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FACULDADE DE DIREITO
LUANDA-2023
I. INTRODUÇÃO
1. Introdução do Tema
O presente trabalho tem como objecto de estudo os factores que estão na base da fuga
a paternidade, sendo a família o núcleo fundamental da sociedade, tem um papel
imprescindível para garantir o desenvolvimento físico, emocional e social da criança,
sem a observância de violência como a fuga a paternidade.
Factores que estão na base da fuga a paternidade, no município de Talatona, distrito urbano do
Benfica.
O fundamento que nos leva a escolha do tema deve-se a importância jurídico-social que o
mesmo possui no nosso país, uma vez que a fuga a paternidade é um fenómeno que enferma a
sociedade e algumas famílias e deve ser combatida para impedir que as vítimas de hoje não se
tornem, amanhã, agressores, transgressores e promotores, conscientes ou inconscientes, de um
mal que a todos nós enferma. Todavia,a falta de conhecimento jurídico que ainda se verifica
por grande parte da nossa sociedade, o que muitas vezes impossibilita o pacato cidadão de
perceber os mecanismos que pode utilizar para fazer valer o seu direito.
1.1.3. Formulação do Problema
Caracterizar os factores que estão na base de uma fuga a paternidade em Angola, de modo
especifico, no município de Talatona.
2.1.1. Filiação
Filiação, segundo Medina(2013, p. 99), pode ser entendida como “a relação jurídica que se
estabelece entre cada pessoa e os seus progenitores. Como os demais direitos familiares, é
de natureza intercorrente e recíproca e estabelece-se entre alguém e aquele homem e aquela
mulher que o concelebram”.
2.1.2. Paternidade
Juridicamente, a palavra paternidade designa a relação de parentesco que vincula o
progenitor
a seus filhos, nos termos do artigo 139.º e seguintes do Código da Família.
Deve-se entender por pai, aquela figura masculina que em seu constante intermédio com a
criança (num espaço de tempo determinado) escolhe construir junto do filho laços
afectivos, sendo assim, escolhidos e reconhecidos pelo menor como pai.
2.1.3. Maternidade
Pode-se afirmar que a maternidade é um dos principais papéis que a sociedade requer da
mulher. Diante dessa premissa a mulher já carrega em si a responsabilidade e obrigação de
procriar. A Maternidade é alvo de investigações, ensaios e dissertações realizadas pelas
diferentes áreas que se interessam pelo estudo do Homem; Antropologia, História, Sociologia,
Psicanálise e Psicologia são alguns exemplos. Nenhuma delas fornece um quadro completo de
respostas.
Numa percentagem de 20% da amostra processada em entrevista, com faixa etária dos 31
aos 50 anos, dentre elas solteiro, casados, viúvo, atestam como uma das principais causas
da fuga a paternidade é a criança acusada de feitiçaria. Algumas crianças acusadas são
crianças órfãs de pais, sendo acolhidas por parentes como tios ou avós, ou vivem com
padrastos ou
madrastas que muito frequentemente são os responsáveis pelas acusações. Em função aos
dados recolhidos sobre as crianças acusadas de feitiçaria, podemos traçar o seguinte perfil
de “bode expiratórios” mais vulneráveis a essa prática: crianças irrequietas, órfãs, rebeldes
e
teimosos. Podem ser epilépticas ou terem defeitos físicos, serem sonâmbulas, terem
pesadelos ou urinarem na cama.
VI. CONCLUSÕES
Chegou-se a conclusão que a fuga a paternidade é uma realidade em Angola, sendo ela a
recusa de um pai assumir a sua responsabilidade paternal, de alimentar, vestir, educar, dar
amor, e reconhecê-lo juridicamente como filho. A fuga a paternidade continua a ser um
problema que se vive em muitos lugares do mundo e o nosso País (Angola) não está isento a
ela. A nossa sociedade regista muitos casos de “Fuga a Paternidade”, a Fuga a Paternidade é
a negação ou rejeição de assumir as suas responsabilidades paternais ou materiais em
relação aos filhos nascidos.
A falta de um dos elementos da família, particularmente o pai, causa à criança um desvio de
conduta, criando nela um sentimento de rejeição por todos que o rodeiam. Além disso,
provoca-lhe traumas e reduza-lhe a autoestima, deixando-a vulnerável a várias situações. A
infância,determina toda a vida do ser humano e por isso, deve ser bem instruída e
encaminhada pelos pais, para o bem comum.
VII. RECOMENDAÇÕES