Técnicas e

ferramentas de
estudo
Seminários em Educação a Distância
(Tecnólogo em Gestão de Turismo)
Importância da aula
A partir do momento em que ingressamos em
um curso de graduação, começamos a ter
contato com textos de natureza científica, cuja
leitura exige bastante de nossa capacidade de
apreensão das idéias.
Por isso é muito importante que desde cedo
aprendamos algumas técnicas e a manejar
ferramentas que nos auxiliarão nas leituras e
que, consequentemente, serão fundamentais
para a nossa formação.
Os objetivos dessa aula são:
Apresentar as características essenciais do
texto científico;

Demonstrar técnicas de leitura;

Apresentar ferramentas úteis para o estudo

e posterior desenvolvimento textual.
O que vamos ver na aula...
Sumário:

Características essenciais do texto

científico;
Os três sentidos do texto científico;
Os três níveis de leitura;
Estrutura do processo de leitura;
Ferramentas de estudo: o resumo, o
fichamento, a resenha crítica.;
O texto científico
O texto científico se difere dos demais textos –
narrativas, artigos de opinião, reportagens
jornalísticas, romances, etc. – em função de sua
natureza e estrutura.
É importante ressaltar que dentro do gênero
texto científico, existem tipos distintos como os
descritivos, dissertativos, expositivos,
argumentativos. Tipos que veremos em outra
ocasião.
 Características essenciais do texto
científico
Propõe a discussão de idéias e fatos
relevantes relacionados a um determinado
assunto, a partir de um marco teórico bem
fundamentado;

Trata de um assunto que é reconhecível e

claro, tanto para o autor quanto para os
leitores;
Características essenciais do texto
científico (cont.)
Possui utilidade, seja para a ciência, seja
para a comunidade;

Demonstra, por parte do autor, domínio

do assunto escolhido e capacidade de
sistematização, recriação e crítica do
material coletado;
Características essenciais do texto
científico (cont.)
Indica com clareza os procedimentos
utilizados na pesquisa;

Fornece elementos que permitam

verificar, para aceitar ou contestar, as
conclusões a que chegou;
Características essenciais do texto
científico (cont.)
Documenta com rigor os dados
fornecidos, de modo a permitir a clara
identificação das fontes utilizadas;

É redigido de modo gramaticalmente

correto e terminologicamente preciso.
Os três sentidos do texto
científico
Os textos científicos possibilitam uma apreensão
de sentidos mais ampla e por vezes mais
complexa que os textos não científicos. O que
sugere a existência de três sentidos, a saber:

Sentido literal
Sentido inferido
Sentido avaliado
 Sentido literal
Ao ler o sentido literal de um texto, o objetivo é entender o que está
sendo dito pelo autor. Trata-se de um sentido que, em textos bem
redigidos, se mostra muito claramente em uma primeira leitura;
Sentido inferido
• Uma vez captado o sentido literal, deve-se
alcançar o campo do sentido inferido, por
meio da busca de sinais implícitos
deixados pelo autor. Nesse caso, um
conhecimento mais amplo sobre o assunto,
ou mesmo a consulta a referências
bibliográficas sobre o tema, permite a
apreensão do sentido inferido;
Sentido avaliado

Avaliar o significado do argumento [se

trata, por exemplo de um argumento
tendencioso ou não]. O sentido avaliado já
aponta para uma maior maturidade do leitor
a respeito do assunto e do autor, que
possibilita sua apreensão e posterior análise
crítica.
Os sentidos e a estrutura da leitura

A leitura do texto científico e a apreensão

de seus múltiplos sentidos torna-se tarefa
mais eficaz se procedermos em três níveis
de leitura, que variam em grau de
intensidade, conforme exposto a seguir.
Estrutura do processo de leitura

Podemos dividir o processo de leitura em três

fases:

Pré-leitura;

Leitura;

Releitura.
Como fazer uma pré-leitura...
 Examine o material que você está prestes a ler;

 Leiao título e toda informação biográfica disponível

sobre o autor;

 Examine o meio (jornal, revista, livro, etc.) no qual o

material é apresentado, e como ele está apresentado.

 Há palavras grifadas? Há gráficos? Figuras?

 Leiaos parágrafos ou capítulos de abertura e os de

conclusão para ter uma idéia do argumento central do
autor e de sua conclusão.
Como fazer uma boa leitura...
Leia de forma ativa e atenciosa;

Faça anotações à medida em que lê. Utilize o

próprio espaço do texto para produzir notas
resumidas nas margens, ou então sublinhe trechos
e palavras importantes;

Suas notas devem resumir as idéias centrais

contidas no texto. No entanto, seja cuidadoso para
não produzir notas em excesso.
A importância da releitura...
Sevocê fez questões antes da leitura, foram as
mesmas respondidas?

Você é capaz de explicar o sentido do texto e o

posicionamento do autor?

É útil reler o texto em companhia de um colega de

classe; discutir o texto com outros permite que
você avalie se compreendeu o texto;

Releia o texto quantas vezes julgar necessário.

Ferramentas de estudo
Apresentaremos agora algumas importantes
ferramentas que auxiliam no processo de leitura e
apreensão do texto científico, além de constituírem
importantes exercícios da redação de textos. São eles:

O fichamento
O resumo
A resenha crítica
O resumo do texto
Elementos constitutivos:
 referência bibliográfica (de acordo com as
normas);

 apresentação concisa do texto lido utilizando

palavras próprias e/ou utilizando extratos do texto
com referência;

 exposição da(s) idéia(s) central(is) e elementos de

maior relevância.
O fichamento do texto
Elementos constitutivos:
 referência bibliográfica (de acordo com as
normas);

 apresentação concisa do texto lido, obedecendo à

estrutura do texto e utilizanddo extratos do próprio
texto com referência;
A resenha crítica
Seções principais da resenha crítica:
 Introdução: contextualização da obra e
do autor;

 Resumo: crítica aberta ou sem crítica;

 Posicionamento: juízo sobre a obra e

justificativa.
Bibliografia consultada
Azevedo,I.B.de. O prazer da produção científica.4ª ed.
Piracicaba:Editora Unimep,1996

Hult, C.A. & Huckin, T.N. The New Century Handbook.

Boston: Allyn and Bacon, 2001