Você está na página 1de 30

Escola Básica e Secundária Dr.

Bento da
Cruz

GEORGE
Disciplina de:
Português

Trabalho realizado por:


• Beatriz Pinto nº1
• Beatriz Fernandes nº2
• Inês Ferragenº5
• Joana Vides nº6
• Maria Surreira nº11
INTRODUÇÃO
O QUE É UM
• Um conto é uma narrativa curta.

CONTO?
• Concentra-se num único evento, personagem ou tema.
• Distingue-o dos romances.
• Capacidade de contar uma história completa num espaço curto.
A AUTORA:
• Maria Judite de carvalho nasceu
em 1921 e morreu a 1998.
• Escritora e jornalista.
• Contos, novelas, crónicas, uma
peça de teatro e um livro em
poesia.
• Viveu na França e na Bélgica.
• Recebeu diversos prémios.
BREVE
RESUMO
DO CONTO
PERSONAGENS
QUEM É GI?
• Gi é a fase juvenil da
protagonista do conto.
• Situa-se no passado, e é atingível
através da memória.
• Tem a idade de 18 anos.
CARACTERIZAÇÃO
01 FÍSICA
02 03

“dois olhos largos “cabelos escuros, “Lindo sorriso branco


semicerrados, uma lisos, sobre um de 18 anos”
boca fina”. pescoço alto de “Rosto vago e sem
Modigliani”. contornos”.
CARACTERIZAÇÃ
O PSICOLÓGICA
QUEM É
GEORGE?
• George é a fase adulta da
protagonista que sucede Gi.
• Situa-se no presente, na
realidade.
• Tem uma vida financeira estável
e agradável.
• Tem 45 anos.
CARACTERIZAÇÃO
01 FÍSICA 02

“Fez loiros os cabelos, de todos os loiros,


“olhos de pupilas
um dia ruivos por cansaço de si, mais tarde
escuras,
castanhos, loiros de novo, esverdeados,
semicirculares”.
nunca escuros, quase pretos, como dantes
eram”.
CARACTERIZAÇ
ÃO Do passado
Venda da casa dos
pais

PSICOLÓGICA
Desapego aos objetos

Do presente Casas alugadas e


• Constante mudança, partida,
mobiladas
viagem
• Indiferença no curso de vida
1º DIÁLOGO
• Existência de duas personagens, a Gi e a George.
• Espaço físico presente e passado.
• Ocorre na memória de George.
• “andam lentamente” na “longa rua”.
SISTEMA
• Sistema marcado pela ditadura que promovia a

POLÍTICO
ignorância fazendo com que o povo não
desenvolvesse espírito crítico.
• Esta realidade é demonstrada pelos pais da
protagonista.
MODELO FEMININO
IMPOSTO PELA
SOCIEADE
• A mulher surge aos olhos da
sociedade, confinada ao
casamento e à maternidade.
• Era desprovida da liberdade e do
poder de decisão.
AS MALAS
QUEM É
GEORGINA?
• Georgina retrata a fase da
velhice da protagonista.
• Situando-se no futuro é atingível
através da imaginação.
• Tem 70 anos.
CARACTERIZAÇÃO
01 FÍSICA
02 03

“Cabelos pintados de
“Mãos enrugadas” “Cara enrugada”
acajou, de rosto
pintado de vários tons
de rosa”.
CARACTERIZAÇ
ÃO
• Consciente da efemeridade
PSICOLÓGICA
da vida.
• Valoriza as experiências
passadas e a falta delas.
• Tenta combater a solidão.
2º DIÁLOGO
• Espaço e tempo físicos presentes.
• Cria-se através da imaginação de George sendo este
projetado no futuro.
• Referência ao retrato.
• O diálogo com Georgina perturba George.
2º DI Á L OG O
Georgina simboliza a experiência de vida e o
amadurecimento.
Georgina alerta George sobre os seus
problemas futuros, algo que a incomoda e a
leva à procura de “pensamentos mais
agradáveis”.
S O L I D Ã O
• George confronta-se com a solidão, prosseguindo a
sua vida sem relações afetivas e com desapego de
bens materiais, sobrevalorizando as conquistas
profissionais.
• Georgina representa, assim, a velhice solitária fruto
do caminho que a mesma trilhou durante a sua
jornada.
METAMORFOSES DA FIGURA
FEMININA
• As transformações físicas e psicológicas da protagonista, ao
longo da sua vida.
• A emancipação e a afirmação social.
• A conquista de conhecimento e de cultura e a superação das
convenções familiares.
• O sucesso profissional, no mundo da pintura, aliado ao
desafogo financeiro.
COMPLEXIDADE
DA NATUREZA
HUMANA
• A reflexão existencial: a evolução de sonhos e projetos;
as conquistas profissionais; o estilo de vida; as opções
sentimentais; os efeitos da passagem do tempo; as
consequências das escolhas.
• O confronto entre a liberdade individual e as normas e
expetativas sociais.
GI, E GEORGE SÃO A
MESMA PESSOA?
• Gi e George, referências textuais:
• ll.9-11 “um deles para o lado esquerdo de quem vai, o outro para
o lado direito de quem vem, ambos na mesma direção,
naturalmente.”.
• ll.66-67 “ A proximidade destrói (...) as imagens de George, por
isso a vai vendo pior à medida que se aproxima.”.
• ll. 68-70 “É certo que podia pôr os óculos, mas sabe que não vale
a pena tal trabalho.(...) espantam-se em uníssono,(...) um
pequeno espanto inverdadeiro”.
• ll.73-76 “(...)depois à sua própria maneira, à de George”.
• ll.90-93 “Creio que é a altura de eu...
Creio que sim. Pois não é verdade? Ainda desenhas?”
RELEVÂNCIA DOS
NOMES
A exploração das potencialidades significativas do nome da protagonista configura uma estratégia
narrativa que, juntamente com outros elementos do conto, contribui para a abordagem do tema
da complexidade humana. Gi, abreviatura ligada ao passado , sugere um possível tratamento
carinhoso durante a infância e a juventude , recuperado através da memória mas remete
igualmente para o tempo da sujeição aos (pre)conceitos familiares e às convenções sociais.
George, o nome da personagem no presente da ação, indicia a emancipação por ela desejada, a
concretização do seu sonho e a rutura com o passado. Não sendo um nome português, denota,
por um lado, o cosmopolitismo ansiado pela protagonista e, por outro, sugere alguma
ambiguidade de género, pois trata-se de um nome habitualmente masculino. Georgina será o
nome real e registado da personagem, assumido quando, através da imaginação, George antecipa
a sua figura na velhice, num processo de (ante)visão da sua identidade futura. Os diferentes nomes
da figura feminina central associam-se, pois, á dinâmica temporal instaurada no conto.
GRAMÁTICA
01 02

“É esquisito não lhe causar


“É certo que podia pôr os óculos,
estranheza que Gi continue
mas sabe que não vale a pena tal
tão jovem”.
trabalho.”
03
C ON C L U S ÃO
O B R IG A
DA !

Você também pode gostar