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Língua e

Linguagem
Língua

1- Acervo linguístico: conjunto de


hábitos linguísticos com que alguém é
capaz de compreender e se fazer
compreendido;

2- Instituição social: conjunto de


convenções estabelecidas pelo corpo
social para que os membros da
sociedade usem a sua língua;

3- Realidade sistemática: conjunto


ordenado de signos pelo qual a
sociedade pensa e se expressa.
Linguagem

Qualquer meio sistemático de comunicar


ideias ou sentimentos através de signos
convencionais (sonoros, gráficos, gestuais,
pictóricos, artísticos, etc.). Pode ser
classificada, grosso modo, em dois grandes
grupos: verbal e não verbal.
Fala: dinâmica, ocorre na Escrita: é relativamente
presença dos indivíduos, estática, precisa de uma
conta com aspectos estrutura mais rígida, a fim
físicos, dentre eles: som de transmitir mensagens
Verbal da voz, entonação, corretas. Por essa razão,
volume, etc. requer certos “cuidados”.

(que faz uso da Características:


Características:
palavra) individualidade; sociabilizada;
espontaneidade, maior normatizada; maior
restrição vocabular; riqueza vocabular; contato
contato direto entre os indireto entre
interlocutores; interlocutores;
informalidade; “menos formalidade; “mais
abstrata”. abstrata”.
Não Verbal (que não faz uso da
palavra)

•Corpo: expressões faciais e


gestualidade;
•Artes: visuais, música, dança, teatro;
•Vestuário;
•Imagens;
•Cores;
•Luzes;
•Sonoridades;
•...
A linguagem verbal, fala e escrita, não é
utilizada da mesma forma pelos
membros de uma sociedade.
Como os indivíduos são muitos, eles se
expressam de diversas maneiras
(níveis/registros/variantes), de acordo
Níveis de com as circunstâncias em que se
encontram.
Linguagem
Culto

Coloquial (familiar, popular, vulgar)


Esse nível é responsável por representar as
práticas linguísticas embasadas nos modelos de
uso encontrados em textos formais. É o modelo
que deve ser utilizado na escrita, sobretudo
nos textos não literários, pois segue rigidamente
Culto as regras gramaticais. A norma culta conta com
maior prestígio social e normalmente é associada
ao nível cultural do falante (embora isso não seja
uma regra categórica): quanto maior a
escolarização, maior a adequação com essa
variante linguística. 
Esse nível é aquele utilizado em nosso
cotidiano nas situações em que a formalidade é
menor, portanto, requer menor adequação às
regras gramaticais. A linguagem coloquial, ou
Coloquial linguagem popular, é mais dinâmica, sendo
(familiar, popular, marcada por grande fluidez verbal, já que não
vulgar) existe a preocupação excessiva com a “norma”.
Nele são permitidos recursos expressivos da
linguagem, como gírias, e pode ser mais
facilmente encontrado nos textos literários, nos
quais se admitem licenças poéticas. 
Linguagem Jurídica

A linguagem jurídica não é outro fenômeno


senão a manifestação da própria língua
portuguesa (registro culto) aplicada a uma área
especifica da ciência, com características
próprias. Assim sendo, uma vez compreendidos
os fundamentos gerais referentes à língua e à
linguagem, cumpre destacar algumas marcas
importantes no texto jurídico.
Principais Características da Linguagem Jurídica

I - Correção: A linguagem jurídica se espelha no variante culta da língua


portuguesa e busca, portanto, a utilizar da melhor maneira com
especial atenção à pontuação;

II - Estilo: O estilo jurídico pauta-se, muitas vezes, pelo formalismo,


rigor gramatical e emprego de um vocabulário mais técnico e solene,
buscando-se o cuidado com o excesso de erudição, o uso exacerbado
de palavras raras ou de expressões latinas para que o texto não fique
obscuro e cansativo;
III - Conservadorismo: A linguagem jurídica preserva marcas de
conservadorismo que são evidentes sobretudo, por meio da
sobrevivência de arcaísmos presentes em textos jurídicos e legislativos.
Também os latinismos demonstram o apego da linguagem forense aos
escritos do passado, dado que o Direito Romano influenciou o Direito
Português e esse, por sua vez, o Direito Brasileiro;

IV - Autoritarismo: O toque autoritário do discurso jurídico lhe foi


investido pela sociedade com a finalidade de o tornar eficaz (uso do
modo imperativo);
V - Precisão terminológica: Como parte de uma linguagem técnica, a
comunicação entre os operadores do Direito requer termos precisos,
denotativos, unívocos, de modo que possam exprimir fatos, valores e
pensamentos com maior exatidão, clareza e rigor;

VI - Clareza: Toda forma de comunicação parte do pressuposto de que o


discurso precisa ser claro, pela simples razão de ser um ato interativo, ou
seja, um ato de transmissão de sentido e de partilha de pontos de vista;

VII - Ritualização: Qualidade do discurso jurídico marcada por padrões


textuais que naturalmente se repetem, os quais foram formados em razão
de constante reprodução pelos juristas, constituindo-se em verdadeiros
ritos.

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