SOCIEDADE, CULTURA E

RELAÇÕES NO TRABALHO
Profa. Dra. kariny Cristina de Souza
Trabalho e relações sociais na
sociedade contemporânea
 Essa expressão tem por finalidade
dar contemporaneidade a todos os
seres sociais que efetivamente
formam a classe trabalhadora de uma
determinada sociedade.
“A CLASSE QUE VIVE DO
TRABALHO”
(ANTUNES, 2000) A classe trabalhadora engloba a
totalidade dos indivíduos
que vendem a sua força de
trabalho.
Segundo Antunes (2000),
essa força não se restringe ao trabalho
manual direto, mas engloba também
outras formas de trabalho produtivo que
tenham como finalidade a reprodução
da mais-valia, não sendo, necessariamente,
relacionadas com o conceito de
trabalho manual na sua forma tradicional.
A mais valia representa a disparidade entre o salário
pago e o valor produzido pelo trabalho. Dessa
maneira, ela pode ser entendida como o trabalho não
pago, ou seja, são horas que o trabalhador cumpre/valor
que ele gera pelos quais ele não é remunerado.
 Conforme Antunes (2000), não fazem
parte da classe trabalhadora os
Considerando a ideia de classe trabalhadora na gestores do capital (funcionários
contemporaneidade, faz-se ocupantes de altos cargos, detentores
necessário incluir todos os indivíduos que do papel
vendem a sua força de trabalho em de controle e com elevada
troca de um determinado salário, desde o remuneração), os que vivem da
tradicional proletariado industrial, especulação e dos
passando pelos prestadores de serviço, até o juros e, também, os pequenos
proletariado rural. Todos vendem empresários, a pequena burguesia
a sua força de trabalho para o capital. urbana e rural.
 Relações sociais no trabalho e as suas
consequências na vida do trabalhador

INFORMATIZAÇÃO

NOVA ESTRUTURAÇÃO
DO TRABALHO PRIVATIZAÇÃO

TERCEIRIZAÇÃO
As pessoas acima de
40 anos, quando
excluídos do mercado Em muitos casos,
formal, dificilmente esses trabalhadores
obtêm o reingresso de
neste; como forma de mais idade são Porém, essa cultura
subsistência, oriundos de uma já foi em grande parte
ingressam no cultura fordista de ultrapassada ou é
mercado informal [...] trabalho, que tem insuficiente
por característica a para suprir as
especialização do demandas do
trabalhador em mercado, que busca
determinada função. um trabalhador
multifuncional[...]
 As relações estabelecidas no modelo capitalista

O terceiro setor é aquele formado por

organizações privadas não
Expansão do mercado de governamentais, sem fins lucrativos,
prestadoras de serviços públicos. Trata-se
trabalho no de atividades de caráter voluntário
terceiro setor. desenvolvidas em favor da sociedade, sem
visar o lucro, e independentemente dos
demais setores.
Há de se ressaltar que as atividades que se relacionam com
a economia solidária e o terceiro setor se materializam
como um mecanismo de incorporação desses indivíduos no
mercado de trabalho. Esses indivíduos, no entanto, são
produto de um sistema social de exclusão, isto é, um
sistema que não
possui preocupação pública ou social com a população
carente.

Não se pode atribuir a esses
segmentos a missão de,
expandindo-se, ocasionar
alguma alteração substancial no
sistema global.
Acabam por ser instrumentos
trabalhando em favor
da ordem social vigente,
evitando quaisquer formas de
transformação social
O terceiro setor pode, até certo
ponto, ser considerado como um
mecanismo minimizador das
consequências
ocasionadas pelo crescente
desemprego estrutural da sociedade
contemporânea.
Esses segmentos da economia
solidária acabam por
atuar como mecanismos
palatáveis, parciais e, de certa
forma, assimiláveis
pelo capital.
 Transnacionalização do capital

Como o capital é uma relação social de produção, temos de imediato que o

processo de transnacionalização significa que o capital se produz, se
reproduz e circula através - e independentemente - das fronteiras
nacionais.

Dessa forma, a luta de classes se dá em um cenário cada vez mais internacionalizado

Se uma determinada indústria que possui fábricas em diversos
países, todas interligados em uma cadeia de produção de um certo produto,
interrompe a produção em uma de suas unidades por motivo de greve ou outro,
as demais fábricas têm seus processos de produção imediatamente afetados.
 Assim como as empresas se utilizam de
mecanismos globalizados para ampliarem a
reprodução do capital, os trabalhadores também
devem configurar
sua organização de forma internacionalizada.
Até a próxima!