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Agricultura familiar

De acordo com a Lei Federal 11.326/06, é considerado ‘agricultor familiar’ e


‘empreendedor familiar rural’ aquele que:

 Pratica atividades no meio rural.


 Possui área menor que 4 módulos fiscais.
 Usa mão de obra da própria família.
 Tem a renda familiar vinculada ao próprio estabelecimento.
 A própria família administra o estabelecimento ou empreendimento.

Ainda são considerados agricultores familiares:


 Silvicultores – profissionais que cuidam do desenvolvimento florestal.
 Aquicultores – profissionais que criam animais ou plantas aquáticas.
 Extrativistas – profissionais que extraem ou retiram recursos naturais em sua
forma original.
 Pescadores – profissionais que pescam.

Para ser fornecedor da alimentação escolar é necessário possuir a Declaração de


Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP). A
regra vale tanto para pessoa física como jurídica, conforme a Lei Federal 11.326/06. O
fornecedor também deve estar enquadrado no Programa Nacional de Fortalecimento
da Agricultura Familiar (Pronaf), e organizado em grupos formais ou informais.

A conexão entre a agricultura familiar e a alimentação escolar fundamenta-se nas


diretrizes estabelecidas pela Lei Federal 11.947/09 e pela Resolução 38/09, que
dispõem sobre o atendimento da alimentação escolar.

Essa parceria da alimentação escolar com a agricultura familiar tem promovido


importantes transformações dentro das escolas. Ela permite que alimentos saudáveis
e com vínculos regionais, possam ser consumidos diariamente pelos alunos da rede
pública de todo o Brasil. Além disso, estimula a economia e o desenvolvimento local.

O artigo 14 da Lei Federal 11.947/09 determina que:


“Do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no
âmbito do Pnae, no mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser
utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da
agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas
organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma
agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades
quilombolas.”

Critérios para contratação da agricultura familiar

Para adquirir produtos da agricultura familiar, é preciso garantir igualdade de


condições aos interessados. A legislação permite que as compras sejam simplificadas
por meio de uma chamada pública.

Considera-se chamada pública o procedimento administrativo para selecionar a


melhor proposta de oferta de gêneros alimentícios da agricultura familiar ou de
empreendedores familiares rurais ou de suas organizações. A aquisição por chamada
pública deve seguir as normas estabelecidas pelo Pnae. O regulamento está disponível
nos arquivos para download desta aula.

Em 2 de abril de 2015, a Resolução nº 4 do FNDE considerou o fortalecimento


da agricultura familiar e sua contribuição para o desenvolvimento social e econômico
local. Por isso, alterou a redação dos artigos 25 a 32 da Resolução 26/13. Dessa
maneira, modificou a forma de aplicação dos critérios para seleção e classificação dos
projetos de venda como:
I. Grupos formais e informais de assentados da reforma agrária.
II. Comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.
III. Critérios para desempate.

Além disso, a Resolução de 2015 definiu que as prefeituras ou secretarias de


educação devem publicar os editais de chamada pública para aquisição de gêneros
alimentícios. E divulgar as informações do edital para as organizações locais da
agricultura familiar e para as entidades de assistência técnica e extensão rural do
município.

Esta divulgação pode ser feita pelo site da prefeitura, por meio de algum jornal de
circulação regional, estadual ou nacional ou ainda através das rádios locais. Os editais
das chamadas públicas devem permanecer abertos para recebimento das propostas de
venda por um período mínimo de 20 dias.

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