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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO

PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO
PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO IMEDIATO: TEM INÍCIO
NA VÉSPERA DA CIRURGIA ATÉ O
ENCAMINHAMENTO AO CENTRO-CIRÚRGICO
PERÍODO TRANSOPERATÓRIO: DESDE A ENTRADA
DO PACIENTE NO C.C ATÉ O SEU
ENCAMINHAMENTO PARA A RECUPERAÇÃO
ANESTÉSICA
PERÍODO INTRAOPERATÓRIO: SE INICIA COM
A ANESTECIA ATÉ O DESPERTAR ANESTESICO
PERÍODO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO: DESDE A
ADMISSÃO DO PACIENTE NA SALA DE
RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA ATÉ AS PRIMEIRAS 24
OU 48 HORAS PÓS OPERATÓRIAS
FLUXO OPERACIONAL DO SAEP

AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA
IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS
PLANEJAMENTO DA
ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
Avaliação Pré-Operatória

RISCO CIRÚRGICO:
É toda possibilidade de perigo ou dano que
ocorre com um paciente, candidato à
cirurgia, decorrente de suas condições
físicas, clínicas e psíquicas, de falhas das
equipes de cirurgia e de enfermagem ou
de fatores imprevistos que surjam durante
os períodos pré, intra e pós–operatório.
AVALIAÇÃO PRÉ OPERATÓRIA

FOCO PREVENÇÃO
DE EVENTOS ADVERSOS E
RISCOS RELACIONADOS AO
PACIENTE.
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA
▶ HISTÓRICO DE ENFERMAGEM – ENTREVISTA COM O
PACIENTE
E FAMÍLIA

FONTES DE COLETA DE DADOS

ENTREVISTA

PRONTUÁRIO

TELEFONE

E-MAIL

VISITA PRÉ-OPERATÓRIA
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA

▶ REGISTRO
▶ COMUNICAÇÃO DOS DADOS
FLUXO OPERACIONAL DO SAEP

AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA
IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS
PLANEJAMENTO DA
ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA

IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS

ASPECTOS A SEREM LEVANTADOS NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA

▶ CONHECIMENTO E PERCEPÇÃO DO
PACIENTE
▶ ESTADO EMOCIONAL
▶ ESTADO NUTRICIONAL E HIDRATAÇÃO
▶ RESULTADOS DE EXAMES RECENTES
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA

IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS

ASPECTOS A SEREM LEVANTADOS NA VISITA PRÉ-OPERATÓRIA

▶ USO DE PROTÉSES,ORTESES, DRENOS,


SONDAS E INFUSÕES
▶ HÁBITOS E USO DE DROGAS: FUMO,
DROGAS ANTI HIPERTENSIVAS,
HIPOGLICEMIANTES
▶ AVALIAR NECESSIDADE DE USO DE
TRANSFUSÃO E VAGA (garantida, se for o
caso) em UTI
AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA

IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS

ASPECTOS A SEREM LEVANTADOS NA VISITA PRÉ-


OPERATÓRIA

▶ ALERGIAS
▶ IDADE
▶ PATOLOGIAS PRÉ-EXISTENTES
▶ LIMITAÇÃO FISICA
▶ AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS
ATENÇÃO – EXAME FÍSICO

1. Fatores Sistêmicos: hipovolemia, desidrataçã o,


desequilíbrio hidroeletrolítico, dé ficit nutricional,
idade extrema, peso e infecçõ es;
2. .Doenças pulmonares: bronquite, enfisemas,
asmas, pneumonias, gripes;
3. Doenças renais: nefrites e insuficiê ncia renal
aguda e crô nica;

4. Doenças cardiovasculares: insuficiê ncia


cardíaca congestiva, arritmias, hipertensã o;

5. Doenças endócrinas e hepáticas:


diabetes,
tireoidianas;
Sistema Sistema
Sistema renal Avaliação
neurológico músculo-
psicossocial
esquelético

Rim: excreção das A avaliação do nível


drogas anestésicas de consciência,
orientação e
e seus metabólitos. respostas à Ansiedade e medo causados
comandos são uma pela iminência da cirurgia
Cirurgia está contra
importante parte do podem interferir na quantidade
indicada na ensino pré- Deformidades do de anestésicos necessários
sistema músculo A cirurgia é estressante para o
presença de operatório e esquelético, tais paciente porque envolve o
proporciona como osteoporose sentimento de medo da morte,
problemas renais parâmetros para o invalidez e mutilações.
podem causar
agudos, a menos O paciente mal informado que
cuidado no pós- interferência nas não aceitou a realização da
que a cirurgia seja operatório. posições nos cirurgia, torna-se agressivo e
Se existe déficit períodos intra dificulta os cuidados cirúrgicos
uma medida para nesse sistema, o operatório e pós- interferindo no ensino do
paciente no pré operatório e
salvar a vida, ou tipo de cuidado é operatório. na sua cooperação e
recuperação no pós-operatório
seja, para melhorar afetado, cuidados
especiais são
a função urinária. necessários durante
a experiência
perioperatória.
Procedimentos pré-operatórios

▶ Jejum (conforme rotina institucional)


▶ Retirada de próteses dentárias e lentes de contato
▶ Retirada de adornos e esmaltes
▶ Higiene corporal (cabelo seco) com antisséptico (clorexidina)e oral prévia
- Avaliação dentária
▶ Esvaziamento vesical e instestinal
▶ Tricotomia (conforme rotina institucional ou de equipe)
▶ Sinais Vitais
▶ Marcação cirúrgica
▶ Medicação pré-anestésica
SOBRE JEJUM
O jejum noturno pré-operatório foi instituído quando as técnicas
anestésicas ainda eram bastante rudimentares, sendo utilizado, à época,
o clorofórmio e tendo como principal objetivo evitar complicações
respiratórias decorrentes de vômitos e aspiração de conteúdo gástrico.

A recomendação do jejum foi baseada em sintomas descritos na


“Síndrome de Mendelson” - em homenagem ao médico obstetra
americano, que no ano de 1946 revisou casos de óbitos em gestantes,
relacionados à aspiração de conteúdo gástrico sólido em operações com
indução anestésica geral.

A partir desse estudo, foi postulado o retardo do esvaziamento gástrico


durante o trabalho de parto e gerada a recomendação “nada pela boca”
antes da indução anestésica, com o estabelecimento do jejum pré-
operatório noturno.

Com o advento da medicina baseada em evidências, surge a


necessidade de fundamentar as condutas clínicas provenientes de antigos
paradigmas ou concebidas de maneira empírica, direcionando, dessa
forma, a realização de estudos clínicos que fundamentem
cientificamente novas estratégias terapêuticas.
SOBRE PROTÉSES E ORTESES
Uma órtese conforme definição é um apoio ou
dispositivo externo aplicado ao corpo para
modificar os aspectos funcionais ou estruturais para
obtenção de alguma vantagem mecânica ou
ortopédica.
A órtese refere-se aos aparelhos ou
dispositivos ortopédicos de uso provisório ou não,
destinados a alinhar, prevenir ou corrigir
deformidades ou melhorar a função das partes
móveis do corpo.
Exemplo: O aparelho dentário ortodôntico é uma
órtese, pois corrige a deformidade da arcada
dentária, já a dentadura ou um implante dentário
é uma prótese pois substitui o órgão ou sua função
(substitui os dentes).
São exemplos de órteses: palmilha ortopedica,
óculos, joelheira, coletes, entre outros.
**A PROTESE se diferencia de uma ORTÉSE pelo
fato de substituir o órgão ou membro incapacitado.
Instrumento de
classificação do estado
físico do paciente.
A classificação de estado físico da
American Society of Anesthesiologists
(ASA PS), introduzida na prática clínica
em 1941, obteve ampla aceitação,
sendo hoje empregada em todo o
mundo na caracterização dos
pacientes submetidos à anestesia e/ou
cirurgia (Saklad, 1941).
A classificação ASA PS relaciona
critérios objetivos (ausência ou
presença de moléstias associadas ao
problema cirúrgico em pauta) com a
subjetividade inerente à impressão
que tem o médico classificador do
impacto da doença sobre a
homeostasia e expectativa de
desfecho.
ASA (American Society of
Anesthesiologists)
ASA 1 Saudável nenhum distúrbio orgânico, fisiológico, bioquímico ou
psiquiátrico
ASA 2 Doença sistêmica distúrbio orgânico leve e moderado, que pode ou não
leve estar relacionado com o motivo da cirurgia

ASA 3 Doença sistêmica distúrbio sistêmico severo, que pode ou não estar
grave relacionado com o motivo da cirurgia

ASA 4 Doença sistêmica Distúrbio sistêmico grave, que incorre em risco de


grave ou vida com ou sem cirurgia
ameaça à vida

ASA 5 Moribundo/ difícil Paciente moribundo, com pouca chance de


sobrevivência em sobrevida, mas que é submetido a cirurgia como
24h com ou sem último recurso (esforço ressuscitativo)
operação

ASA 6 –
MORTE CEREBRAL DOADOR DE
SISTEMAS AVALIADOS NO
PERÍODO PRÉ OPERATÓRIO
SISTEM TEST POSSIVEIS
A E ACHADOS
Cardiovascula ECG Arritmias, Isquemia, IAM Discrasias
r sanguíneas, anemias,infecção, Ins.
Hemogram
Cardíaca
a Eletrólitos Balanço hidro eletrolítico
Tempo de Desordens de
protrombina coagulação Doenças
Tipo e hepáticas
RH RX Determina compatibilidade para
Respiratóri RX Transfusão tamanho do coração, Ins.
o
Teste função Cardiaca
pulmonar Gasometria
Pneumonia, DPOC, tumor, anormalidade
Rena Urina rotina estrutural
l
Uréia/ Pneumonia, DPOC Doenças obstrutivas,
creatinina Balanço Acido-basico
Endócrin
FLUXO OPERACIONAL DO SAEP

AVALIAÇÃO
PRÉ-OPERATÓRIA
IDENTIFICAÇÃO DE
PROBLEMAS

PLANEJAMENTO DA
ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

▶ É O CONJUNTO DE CONDUTAS
DECIDIDAS PELA ENFERMEIRA(O) QUE
DIRECIONA E COORDENA A
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE DE FORMA
INDIVIDUALIZADA E CONTÍNUA

▶A PRESCRIÇÃO DE
ENFERMAGEM É
COMPLEMENTADA QUANDO
HOUVER
ALTERAÇÃO NAS CONDIÇÕES
DO
PACIENTE, PRECEDIDA POR
UMA
EVOLUÇÃO (*) PERTINENTE À
PRESCRIÇÃO DE ENFERMAGEM

▶ REALIZADA A PARTIR DA ANÁLISE DE DADOS


OBJETIVOS
▶ POR PRIORIDADE OU ITENS
▶ ESPECÍFICA PARA CADA PACIENTE
▶ VALIDAR A PRESCRIÇÃO COM O PACIENTE E FAMÍLIA
Orientações pré-operatórias

▶ Desconfortos esperados (posicionamento, drenos e etc)


▶ Orientar sobre procedimento anestésico e cirúrgico
▶ Outras orientações pertinentes ao tipo de procedimento
(deambulação precoce, ensino do uso de dispositivos e
etc)
▶ Estimular o auto-cuidado
Importante

▶ CHECAR:
▶ verificar se todos os termos estão assinados e
no
prontuário
▶ Termo de consentimento

▶ ANOTAR
▶ Registrar de maneira completa todas as
observações pertinentes
Muitas intercorrências (diria a maioria)
podem ser evitadas quando a equipe de
cirurgia, o anestesista e a equipe de
enfermagem estão conscientes de suas
atribuições e dos riscos a que o paciente
está exposto e assumem com
responsabilidade o que lhes competem.
Referências Bibliográficas

SOBECC. Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e


processamento de produtos para a saúde. São Paulo: ANDREOLI,
2021.
MEEKER,M.H.; ROTHEOCK,J.C. Alexander: cuidados de
enfermagem ao paciente cirúrgico. 16ª.ed. Rio de Janeiro,
Guanabara Koogan, 2021.
PHIPPS,W.J.;SANDS,J.K.;MAREK,J.F. Medical Surgical
Nursing,
Concepts & Clinical Pratice. Mosby, St Louis. 6o ed., 1999.
MUITO OBRIGADO!

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