FACULDADE ETNODIVERSIDADE CURSO DE LICENCIATURA EM ETNODESENVOLVIMENTO
JAYRA TATIANA MACHADO DA SILVA JURUNA
ATIVIDADE 2
ALTAMIRA – PA 2022 ATIVIDADE 2
De acordo a leitura e interpretação do artigo:” Direitos dos Povos e das
Comunidades Tradicionais no Brasil” e da minha vivência como indígena posso apontar que as nossas principais lutas por direitos aqui na aldeia Boa Vista são: a educação escolar indígena e a melhoria de vida na comunidade acerca da saúde do meu povo. Dessa maneira, são partes integrantes de qualquer proposta para qualidade de vida dos povos tradicionais e ocupam um lugar de importância, sendo considerados básicos para a realização plena da cidadania e para compreensão da cultura do povo. Neste aspecto, as principais demandas por direitos dentro da aldeia urgem- se por uma educação escolar indígena trabalhando conforme as especificidades de cada povo, levando em consideração suas práticas culturais, sociais e antropológicas. Para isso, recusava-se (e ainda se recusa veladamente) a inclusão da diferença e da diversidade cultural das sociedades indígenas nos currículos escolares. A partir da Constituição Federal de 1988 é que se garante o direito de ser diferente dos povos indígenas, o que possibilita uma educação escolar diferenciada, específica, intercultural e bilíngue. A escola indígena é uma experiência pedagógica peculiar e, como tal, deve ser tratada pelas agências governamentais que devem promover as adequações institucionais e legais necessárias para garantir uma implementação de uma política de governo que priorize assegurar as sociedades indígenas uma educação diferenciada e também respeitar seu universo sociocultural. Além disso, a saúde indígena é uma demanda importante para que nosso povo tenha um tratamento digno e humano visando a propagação da vida e do autocuidado. A prática em saúde é uma construção histórica marcada pelos conceitos e valores de diversas épocas, e é influenciada pelos sistemas econômicos e políticos de diversos países. No Brasil, a política pública de saúde recente foi ou deve ser regida por um modelo de atenção centrado nessa temática, referencial teórico que representa um importante avanço na formulação de ações de saúde que possam realmente atender às reais necessidades da população, às necessidades dos a população. Cabe inferir que o uso dos marcos jurídicos dos povos e comunidades tradicionais devem ser utilizados quando os direitos fundamentais à assistência jurídica, de forma integral e gratuita não for aplicada a tais povos. Sendo assim, ela pode e deve ser adotada de forma coletiva, sempre que houver necessidade de afirmação, reconhecimento, proteção e defesa de seus direitos étnicos e territoriais. Contudo, sabemos que não é fácil conviver com muitas demandas e que às vezes ficamos de “mãos atadas”, pois a melhoria dos segmentos citados depende da “boa” vontade de nossos governantes. Dessa forma, nossos direitos não podem ficar tolhidos temos que ir à luta! Ademais, é imprescindível para o aprendizado da profissão docente conhecer essas temáticas sobre os direitos dos povos e comunidades tradicionais, a qual contribui também para a construção de uma identidade profissional, por meio da união da teoria debatida no espaço universitário, com as práticas educativas exercidas e observadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL, Constituição Federal do Brasil. Brasília, 1988.
NETO, Joaquim Shirauishi. Direitos dos Povos e das Comunidades Tradicionais
no Brasil. Coleção documentos de bolso nº01/PPSCA-UFAM,2007.