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Admissão e

alta na UTI
Prof. Ma Camila de Souza Prazeres
Introdução
Associada a custos elevados, a
grande demanda por leitos de
unidade de terapia intensiva (UTI),
que lotam prontos-socorros e
unidades de internações, tornou a
vaga em UTI um objeto de avaliação
minuciosa na escolha de quem a
ocupará.
Segundo levantamento do Conselho
Federal de Medicina (CFM), 70% dos
Estados brasileiros não possuem o
número de leitos de UTI preconizados
pelo Ministério da Saúde (MS) para
garantir o atendimento da população,
elevando o tempo médio de espera por
leito nessas unidades.
Dessa forma, a admissão do paciente
é uma fase da linha de cuidado do
paciente crítico de grande impacto,
pois, além da definição de quem se
beneficiará desse leito, também é a
etapa na qual o plano terapêutico será
instituído a partir de um diagnóstico
ou hipótese diagnóstica.
A equipe de enfermagem participa
ativamente dessa fase, que vai desde
a gestão da vaga, preparação da
estrutura, recebimento do paciente,
permeando o plano de cuidados e a
reavaliação.
Linha de
cuidado do
paciente
crítico
Linha de cuidado do paciente crítico
● Linha de cuidado do paciente crítico é o mapeamento das
possíveis etapas ou fluxo que um doente de maior
complexidade pode passar dentro da instituição.
● Assim, podem-se prever as principais situações a que o
paciente estará sujeito durante seu atendimento e ainda
montar barreiras e gerenciar os riscos do processo, do
cuidado e do paciente.
A linha pode conter as seguintes etapas
● Pré-hospitalar: durante o atendimento pré-hospitalar,
pode ser identificado que o paciente irá requerer
assistência hospitalar complexa, podendo ser acionado
previamente o hospital e já sugerindo a necessidade de
leito na UTI.
Linha de cuidado do paciente crítico
● Atendimento no serviço de emergência: nessa etapa do fluxo,
ocorre o acolhimento, trazendo a obrigatoriedade do diagnóstico ou
hipótese diagnóstica para definição da alocação correta desse
paciente. Setores como centro cirúrgico ou de hemodinâmica
costumam ser pontes para definir se o paciente precisará de leito na
UTI. Nessa fase, já existe a necessidade de que critérios para
admissão em UTI estejam claros para a equipe que solicita e a que
libera vagas na unidade, a fim de se evitarem divergências e atrasos.
Linha de cuidado do paciente crítico
● Admissão na UTI:- as equipes precisam ter mecanismos eficazes de
transição de informações e cuidados.

 O preparo do leito, a fim de atender as necessidades do paciente,


deve ser uma atividade prévia à sua chegada, bem como a garantia
de que o transporte entre os locais seja seguro.
 Receber o paciente de forma multidisciplinar deve ser uma realidade
dentro da terapia intensiva.
 Na UTI, será instituído o plano terapêutico do paciente (ponto crítico
dessa etapa do processo)
Critérios de admissão
● Desde 1999, a Society of Critical Care Medicine (SCCM) indicava a
necessidade de critérios para admissão na UTI. Como já comentado,
o custo diário do leito de UTI e a crescente demanda por ele
responsabilizam a equipe de gestores e assistenciais a se preocupar
com quem deve ocupar o leito.
● Entendendo que UTI é um local de recuperação e vida, é muito
importante que pacientes sem prognóstico ou prognóstico reservado
sejam tratados nas unidades onde estão alocados. A conscientização
da equipe e da família pode não ser um processo fácil e demanda
gestão forte e mudança de cultura.
Os critérios para
admissão na UTI,
conforme a Resolução nº
2.156/164 do CFM
Ao enfermeiro e sua equipe competem o seguinte:

● Monitoração e identificação do paciente (leito e paciente,


bem como uso de pulseiras e placas à beira do leito com
riscos assistenciais.
● Efetivação da assistência considerando o processo de
enfermagem e a sistematização da assistência de
enfermagem (SAE).
Ao enfermeiro e sua equipe competem o seguinte:

● Identificação do problema: a partir do exame físico e da coleta


detalhada de informações (anamnese) que possibilitem uma
correlação com quadro clínico e diagnóstico. Família e cuidadores,
além dos profissionais de saúde, são fontes importantes e precisam
ser consideradas. Diagnósticos de enfermagem devem ser listados
por ordem de prioridade. Deve ser feita a identificação dos riscos,
como queda, flebite, lesão por pressão, entre outros
● Solução do problema: ocorre por meio do planejamento da resposta
que se pretende alcançar, com avaliação e reavaliação contínuas das
intervenções empregadas. Torna-se essencial estabelecer medidas de
controle de infecções relacionadas à assistência à saúde, como
pneumonia relacionada ou não à ventilação mecânica, infecção de
corrente sanguínea associada a cateter venoso profundo, infecção do
trato urinário relacionada a colocação de dispositivo. A partir de
protocolos e padrões operacionais do serviço, todas essas medidas
precisam estar registradas formalmente no prontuário do paciente.
Referências:
● VIANA, Renata A. P. P.; WHITAKER, Iveth Y.; ZANEI, Suely S V. Enfermagem em terapia intensiva: práticas
e vivências . [Digite o Local da Editora]: Grupo A, 2020. E-book. ISBN 9788582715895. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582715895/. Acesso em: 09 ago. 2023.
Obrigada!!!

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