Você está na página 1de 48

Filosofia para o Enem

FILOSOFIA ANTIGA
• MITOLOGIA

• PERÍODO PRÉ-SOCRÁTICO (Séculos VII – V a. C.)

• PERÍODO CLÁSSICO(Séculos V – IV a.C.)

• PERÍODO HELENÍSTICO (Séculos IV a.C.– VI d.C.)


Sofistas
Protágoras: "O homem é a medida
Definição socrática-
de todas as coisas, das coisas que
platônica sobre os
são, enquanto são, das coisas que
sofistas: aqueles
não são, enquanto não são.”
que utiliza a
Características de relativismo
habilidade retórica
filosófico: os pontos de vista não
no intuito de
tem uma verdade absoluta ou
defender
validade intrínsecas, mas eles têm
argumentos falsos
apenas um valor relativo, subjetivo,
ou logicamente
de acordo com diferenças na
inconsistentes.
percepção e consideração.
Sócrates “O verdadeiro conhecimento
vem de dentro.”
(469 a.C. – 399 a. C.)

Maiêutica: Dar à luz, parir.


método socrático que consiste na
multiplicação de perguntas, induzindo o
interlocutor na descoberta de suas próprias
verdades e na conceituação geral de um
objeto.

Sócrates foi condenado pela sociedade ateniense:


poderia escolher entre tomar cicuta ou entrar em
ostracismo.

 Sócrates convenceu-se que poderíamos nos tornar mais felizes por


esforço próprio, desenvolvendo nossas próprias virtudes. Se nos
tornássemos mais corajosos, mais sábios e mais justos, seríamos como
os próprios deuses e, assim, seríamos felizes.
Platão
(427 a. C. – 347 a.C.)

O homem só é feliz quando abandona o mundo sensível


(dentro da caverna) em direção ao mundo inteligível (fora
da caverna), que permite chegar a ideia de bem – pleno
conhecimento (Sol – plena luz).
Dialética: Processo de
diálogo, debate entre
interlocutores
comprometidos com a
busca da verdade, através
do qual a alma se eleva,
gradativamente, das
Animação: Mito da Caverna
aparências sensíveis às
realidades inteligíveis ou
ideias.

“A felicidade depende de cinco requisitos:


um deles é a sabedoria nas decisões; outro
é a plenitude dos sentidos e da saúde física;
o terceiro é o sucesso nas iniciativas; o
quarto é a boa reputação entre os homens;
o quinto é a abundância de riquezas e de Escola de Atenas, Rafael,
1506-1510, Afresco, 500 cm x
outros recursos que facilitam a vida.” 700 cm, Palácio Apostólico,
Vaticano.
Aristóteles “Tempos do representar”

(322 a.C. – 384 a.C.)  “Gritamos para ser


observados, porque
talvez estejamos nos
sentido muito
solitários.” L.K.
A razão de todas as coisas pode ser atribuída a quatro tipos  No Facebook, a
de causas: felicidade alheia
1. Causa Material: Matéria que um ser é feito aparenta ser mil vezes
maior do que a sua.
2. Causa Formal: forma que um ser possui.
3. Causa Eficiente: causador, criador, elaborador do ser.
4. Causa Final: finalidade, para que serve o ser.

Ato: aquilo que se é. As redes sociais


potencializam o
Potência: vir a ser. poder do eu?
Leandro Karnal

Para de postar
felicidade falsa
Leandro Karnal

Felicidade nas
Redes Sociais
Luiz Felipe Pondé
Aristóteles “Tempos do representar”

(322 a.C. – 384 a.C.)  “Gritamos para ser


observados, porque
“A felicidade só pode ser alcançada pelo homem quando agir talvez estejamos nos
conforme a virtude que o distingue dos demais seres: a razão. No sentido muito
solitários.” L.K.
entanto, embora compreenda que a contemplação intelectual seja
uma condição necessária para alcançar a felicidade, não é uma  No Facebook, a
condição suficiente. Para que o homem atinja a felicidade deve felicidade alheia
praticar outras virtudes que possibilitem o bem-estar material e aparenta ser mil vezes
maior do que a sua.
social”

Ser, ter e/ou


Ética a Nicomaco. I,8
Bens da Vida: parecer?
a) O que alguém é: saúde,
As redes sociais
beleza, força, inteligência, potencializam o
caráter etc. poder do eu?
Leandro Karnal
b) O que alguém tem: amigos,
família, propriedades Para de postar
felicidade falsa
materiais etc. Leandro Karnal
c) O que alguém representa:
opiniões dos outros, respeito, Felicidade nas
Redes Sociais
honra, sucesso, fama etc. Luiz Felipe Pondé
Aristóteles
(322 a.C. – 384 a.C.)

“Pare de colocar sua felicidade cada dia mais distante de você.


Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos: abrace os
que estão ao seu alcance hoje. Se andas desesperado por
problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos
familiares, busca em teu interior a resposta para acalmar-te,
você é reflexo do que pensas diariamente.”
Aristóteles
(322 a.C. – 384 a.C.)

Grandes Pensadores Globo Ciência


Aristóteles Aristóteles
Filosofias
Helenísticas
A grande expedição de Alexandre
Magno (334 – 323 a.C.) provocou
uma reviravolta radical no
espírito do mundo grego. Marcou
o início de uma nova era.

• Durante o conturbado Período Helenístico, o homem deixou de ser o


componente mais importante de uma comunidade restrita para se tornar um
simples súdito de vastos impérios. A perda da importância política individual
fez muitos se dedicarem cada vez mais à busca da felicidade pessoal através
da religião, da magia ou da Filosofia.
• As principais escolas filosóficas do Período Helenístico foram o cinismo, o
ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. Todas procuravam, basicamente,
estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um
e, através da ausência do sofrimento, chegar à felicidade e ao bem-estar.
Epicuro Aquele que
precisa de muito
“Nem a posse de riquezas nem a abundância para ser feliz,
das coisas nem a obtenção de cargos ou o costuma a tornar
poder produzem a felicidade e a bem escravo de suas
aventurança; produzem-na a ausência de próprias posses.
dores, a moderação nos afetos e a disposição
do espírito que se mantenha nos limites
impostos pela natureza.”

Morte: separação de átomos – nada além da mera materialiadade

Deuses: Se existem, não possuem relação com as vidas humanas

Foco na própria vida


Amizade “A quem não basta
Autorreflexão – filosofia pouco, nada basta.”
Liberdade – não importa o quanto se ganha, mas como se gasta
Prazer
Zenão de Cítio (Estoico)  Equilíbrio, calma,
serenidade: virtudes
(333 a.C. – 264 a. C.)
capitais de um
estoico.
“Aceite e se conforme com seus
tropeços, pois eles são todos  “A felicidade é o bem
fluir da vida.”
inevitáveis.”
 Um torcedor de
Quando um indivíduo futebol, por exemplo.
Se ele explode de
aceita apaticamente
alegria quando seu
coisas que estão fora de time vence, vai
seu controle, deixa maior inevitavelmente
espaço para se importar descer aos abismos
com as coisas que estão da depressão quando
sob seu controle. seu time perde.

Para Zenão, a única forma de viver sem


essas contrariedades é viver
em ataraxia ou apatia, ou seja,
abandonado ao destino, nada receando
e nada esperando.
Epiteto (Estoico)  “Só a educação
liberta”
(50 a.C. – 130 a. C.)
“Não se deve pedir que os acontecimentos ocorram  “A felicidade não
consiste em adquirir
como você quer, mas deve-se querê-los como
nem em gozar, mas
ocorrem: assim sua vida, será feliz.” sim em nada desejar,
consiste em ser
livre.”
“O caminho para a
felicidade é parar de  “O progresso moral
preocupar-se com o que não é um privilégio
está além do nosso natural das elites
poder.” nem é adquirido por
acaso ou por sorte,
mas através do
trabalho de si mesmo
Como viver uma vida plena, uma vida - diariamente.”
feliz? Como ser uma pessoa com boas
qualidades morais? Responder a estas
duas perguntas fundamentais foi a
preocupação da filosofia de Epiteto.
Para Epiteto, uma vida feliz e uma vida
virtuosa são sinônimos. Felicidade e
realização pessoal são consequências
naturais de atitudes corretas.
Sêneca (Estoico) Sêneca e a Raiva
Alain de Botton
 Como Demócrito,
Sêneca observa que
(4 a.C. – 65 d. C.)
o excesso de
“É preciso livrar-se da agitação desregrada, à qual se atividades é um mal
para os homens.
entrega a maioria dos homens. Eles vagam ao acaso,
mendigando ocupações. Suas saídas absurdas e  Ataraxia: para os
inúteis lembram as idas e vindas das formigas ao pensadores céticos,
longo das árvores, quando elas sobrem até o alto do epicuristas e
estoicos, completa
tronco e tornam a descer até embaixo, para nada.”
ausência de
perturbações ou
inquietações da
mente, concretizando
o ideal tão caro à
filosofia helênica da
tranquila e serena
felicidade obtida
Sêneca ocupava-se da forma correta de através do domínio
viver a vida (ou seja, da ética), da física e ou da extinção de
da lógica. Via o sereno estoicismo como paixões, desejos e
a maior virtude, o que lhe permitiu inclinações sensórias.
praticar a imperturbabilidade da alma,
denominada ataraxia.
Sêneca (Estoico)
(4 a.C. – 65 d. C.)

“A origem dos vícios reside numa vontade


fraca que subordina a razão aos prazeres
fortuitos, porque "aquele que persegue o
prazer coloca todas as coisas em segundo
plano, é indiferente à liberdade e sacrifica No ano 65, Sêneca foi
acusado de ter
tudo ao seu estômago, não comprando de
participado
modo nenhum os prazeres, mas, pelo da conspiração de Pisão,
contrário, a eles se vendendo". O homem na qual o assassinato de
Nero teria sido
sábio, pelo contrário, opta pelos prazeres da
planejado. Sem qualquer
alma, os quais são calmos, inesgotáveis, julgamento, foi obrigado
ternos, moderados e discretos. .” a cometer o suicídio. Na
presença dos seus
amigos, cortou os pulsos
com o ânimo sereno que
defendia em sua
filosofia.
Estoicismo  Procure uma vida
coerente.

 Vida de acordo com a natureza  Não se apegue


demais as coisas,
pois não são eternas.
 Simplicidade no vestuário, na comida, nas
 Bobagem se
palavras, no estilo de vida perturbar pelo que se
perde, pois a perda é
sempre inevitável.
 Aceitação de tudo o que possa ocorrer de
 Seja sereno,
ruim que esteja fora de controle principalmente nos
momentos mais
 Preocupar-se contra as circunstâncias difíceis da vida.

apenas piora o estado de espírito da


pessoa

 Use a razão para resolver seus problemas

 “Abstenha-se e aceite”
OS CÍNICOS
• O Cinismo surgiu em Atenas por volta dos séculos III
e IV a.C. e deve-se a Antístenes (440 – 336 a.C.), um
filósofo grego, o crédito de iniciador de tal filosofia.

• Apesar de ter sido Antístenes o iniciador do cinismo e


o criador de suas principais teses, é impossível falar
de cinismo sem falar de Diógenes de Sínope (413 –
323 a.C.), que fora discípulo de Antístenes (embora
esse inicialmente o repelisse a pauladas) e tornara-se
o maior expoente do cinismo.
DIÓGENES
• A missão que Diógenes se propôs foi trazer à vista aqueles
fáceis meios de vida, e demonstrar que o homem tem sempre
à sua disposição o que é necessário para ser feliz, desde que
saiba dar-se conta das efetivas exigências da sua natureza.
• Desprezar a riqueza e rejeitar as convenções sociais. As
matemáticas, a física, a astronomia e a música são, para ele,
"inúteis e desnecessárias".
• É um animal que indica ao cínico o modo de viver: um viver
sem metas (que a sociedade propõe como necessárias), sem
necessidade de casa e de morada fixa e sem o conforto das
comodidades oferecidas pelo progresso.
• Diógenes proclamou a liberdade de palavra. O
cínico diz o que pensa a todos. Junto com a
liberdade de palavra, Diógenes proclamou a
liberdade de ações, uma liberdade às vezes levada
ao limite da imprudência.
• O método de Diógenes, que pode conduzir à
liberdade e à virtude e, portanto, à felicidade,
resumi-se nos dois conceitos essenciais de
"exercício" e "fadiga", que consistiam numa prática
de vida própria para temperar o físico e o espírito
ante as fadigas impostas pela natureza e, ao
mesmo tempo, apta para habituar o homem ao
domínio dos prazeres e ao "desprezo" deles.
• O desprezo do prazer é fundamental
na vida do cínico.

• Seu ideal supremo era o bastar-se a


si-mesmo. O não ter necessidade de
nada, a "autarquia" já pregadas pelo
mestre, assim como a "apatia" e a
"indiferença.
CETICISMO
Pirrônico
Pirro (365/360 - 275/270 a.C.)

• O fundador do ceticismo grego é Pirro (fim do IV séc.


a.C.). Ele não deixou nenhum escrito filosófico. Nasceu em
Élis, pequena vila do Peloponeso, onde viveu inicialmente
como pintor, depois se interessou pela filosofia,
principalmente sob a influência de Anaxarco de Abdera, em
companhia de quem seguiu Alexandre, o Grande, por
ocasião da campanha da Ásia. Retornando à Élis, fundou
uma escola filosófica que lhe valeu uma enorme reputação
junto a seus concidadãos. Ele vivia de maneira pobre e
simples em companhia de sua irmã, Filista, que exercia a
profissão de parteira
Pirro
• As coisas são em si indiferenciadas,
incomensuráveis e indiscrimináveis, ou seja, não
têm em si uma essência estável, e por isso seu ser
se reduz a pura aparências. Seu caráter de
provisoriedade e de inconsistência emerge
quando as comparamos com a natureza do
divino, que é absolutamente estável e sempre
igual.
• A atitude que o sábio deverá assumir é a da afasia, ou
seja, calar e jamais expressar qualquer julgamento
definitivo, e assim atingir a ataraxia ou imperturbalidade
(não se deixará perturbar por nada). Pondo-se à parte de
tudo aquilo que pode perturbá-lo ou tocá-lo, o sábio
poderá viver a vida “mais igual” e, portanto, mais feliz.
• A atitude que o sábio deverá assumir é a da afasia, ou
seja, calar e jamais expressar qualquer julgamento
definitivo, e assim atingir a ataraxia ou imperturbalidade
(não se deixará perturbar por nada). Pondo-se à parte de
tudo aquilo que pode perturbá-lo ou tocá-lo, o sábio
poderá viver a vida “mais igual” e, portanto, mais feliz.
FILOSOFIA MEDIEVAL CRISTÃ

• PERÍODO PATRÍSTICO

• PERÍODO ESCOLÁSTICO
Filosofia “Medieval” - Cristã Sugestão de leitura:
Confissões - Sto. Agostinho

Santo Agostinho de Hipona (354 – 430 d.C.)


• Patrística
• Retoma o pensamento de Platão São Tomás de Aquino
(1225 – 1274 d.C.)
• um dos primeiros autores cristãos
latinos a professar uma visão clara • Escolástica
sobre a antropologia teológica • Retoma o pensamento de
Vídeo d’ The School of Life
• Relação com o Maniqueísmo Aristóteles sobre Agostinho
• Conversão • Tomismo
• Adão pecador – afastamento de Deus • Reconciliar Razão e Fé
• Jesus enquanto mediador • Religião e Filosofia
• Origem do Mal – ausência de Deus • Religião e Ciência
• Deus – Sumamente bom • Lógica
• Relação intrínseca entre corpo e alma • Leis naturais
• Razão humana (Cidade dos Homens) • Conhecimento do Ser
• Importância da fé • Primeiro motor imóvel Vídeo d’ The School of Life
• Razão divina (Cidade de Deus) • Primeira causa eficiente sobre Tomás de Aquino
Santo Agostinho – frases

“Deus, que te criou sem ti, não te salvará sem ti.”

"A confissão das más ações é o passo inicial para a prática de boas ações."

"Milagres não são contrários à natureza, mas apenas contrários ao que entendemos sobre
a natureza."

"Certamente estamos na mesma categoria das bestas; toda ação da vida animal diz respeito
a buscar o prazer e evitar a dor."

“Aprova aos bons, tolera os maus e ama a todos.”

“Dois homens olharam através das grades da prisão; um viu a lama, o outro as estrelas.”

"Ter fé é acreditar nas coisas que você não vê; a recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita."

"A verdadeira medida do amor é não ter medida."

“Se queres conhecer a uma pessoa, não lhe perguntes o que pensa mas sim o que ela ama.”
FILOSOFIA MODERNA
• Filosofia Moderna: Teoria do Conhecimento
• Racionalismo: René Descartes (1596-1650)
• Empirismo: John Locke (1632-1704) e David Hume (1711-1776)
• Criticismo: Immanuel Kant (1724-1804)

• Filosofia Moderna: Ética e Moral


• Nicolau Maquiavel (1469-1527)
• Thomas More (1478-1535)
• Erasmo de Roterdã (1466-1536)
• Thomas Hobbes (1588-1679)
• John Locke (1632-1704)
• Montesquieu (1689-1755)
• Voltaire (1694-1778)
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
• Adam Smith (1723-1790)
• Immanuel Kant (1724-1804)

• Filosofia Moderna: Ciência


• Nicolau Copérnico (1473-1543)
Origem das Correntes Filosóficas
RACIONALISMO EMPIRISMO
A Favor do Inatismo – Teorias filosóficas Contra o Inatismo – Análise dos objetos
que defenderam o inatismo e valor à experiência

• Aristóteles: Devemos
• Platão: Alma Racional e observar os próprios entes e
Virtuosa – Nascemos com analisar suas causas.
ideias de virtudes e razão • São Tomás de Aquino: Análise
• Santo Agostinho: Alma ligada do ente e sua ligação com o
à Deus – Nascemos com Ser.
ideias de Deus, fé e razão. • Filosofia Empírica do século
• Descartes: Alma ligada ao XVII e XVIII: Thomas Hobbes,
Cogito. Nascemos com ideias John Locke, David Hume,
em nossa mente. Berkeley etc.
SOBRE RACIONALISMO E EMPIRISMO
COGITO
René Descartes (1596-1650)
“Dubito, ergo
Dúvida Metódica: duvidar de cogito, ergo sum.
toda a existência do real. (Eu duvido, logo
penso, logo êxito.)”
Obra: Meditações
1ª. Meditação – Apresentação da
dúvida metódica

CRÍTICA AOS SENTIDOS, SONHO,


LOUCURA, DEUS ENGANADOR

“Já se passaram vários anos desde que me dei conta de que


havia aceitado, mesmo desde a minha juventude, muitas
opiniões falsas como verdadeiras, e que, consequentemente, o
que depois baseei em tais princípios era altamente duvidoso; e
desde aquela época eu estava convencido da necessidade de
me comprometer uma vez em minha vida de me livrar de todas
as opiniões que eu havia adotado, e de começar outra vez o Vídeo: Descartes – Unboxing
trabalho de construir desde a fundação...” Primeira e segunda parte

René Descartes, Meditation I, 1641


TABULA RASA

John Locke (1632-1704)


Teoria do conhecimento: Empirismo

• Obra central de John Locke sobre o


tema: Ensaio acerca do
Entendimento Humano. Nascemos como uma
tábula rasa, sem nenhuma
ideia, com as experiências
• Demonstra como não existe ideia que vamos tendo com o
inata. Nascemos sem nenhuma ideia Vídeo: John Locke - Unboxing desenvolver da vida é que
em nossa mente. Todo conhecimento começamos a formar e
inicia-se nas experiências sensoriais. criar certas ideias.

Fontes do conhecimento:
Sensação e reflexão

Ideias simples e complexas


Todas as ideias derivam-se da EXPERIÊNCIA,
Que pode ser:

EXTERNA: ideias de sensação,


como sons, cores, extensões,
figuras, movimentos...

ou

INTERNA: ideias de reflexão,


como da percepção, do querer,
do prazer...
Métodos (contrário a Hume):
David Hume 1) Dedutivo:
(1711 – 1776) verdades são deduzidas a partir de
premissas dadas como verdadeiras.
Empirista Exemplo:
e/ou “O ser humano é mortal.”
“João é ser humano.”
Cético “Logo, João é mortal.”

Lei de causalidade (experiência empírica)


2) Indutivo: (obs.: termo não utilizado por Hume,
 A causa B mas favorável ao filósofo)
 A e B ocorrem ao mesmo tempo Raciocínio Probabilístico
 Sempre que vemos A, vemos também Constatações empíricas e particulares que
B auxiliam na construções de generalizações,
 Acreditamos que isso continuará que seriam supostas verdades.
acontecendo
Exemplo:
 A nossa certeza reside na “crença” de
“João possui olhos e é ser humano.”
que algo que sempre acorreu
“Maria possui olhos e é ser humano.”
continuará acontecendo. Essa certeza é
“Antônio possui olhos e é ser humano.”
muito fraca e frágil, dirá Hume.
“Logo, ser humano possui olhos.”
David Hume
(1711 – 1776)

Empirista
e/ou
Cético
O Conhecimento é formado pelo
hábito. Estou certo e acredito
que o Sol nascerá amanhã, isto
porque ele nasceu todos os dias
da minha vida. O passado dá a
crença de que o futuro será
igual. O hábito me força a crer
nisso. Todavia, não existe a
certeza, verdade inabalável, de
que isso ocorrerá.
Formas a priori de

Immanuel Kant intuição:


Tempo (sentido interno)
Espaço (sentido externo)

Teoria do conhecimento Conclusão 1:


É impossível conhecer os
Como é possível o conhecimento objetos externos sem
ordená-los em uma
humano?
forma espacial - e de
• Afirmação do papel constitutivo que nossa percepção
de mundo pelo sujeito interna destes mesmos
transcendental objetos fica impossível
sem uma forma
temporal

“O conhecimento é possível porque o homem


Conclusão 2:
possui faculdades que o tornam possível.” Espaço e tempo
preexistem como
faculdades do sujeito do
Fontes do conhecimento no sujeito: conhecimento, e,
• Sensibilidade: objetos dados pela intuição portanto, são a priori e
universais.
(receptivo/passivo)
• Entendimento: objetos são pensados nos conceitos
Thomas Hobbes (1588-1679)
Estado de Natureza
• Estado Bestial – ignorância, violência,
sobrevivência e medo
• “O homem é o lobo do homem”
• “Guerra de todos contra todos” - "Bellum
omnia omnes"
• Medo da morte / Medo da morte violenta
Detalhe do corpo do Leviatã

Pacto Social –Moral/Cultura


• Necessidade de um governo
• Governo com autoridade
• Autoridade inquestionável (Soberana)
• Leviatã: Governo absoluto e inquestionável
• Monarquia, assembleia democrática
• Certas liberdades individuais são abdicadas
• Convivência pacífica em sociedade
• Medo da punição caso regras sejam
quebradas
• Leviatã: legisla, executa e julga
Obs.: Montesquieu na obra Espírito das Leis
cria a divisão dos três poderes Sugestão de leitura
Ao leitor sem medo
Autor: Renato Janine Ribeiro
Thomas Hobbes (1588-1679)

Pacto Social (em crise)


• Quando não existe o medo do Leviatã - Estado;
• Quando a punição é inexistente;
• Quando o Estado é ineficiente: não vigia, não puni;
• Quando há fraqueza nos órgãos reguladores;
• Crise do Estado.

Retorno para o “Estado de Natureza” dentro do Estado de Cultura


• “Todos contra todos”
• “Alguns contra alguns”
• “Minoria contra maioria” – vice-versa
• Discurso de ódio
• Ignorância e Medo

Você também pode gostar