Você está na página 1de 8

EMBRIOLOGIA

Francisco Cavalcanti, Marina Nogueira,


Suelen Camargo e William Stertz

Caso clínico 2:
Teratoma
sacrococcígeo

Porto Alegre, RS, Brasil


12 de agosto de 2015
O CASO:

“Ultrassonografia em feto de 38 semanas revela volumosa


massa tumoral sacrococcígea. Foi realizada cesariana, sem
intercorrências. O exame físico do recém-nascido evidenciou
abaulamento em região sacral de consistência amolecida,
recoberta por pele, sem extravasamento de líquido, compatível
com teratoma sacrococcígeo. Foi realizada ressecção total da
massa tumoral, com diâmetro aproximado de 12cm e não
aderida à medula espinhal. A biópsia da peça cirúrgica confirmou
o diagnóstico de teratoma sacrococcígeo maduro.”
QUESTÕES:

1. Explique a origem do teratoma sacrococcígeo.


• Teratoma = tumor de células germinativas
• Falha na migração das células germinativas primordiais
• Não formam os testículos ou ovários e começam a se
multiplicar
• O tumor contém derivados das três camadas germinativas
2. Qual a incidência de teratomas sacrococcígeos? Qual o
sexo mais afetado?
• Região sacrococcígea:
– localização mais comum de teratoma
– 39% a 60 % dos casos
– incidência de cerca de 1 em 27.000 neonatos

• O sexo feminino é o mais afetado


3. Quanto ao tipo histológico, os teratomas
sacrococcígeos são divididos em: a) maduros, b) imaturos, e
c) com componentes malignos. Explique a diferença.
a) MADURO
– tecidos bem diferenciados

b) IMATURO
– estruturas histológicas semelhantes ao do tubo neural
– lembra meduloblastoma ou ependimoma
c) MALIGNO
– presença de um ou mais componentes de células germinativas
malignas
– germinoma, coriocarcinoma, tumor do seio endodérmico ou
carcinoma embrionário
4. Qual o prognóstico para um recém-nascido com
teratoma sacrococcígeo?
• Bom prognóstico depende:
– do tamanho do tumor, sua histologia e localização
– da idade do paciente.

• Teratoma maduro = índice de cura superior a 95


• Teratoma imaturo = maior incidência de malignização
REFERÊNCIAS:
1 MOORE, Keith L.; PERSAUD, T. V. N.; TORCHIA, Mark G. Embriologia
Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

Você também pode gostar