existe na natureza é constituído de matéria”


Estados físicos da Matéria

Na natureza, a matéria se apresenta com aspecto distintos, resultados da


ação de duas forças contrárias que agem sobre suas partículas.

•Força de coesão, que tenta unir as partículas.


•Força de repulsão, que tenta separar as partículas.

•Desta forma a matéria apresenta-se sob três estados físicos diferentes:


Estado Sólido
A força de coesão no estado sólido é maior que a força de repulsão, assim,
as partículas estão muito próximas, formando um bloco compacto. Nesse
estado, o corpo tem a forma e volume constantes. Exemplos: cadeira, livro.
Estados físicos da Matéria

Estado Líquido
A força de coesão é igual á de repulsão. As partículas estão mais afastadas
rolando umas sobre as outras, por isso os líquidos têm forma variável e
volume constante. Os líquidos tomam sempre a forma do recipiente que os
contém. Exemplo: leite no copo, água na garrafa.

Estado Gasoso
A força de repulsão, no estado gasoso, é maior que a de coesão, fazendo
com que as partículas fiquem muito tempo afastadas umas das outras. Os
gases têm sempre forma variáveis e tendem a expandir-se, ocupando todo o
espaço disponível.
OBSERVAÇÃO: Os gases e líquidos recebem o nome de fluídos, pelas
propriedades que têm de escorrer facilmente.
Estados físicos da Matéria

Visto isso, podemos entender que os diversos estados físicos


estão ligados à maior ou menor proximidade de sua partículas

Então se quero transformar um gás em liquido, basta apenas


comprimi-lo.

Ou também a necessidade de se retirar o calor

A substância só mudou o estado físico, mas continua sendo


a mesma substância.
Definição
Acidente / Emergência
Acidente –evento não-
planejado que resulta
em morte, doença,
lesão, dano ou outra
perda.OHSAS 18001.

Emergência – é a
situação crítica e fortuita
que representa perigo à
vida, ao meio ambiente e
ao patrimônio,
decorrente de atividade
humana ou fenômeno da
natureza que obriga a
uma rápida intervenção
operacional.Dec
460.076/2001 -CBPMESP
Acidentes /Emergências Tecnológicos
Acidentes/Emergências Naturais
Acidente / Emergência
Conseqüências

•Impactos ambientais;

•Danos à saúde da
comunidade;

•Prejuízos econômicos;

•Danos psicológicos à
população;

•Desgaste da imagem da
indústria e do governo.
Perda de vidas humanas;
Introdução e sensibilização
Introdução e sensibilização

3/12/84 -
Bhopal, Índia
4000 mortes,
200.000
intoxicados
Introdução e sensibilização
Rodovia Anhanguera, km 179 - Araras - 8/9/98
Introdução e sensibilização
Data Local Atividade Produto Causa Consequências
16/4/47 Texas City, USA Navio Nitrato de Amônio Explosão 552 mortes
3000 feridos
4/1/66 Feyzin, França Estocagem Propano BLEVE 18 mortes, 81 feridos
Perdas de US$ 68 milhões
13/7/73 Potchefstroom, Estocagem Amônia Vazamento 18 mortes
África do Sul 65 intoxicados
1/6/74 Flixborough, UK Planta de Ciclohexano Explosão 28 mortes, 104 feridos
Caprolactama Incêndio Perdas de US$ 412 milhões
10/7/76 Seveso, Itália Planta de TCDD Explosão Contaminação de grande
processo área, devido a emissão de
dioxina
6/3/78 Portsall, UK Navio Petróleo Encalhe 230.000 ton.
Perdas de US$ 85,2 milhões
11/7/78 San Carlos, Espanha Caminhão-tanque Propeno VCE 216 mortes, 200 feridos
19/11/84 Mexico City Estocagem GLP BLEVE 650 mortes, 6400 feridos
Incêndio Perdas de US$ 22,5 milhões
3/12/84 Bhopal, Índia Estocagem Isocianato de metila Emissão 4000 mortes
tóxica 200000 intoxicados
28/4/86 Chernobyl, Rússia Usina nuclear Urânio Explosão 135.000 pessoas evacuadas
3/6/89 Ufa, Rússia Duto GLN VCE 645 mortes
500 feridos
24/3/89 Alasca, USA Navio Petróleo Encalhe 40.000 ton.
100.000 aves
11/3/91 Catzacoala Planta de Cloro Vazamento Perdas de
processo Explosão US$ 150 milhões
22/4/91 Guadalajara, México Duto Gasolina Explosão 300 mortes
15/2/96 Mill Bay, UK Navio Petróleo Falha 70.000 ton.
operacional 2300 pássaros mortos
Introdução e sensibilização
Introdução e sensibilização
Período: 1983 - 2005 Total de acidentes: 461

     

2005 27                         

2004 33                              

2003

2002
32

34
                            

                              
Emergências
2001 50                                              
químicas
2000 37                                   Industria
1999 30                   

1998 32                             

1997 21                   

1996 29                           

1995 8        

1994 9         

1993 11          

1992 20                   

1991 9         

1990 13            

1989 16               

1988 8        

1987 15              

1986 8        

1985 3   

1984 0  

1983 2  

Fonte - Cetesb
Região
Período: 1983 - 2005   %   Total de acidentes: 461

Interior 11,3       


Emergências
Litoral 54,9                                   químicas
Metropolitana 33,8                     
Industria

Classe de risco
Período: 1983 - 2005 Total de acidentes: 461

  %  

Gases 21,9              

Líquidos inflamáveis 13,4        

Sólidos inflamáveis 2,2  

-
  Oxidante / Peróxido 0,4

Tóxica e infectante 2,8  

Corrosivas 12,4        

Substâncias perigosas diversas 9,3      

Diversas 29,3                  

Não identificadas 6,5     

Não classificadas 1,7  

Fonte - Cetesb
Explosão de esfera de GLP
Explosão em fabrica

40 m
Emergência em rodovia
Explosão Caminhão Tanque
Explosão Caminhão Tanque
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE RISCOS

Levantamento Levantamento de
Estatísticos de atividades
acidentes

Caracterização dos produtos

Identificação e avaliação de Riscos

Medida para a redução de riscos


Podemos agir de duas maneiras em acidentes/emergências
P
r IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
e AVALIAÇÃO DOS RISCOS E DE SUAS CONSEQUÊNCIAS
v
e REDUÇÃO DOS RISCOS
n PLANO DE EMERGÊNCIA
ç
ã TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO
o

I
n AVALIAÇÃO DO ACIDENTE/EMERGÊNCIA
t
e ACIONAMENTO
r MOBILIZAÇÃO
v
e ASSISTÊNCIA EMERGENCIAL
n
RECUPERAÇÃO
ç
ã TENDO SEMPRE COMO OBJETIVO:
o
-PRESERVAR A VIDA HUMANA;
-EVITAR IMPACTOS SIGNIFICATIVOS AO MEIO AMBIENTE;
-EVITAR OU MINIMIZAR AS PERDAS MATERIAIS
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A ONU, Organização das Nações Unidas, instituiu uma


padronização de Classificação de Risco no qual o Brasil é
signatário, constante das seguintes recomendações para o
Transporte de Produtos Perigosos.
CLASSES DE RISCO
CLASSE 1 – EXPLOSIVOS
CLASSE 2 - GASES
CLASSE 3 - LIQUIDOS INFLAMÁVEIS
CLASSE 4 - SOLIDOS INFLAMÁVEIS
CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES
CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS
CLASSE 7 - MATERIAIS RADIOATIVOS
CLASSE 8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS
CLASSE 9 - OUTRAS SUBSTÂNCIAS OU PERIGOSOS DIVERSOS
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

CLASSE E SUBCLASSE DE RISCO

CLASSES 1 - EXPLOSIVOS:

Subclasse 1.1 Substâncias e artefatos com risco de explosão em


massa . Dinamite, pólvora
Subclasse 1.2 Substâncias e artefatos com risco de projeção
( granada)
Subclasse 1.3 Substâncias e artefatos com risco predominante de
fogo (Artigos Pirotécnicos)
Subclasse 1.4 Substâncias e artefatos que não apresentam risco
significativo ( Dispositivos iniciadores )
Subclasse 1.5 Substâncias poucos sensíveis
Subclasse 1.6 Substâncias extremamente insensíveis.
CLASSE 2 - GASES:
Subclasse 2.1 Gases inflamáveis
Subclasse 2.2 Gases comprimidos não tóxicos e não inflamáveis
Subclasse 2.3 Gases tóxicos por inalação
Subclasse 2.4 Gases corrosivos
Oxigênio, amônia, argônio, acetileno, GLP. GN.

CLASSE 3 - LÍQUIDOS INFLAMÁVEIS:


Aldeído acétido, acetona, benzina, álcool,
gasolina, querosene,etc.
CLASSE 4 - SÓLIDOS INFLAMÁVEIS

Subclasse 4.1 Sólidos Inflamáveis

Subclasse 4.2 Substância passiva de combustão espontânea

Subclasse 4.3 Substância que, em contato com água, emitem gases


Inflamáveis.

Enxofre, fósforo branco, sólido metálico, alumínio em pó, ligas de


magnésio, negro de fumo, etc...
CLASSE 5 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES;

Subclasse 5.1 Substâncias Oxidantes


Subclasse 5.2 Peróxidos Orgânicos.
Nitrato de amônia, água oxigenada, bióxido de sódio,
bromato de potássio.
CLASSE 6 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS;

Subclasse 6.1 Substâncias Tóxicas


Subclasse 6.2 Substâncias Infectantes.
Acetona cianídrina, óxido de mercúrio, acetato de chumbo

CLASSE 7 - SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS


Urânio, amerício, tório, cobalto, césio, etc...

CLASSE 8 - SUBSTÂNCIAS CORROSIVAS


Ácido acético, ácido cloro acético, ácido clorídrico, ácido
nítrico, ácido sulfúrico, soda cáustica, etc...
CLASSE 9 - SUBSTÂNCIAS E ARTIGOS PERIGOSOS
DIVERSOS – todas aquelas que não se enquadram nas
anteriores.
Acetaldeido amônia, dióxido de carbono ( sólido), etc...
IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO

•APROXIME-SE DO LOCAL DO ACIDENTE TENDO O VENTO PELAS


COSTAS (SOPRANDO NO SENTIDO DA OCORRÊNCIA)
Identifique o produto por qualquer uma das seguintes maneiras:
A. Pelo número de quatro algarismos (número da ONU) existente no painel de
segurança (placa laranja) afixada nas laterais traseira e dianteira do veiculo.
Consulte nas páginas do manual interno ou nas páginas amarelas do manual da
ABIQUIM o
nome do produto que corresponde ao número existente na embalagem ou no veículo
acidentado.
Painel de Segurança
Número de risco 336
Número ONU 1203
Rótulo de risco
Líquidos Inflamáveis

B. Pelo número da ONU constante na Ficha de Emergência, no documento fiscal ou


na
embalagem do produto.
Consulte nas páginas do manual interno de emergência com produtos químicos ou
no manual da ABIQUIM o nome do produto que corresponde ao número existente no
documento ou na embalagem do produto envolvido.
DADOS TÍPICOS DE NOTAS FISCAIS

Código da Descrição
Código do Unidade Classe de
embalage Quantidade dos N.º da ONU
produto s risco
m produtos
1775075
C.T Kg. 10 TON. Tolueno 2078 6.1
TSCHH
OBSERVAÇÃO: declaramos que o(s) produto(s) está(ão) adequadamente embalado(s) e
acondicionado(s) para suportar os riscos de carregamento, transporte e descarregamento.
DECLARAÇÃO DO FABRICANTE / EXPEDIDOR
Classe 2
Gás comprimido inflamável

Classe 2
Gás comprimido inflamável altamente refrigerado
Além dos rótulos de risco, o sistema de identificação de
substância da ONU ainda prevê uma outra placa de
identificação que trás o número da substância, além de uma
breve identificação de riscos através de números. Veja o
exemplo:

O primeiro número X423 indica produto sólido, libera vapores e


é inflamável. A letra X que precede o número indica que o
produto não pode ser molhado com água!
O número 2257 é o número correspondente ao Potássio
Todas as placas de identificação de produto possuem a cor
laranja, com números e letras pretas!
As placas de identificação de produto e os rótulos de risco, são
obrigatórios no transporte de produto perigosos em todo
território nacional.
Nesta figura vemos a
Nesta figura vemos a posição de
posição de colocação
colocação da placa de
da placa de
identificação da substância, bem
identificação da
como o rótulo de risco, na parte
substância, bem
traseira do veículo.
como o rótulo de
risco, na parte
traseira do veículo.
DIAMANTE HOMMEL.

TRATA-SE DE UMA SIMBOLOGIA UTILIZADA EM VÁRIOS PAÍSES, NO


ENTANTO SEM OBRIGATORIEDADE EM NOSSO PAÍS.

ESTA METODOLOGIA INDICA TODOS OS RISCOS QUE ENVOLVE A


SUBSTÂNCIA QUÍMICA, MAS NÃO INFORMA QUALÉ A SUBSTÂNCIA
EM QUESTÃO.
METODOLOGIA
Os riscos representados no Diamante de Hommel são os seguintes:
VERMELHO – INFLAMABILIDADE, onde os riscos são os
seguintes:
4 – Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis, materiais pirotécnicos
3 – Produtos que entram em ignição a temperatura ambiente
2 – Produtos que entram em ignição quando aquecidos
moderadamente
1 – Produtos que precisam ser aquecidos para entrar em ignição
0 – Produtos que não queimam
AZUL – PERIGO PARA SAÚDE, onde os riscos são os
seguintes:
4 – Produto Letal
3 – Produto severamente perigoso
2 – Produto moderadamente perigoso
1 – Produto levemente perigoso
0 – Produto não perigoso ou de risco mínimo
AMARELO – REATIVIDADE, onde os riscos são os seguintes:
4 – Capaz de detonação ou decomposição com explosão a temperatura
ambiente.
3 – Capaz de detonação ou decomposição com explosão quando exposto a
fonte de energia severa.
2 – Reação química violenta possível quando exposto a temperaturas e/ou
pressões elevadas.
1 – Normalmente estável, porém pode se tornar instável quando aquecido.
0 – Normalmente estável.
BRANCO – RISCOS ESPECIAIS, onde os riscos são os seguintes:

OXY Oxidante forte

ACID Ácido forte


ALK Alcalino forte
Evite o uso de
água

Radioativo
DIAMANTE DE HOMMEL É UM MÉTODO COMPLETO?
Uma observação muito importante a ser colocada quanto à
utilização do Diamante de HOMMEL é que o mesmo não indica
qual é a substância química em questão mas apenas os riscos
envolvidos; ou seja quando considerado apenas o Diamante de
HOMMEL sem outras formas de identificação este método de
classificação não é completo!
OUTRA FORMA DE IDENTIFICAÇÃO
FICHA DEEMERGÊNCIA

Outra forma de identificação de uma substância química (e


seus riscos) é a leitura e interpretação da FICHA DE
EMERGÊNCIA,que é obrigatória para os produtos
químicos comercializados em todo território nacional.

Na FICHA DE EMERGÊNCIA se encontram dados como


fabricante, nome comercial e técnico do produto, bem
como seus principais riscos e informações úteis em
casos de emergências.
FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

Contém muito mais informações que as FICHAS DE EMERGÊNCIA,


uma vez que tal documento possui dados detalhados sobre o produto
em questão, inclusive sua formulação, dados toxicológicos
detalhados, informações sobre reatividade e riscos de incêndio e
dados sobre o impacto ambiental, DADOS SOBRE RISCOS À
SAÚDE,além de procedimentos corretos para controle em caso de
acidentes.

Um ponto de grande importância é observar que tanto a FICHA de


EMERGÊNCIA, quanto a FISPQ são documentos muito úteis em casos
de emergência, sendo altamente recomendado que as empresas que
utilizam produtos químicos regularmente criem arquivos das FICHAS
de EMERGÊNCIAS, bem como das FISPQ`s dos produtos químicos
utilizados em seus processos.
FISPQ - Ficha de informação de Segurança de produtos Químicos
As informações mínimas que uma Folha de Informações de Segurança deve conter sobre um
produto químico são:

IDENTIFICAÇÃO:

Há diversas nomenclaturas para os produtos


químicos. Consequentemente, uma mesma
substância pode ser conhecida por mais de um
nome, isto é, pelo nome químico, nome popular
e ou nome comercial. A F.I.S.P.Q deve informar
o nome constante no rótulo, o nome químico e
os nomes populares do produto. Se a
substância for uma mistura, todos e quaisquer
componentes nocivos que nela participem com
mais de 1% precisam ser indicados por seus
nomes químicos e populares.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

CARACTERÍSTICAS FISICO-QUÍMICAS

Os materiais podem ser caracterizados pela medição de diversas


propriedades de seus estados físicos (sólido, líqüido ou gasoso)
ou pela mudança de um estado para outro. Além dessas
propriedades físicas, a substância pode ser caracterizada por
suas propriedades químicas, ou seja, por sua capacidade de
reagir com outra substância e formar uma terceira.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

RISCOS FÍSICOS

Alguns materiais têm potencial para causar danos físicos,


ou seja, mecânicos, geralmente por explosão ou incêndios.
Dados indicadores desses riscos incluiriam o ponto de
fulgor (a temperatura à qual um liquido forma uma mistura
combustível com o ar que o cerca), os limites de
inflamabilidade no ar em porcentagem por volume (em
geral há um limite inferior e outro superior) e a temperatura
de combustão espontânea. Para os materiais explosivos,
os dados de detonação indicariam a sensibilidade do
material.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

RISCOS À SAÚDE

Há sete categorias específicas de risco à saúde que devem ser


consideradas ao se pensar nos riscos que o trabalho com produtos
químicos pode oferecer à saúde:
Cancerígenos
Corrosivos
Materiais altamente tóxicos
Irritantes
Sensibilizantes
Materiais tóxicos
Nocivos a órgãos específicos
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

PRINCIPAIS VIAS DE ACESSO AO CORPO HUMANO

As vias de acesso de materiais nocivos podem ser :


Inalação
Contato com os olhos
Contato com a pele
Absorção pela pele
Ingestão
Informações sobre a via de contaminação podem ajudar a tomar
medidas preventivas, ajudando a escolher o equipamento de proteção
adequado.
FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

LIMITES DE EXPOSIÇÃO PERMISSÍVEIS

Esses limites geralmente envolvem tanto a concentração da


substância como o tempo de exposição. Eles podem, por exemplo,
ser expressos em termos de uma média ponderada da concentração
pelo tempo durante um turno de trabalho e talvez adicionalmente por
um valor máximo dentro de qualquer jornada de trabalho.

INDICAÇÃO DE CANCERIGENOSIDADE

Os produtos que as pesquisas médicas tiveram determinado como


cancerígenos ou potencialmente cancerígenos terão essa indicação
nas respectivas F.I.S.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS

PRECAUÇÕES DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO NO MANUSEIO

As informações constantes numa F.I.S.P.Q incluem a especificação


da forma segura de armazenagem e alerta sobre a possibilidade de
reação com outras substâncias. Muitos produtos químicos, em
particular os usados como reagentes na indústria, incorporam uma
considerável quantidade de energia. Ao reagirem, essa energia pode
ser liberada sob a forma de calor ou novas substâncias,
eventualmente tóxicas, que podem ser formadas e liberadas.
Materiais diversos podem reagir sob condições diferentes e as
informações contidas nas FISPQ devem indicar as situações a evitar.
Alguns produtos podem, por exemplo, apresentarem reações
nocivas se forem molhados, outros reagirão com materiais
combustíveis e mais alguns reagirão com ácidos. Sob certas
condições, reações de polimerização podem ocorrer de maneira
descontrolada, causando a liberação de grandes quantidades de
energia.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS
PROCEDIMENTOS DE LIMPEZA PARA DERRAMES E
VAZAMENTOS
Essa seção da F.I.S. P.Q indica as providências a tomar nos casos em
que o material vazar ou for derramado. Essas informações se aplicam
tanto à proteção pessoal quanto à contenção e limpeza para evitar a
contaminação do meio ambiente. Os produtos capazes de neutralizar o
material derramado serão enumerados. Além disso, haverá
informações sobre a eliminação dos resíduos.
MEDIDAS DE CONTROLE

Essa seção relaciona quaisquer medidas de controle


genericamente aplicável que o fabricante do produto conheça,
inclusive os controles de engenharia adequados. Isso incluiria os
limites seguros de operação, no que se refere à concentração,
temperatura e pressão. A seção também trata das normas de
trabalho apropriadas e dos equipamentos de proteção pessoal
necessários.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
As F.I.S. devem incluir a data de sua preparação e a data da
última alteração. Também devem constar o nome, endereço
e telefone do fabricante do produto ou de outra pessoa
responsável pelas informações, que possa oferecer dados
adicionais em caso de necessidade.
COMENTÁRIOS FINAIS
As normas vigentes exigem a fixação de rótulos nos recipientes, identificando os
respectivos produtos contidos e alertando para os riscos que eles oferecem. Pelo
que foi exposto, as Folhas de Informações de Segurança contém muito mais
informações do que poderia ser colocado num rótulo.
Embora as informações contidas numa F.I.S.P.Q. devam estar à disposição de
qualquer pessoa que trabalha com o produto, sua interpretação não é nada
simples. Apenas uma parte dessas informações trata diretamente dos riscos à
saúde e do bem-estar da pessoa: os riscos à saúde que podem ser tanto agudos
(imediato e a curto prazo) e crônico (a longo prazo); os equipamentos de proteção
a usar e a maneira segura de manuseá-lo. Embora uma pessoa possa precisar das
demais informações em caso de emergência, elas são basicamente dirigidas a
engenheiros e técnicos de segurança e processo, engenheiros de segurança e
pessoal médico. Além disso, algumas das informações fornecidas apenas
implícita um risco (por exemplo, ponto de fulgor), sem dizê-lo expressamente.
FISPQ FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS
QUÍMICOS
IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PERIGOSOS DENTRO DAS
INDÚSTRIAS
Dentro das indústrias é bastante comum verificar a marcação de tanques,
tubulações, válvulas, reatores, torres, etc..., principalmente por códigos
internos das empresas, bem como aplicação de cores ou até
nomenclatura específica. Tais fatos auxiliam na identificação de quais são
as substâncias envolvidas em situações emergenciais.

Como ponto importante, vale a pena ressaltar que em muitas vezes a


primeira pessoa que nota a existência de um vazamento pode ser uma
pessoa completamente leiga em química ou nos conceitos previamente
discutidos aqui, portanto é interessante que todo tipo de sinalização seja
feita de maneira bastante clara e de preferência não utilize fórmulas
químicas, números extensos, para evitar que ao transmitir a ocorrência
da emergência a pessoa não tenha dificuldade de informar o nome de um
produto ou um número.
A equipe de emergência deve também conhecer profundamente as
características da planta onde atua, assim como os principais
equipamentos pertencentes a mesma, tais com tanques, reatores,
tubulações, válvulas, etc.., assim com os principais tipos de embalagens
e/ou veículos que transportam produtos no interior da mesma.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
OSHAS - 18001
Item 4.7 - Preparação e atendimento a emergência
A organização deve estabelecer e manter planos e procedimentos para
identificar o potencial e atender a incidentes e situações de emergência,
bem como para prevenir e reduzir as possíveis doenças e lesões que
possam estar associadas a eles.

A organização deve analisar criticamente seus planos e procedimentos de


preparação e atendimento a emergências, em particular após a ocorrência
de incidentes ou situações de emergência.

A organização deve também testar periodicamente tais procedimentos,


onde exeqüível.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
NBR ISO 14001:2004 Sistema de Gestão Ambiental
Item 4.7 - Preparação e resposta a emergência
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s)
para identificar o potenciais e situações de emergência e potencias
acidentes que possam ter impacto(s) sobre o meio ambiente, e como a
organização responderá a estes.
A organização deve responder às situações reais de emergência e aos
acidentes e prevenir ou mitigar os impactos ambientais adversos
associados.
A organização deve periodicamente analisar e, quando necessário, revisar
seus procedimentos de preparação e resposta à emergência em particular,
após a ocorrência de acidentes ou situações emergenciais.

A organização deve também periodicamente testar tais procedimentos,


onde exeqüível.
Coordenador Diretor

Comunicação
Documentação

Logística
Especialistas

Plano de Ação de
Brigada de
Emergência – PAE
Funções e Tarefas
Emergência
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Fatores que devem ser considerados sobre as decisões a respeito das ações
de proteção:
Os produtos perigosos
Grau de risco à saúde
Quantidades envolvidas
Contenção e controle de emanação
Índice do movimento do vapor
A população ameaçada
Localidade
Número de pessoas
Tempo para evacuação ou para proteção no local
Capacidade de controlar a evacuação ou proteção no local
Tipos de construções disponíveis:
População ou instituições especiais, tais como casa de repouso, hospitais, prisões,
etc.
Condições atmosféricas
Efeitos no movimento das nuvens de vapor
Potencial para alterações
Efeitos nos procedimentos de evacuação ou proteção no local
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Atentar para:

•Os procedimentos de resposta devem ser periodicamente


testados, avaliados e aprimorados;

•O controle de um vazamento não pode sacrificar os requisitos


de segurança;

•Todo o pessoal envolvido nas ações de campo deve ser


capacitado em sua área de atuação, além de possuir os
conhecimentos mínimos necessários de segurança;

•As medidas de controle, como contenção, remoção,


neutralização, só após pleno conhecimento dos riscos e quando
os recursos básicos estiverem disponíveis.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Etapas de um atendimento emergencial

Ações especificas para cada caso.

Pode-se dividir em quatro etapas.

Acionamento/comunicação;

Avaliação da situação;

Medidas de controle;

Ações de rescaldo.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
Atendimento a acidentes com produtos químicos
Acionamento/comunicação:

•È importante nesta etapa, no mínimo as seguintes informações:

•Local exato da ocorrência;

•Formas de acesso ao local;

•Produtos envolvidos;

•Porte da ocorrência;

•Horário da ocorrência;

•Principais características da região;

•Órgãos já acionados ou presentes no local;

•Ocorrência de incêndio ou explosões;

•Existência de vítimas;

•Identificação do informante.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Avaliação da situação

Caracterização dos riscos potenciais ou efetivos devido à exposição ao(s)


produtos envolvido(s), através da identificação de suas características
físicas, químicas e toxicológicas;

Definição dos equipamentos de proteção individual a serem utilizados;

Manutenção de equipe de apoio para intervenção imediata, caso


necessário
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Medidas de controle

Deverão contemplar medida para:


•Evacuação de pessoas;

•Estanqueidade do vazamento;

•Contenção do produto vazado;

•Abatimento de vapores;

•Neutralização e/ou remoção do produto;

•Prevenção e combate a incêndios;

•Monitoramento ambiental;

•Recolhimento ou transbordo de carga, no caso de


acidentes durante o transporte.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Ações de rescaldo

Atividades para o restabelecimento das condições normais das


áreas afetadas pela emergência, tanto do ponto de vista de
segurança, como ambiental.

•Deverão contemplar os seguintes aspectos:

•Tratamento e disposição de resíduos;

•Restauração da área atingidas;

•Monitoramento da qualidade das águas afetadas;

•Elaboração de relatório dos trabalhos de campo.


PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Utilização de água no combate ao fogo e a vazamentos

•Reações do produto em contato com a água;

•Contato da água com outros produtos envolvidos na


ocorrência ou presentes na área, que possam acarretar
reações indesejadas;

•Contaminação da água e carreamento desta para bueiros,


galerias e corpos de água.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Ações de combate a vazamentos de substâncias


químicas

• Características da substância;

• Quantidade vazada;

• Cenário da ocorrência.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produto sólidos

NO SOLO

•Isolar a área;

•Restringir as áreas sob risco de contaminação;

•Cercar com dique de terra, areia, etc;

•Em caso de ocorrência de ventos fortes ou chuva, cobrir


com lona plástica ou material compatível com o produto;

•Recolher o produto;

•Remover os resíduos;

•Neutralizar o solo contaminado.


PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produto sólidos

Em corpos D” água

•Suspender a utilização da água, caso necessário;

•Avaliar a espessura da lâmina d’água no local do


derramento e se possível evitar que o produto se
espalhe, através de construção de diques de terra ou
material absorvente;

•Drenar/dragar a bacia de contenção;

•Diluir/neutralizar/dispersar/controlar a vazão;

•Monitorar qualidade da água até recuperação do


aqüífero
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produtos líquidos

No solo

•Isolar a área;

•Estancar o vazamento;
•Conter o produto através de construção de diques;

•No caso de liberação de vapores aplicar espuma


química;

•Recolher o produto;

•Neutralizar a área atingida;

•Remover resíduos.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produtos líquidos
Em corpos d’água – para petróleo e derivados
• conter através de barreiras de contenção ou construção de
diques com drenos no fundo;
• no caso de liberação de vapores conter o produto fora das
áreas de maior risco potencial e aplicar espuma mecânica;
• remover o produto sobrenadante através da utilização de
equipamentos apropriados, ou através de materiais
absorventes;
• defletir o produto sobrenadante a montante de estações de
captação de água para consumo humano ou fins industriais,
através da instalação de barramentos, evitando assim, a
contaminação do sistema de tratamento de água.
• se possível recolher o produto defletido a jusante da captação;
• monitorar a qualidade das águas.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produtos líquidos
Em corpos d´água – por outros líquidos sobrenadantes.
• Avaliar a situação considerando as características e
quantidade do produto derramado, bem como as
características e uso dos aqüíferos atingidos;
• desencadear as medidas adotadas de controle mencionada
no item anterior, caso as mesmas se apliquem à situação
apresentada;
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produtos líquidos
Em corpos d´água – por outros líquidos mais pesados que a água.
• caso a contaminação ocorra em corpo de água parada com
pequeno volume , ou ainda em corpos de água com baixa vazão,
drenar e dragar;

• monitorar a qualidade da água;

•Caso necessário aplicar técnicas especificas para dispersar ou


neutralizar o produto;

•Controlar a vazão do aq6uifero.


PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos


Derrames de produtos líquidos
Em corpos d´água – por outros líquidos mais pesados que a água.
Observação: Em caso de dúvida quanto ás características (risco)
do produto envolvido, ou mesmo quanto ao nível de contaminação
do aqüífero afetado, é prudente que o mesmo tenha seu uso
suspenso de imediato, até que a situação esteja devidamente
avaliada e sob controle.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Atendimento a acidentes com produtos químicos

Vazamentos de gases

•Estancar vazamento;

•Isolar a área;

•Abater vapores com neblina d’água, fora do local do vazamento e


sem atingir eventuais poças do produto ( para gases liquefeitos);

•Monitorar a região e níveis de concentração do gás;

•Desligar ou isolar fontes de ignição;

•Identificar locais de possíveis confinamento, principalmente nos


casos de gases pesados;

•Se necessário, realizar transbordo do produto para outros


reservatórios, desde que esta operação possa ser feita de acordo
com os requisitos mínimos de segurança.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
2 – Proteção Pessoal
EPI – Equipamento de proteção Individual

Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo de uso individual, de


fabricação nacional ou estrangeira, destinado a proteger a saúde e a
integridade física do trabalhador.
Os EPIs não reduzem o "risco e ou perigo", apenas adequam o indivíduo ao
meio e ao grau de exposição.
Quando usar?
durante realização de atividades rotineiras ou emergenciais, de acordo com
o grau de exposição.
Como escolher?
De acordo com as necessidades, riscos intrínsecos das atividades e parte
do corpo a ser protegida.
Observações:
Em caso de dúvida, ou desconhecimento do grau de exposição e/ ou
contaminação a que o trabalhador estará exposto, deverão sempre ser
utilizados os EPI's de proteção máxima.
Após a avaliação da situação, deverá ser adequado o uso dos EPI's às reais
situações.
Plano de Ação de Emergência - PAE
Plano de Ação de Emergência - PAE
Plano de Ação de Emergência - PAE

Classificação dos EPIs de acordo com tipo de


proteção:

Proteção cutânea

Proteção respiratória

Proteção cutânea:
- Roupas de proteção às substâncias químicas
No que se refere ao atendimento de acidentes envolvendo
substâncias químicas ,as roupas de proteção tem como
finalidade proteger o corpo de produtos, o qual pode provocar
danos a pele ou mesmo ser absorvido pela mesma e afetar
outros órgãos.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Classificação das roupas de proteção


As roupas são classificadas por estilo, uso material de confecção.
Estilo
Roupa de encapsulamento completo: totalmente encapsulada, essa roupa é confeccionada em
peça única que envolve (encapsula) totalmente o usuário. Botas, luvas e o visor estão integrados
à roupa, mas podem ser removíveis. Se assim forem, essas partes são conectadas à roupa por
dispositivos que a tornam à prova de gases e vapores. Até o ziper (fecho eclair) fornece perfeita
vedação contra gases/vapores. Esta roupa é à prova de gases e deve, obrigatoriamente, ser
submetida a testes de pressão para assegurar sua integridade.
A proteção respiratória e o ar respirável são fornecidos por um conjunto autônomo de respiração
com pressão positiva interno à roupa, ou por uma linha de ar mandado que mantém pressão
positiva dentro da mesma.
A roupa de encapsulamento é utilizada para, principalmente, proteger o usuário contra gases,
vapores e partículas tóxicas no ar. Além disso, protege contra respingos de líquidos. A proteção
que a roupa fornece contra uma substância química depende do material utilizado para a sua
confecção. Uma vez que não existe ventilação, há sempre o perigo de acúmulo de calor, podendo
resultar numa situação de risco para o usuário.
Devido a complexidade, o usuário precisa ser auxiliado na colocação da roupa.
Há uma grande variedade de acessórios que podem ser utilizados em conjunto com esta roupa,
visando dar conforto e praticidade operacional, como por exemplo colete para refrigeração,
sistema de rádio e botas com tamanho dois números acima do usual.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Classificação das roupas de proteção

Roupa não encapsulada: a roupa de proteção a substâncias químicas não


encapsulada, normalmente chamada de roupa contra respingos químicos, não
apresenta a proteção facial como parte integrante. Um conjunto autônomo de
respiração ou linha de ar pode ser utilizado externamente à roupa, assim como
máscara com filtro químico. A roupa contra respingos pode ser de dois tipos:
uma peça única, do tipo macacão, ou conjunto de calça e jaqueta. Qualquer um
dos tipos acima pode incluir um capuz e outros acessórios.
A roupa não encapsulada não foi projetada para fornecer a máxima proteção
contra gases, vapores e partículas mas apenas para proteção contra respingos.
Na verdade, a roupa contra respingos pode ser completamente vedada com a
utilização de fitas de vedação nos pulsos, tornozelos e pescoço não permitindo
a exposição de qualquer parte do corpo; no entanto, tal roupa não é
considerada à prova de gás, mas pode ser um bom substituto da roupa de
encapsulamento completo se a concentração do produto envolvido estiver baixa
e o material não for extremamente tóxico por via dérmica.
Plano de Ação de Emergência - PAE
Requisitos de desempenho para roupas de proteção química

Resistência química
A eficácia dos materiais na proteção contra produtos químicos está
baseada na sua resistência a penetração, degradação e permeação.
Cada uma destas propriedades deve ser avaliada quando da seleção do
estilo da roupa de proteção e do material que é feita.
Penetração
Penetração é a passagem do produto através de aberturas na roupa.
Uma substância pode penetrar devido ao projeto ou imperfeições na
roupa. Pontos de costura, orifícios de botões, zipers e o próprio tecido
podem permitir a penetração do produto.
Uma roupa bem projetada e confeccionada previne a penetração através
da existência de zipers selados, juntas vedadas com fita colante e não
utilização de tecidos. Rasgos, furos, fissuras ou abrasão à roupa também
permitem a penetração.
Plano de Ação de Emergência - PAE
Requisitos de desempenho para roupas de proteção química

Degradação
Degradação é uma ação química envolvendo uma ruptura molecular do material
devido ao contato com uma substância. A degradação é evidenciada por alterações
físicas do material. A ação do produto pode causar ao material a sua contração ou
expansão, torná-lo quebradiço ou macio ou ainda alterar completamente suas
propriedades químicas. Outras alterações incluem uma leve descoloração, superfície
áspera ou pegajosa ou rachaduras no material. Tais alterações podem aumentar a
permeação ou permitir a penetração do contaminante.
Informações sobre os testes de degradação para substâncias específicas em classes
de produtos estão disponíveis nos fabricantes e fornecedores de roupas de proteção.
Tais dados fornecem ao usuário uma taxa de resistência à degradação, a qual é
subjetivamente expressa como excelente, boa, fraca e pobre conforme mostra a
tabela 1.
Os dados de degradação podem ajudar na determinação da capacidade de proteção
de um material mas não devem substituir os dados do teste de permeação. A razão
para tal é que um material com excelente resistência à degradação pode ser
classificado como fraco em permeação. Portanto, degradação e permeação não
estão diretamente relacionadas e não podem ser intercambiadas.
Plano de Ação de Emergência - PAE
Requisitos de desempenho para roupas de proteção química
Permeação
Permeação é uma ação química envolvendo a movimentação de uma substância, a nível
molecular, através de um material. É um processo que envolve a sorção (adsorsão e
absorção) de uma substância na superfície externa, difusão e desabsorção da substância
da superfície interna do material de proteção.
Dessa forma, é estabelecido um gradiente de concentração: alto no lado externo e baixo
no interno. Uma vez que a tendência é atingir a concentração de equilíbrio, forças
moleculares conduzem a substância ao interior do material em direção a áreas sem ou
com baixa concentração. Finalmente o maior fluxo de permeação química ocorre e torna-
se constante.
A permeação é medida como uma taxa. Taxa de permeação é a quantidade de
substância que se moverá através de uma área do material de proteção num dado tempo.
É normalmente expressa em microgramas de produto permeado por centímetro quadrado
por minuto de exposição (µg/cm2/min). Muitos são os fatores que influenciam a taxa de
permeação, incluindo o tipo do material e a sua espessura. Uma regra geral é que a taxa
de permeação é inversamente proporcional a espessura. Outros fatores importantes são
a concentração da substância, tempo de contato, temperatura, umidade e solubilidade do
material nas substâncias químicas.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Níveis de proteção

As equipes de atendimento às emergências devem utilizar os equipamentos


de proteção individual sempre que houver a possibilidade de contato com
substâncias perigosas que possam afetar a sua saúde ou segurança . Isso
inclui vapores, gases ou partículas que podem ser gerados em virtude das
atividades no local do acidente promovendo, desta forma, o seu contato com
os componentes da equipe. A máscara facial dos equipamentos autônomos
de respiração protege as vias respiratórias, aparelho gastrintestinal e os
olhos do contato com tais substâncias. A roupa de proteção protege a pele
do contato com substâncias que podem destruir ou ser absorvidas pela pele.
Os equipamentos destinados a proteger o corpo humano do contato com
produtos químicos foram divididos, pelos americanos (NFPA 471), em quatro
níveis de acordo com o grau de proteção necessário, conforme segue.
Plano de Ação de Emergência - PAE
Níveis de proteção
Nível A de proteção
Deve ser utilizado quando for necessário o maior índice de proteção respiratória, a pele e
aos olhos. É composto de:
· aparelho autônomo de respiração com pressão positiva ou linha de ar mandado;
· roupa de encapsulamento completo;
· luvas internas, externas e botas resistentes a produtos químicos;
· capacete interno à roupa;
. rádio.

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Segurança Ltda.


Plano de Ação de Emergência - PAE
Níveis de proteção

Nível B de proteção
Deve ser utilizado quando for necessário o maior índice de proteção respiratória,
porém a proteção para a pele encontra-se num grau inferior. É composto de:
· aparelho autônomo de respiração com pressão positiva;
· roupa de proteção contra respingos químicos confeccionada em 1 ou 2 peças;
· luvas internas, externas e botas resistentes a produtos químicos;
· capacete;
· rádio.

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De Segurança Ltda.


Plano de Ação de Emergência - PAE
Níveis de proteção

Nível C de proteção
Deve ser utilizado quando se deseja um grau de proteção respiratória inferior ao Nível B,
porém com proteção para a pele nas mesmas condições. É composto de:
· aparelho autônomo de respiração sem pressão positiva ou máscara facial com filtro químico;
· roupa de proteção contra respingos químicos confeccionada em 1 ou 2 peças;
· luvas internas, externas e botas resistentes a produtos químicos;
· capacete;
· rádio.

Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Proteção Individual Ltda.


Plano de Ação de Emergência - PAE
Níveis de proteção

Nível D de proteção – NÃO PROTEGE CONTRA RISCOS


QUÍMICOS
Deve ser utilizado somente como uniforme ou roupa de trabalho e em locais não
sujeitos a riscos ao sistema respiratório ou a pele. Este nível não prevê qualquer
proteção contra riscos químicos. É composto de:
· macacões, uniformes ou roupas de trabalho;
· botas ou sapatos de couro ou borracha resistentes a produtos químicos;
· óculos ou viseiras de segurança;
· capacete.

Fonte: Personal do Brasil Equipamentos de Proteção Individual Ltda.


PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
Níveis de proteção

O processo de seleção da roupa consiste em:

avaliar o ambiente em que os técnicos irão trabalhar;


identificar o produto envolvido e determinar suas propriedades
químicas, físicas e toxicológicas;
•avaliar se, à concentração conhecida ou esperada, a substância
representa algum risco à pele;
•selecionar a roupa de proteção confeccionada em tecido que
forneça as menores taxas de permeação e degradação pelo maior
período de tempo;
•determinar se é necessário a roupa de encapsulamento completo
ou não.
•Apesar das diversas variáveis existentes, em muitas situações
será possível selecionar a roupa de proteção mais adequada
baseado no cenário e na experiência da equipe.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
Níveis de proteção

Escolha o Nível A de proteção sempre que:

a substância química for identificada e for necessário o mais alto


nível de proteção para o sistema respiratório, pele e olhos;
houver suspeita da presença de substâncias com alto potencial
de danos à pele e o contato for possível, dependendo da
atividade a ser realizada;
forem realizados atendimentos em locais confinados e sem
ventilação;
leituras diretas em equipamentos de monitoramento indicarem
concentrações perigosas de gases/vapores na atmosfera; por
exemplo, valores acima do IDLH (concentração imediatamente
perigosa à vida e à saúde).
Plano de Ação de Emergência - PAE
Níveis de proteção

Escolha o Nível B de proteção sempre que:

o produto envolvido e sua concentração forem identificados e


requererem um alto grau de proteção respiratória sem, no entanto,
exigir esse nível de proteção para a pele; por exemplo, atmosferas
contendo concentração de produto ao nível do IDLH sem oferecer
riscos à pele ou ainda quando não for possível utilizar máscaras com
filtro químico para aquela concentração e pelo tempo necessário para a
atividade a ser exercida;
concentração de oxigênio no ambiente for inferior a 19,5% em volume;
for pouco provável a formação de gases ou vapores em altas
concentrações de forma que possam ser danosas à pele.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
Níveis de proteção

Escolha o Nível C de proteção sempre que:


a concentração de oxigênio no ambiente não for inferior a 19,5% em
volume;
o produto for identificado e a sua concentração puder ser reduzida a um
valor inferior ao seu limite de tolerância com o uso de máscaras filtrantes;
a concentração do produto não for superior ao IDLH;
o trabalho a ser realizado não exigir o uso de máscara autônoma de
respiração.

Escolha o Nível D de proteção sempre que:


não houver contaminante presente na atmosfera;
não houver qualquer possibilidade de respingos, imersão ou risco
potencial de inalação de qualquer produto químico.

Conforme pode ser observado o nível de proteção utilizado pode variar de


acordo com o trabalho a ser realizado. No entanto, para a primeira
avaliação do cenário acidental o nível mínimo de proteção recomendado
é o B.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Outros EPIs:

Luvas de Proteção às Substâncias Químicas


Luva é a forma mais comum de roupa de proteção. Atualmente há uma
grande variedade de produtos e materiais de muitos fabricantes e
importadores no mercado brasileiro.
Nem sempre é fácil decidir quanto a luva mais adequada a ser utilizada
para uma determinada atividade.
Botas de Proteção às Substâncias Químicas
Até recentemente as botas de proteção comercialmente disponíveis eram
confeccionadas somente em PVC ou borracha. Devido as necessidades do
mercado, os fabricantes desses materiais vêm desenvolvendo um elevado
número de misturas de polímeros que são mais resistentes às substâncias
químicas.

Utiliza-se o mesmo critério para escolha destes EPIs;


permeação, degradação, penetração , etc.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Outros EPIs:

Proteção Respiratória

O sistema respiratório é a principal via de contato com substâncias


nocivas. Apesar de possuir defesas naturais, o grau de tolerância do
homem para exposição a gases tóxicos, vapores, partículas ou ainda
a deficiência de oxigênio, é limitado. Algumas substâncias podem
prejudicar ou mesmo destruir partes do trato respiratório, outras
podem ser absorvidas pela corrente sangüínea gerando danos aos
demais órgãos do corpo humano.

Nos acidentes envolvendo produtos químicos perigosos, onde a


liberação de materiais tóxicos para a atmosfera pode gerar altas
concentrações, é fundamental a proteção das equipes de
atendimento, pois muitas vezes os índices de contaminantes no ar
podem ser imediatamente letais.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Outros EPIs

Proteção Respiratória

Equipamento de Proteção respiratória


São equipamentos destinados a proteger o usuário dos riscos
representados pela presença de contaminantes no ar ambiente. O
método pelo qual eliminam ou diminuem o risco respiratório baseia-se
fundamentalmente na utilização de uma peça facial que isola o
usuário do ar contaminado e de um sistema de purificação ou de
suprimento de ar respirável.
O sistema de purificação consiste basicamente de um elemento
filtrante que retém o contaminante e permite a passagem do ar
purificado. Já o sistema de suprimento de ar, fornece ar respirável ou
oxigênio a partir de uma fonte independente da atmosfera
contaminada.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

Outros EPIs
Proteção Respiratória

Tipos de Equipamentos de Proteção Respiratória


Dependentes:
São máscaras faciais ou semi faciais que atuam com elementos filtrantes,
removendo do ambiente contaminado o ar necessário para respiração.
Esses equipamentos possuem algumas restrições quanto ao uso, dentre as quais
pode-se destacar:
não se aplicam a ambientes com menos de 18 % de oxigênio;
possuem baixa durabilidade em atmosferas saturadas de umidade;
não devem nunca ser utilizados em condições desconhecidas.
Independentes
Normalmente, são conjuntos autônomos portáteis ou linhas que fornecem o ar
necessário ao usuário, independentemente das condições do ambiente de trabalho
(grau de contaminação). Propiciam o isolamento do trato respiratório do usuário da
atmosfera contaminada.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Outros EPIs
Proteção Respiratória

Tipos de Equipamentos de Proteção Respiratória


Dependentes:
São máscaras faciais ou semi faciais que atuam com elementos filtrantes,
removendo do ambiente contaminado o ar necessário para respiração.
Esses equipamentos possuem algumas restrições quanto ao uso, dentre as quais
pode-se destacar:
não se aplicam a ambientes com menos de 18 % de oxigênio;
possuem baixa durabilidade em atmosferas saturadas de umidade;
não devem nunca ser utilizados em condições desconhecidas.
Independentes
Normalmente, são conjuntos autônomos portáteis ou linhas que fornecem o ar
necessário ao usuário, independentemente das condições do ambiente de trabalho
(grau de contaminação). Propiciam o isolamento do trato respiratório do usuário da
atmosfera contaminada.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
Outros EPIs Proteção Respiratória

Fonte: MSA do Brasil – Equipamentos e Instrumentos De


Segurança Ltda.
Fonte: Drager Industria e Comércio Equipamentos de adução ou provisão de ar:
Ltda. Equipamento a ar aspirado por depressão respiratória:
Equipamentos a ar insuflado ou de
linha de ar:
Plano de Ação de Emergência - PAE
Outros EPIs Proteção Respiratória
Plano de Ação de Emergência - PAE
Outros EPIs Proteção Respiratória
Plano de Ação de Emergência - PAE
3 – Confinar (isolar) a área da emergência
Zona da Emergência
São áreas delimitadas a partir de um ponto
qualquer de vazamento, considerando-se as
distâncias, danos pessoais e materiais esperados,
provocados pela ocorrência de uma radiação
térmica ou uma sobrepressão

ZONA FRIA

É a área que, apesar de estar contida na região


envolvida pela situação emergencial, não sofre
as conseqüências da emergência, tais como
radiação e ondas de pressão.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Zona da Emergência
ZONA MORNA

É a área para equipamentos e pessoal que dará suporte


à zona quente. Deve permitir a comunicação e se
possível a observação da zona quente..

ZONA QUENTE

É a área ao redor do ponto onde ocorre a emergência, na


qual é permitida
a entrada de pessoas que irão executar algo relacionado
a mitigação
ou solução do evento
Plano de Ação de Emergência - PAE
4 -Contenção da emergência
EQUIPAMENTOS DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA QUÍMICA
Os equipamentos de controle de emergência devem ser preparados para os riscos
calculados e deixados em locais estratégicos devendo ser de conhecimento das equipes
de brigadas de emergência podendo ser localizados nos locais mais próximos, dos
pontos de armazenagens de produtos químicos.
Plano de Ação de Emergência - PAE

5 -Descontaminação
Os Técnicos envolvidos no atendimento a acidentes
com produtos químicos podem se contaminar de
diversas maneiras:
•Através de contato com vapores, gases, névoas ou
material particulado;

•Por respingos do produto;

•Através de contato direto com o produto;

•Através de contato com solo contaminado, e;

•Quando da manipulação de instrumentos ou


equipamentos contaminados
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

5 -Descontaminação

O procedimento de descontaminação mais comum é aquele


utilizado para produtos com baixa toxicidade, sendo que este
poderá ser realizado quando do retorno dos trabalhos de
campo. Para os demais produtos, a descontaminação deverá
ser iniciada ainda no local da ocorrência, podendo ou não ser
dada a continuidade quando do retorno do atendimento.
Vale ressaltar que no processo de descontaminação o mais
importante é a minuciosidade e não a velocidade.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE

5 -Descontaminação

Roupas de proteção e proteção respiratória ajudam a prevenir


a contaminação do usuário. Boas práticas de trabalho ajudam
a reduzir a contaminação de roupas, instrumentos e
equipamentos. No entanto, mesmo seguindo estas regras, a
contaminação poderá ocorrer.
Descontaminação é um processo que consiste na remoção
física dos contaminantes ou na alteração de sua natureza
química para substâncias inócuas.
Basicamente, existem três procedimentos distintos de
descontaminação que podem ser realizados: para produtos de
baixa toxicidade; para produtos de média toxicidade e para
produtos de alta toxicidade.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação
PROCEDIMENTOS DE DESCONTAMINAÇÃO
Procedimentos para Descontaminação de Produtos
com Baixa Toxicidade:
1 – Lavar toda a roupa com uma solução fraca (1 a 2%) de
fosfato trissódico e enxaguar com água.
2 – Lavar os cilindros, as máscaras e os acessórios dos
equipamentos de proteção respiratória com uma solução fraca
(1 a 2%) de fosfato trissódico, tendo-se o cuidado de enxaguar,
sem esfregar, ao redor das válvulas e voltar a enxaguar todas
as partes do equipamento com água limpa.
3 - Lavar as mãos e o rosto com água e sabão.
Se a descontaminação não puder ser realizada em campo, as
roupas e os equipamentos deverão ser transportados em
sacos plásticos, para posterior descontaminação em local
apropriado. As seguintes substâncias químicas são exemplos
de produtos para as quais é normalmente adequado este procedimento.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação

Acetato de butila Cloreto de vinila


Acetofenona Clorofórmio
Acetona Dissulfeto de carbono
Álcool etílico Etilmeilcetona

Álcool metílico Formaldeído


Amônia Gasolina
Benzeno Metiletiléter
Butadieno Óleo Diesel
Ciclohexano Óleo Lubrificante
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação
Procedimentos para Descontaminação de Produtos com Média
Toxicidade:
1 – Lavar toda a roupa de proteção e equipamentos de respiração com
água.
2 – Após lavagem, remover roupas e equipamentos e coloca-los em sacos
plásticos para transporte.
3 – Não fumar, comer, beber nem tocar o rosto.
Em local próprio:
4 – Lavar e esfregar todos os equipamentos protetores, como luvas, botas
e roupas, além dos equipamentos de respiração, e enxágua-los com água.
5 – Mesmo as roupas utilizadas sob as roupas de proteção deverão ser
removidas e lavadas.
6 – Banhar-se esfregando todo o corpo com água e sabão, com especial
cuidado nas áreas a redor da boca, fossas nasais e debaixo das unhas.
7 – Não fumar, beber, comer, tocar o rosto, nem urinar antes do término
das atividades previstas no item anterior.
As seguintes substâncias químicas são exemplos de produtos para as
quais é normalmente adequado este procedimento.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação

Acetaldeído Ácido clorídrico


Ácido perclórico Acrilato de etila
Acroleína Brometo de metila
Anilina Ciclohexanona
Bromo Cloreto de etila
Ciclohexanol Cloro
Ciclopentano Cumeno
Cloreto de metila Hidróxido de sódio
Dicloretode etileno Isopropilamina
Etilenoimina Metilparation
Fluoreto de hidrogênio Óxido de etileno
Hidrossulfito de sódio Pentaclorofenol
Õleum Peróxido de hidrogênio
Sulfeto de dimetila Praguicidas
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação
Procedimentos para Descontaminação de Produtos com Alta Toxicidade:
No local da ocorrência:
NOTA – A equipe de descontaminação deverá utilizar roupas de proteção química e
equipamentos de proteção respiratória.
1 – Lavar toda a roupa de proteção e equipamentos de respiração com água.
2 – Após lavagem, remover roupas e equipamentos e coloca-los em sacos plásticos para
transporte.
3 – Não fumar, comer, beber nem tocar o rosto.
Em local próprio:
4 – Lavar e esfregar todos os equipamentos protetores, como luvas, botas e roupas, além dos
equipamentos de respiração, e enxágua-los com água. Sempre considerando o risco presente de
restos do produto envolvido na emergência.
5 – Mesmo as roupas utilizadas sob as roupas de proteção deverão ser removidas e lavadas.
6 – Banhar-se esfregando todo o corpo com água e sabão, com especial cuidado nas áreas a
redor da boca, fossas nasais e debaixo das unhas.
7 – Não fumar, beber, comer, tocar o rosto, nem urinar antes do término das atividades previstas
no item anterior.
Devido a elevada toxicidade dos produtos desta classe, é conveniente informar o médico da
empresa sobre o atendimento realizado, para que sejam realizados testes sobre eventuais
contaminações, quando o médico achar importante.
As seguintes substâncias químicas são exemplos de produtos para as quais é normalmente
adequado este procedimento;
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação

Acrilonitrila Adiponitrila
Aldrin Alilamina
Arsina Cianeto de hidrogênio
Cianogênio Cloropicrina
Dibrometo de etileno 2,4 – tolueno diisocianato
Dioxina Fósforometil
Fosgênio Hidrazina
Pentassulfeto de antimônio Tetraóxido de nitrogênio
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação

DESCONTAMINAÇÃO DE CAMPO
Planejamento Inicial

O plano de descontaminação inicial assume que todas as pessoas


e equipamentos que deixaram o local do acidente encontram-se
extremamente contaminados. O sistema é então estabelecido para
a descontaminação através de lavagem e limpeza, pelo menos uma
vez, de todas as roupas de proteção utilizadas.

Para tal é estabelecido um corredor de redução de contaminação


(CRC), cuja extensão dependerá do número de estações
necessárias para a completa descontaminação (o que irá variar de
acordo com o tipo de roupa de proteção que estará sendo utilizada)
e do espaço disponível do local.
PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA - PAE
5 -Descontaminação

DESCONTAMINAÇÃO DE CAMPO
Planejamento Inicial

O trabalho inicia-se na primeira estação com o item mais contaminado


(geralmente botas e luvas) e avança para a última estação com o item
menos contaminado. Desta forma, a contaminação diminui à medida que a
pessoa se move de uma estação a outra mais à frente. Cada procedimento
requer uma estação própria.

Dentro do corredor, áreas distintas são demarcadas com placas para


descontaminação dos técnicos, equipamentos portáteis, roupas removidas,
etc..., de modo a orientar a equipe a ser descontaminada. O espaçamento
entre as estações de descontaminação deve ser de, no mínimo, um metro.
Todas as atividades dentro do corredor são limitadas aos trabalhos de
descontaminação.
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação

Proteção para a Equipe de Descontaminação


A equipe de descontaminação também deverá estar
utilizando roupas de proteção e proteção respiratória, de
modo a evitar a sua contaminação. Normalmente, a equipe
de descontaminação utiliza o mesmo nível de proteção ou
um abaixo daquele utilizado pela equipe a ser utilizada.
Equipamentos
Equipamentos, materiais e acessórios para a descontaminação
são geralmente selecionados de acordo com a disponibilidade.
Outras considerações, como fácil manuseio, também devem ser
observadas. Por exemplo, escovas longas de mão ou escovas de
cerdas macias são utilizadas para remover os contaminantes.
Água em baldes ou regadores de jardim podem ser utilizados para
enxaguar. Piscinas infantis podem ser utilizadas para receber a
água de lavagem. Sacos de lixo grandes podem receber roupas e
equipamentos contaminados.
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação

Solução de Descontaminação
Equipamentos de proteção individual, ferramentas e
outros equipamentos são normalmente
descontaminados, limpando-os com água e detergente
(de preferência que contenham elementos de caráter
germicida), usando escovas de cerdas macias, seguindo
de lavagem com água. Uma vez que este processo pode
não ser completamente eficiente na remoção de alguns
contaminantes (ou em alguns casos o contaminante pode
reagir com a água), torna-se uma boa opção utilizar uma
solução química como descontaminante. Isso requer que
o contaminante seja identificado. A solução de
descontaminação apropriada deve obrigatoriamente ser
escolhida com ajuda de um químico.
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação

Descontaminação em Campo
Estação 01: separar equipamentos utilizados, lavagem e enxágüe de luvas externas e
botas. Depositar os equipamentos utilizados em campo (ferramentas, material de
coleta, instrumentos de medição, rádios, etc...)em sacos plásticos. Esfregar botas e
luvas externas com a solução de descontaminação ou detergente e água.
Equipamentos: recipientes de vários tamanhos, sacos plásticos, solução de
descontaminação ou detergente e água, 2 0u 3 escovas de cerdas macias e água.

Estação 02: lavagem e enxágüe de roupas e equipamentos autônomos de


respiração. Lavar completamente a roupa contra respingos químicos e equipamento
autônomo. Esfrega-las com escovas de cerdas macias e utilizar grande volume de
solução de descontaminação ou detergente e água. Embrulhar o conjunto de válvulas
do equipamento autônomo com plástico para evitar o contato com a água. Lave o
cilindro com esponjas ou pano. Enxaguar com água.
Equipamentos: recipientes de 110 a 180 litros de capacidade volumétrica, solução de
descontaminação ou detergentes e água, escovas longas de mão ou escovas de
cerdas macias, baldes, esponjas ou pano.
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação

Estação 03: remoção do equipamento autônomo (sem


remoção do respirador facial) e remoção das botas.
Permanecer com respirador facial, remover o resto do
equipamento e coloca-lo em recipiente adequado. Remover
as botas e deposita-las em sacos plásticos.
Equipamentos: recipientes com capacidade volumétrica de
110 a 180 litros, sacos plásticos ou bacias e banco.

Estação 04: remoção da roupa contra respingos químicos


com auxílio de um ajudante. Coloca-la em sacos plásticos.
Remover as luvas externas e depositá-las em sacos
plásticos.
Equipamentos: recipiente com capacidade volumétricas de
110 a 180 litros, sacos plásticos e banco.
Plano de Ação de Emergência - PAE
5 -Descontaminação
Estação 05: lavagem e enxágüe das luvas internas. Lavar com a solução de
descontaminação ou detergente e água. Repetir tantas vezes quantas forem necessárias.
Enxaguar com água.
Equipamentos: bacia com água, balde, mesa pequena, solução de descontaminação ou
detergente e água.

Estação 06: remoção do respirador facial e remoção da roupa interna. Remover o


respirador facial e coloca-lo num saco plástico. Evitar contato da mão com o rosto.
Remover a roupa interna e coloca-la num saco plástico. Esta roupa deve ser removida o
quanto antes, uma vez que há a possibilidade de uma pequena quantidade do produto
tenha contaminado as roupas internas durante a remoção da roupa contra respingos
químicos.
Equipamentos: recipientes com capacidade volumétrica de 110 a 180 litros, e sacos
plásticos.

Estação 07: lavagem em campo e vestimenta. Tomar banho se os contaminantes


envolvidos forem altamente tóxicos, corrosivos ou capazes de serem absorvidos pela
pele. Não sendo possível o banho, lave as mãos e o rosto. Vestir roupas limpas.
Equipamentos: água e sabão, pequena mesa, balde ou bacia, chuveiro, toalhas, mesa,
cadeira e roupas.
Plano de Ação de Emergência - PAE

Trabalhei 10
anos
e tive somente
um
acidente.

Você também pode gostar