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espacoativo.revisaoparaoenem@g
Tecnologias
Profª. Dirce Lima
LINGUAGENS, CÓDIGOS
E SUAS TECNOLOGIAS
LÍNGUA PORTUGUESA
• GÊNEROS TEXTUAIS

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• FUNÇÕES DA LINGUAGEM
• FIGURAS DE LINGUAGEM
• VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS
• FORMAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA
• TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
• COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS DE GÊNEROS
VARIADOS
Enem

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De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos

2019
modificadas, boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se
é uma matéria falsa que não foi criada por motivos humorísticos ou literários (sim,
considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura), mas para
prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição
ou tendência. Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e
aguarda-se o resultado. Nesse caso, a multiplicação da notícia falsa (que está sempre
sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou difamação) se dá em várias
direções.
Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015
(adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que
o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a
A) displicência natural das pessoas que navegam pela internet.
B) desconstrução das relações entre jornalismo e literatura.
C) impossibilidade de identificação da origem dos textos.
D) disseminação de ações criminosas na internet.
E) obtenção de maior popularidade nas redes.
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10 anos de “hashtag”: a ferramenta que mobiliza a internet

2019
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no
acompanhamento dos grandes eventos mundiais com um efeito de mobilização e expressão de emoção e
humor.
A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser
incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em
redes sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da
velha para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lançou, então, a primeira “hashtag”
#barcamp sobre oficinas participativas dedicadas à inovação na web.
O compartilhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo —
já serviu de trampolim para mobilizações em massa.
Alguns slogans que tiveram grande efeito mobilizador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras
importam), após a morte de vários cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet
(Ocupem Wall Street), referente ao movimento que acampou no coração de Manhattan para denunciar
os abusos do capitalismo.
AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Ao descrever a história e os exemplos de utilização da hashtag, o texto evidencia que
A)a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade impossibilita a manutenção de seu uso
original.
B) a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade o flexibilizou e o potencializou.
C) a incorporação pela sociedade caracterizou esse recurso expressivo de forma definitiva.
D) esse recurso expressivo se tornou o principal meio de mobilização social pela internet.
E) esse recurso expressivo precisou de uma década para ganhar notabilidade social.
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De acordo com esse infográfico, as redes sociais estimulam diferentes comportamentos dos usuários que
revelam
A) exposição exagerada dos indivíduos.
B) comicidade ingênua dos usuários.
C) engajamento social das pessoas.
D) disfarce do sujeito por meio de avatares.
E) autocrítica dos internautas.
Enem

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10 anos de “hashtag”: a ferramenta que mobiliza a internet

2019
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no
acompanhamento dos grandes eventos mundiais com um efeito de mobilização e expressão de emoção e
humor.
A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser
incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em
redes sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da
velha para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lançou, então, a primeira “hashtag”
#barcamp sobre oficinas participativas dedicadas à inovação na web.
O compartilhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo —
já serviu de trampolim para mobilizações em massa.
Alguns slogans que tiveram grande efeito mobilizador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras
importam), após a morte de vários cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet
(Ocupem Wall Street), referente ao movimento que acampou no coração de Manhattan para denunciar
os abusos do capitalismo.
AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Ao descrever a história e os exemplos de utilização da hashtag, o texto evidencia que
A)a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade impossibilita a manutenção de seu uso
original.
B) a incorporação desse recurso expressivo pela sociedade o flexibilizou e o potencializou.
C) a incorporação pela sociedade caracterizou esse recurso expressivo de forma definitiva.
D) esse recurso expressivo se tornou o principal meio de mobilização social pela internet.
E) esse recurso expressivo precisou de uma década para ganhar notabilidade social.
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2019
Um ponto interessante do marco civil da internet, segundo Marília Maciel, pesquisadora do
Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas(CTS/FGV), é o que trata da
garantia do princípio da neutralidade de rede. “Isso quer dizer que, se eu compro um pacote
de um mega ou de cinco megas de internet, o uso que eu vou fazer desses meus megas de
velocidade depende das minhas escolhas. Não é o operador que vai dizer o que eu posso
acessar. Eu comprei tantos megas e posso acessar texto, vídeo ou fazer um curso de ensino a
distância on-line”. O novo texto assegura que o usuário vai poder continuar a contratar pacotes
de velocidades diferentes, mas, dentro daquela velocidade escolhida, ele poderá acessar
qualquer tipo de aplicativo na internet.

GANDRA, A. Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 20 nov. 2013 (adaptado).

Com o aprimoramento dos recursos tecnológicos, a circulação de informações e seus usos têm
reconfigurado os mais diversos setores da sociedade. O texto trata da legislação que
regulamenta o uso da internet, criando a seguinte expectativa para o usuário brasileiro:

A) Proibição do corte do acesso pelo uso excessivo.


B) Aumento da capacidade da rede.
C) Mudança no perfil do internauta.
D) Promoção do acesso irrestrito.
E) Garantia de conexão a baixo custo.
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2019
É através da linguagem que uma sociedade se comunica e retrata o conhecimento e
entendimento de si própria e do mundo que a cerca. É na linguagem que se refletem a
identificação e a diferenciação de cada comunidade e também a inserção do indivíduo em
diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias, gêneros, graus de escolaridade. A fala
tem, assim, um caráter emblemático, que indica se o falante é brasileiro ou português, francês
ou italiano, alemão ou holandês, americano ou inglês, e, mais ainda, sendo brasileiro, se é
nordestino, sulista ou carioca. A linguagem também oferece pistas que permitem dizer se o
locutor é homem ou mulher, se é jovem ou idoso, se tem curso primário, universitário ou se é
iletrado. E, por ser um parâmetro que permite classificar o indivíduo de acordo com sua
nacionalidade e naturalidade, sua condição econômica ou social e seu grau de instrução, é
frequentemente usado para discriminar e estigmatizar o falante.
LEITE, Y.; CALLOU, D. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

Nesse texto acadêmico, as autoras fazem uso da linguagem formal para

A) estabelecer proximidade com o leitor.


B) atingir pessoas de vários níveis sociais.
C) atender às características do público leitor.
D) caracterizar os diferentes falares brasileiros.
E) atrair leitores de outras áreas do conhecimento
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VERISSIMO, L. F. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre:
L&PM, 2000.

No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em diferentes


linguagens, o cartum produz humor brincando com a
A) caracterização da linguagem utilizada em uma esfera de comunicação
específica.
B) deterioração do conhecimento científico na sociedade contemporânea.
C) impossibilidade de duas cobras conversarem sobre o universo.
D) dificuldade inerente aos textos produzidos por cientistas.
E) complexidade da reflexão presente no diálogo.
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Destak, nov. 2015 (adaptado).

A imagem da caneta de tinta vermelha, associada às frases do cartaz, é


utilizada na campanha para mostrar ao possível doador que
A) a doação de sangue faz bem à saúde.
B) a linha da vida é fina como o traço de caneta.
C) a atitude de doar sangue é muito importante.
D) a caneta vermelha representa a atitude do doador.
E) a reserva do banco de sangue está chegando ao fim.
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2019
Há casais que jogam com os sonhos como se jogassem tênis. Ficam à espera do momento
certo para a cortada. O jogo de tênis é assim: recebe-se o sonho do outro para destruí-lo,
arrebentá-lo como bolha de sabão. O que se busca é ter razão e o que se ganha é o
distanciamento. Aqui, quem ganha, sempre perde.
Já no frescobol é diferente. O sonho do outro é um brinquedo que deve ser preservado, pois
sabe-se que, se é sonho, é coisa delicada, do coração. Assim cresce o amor. Ninguém ganha
para que os dois ganhem. E se deseja então que o outro viva sempre, eternamente, para que o
jogo nunca tenha fim…

ALVES, R. Tênis X Frescobol. As melhores crônicas de Rubem Alves. Campinas: Papirus, 2012.

O texto de Rubem Alves faz uma analogia entre dois jogos que utilizam raquetes e as
diferentes formas de as pessoas se relacionarem afetivamente, de modo que
A) o tênis indica um jogo em que a cooperação predomina, o que representa o distanciamento
na relação entre as pessoas.
B) o tênis indica um jogo em que a competição é predominante, o que representa um sonho
comum no relacionamento entre pessoas.
C)o frescobol indica um jogo em que a cooperação prevalece, o que simboliza o
compartilhamento de sonhos entre as pessoas no relacionamento.
D)o frescobol indica um jogo em que a competição prevalece, o que simboliza um
relacionamento em que uma pessoa busca destruir o sonho da outra.
E) o frescobol e o tênis indicam, respectivamente, situações de competição e cooperação, o
que ilustra os diferentes sonhos das pessoas no relacionamento.
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Eu gostaria de comentar brevemente as afinidades existentes entre comunidade, comunicação
e comunhão. Essas afinidades começam no próprio radical das palavras em questão. Assim, se
nosso alvo são os atos de interação comunicativa, temos que incluir em nosso objeto de
estudo a ecologia dos atos de interação comunicativa, que se dão no contexto da ecologia da
interação comunicativa. No entanto, não basta a proximidade espacial para que a comunicação
se dê, é necessário que os potenciais interlocutores entrem em comunhão. Por fim, sem
trocadilhos, a comunicação ideal se dá no interior de uma comunidade, entre indivíduos que
entram em comunhão.

COUTO, H. H. O Tao da linguagem. Campinas: Pontes, 2012.

O trecho integra um livro sobre os aspectos ecológicos envolvidos na interação comunicativa.


Para convencer o leitor das afinidades entre comunidade, comunicação e comunhão, o autor

A) nega a força das comunidades interioranas.


B) joga com a ambiguidade das palavras.
C) parte de uma informação gramatical.
D) recorre a argumentos emotivos.
E) apela para a religiosidade.
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Enem
2019
A expansão do português no Brasil, as variações regionais com suas possíveis explicações e as raízes
das inovações da linguagem estão emergindo por meio do trabalho de linguistas que estão
desenterrando as raízes do português brasileiro ao examinar cartas pessoais e administrativas,
testamentos, relatos de viagens, processos judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais desde o
século XVI, coletados em instituições como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do
Estado de São Paulo. No acervo de documentos que servem para estudos sobre o português paulista
está uma carta de 1807, escrita pelo soldado Manoel Coelho, que teria seduzido a filha de um
fazendeiro. Quando soube, o pai da moça, enfurecido, forçou o rapaz a se casar com ela. O soldado,
porém, bateu o pé: “Nem por bem, nem por mar!”, não se casaria. Um linguista pesquisador
estranhou a citação, já que o fato se passava na Vila de São Paulo, mas depois percebeu: “Ele quis
dizer ‘nem por bem, nem por mal!’. O soldado escrevia como falava. Não se sabe se casou com a filha
do fazendeiro, mas deixou uma prova valiosa de como se falava no início do século XIX.”

FIORAVANTI, C. Ora pois, uma língua bem brasileira. Pesquisa Fapesp, n. 230, abr. 2015 (adaptado).

O fato relatado evidencia que fenômenos presentes na fala podem aparecer em textos escritos. Além
disso, sugere que

A) os diferentes falares do português provêm de textos escritos.


B) o tipo de escrita usado pelo soldado era desprestigiado no século XIX.
C) os fenômenos de mudança da língua portuguesa são historicamente previsíveis.
D) as formas variantes do português brasileiro atual já figuravam no português antigo escrito.
E) as origens da norma-padrão do português brasileiro podem ser observadas em textos antigos.
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Literatura
• A presença de valores sociais e humanos atuais
e permanentes no patrimônio literário nacional.
• Diálogo com os Clássicos da Literatura e os estilos
de época
• Literatura contemporânea em contos e crônicas
• Poesia contemporânea
• Gêneros Literários
• A relação entre textos literários e outras artes.
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2019
O mato do Mutúm é um enorme mundo preto, que nasce dos buracões e sobe a serra. O
guará-lobo trota a vago no campo. As pessoas mais velhas são inimigas dos meninos. Soltam e
estumam cachorros, para ir matar os bichinhos assustados — o tatú que se agarra no chão
dando guinchos suplicantes, os macacos que fazem artes, o coelho que mesmo até quando
dorme todo-tempo sonha que está sendo perseguido. O tatú levanta as mãozinhas cruzadas,
ele não sabe — e os cachorros estão rasgando o sangue dele, e ele pega a sororocar. O
tamanduá. Tamanduá passeia no cerrado, na beira do capoeirão. Ele conhece as árvores,
abraça as árvores. Nenhum nem pode rezar, triste é o gemido deles campeando socorro. Todo
choro suplicando por socorro é feito para Nossa Senhora, como quem diz a salve-rainha. Tem
uma Nossa Senhora velhinha. Os homens, pé-ante-pé, indo a peitavento, cercaram o casal de
tamanduás, encantoados contra o barranco, o casal de tamanduás estavam dormindo. Os
homens empurraram com a vara de ferrão, com pancada bruta, o tamanduá que se acordava.
Deu som surdo, no corpo do bicho, quando bateram, o tamanduá caiu pra lá, como um
colchão velho.

ROSA, G. Noites do sertão (Corpo de baile). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.

Na obra de Guimarães Rosa, destaca-se o aspecto afetivo no contorno da paisagem dos


sertões mineiros.
Nesse fragmento, o narrador empresta à cena uma expressividade apoiada na

A) plasticidade de cores e sons dos elementos nativos.


B) dinâmica do ataque e da fuga na luta pela sobrevivência.
C) religiosidade na contemplação do sertanejo e de seus costumes.
D) correspondência entre práticas e tradições e a hostilidade do campo.
E) humanização da presa em contraste com o desdém e a ferocidade do homem.
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2019
A nossa emotividade literária só se interessa pelos populares do sertão,
unicamente porque são pitorescos e talvez não se possa verificar a verdade de suas
criações. No mais é uma continuação do exame de português, uma retórica mais
difícil, a se desenvolver por este tema sempre o mesmo: Dona Dulce, moça de
Botafogo em Petrópolis, que se casa com o Dr. Frederico. O comendador seu pai
não quer porque o tal Dr. Frederico, apesar de doutor, não tem emprego. Dulce vai
à superiora do colégio de irmãs. Esta escreve à mulher do ministro, antiga aluna do
colégio, que arranja um emprego para o rapaz. Está acabada a história. É preciso
não esquecer que Frederico é moço pobre, isto é, o pai tem dinheiro, fazenda ou
engenho, mas não pode dar uma mesada grande. Está aí o grande drama de amor
em nossas letras, e o tema de seu ciclo literário.

BARRETO, L. Vida e morte de MJ Gonzaga de Sá. Disponível


em:
www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 10 ago. 2017.

Situado num momento de transição, Lima Barreto produziu uma literatura


renovadora em diversos aspectos. No fragmento, esse viés se fundamenta na
A) releitura da importância do regionalismo.
B) ironia ao folhetim da tradição romântica.
C) desconstrução da formalidade parnasiana.
D) quebra da padronização do gênero narrativo.
E) rejeição à classificação dos estilos de época.
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Enem
2019
Biografia de Pasárgada
Quando eu tinha meus 15 anos e traduzia na classe de grego do D. Pedro II a Ciropédia fiquei
encantado com o nome dessa cidadezinha fundada por Ciro, o Antigo, nas montanhas do sul da
Pérsia, para lá passar os verões. A minha imaginação de adolescente começou a trabalhar, e vi
Pasárgada e vivi durante alguns anos em Pasárgada.
Mais de vinte anos depois, num momento de profundo desânimo, saltou-me do subconsciente este
grito de evasão: “Vou-me embora pra Pasárgada!” Imediatamente senti que era a célula de um
poema. Peguei do lápis e do papel, mas o poema não veio. Não pensei mais nisso. Uns cinco anos
mais tarde, o mesmo grito de evasão nas mesmas circunstâncias. Desta vez, o poema saiu quase ao
correr da pena. Se há belezas em “Vou-me embora pra Pasárgada!”, elas não passam de acidentes.
Não construí o poema, ele construiu-se em mim, nos recessos do subconsciente, utilizando as
reminiscências da infância — as histórias que Rosa, minha ama-seca mulata, me contava, o sonho
jamais realizado de uma bicicleta etc.

BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. São Paulo: Global, 2012.

O texto é um depoimento de Manuel Bandeira a respeito da criação de um de seus poemas mais


conhecidos. De acordo com esse depoimento, o fazer poético em “Vou-me embora pra Pasárgada!”

A) acontece de maneira progressiva, natural e pouco intencional.


B) decorre de uma inspiração fulminante, num momento de extrema emoção.
C) ratifica as informações do senso comum de que Pasárgada é a representação de um lugar utópico.
D) resulta das mais fortes lembranças da juventude do poeta e de seu envolvimento com a literatura
grega.
E) remete a um tempo da vida de Manuel Bandeira marcado por desigualdades sociais e econômicas.
Enem

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Canção

2019 No desequilíbrio dos mares,


as proas giram sozinhas…
Numa das naves que afundaram
é que certamente tu vinhas.

Eu te esperei todos os séculos


sem desespero e sem desgosto,
e morri de infinitas mortes
guardando sempre o mesmo rosto.

Quando as ondas te carregaram


meus olhos, entre águas e areias,
cegaram como os das estátuas,
a tudo quanto existe alheias.

Minhas mãos pararam sobre o ar


e endureceram junto ao vento,
e perderam a cor que tinham
e a lembrança do movimento.

E o sorriso que eu te levava


desprendeu-se e caiu de
mim: e só talvez ele ainda
viva dentro destas águas sem
fim.

MEIRELES, C. In: SECCHIN, A. C.


(Org.). Obra completa. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001.

Na composição do poema, o tom elegíaco e solene manifesta uma concepção de


lirismo fundada na
A) contradição entre a vontade da espera pelo ser amado e o desejo de fuga.
B) expressão do desencanto diante da impossibilidade da realização amorosa.
C) associação de imagens díspares indicativas de esperança no amor futuro.
D) recusa à aceitação da impermanência do sentimento pela pessoa amada.
E) consciência da inutilidade do amor em relação à inevitabilidade da morte.
Enem

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A

2019
Esbraseia o Ocidente na agonia
O sol... Aves em bandos destacados,
Por céus de ouro e púrpura raiados,
Fogem... Fecha-se a pálpebra do dia...

Delineiam-se além da serrania


Os vértices de chamas aureolados,
E em tudo, em torno, esbatem
derramados
Uns tons suaves de melancolia.

Um mundo de vapores no ar flutua...


Como uma informe nódoa avulta e cresce
A sombra à proporção que a luz recua.

A natureza apática esmaece...


Pouco a pouco, entre as árvores, a lua
Surge trêmula, trêmula... Anoitece.

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Enem
2019
As montanhas correm agora, lá fora, umas atrás das outras, hostis e espectrais,
desertas de vontades novas que as humanizem, esquecidas já dos antigos homens
lendários que as povoaram e dominaram.
Carregam nos seus dorsos poderosos as pequenas cidades decadentes, como uma
doença aviltante e tenaz, que se aninhou para sempre em suas dobras. Não
podendo matá-las de todo ou arrancá-las de si e vencer, elas resignam-se e as
ocultam com sua vegetação escura e densa, que lhes serve de coberta, e
resguardam o seu sonho imperial de ferro e ouro.

PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Artium, 2001.


As soluções de linguagem encontradas pelo narrador projetam uma perspectiva
lírica da paisagem contemplada. Essa projeção alinha-se ao poético na medida em
que

A) explora a identidade entre o homem e a natureza.


B) reveste o inanimado de vitalidade e ressentimento.
C) congela no tempo a prosperidade de antigas cidades.
D) destaca a estética das formas e das cores da paisagem.
E) captura o sentido da ruína causada pela extração mineral.
Enem

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Um amor desse

2019
Era 24 horas lado a lado
Um radar na pele, aquele sentimento alucinado
Coração batia acelerado

Bastava um olhar pra eu entender


Que era hora de me entregar pra você
Palavras não faziam falta mais
Ah, só de lembrar do seu perfume
Que arrepio, que calafrio
Que o meu corpo sente
Nem que eu queira, eu te apago da
minha mente

Ah, esse amor


Deixou marcas no meu corpo
Ah, esse amor
Só de pensar, eu grito, eu quase morro

AZEVEDO, N.; LEÃO, W.; QUADROS, R.


Coração pede socorro.
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2019
HELOÍSA: Faz versos?
PINOTE: Sendo preciso... Quadrinhas... Acrósticos...
Sonetos... Reclames.
HELOÍSA: Futuristas?
PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência...
Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha.
A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos.
No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah!
Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.

ANDRADE, O. O rei da vela. São Paulo: Globo, 2003.

O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade


brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão,
atribui-se ao público leitor uma postura

A) preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas.


B) conservadora, ao optar por modelos consagrados.
C) preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
D) nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
E) eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.
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Enem
2019
Ed Mort só vai
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta. Tenho um escritório numa
galeria de Copacabana entre um fliperama e uma loja de carimbos. Dá só para o
essencial, um telefone mudo e um cinzeiro. Mas insisto numa mesa e numa
cadeira. Apesar do protesto das baratas. Elas não vencerão. Comprei um jogo de
máscaras. No meu trabalho o disfarce é essencial. Para escapar dos credores. Outro
dia entrei na sala e vi a cara do King Kong andando pelo chão. As baratas estavam
roubando as máscaras. Espisoteei meia dúzia. As outras atacaram a mesa. Consegui
salvar a minha Bic e o jornal. O jornal era novo, tinha só uma semana. Mas elas
levaram a agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco. Meu último caso fora
com a funcionária do Erótica, a primeira ótica da cidade com balconista topless.
Acabara mal. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.

VERISSIMO, L. F. Ed Mort: todas as histórias. Porto Alegre: L&PM, 1997 (adaptado).

Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente construído por uma


A) segmentação de enunciados baseada na descrição dos hábitos do personagem.
B) ordenação dos constituintes oracionais na qual se destaca o núcleo verbal.
C) estrutura composicional caracterizada pelo arranjo singular dos períodos.
D) sequenciação narrativa na qual se articulam eventos absurdos.
E) seleção lexical na qual predominam informações redundantes.
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Enem
2019
Blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta
e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e
um pouco de
coragem

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or
re
u.
Ri
o
d
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Ja
Boa prova!

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