A génese do Atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana
Docente: Prof. Dr. João Baptista Amide
Discente: Natália Abílio Mário Miranda
Maputo, Outubro de 2023
I.CAPÍTULO Introdução O presente trabalho reflete e objetiva contribuir com conhecimentos básicos sobre “A génese do atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana.” Onde no primeiro capítulo faz-se a introdução, apresentando o tema, os objetivos da pesquisa, sendo o geral e os específicos e cita a metodologia usada. No segundo capitulo apresenta – se o referencial teórico sobre o tema em alusão, focalizando-se aos principais conceitos em torno, e também de análises sob ponto de vista de vários autores. E no terceiro capítulo é apresentado as considerações finais e referências bibliográficos condutores à reflexão sobre o tema em menção. 2. Objetivos 2.1 Geral: Compreender a génese do atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana. 2.2 Específico: Entender a génese do atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana; Perceber até que ponto atendimento humanizado faz-se presente na contemporaneidade em especial em culturas africanas e moçambicana; Descrever a génese do atendimento humanizado nos hospitais, em 3. Metodologia:
Metódo de pesquisa bibliografica.
A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado como livros, artigos científicos, revistas e internet através de google académico. (Gil, 2008) Para esta pesquisa foram consultados artigos científicos, livros e internet para obter informações sobre a génese do atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana. CAPÍTULO II: Marco teórico Este capítulo apresenta revisão de literatura, com o foco em analisar e descrever sobre a visão em torno da génese do Atendimento humanizado nos hospitais, em especial culturas africanas com enfase à moçambicana.
2.1 A GÉNESE DO ATENDIMENTO HUMANIZADO NOS HOSPITAIS, EM ESPECIAL
CULTURAS AFRICANAS COM ENFASE À MOÇAMBICANA O conceito de humanização das práticas e da atenção à saúde está na pauta de discussões mundo afora há várias décadas e, nos últimos anos, vem ganhando destaque na literatura científica nacional, principalmente nas publicações ligadas à saúde coletiva (GOULART; CHIARI, 2010). Seg. (GOULART; CHIARI, 2010) o atendimento humanizado em hospitais consiste na habilidade dos profissionais de saúde em ouvir, aconselhar e respeitar as opiniões e emoções dos pacientes com o objetivo de proporcionar um tratamento mais digno. Esse fator está entre aqueles que não adianta falar “fazemos um atendimento humanizado aqui”. Ele deve ser transmitido e percebido por meio do acolhimento, processos e estrutura da instituição. Portanto, para que o atendimento humanizado em hospitais seja uma realidade é preciso unir diferentes áreas como atendimento, normas, procedimentos e regras. A seguir saiba como ele é realizado em hospitais e como deve ser incorporado ao seu negócio.
2.3 A história da humanização
(CASATE; CORRÊA, 2003) Alguns textos das décadas de 60 e 70 citam a estrutura física das instituições de saúde e fazem considerações sobre mobiliário, equipamentos e "A arquitetura, o acabamento, as dimensões das unidades de serviço, das unidades de enfermagem, posição e tamanho dos quartos, a localização, o tamanho e acabamento das salas de estar são alguns itens importantes no que diz respeito à parte física, muito influentes no preparo num ambiente hospitalar humano, intervindo na humanização, ao considerar que esse é um fator significativo no processo de humanização e que interfere diretamente no conforto e no bem-estar do paciente, aqui traduzidos como "ação humanizante", devendo está articulada à dimensão política, administrativa e subjetiva que fazem parte da humanização. Já no início da década de 80, os textos evidenciam a idealização do paciente como ser frágil e dependente“. Na década de 90 até os dias atuais, inicia-se a valorização do paciente nos serviços de saúde como sujeito de direitos capazes de exercer sua autonomia, o que demonstra uma lógica de humanização que difere da lógica da caridade, entendendo-a como oportunidade de participação do usuário em seu cuidado, no sentido de implementar o princípio ético da autonomia dos indivíduos e da coletividade. Face a abrangência do presente estudo, delimitou-se o escopo da sua investigação, tendo-se optado sobre o impacto de casos de depressão em profissionais de saúde no Hospital Central de Maputo, no ano de 2021-2022. 2.4 Atendimento humanizado hospitalar em Africa O atual sistema de saúde africano é caracterizado em muitos casos por um nível primário com uma infraestrutura muito deficiente, pessoal de saúde pouco qualificado e, infelizmente e muito mais comum do que se imagina, requisitos básicos indisponíveis como água canalizada, fornecimento de energia confiável, medicamentos, oxigênio, transporte seguro ou diagnóstico e equipamento terapêutico. O atual sistema de saúde africano é caracterizado em muitos casos por um nível primário com uma infraestrutura muito deficiente, pessoal de saúde pouco qualificado e, infelizmente e muito mais comum do que se imagina, requisitos básicos indisponíveis como água canalizada, fornecimento de energia confiável, medicamentos, oxigênio, transporte seguro ou diagnóstico e equipamento terapêutico. Tem-se executado vários casos de forma muito mecânica, sem empatia e disposição, nem transmissão do sentimento de confiança para o utente. E muitas vezes, só acontece humanização quando o profissional, por si só, tem condições para intervir e satisfazer a necessidade do paciente. Quando o profissional sabe que não tem condições para intervir, a expressão facial fica comprometida, porque tem noção do provável desfecho daquele caso, e a humanização exige que as pessoas aloquem condições para criar-se processos funcionais. Muitos profissionais de saúde não tem vocação para tal e além do mais, muitas vezes transportam as suas vivências para o local de trabalho. Face a isso e outros pontos, manifesta-se preocupação com o processo de formação dos técnicos de saúde e critérios estabelecidos em África. Contudo, o atendimento humanizado e de qualidade nas unidades sanitárias em África, ao longo dos últimos anos descrito como mau, está a conhecer progressos assinaláveis, mas ainda há muito trabalho por fazer com vista à satisfação das exigências da população, que continua a se queixar do mau comportamento de alguns técnicos, cobranças ilícitas e que também as instituições devem se comprometer em criar práticas de excelência, melhoria de formação e comunicação, motivação de recursos humanos e melhoria da gestão do bem público. (OMS, 2023) 2.5 Atendimento humanizado hospitalar em Moçambique, origem e situação actual
O Ministério da Saúde realizou, em 2017, a V Reunião do Comité
Nacional de Qualidade e Humanização. O evento tinha por objectivo avaliar a forma como os utentes as unidades sanitárias são tratados e disseminar as boas práticas que são realizadas no âmbito da humanização dos serviços de saúde. A ex ministra da Saúde, Nazira Abdula, reconheceu que ainda há muito trabalho por realizar.
Nazira Abdula disse que há necessidade de se melhorar a coordenação e
comunicação entre os diferentes intervenientes no sector da saúde com vista a melhorar a qualidade dos serviços que são prestados à população. Na reunião, foi lançada a segunda Estratégia Nacional para a Melhoria da Qualidade e Humanização dos Cuidados de Saúde 2017-2023. A estratégia define como meta “Fortalecer a implementação do sistema da qualidade e humanização nas Unidades Sanitárias do Serviço Nacional de Saúde”. Os parceiros de cooperação do MISAU recomendaram que o ministério melhore a gestão financeira. O Ministério da Saúde iniciou em 2004 implementar o atendimento humanizado, e em 2011 foi lançada a primeira estratégia nacional para a melhoria da qualidade e humanização. (OPAIS, 2017) CAPÍTULO III: CONSIDERAÇÕES FINAIS Chegado a este ponto conclui-se que a temática humanização do atendimento em saúde é relevante no contexto atual, envolve a constituição de um atendimento embasado em princípios como integralidade da assistência, equidade, participação social do usuário, a assistência direcionada ao cuidado do paciente como um todo e requer a revisão das práticas cotidianas em saúde. Compreender a situação de saúde do cliente/paciente como algo que se estende aos aspectos físicos, psicológico e social, fornece a equipe recursos capaz de se integrar em prol de um atendimento humanizado, permitindo ao paciente se sentir acolhido em momento de total fragilidade. É indiscutível a importância que o profissional de saúde necessita empenhar-se em “transcender” a doença e buscar por trás das suas manifestações, atender o indivíduo holisticamente, tratando-o pelo nome, acolhendo-o durante seu sofrimento, confortando-o com maior ou igual empenho dedicado ao combate da doença. Ficou evidente que a falta de interesse dos gestores, a falta de qualificação e compromisso profissional, a pouca aceitação e o entendimento da política de humanização, a falta de comunicação em saúde, o aumento da demanda nas unidades de saúde, infraestrutura deficitária, a utilização equivocadas das tecnologias da saúde, a falta de envolvimento dos usuários nas decisões sobre sua saúde, a falta da escuta qualificada e a falta de articulação entre os sujeitos envolvidos no processo do cuidar, acarretam ambiente desfavorável a atuação profissional e ao desenvolvimento de uma assistência humanizada. Porém, mesmo com o ambiente desfavorável, o atendimento humanizado deve ser iniciado no momento da admissão do paciente, onde há a existência da preocupação com o tempo de espera. Há necessidade de melhorar o ambiente para que clientes/pacientes e acompanhantes possam aguardar com mais conforto. Referências bibliográficas
CASATE, J. C.; CORREA, A. K.; Humanização do atendimento em saúde: conhecimento
veiculado na literatura brasileira de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 13, n. 1, Feb. 2005. GIL, António Carlos. Como elaborar projectos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. GOULART, B. N. G.; CHIARI, B. M. Humanização das Práticas do Profissional de Saúde – Contribuições Para Reflexão. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1):255-268, 2010. Organização Mundial da Saúde. Estratégia da OMS de Humanizaçao da hospitalar em Africa: Acessado em 15 de Agosto. 2023: Disponivel em: http://www.who.int/countryfocus/cooperation_strategy/countries/africa_2023_portuguese.pdf Atendimento humanizado hospitalar em Moçambique: Acessado em 15 de Agosto. 2023: Disponivel em:https://opais.co.mz/misau-quer-reforcar-humanizacao-nos-servicos-de-saude/