A estratégia da alimentação escolar indígena e tradicional no
Amazonas foi desenvolvida pela CATRAPOA (Comissão de Alimentos Tradicionais dos Povos no Amazonas).
Com o objetivo inicial de viabilizar o cumprimento da compra
de, no mínimo, 30% de produtos alimentícios da agricultura familiar e o direito dos povos indígenas e comunidades tradicionais à alimentação escolar adequada. CAPÍTULO 1 - Contexto e Marco Legal
De acordo com a Lei no 11.947, de 16 de junho de 2009, que
Contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos
e para a melhoria do rendimento escolar. A Lei determina que do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no mínimo 30 (trinta por cento) deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações.
O não cumprimento desta legislação, somado a inquéritos
civis públicos relatando a ausência ou insuficiência de alimentação escolar nas escolas indígenas e a não adequação destes à cultura local, deram subsídios para a discussão e criação de mecanismos para a busca de soluções destes problemas. Dificuldades para a compra direta de produtos alimentícios indígenas para as suas aldeias: I. Legislação nacional que regula os aspectos sanitários não compreende, geralmente, as formas tradicionais de produção e consumo;
II. 2. A dificuldade de emissão da declaração de aptidão ao Pronaf (DAP), cartão do
produtor rural (programa do Amazonas que isenta a cobrança de ICMS na emissão de notas fiscais de venda de produtos e traz outros benefícios) para povos indígenas e tradicionais;
III. 3. O desconhecimento e, por vezes, a omissão dos gestores públicos sobre o
cumprimento da obrigatoriedade de aquisição de no mínimo 30% de produtos da agricultura familiar;
IV. 4. A falta de conhecimento e necessidade de formação de agricultores indígenas e
outros povos tradicionais sobre as políticas de compras públicas, os requisitos para acessá-las e a possibilidade de reivindicação do cumprimento da legislação. CAPÍTULO 2- O Desenvolvimento da Boa Prática
• Oficinas para capacitar e elaboração das Chamadas Públicas;
• Possibilitar a expedição de documentações aos indígenas que
dessem acesso às compras públicas no âmbito da agricultura familiar (em especial a DAP – Declaração de Aptidão ao Pronaf). Força Tarefa Amazônia (FT Amazônia)
FT Amazônia foi criada por Portaria da PGR em 2018;
Objetivo: Combater especialmente a criminalidade socioambiental na
Amazônia (em especial garimpo e mineração ilegal, desmatamento, grilagem e violência agrária). A Aplicação da Boa Prática A aplicação da boa prática exigiu uma articulação das principais organizações na Comissão. Segue a descrição das atribuições de cada uma. Todos os atores institucionais também realizam um papel relevante de divulgar a Catrapoa.