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RESUMO: O presente artigo tem por objetivo geral verificar como a educação está sendo
garantida para os imigrantes e refugiadosna cidade de Belém-PA e tem por objetivos
específicos analisar os documentos que compõem a legislação voltada a educação dos
imigrantes refugiados; analisar o papel Estado no exercício do direito à educação; e
verificar os pontos positivos e negativos dentro dos documentos legislativos educacionais
para os imigrantes. Desta forma, pressupondo que a educação é fonte primordial para o
desenvolvimento da sociedade, questiona-se: como a garantia do direito à educação está
sendo assegurada para os refugiados imigrantes na cidade de Belém-Pa? Assim,
indagam-se: como a estrutura de atendimento ao imigrante é efetivada? Quais legislações e
documentos oficiais asseguram o direto à educação dos refugiados imigrantes? Quais os
pontos positivos e negativos dentro de tais documentos e legislação? Para responder essas
questões, parte-se de uma análise documental das Leis N° 13.684, de 2018, Lei Nº 13.445
de 2017 e a Lei Nº 9. 474 de 1997; os artigos 3º, 4º e 5º da Constituição Federal de 1988; e
as recomendações do Ministério Público Federal do Pará Nº 41 de 2017 e Nº 34 de 2019.
Considerou-se o período de 2 para análise histórica. Conclui-se que, apesar de constar em
seus textos legislativos, o direito à educação ainda é apenas lido, não efetivado. A falta de
políticas públicas especificas, com ações diretas, prejudicam o acesso da população
migrantes e refugiada a um direito que lhe é dado internacionalmente.
1.Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução
superior, está baseada no mérito (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS,
1948).
E por fim, a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), no art. 205, assegura
que:
É notável a evolução que o país teve em relação aos seus textos, desde 1997. As
especificidades quem foram sendo criadas nas leis seguintes, permitiram que os imigrantes
e refugiados tivessem os seus direitos expressos legalmente. Contudo, as duas últimas leis
(dos imigrantes, de 2017, e de assistência emergencial, de 2018) foram criadas a partir das
várias deslocações que a crise em países como a Venezuela trouxeram para o Brasil,
demonstrando assim, que o país não possuía até então, políticas que fossem suficientes
para assegurar de fato todos os direitos que os imigrantes e refugiados têm aqui.
Em Belém, no Estado do Pará, o fluxo migratório de refugiados venezuelanos
aumentou consideravelmente a partir de 2017. Segundo dados expostos no site da
ACNUR, cerca de 450 refugiados venezuelanos vieram para a capital do Pará no ano de
2019. Assim, partindo das leis que dispõem sobre os direitos desses povos, o Ministério
Público Federal do Estado do Pará, fez recomendações ao Comitê de Assistência
Emergencial, em 2019 e 2017. Dentro de tais recomendações, podemos encontrar
disposições sobre a carência de assistências, tanto gerenciais quanto financeiras. Tais
recomendações expressam preocupação pelo atendimento aos povos que aqui chegam, com
um olhar mais cuidadoso sobre como manter as condições mínimas de saúde e
acolhimento. Na recomendação nº 41 de 2017, o Ministério Público pouco revela em seu
texto, partes referentes especificamente à educação. Em uma pequena parte, a
recomendação aos excelentíssimos Chefe da Casa Civil da Governadoria do Estado do
Pará, Secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Secretária de Estado de
Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda pede que:
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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