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DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Profª. Dra. Michele Carbinatto Orientandas:


Profª. Me. Lionela da Silva Corrêa;
Profª Enoly Cristine Frazão da Silva
Perda total ou parcial na condução ou percepção de sinais
sonoros.
Pode ser: Condutiva
Neurossensorial
Central

Em relação a perda:
➔Leve - 25 a 40 dB
➔Moderada - 41 a 55 dB,
➔Acentuada - 56 a 70 dB, (DIEHL, 2008)
➔Severa - 71 a 85 dB
➔Grave - 86 a 90 dB e
➔Profunda - acima de 91 dB
Causas e etiologia clínica
Congênita: Adquiridas

• Rubéola, sífilis e demais • Infecções crônicas no ouvido;


infecções durante a
gravidez; • Doenças infecciosas, como
sarampo, meningite e caxumba;
• Uso de determinados • Uso de medicamentos
medicamentos durante a ototóxicos;
gravidez, como diurético, • Lesão na cabeça ou ouvido;
antimaláricos e citotóxicos; • Exposição ao ruído excessivo;
• Asfixia no momento do • Envelhecimento;
nascimento; • Excesso de cera ou corpos
estranhos no canal auditivo.
• Icterícia grave durante o
período neonatal
SURDO OU PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
AUDITIVA ??
Visão Clinica Visão
socioantropológica
D.A:
Adquirida / D.A: Não se
perda leve ou reconhece como
moderada surdo Oralizado

Surdo: Surdo:
Congênito/ perda Se reconhece
severa, grave ou como surdo, é
profunda bilingue
DINIZ, 2007
surdos são um grupo que se identifica como uma
minoria linguística que valoriza sua história, propõe
uma pedagogia própria para a educação das
crianças surdas e não se considera deficiente

(SOLEMAN; BOUSQUAT 2021)

COMUNIDADE SURDA
Tais comunidades são
formadas não só por surdos,
mas por todos que interagem
com eles, portanto, pais,
amigos, professores que
conhecem e usam a língua de
sinais para se comunicar
Cultura surda
https://culturasurda.net/
Não existe modalidade paralímpica para
deficientes auditivos
https://www.youtube.com/watch?v=el-okcApS
YI
VIVÊNCIAS DE UMA
DANÇARINA COM DEFICIÊNCIA
AUDITIVA COMO SER
DANÇANTE

● https://editoraba
gai.com.br/produ
ct/prodagin-histo
ria-e-producoes-
academicas/
Para as pessoas com deficiência auditiva participar de
aulas de dança pode ser algo desafiador, uma vez que
estímulos sonoros sempre foram vistos como algo
inseparável das aulas de dança.

A dança é o início da obra de seres que pensam e


pisam sobre o solo, sendo qualquer movimento
do corpo que carregam em si uma mensagem,
qualquer gesto humano pode prolongar-se para a
dança
(GIL, 2018).
Como o D.A / surdo, ouvem a música?
O surdo comunica sua existência, as suas ideias e a sua
cultura, através de gestos e sinais, mas também é capaz
de dominar técnicas e estética corporal através da dança
e ricas combinações de padrões rítmicos.
(MAUERBERG; MORAES, 2013 p. 70).
Objetivo
O objetivo desse estudo foi desvelar as
vivências de uma dançarina com
deficiência auditiva como ser dançante no
projeto dança para pessoas com deficiência.
A bailarina
Começou a dançar na escola aos 5 anos de idade.

“Eu não sabia muito de dança, mas


eu devagar fui aprendendo e fui
entendendo os passos da dança, foi
toda uma trajetória desde pequena.
As professoras do José Salomão
sempre me chamavam para participar
das apresentações. Agora é você
professora, sempre me chama, me
manda mensagem para me
apresentar” (Bailarina).
Aos 18 anos começou a dançar no DAPD.

“No DAPD, eu aprendi muita coisa,


coisas que não sabia antes, foram
muitos conhecimentos. Já conheço
muitos passos de dança, entendo
algumas estratégias que a professora
usa, algumas argumentações e
opiniões sobre a música, já tenho
muita habilidade
em relação a isso”
(Bailarina).
Relacionamento com as professoras
Professoras:
“O primeiro contato foi meio
estranho já que eu não sabia como Bailarina
conversar com
ela” (Dedicada).
“Meu maior medo foi não “Ela sabe muito
conseguir me comunicar com ela, pouco de língua de
pois eu não sei LIBRAS”
(Diligente). sinais/ converso
“Às vezes eu não entendo muito mais com ela por
bem, não consigo me comunicar
direito com ela, WhatsApp”
mas eu tento me comunicar”
(Criativa).
Utilização da comunicação total
“Com o tempo fui criando métodos para melhor
desenvolvimento das aulas e aprendi a me comunicar bem com
os alunos, inclusive com a surda. Quando ela começava a sorrir
eu ficava aliviada pois sabia que ele estava gostando”
(Diligente).

“Fui me aprofundando nesse assunto e aos poucos fui


aprendendo, cada aula ela um aprendizado para mim...Fui
fazendo gestos e acho que ela entendia, pois sempre dava um
sorriso (Dedicada).
RELACIONAMENTO COM OS COLEGAS DE
TURMA

“Como eu sou mais visual eu


aprendo mais rápido essa questão da
dança e os outros ficam mais atrás...
Eu sei que eles têm um problema
mental e pouca acuidade visual,
parece que estão o tempo todo
sonhando” / “Eles demoram para
entender a professora”
Estratégias de ensino

Surdos quando dançam parecem detectar estruturas rítmicas


via visão e via estímulo vibrotátil.
Mauerberg-de-Castro e Moraes (2013)

A nossa bailarina afirma que seu


aprendizado é totalmente visual
“É visual, essa questão de ser
rápido ou devagar, eu olho o
modelo, para a professora
e copio”
As três fases adotadas para o ensino
Dicas para professores iniciantes:
1. Não é obrigatório saber LIBRAS, mas é importante
buscar conhecimento básico.
2. Coloque-se na frente do aluno quando for falar com
ele.
3. O método visual é o mais fácil para eles aprenderem
4. Utilize vídeos e imagens demonstrativos
5. Ensine por etapas
6. Conheça o seu aluno.
Referências

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