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WEBCONFERÊNCIA

TICs II

INSTITUIÇÃO: INES
CURSO: PEDAGOGIA
POLO: IFSP
PROF.: Luiz Alexandre Rosado
Luis Gustavo Dionysio
TUTORA: Lídia Martins
2° sem 2023
Ementa:

 Ideologia da Cibercultura: apresentação, sob um olhar


crítico, das tecnologias de informação e comunicação
(TICs) digitais e os seus movimentos ideológicos.

 Continuidade da disciplina TICs I (história das TICs;


invenção e difusão da escrita; desenvolvimento e
disseminação das TICs com o computador e internet).
Unidades:

 1- Tecnologias e futuros imaginários / cibercultura


e cultura hacker.

 2- O movimento da educação aberta e as ações


governamentais.

 3- A mídia-educação, Alfabetização Midiática e


Informacional (AMI).

 4- Noções de alfabetismo visual.


Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Futuros imaginários e educação:

 Filmes de ficção: visões para a educação, anunciando futuros


imaginários (aldeia global; acesso ilimitado a textos, vídeos, fotos;
comunicação em tempo real; substituição do professor por máquinas
etc).

 Muitas destas propostas de inovações foram anunciadas desde


meados do XX (Guerra Fria).

 Utopias tecnológicas: essas profecias continuam sendo


anunciadas hoje.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 “Admirável mundo novo”: não se concretizou para a


maioria das pessoas.

 Desconfiar das reais intenções das professias.

 Cultura hacker: nasce nos EUA, anos 60/70


(instituições de pesquisa avançadas).

 Anos 80/90: Microsoft e Apple.


Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Princípios de trabalho dos hackers:


1. Colaboração comunitária para resolução problemas.
2. Recusam autoridade central e hierarquias.
3. Julgam as pessoas por trabalho realizado e não por titulação
acadêmica.
4. Defendem acesso ilimitado a computadores para criação de
arte.
5. Pregam a liberdade de acesso e compartilhametno de
informações.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.
 Cultura hacker atual: software livre
 Ex.: Ubuntu Linux, sistema aberto e gratuito.
Wikipedia, enciclopédia aberta.

 Cultura da abetura e acesso livre enfrenta leis de direitos autorais


(copyright).

 Cracker: derrubador e quebrador de bancos e governos.

 Cinema: War Games; Tron; Matrix.

 Anos 80: ideia de que computadores podem ajudar seres humanos


transcendendo as limitações de seus corpos.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Ética hacker: Livro “A ética hacker...”, Pekka Himanen:


 Pekka Himanen: finlandês, analisa a ética do trabalho na Era da
Informação, a partir da maneira de agir e de ser dos hackers.
 Valores de um hacker: democratizar a informação, romper com a
disciplina e burocracia, realizar a paixão criativa através de um
computador, não se render à ganância.
 Weber: doutrina protestante, em que o trabalho aparece como
dever, como vocação: fator cultural decisivo par a formação da
mentalidade capitalista.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Ética hacker:

 Himanen: hackers: mais que possuírem valores diferentes dos


protestantes, representam uma oposição à moral industrial.

 Definição de hacker, no sentido original: programadores


entusiasmados que compartilham seu trabalho com outros (surge
nos anos 1960, no MIT).

 Uso incorreto para se referir a programadores que praticam crimes.


Esses piratas são crackers.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.
 Ética hacker:

 Tese: os valores dos hackers seriam a chave de trabalho obsessivo,


fundado na crença de grandes realizações através da união de forças.

 Natureza radical do hackerismo: proposta de espírito alternativo


para a Era da Informação, um espírito que finalmente questionaria a
ética protestante.

 Ethos hacker: nega a relação do trabalho com o tempo (ideia de que


tempo é dinheiro). Busca-se a otimização do trabalho e da vida (o
tempo é minha vida).
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Ética hacker:
NOVA ECONOMIA ÉTICA do TRABALHO
ÉTICA do TRABALHO HACKER
INFORMACIONAL
PROTESTANTE
Dinheiro como valor paixão como valor
Trabalho como valor (trabalho subordinado ao dinheiro) (trabalho e dinheiro
subordinados à paixão)

 Himanem: a ética hacker pode sofrer reversão com a nova economia. Hackers
que optam pelo capitalismo (ex.: Microsoft, de Bill Gates).
 Hackers: conhecimento é arma poderosa, capaz de amenizar os efeitos
excludentes da era da industrialização.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Ex. valores hackers: criação do Linux, em 1991 (software gratuito,


com código-fonte aberto e aplicativos compatíveis, que podem ser
obtidos pela Internet); ameaça à hegemonia da Microsoft.

 Relação entre cultura hacker e Academia de Platão: estudantes


tratados como companheiros na aprendizagem.

 Conclusão do autor: na ética protestante, trabalhamos porque não


sabemos que outra coisa fazer com nossas vidas. No modelo hacker, o
indivíduo começa criando.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Críticas/pontos de atenção: otimismo do autor; o texto trata de um


grupo reduzido de indivíduos entusiastas, privilegiados.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Livro “Futuros imaginários”, de Richard Barbrook:

 Autor: autoproclamado “trabalhador de esquerda”; crítica à ideologia da


ciber-elite neoliberal californiana de que, no futuro da alta tecnologia,
todos poderão ser trabalhadores criativos.

 Livro: trata da história das novas tecnologias que atingiram todos os


tempos; desenvolvimento da tecnologia.

 Tese: as promessas dos benefícios futuros à sociedade não se realizaram:


“a revolução tecnológica não causou a revolução social; por alguma razão, a
utopia foi adiada”.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Livro “Futuros imaginários”, de Richard Barbrook:

 Tecnologias do passado: já foram futuros imaginários e hoje vemos


como rotina.
 Ex.: contexto da Guerra: produtos imaginários como carros que voam,
robôs que fazem atividades que norte-americanos não queriam fazer…
 Motivações reais que levaram ao desenvolvimento tecnológico.
 Contexto Guerra Fria: disputa entre EUA e União Soviética.
 EUA: poder industrial x União Soviética: futuro ideológico.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Livro “Futuros imaginários”, de Richard Barbrook:

 EUA: formaram um novo núcleo ideológico, baseado nas teorias marxistas e


mcluhanistas: a Esquerda da Guerra Fria.
 Barbrook: alternativa à doutrina mcluhanista: a internet é uma ferramenta útil,
mas não redentora; os computadores não libertam a humanidade. Quem
constrói o futuro é a humanidade usando as novas tecnologias como
ferramenta.
 Hoje, a feira tecnológica continua sendo o lugar de legitimação do
desenvolvimento.
 Motivações políticas: justificam investimentos em cima de versões futuras de
produtos que devemos consumir “agora”.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Livro “Futuros imaginários”, de Richard Barbrook:

 Reflexão: a convergência dos dispositivos de acesso não será


responsável pela revolução se a população não for capaz de usá-
la para além do uso imposto pela grande mídia.
Unidade 1: Tecnologias e futuros imaginários /
cibercultura e cultura hacker.

 Futuros imaginários na educação – reflexões:

 Presentes na promessa de resoluções no ensino-aprendizagem via


introdução de novos artefatos (computadores, tablets, celulares,
projetores, lousas digitais etc.).

 Quais tecnologias digitais realmente chegaram ao nosso ambiente


escolar? Quais ainda são promessas?

 O que você espera da tecnologia daqui há 20 anos?


Referências:

BARBROOK, R. Futuros imaginários: das máquinas pensantes à


aldeia global.

MOCELIN. A ética hacker do trabalho: rompendo com a jaula de


ferro?

OLIVEIRA, Erick F. À imagem do homem: robôs, autômatos e


póshumanos no imaginário tecnológico

PELICER, Mário H. K. Futuros imaginários.

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