7o

ANO

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História

Estado moderno e alguns conflitos

1o bimestre – Aula 18
Ensino Fundamental: Anos Finais
 Conteúdo Objetivos

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● Estado moderno; ● Identificar as características do
Estado Moderno e suas
● Guerra de trinta anos;
implicações políticas;
● Tratado de Westfália.
● Analisar as causas e
consequências da Guerra dos
Trinta Anos;
● Compreender e analisar o
contexto histórico e os termos
do Tratado de Westfália.
 Para começar

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1 - Responda às questões. Virem e conversem
A) Como o selo "350 anos Vestefália Paz" representa
simbolicamente a consolidação do Estado moderno?
B) Analisando o selo “350 anos Vestefália Paz”, por
que a representação predominante de homens é
evidente, e qual é a significância histórica que justifica
a criação de um selo comemorativo após mais de 350
anos desse evento? Reflita sobre as possíveis razões
para a importância duradoura desse marco na história
e como a escolha da representação visual contribui 350 anos Vestefália Paz: S
para essa narrativa. elo impresso pelo
Bundespost em 1998.
 Foco no conteúdo

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Breve contexto histórico – Relembrando
● O Estado Moderno surgiu na Europa a partir do século XV;
● O sistema feudal estava em declínio devido a fatores como crises agrícolas
e aumento populacional;
● Representou uma profunda transformação na estrutura social e política das
sociedades europeias;
● Foi impulsionado por uma série de fatores, como o desenvolvimento do
comércio, o crescimento das cidades e a ascensão da burguesia.
 Foco no conteúdo

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Leia os textos e reflita

Hobbes e Locke, figuras proeminentes na elaboração da Teoria Clássica, são

pioneiros na Teoria Clássica do Estado. Esta teoria destaca a origem do Estado
em um pacto entre indivíduos para garantir segurança e preservação de
propriedades. Esses direitos, cruciais hoje, surgiram do contexto histórico
desafiador.
Assim, convido vocês a refletir sobre como as ideias de Hobbes e Locke lançam
luz sobre a interação entre os indivíduos e o Estado, delineando os alicerces que
moldam nossas sociedades contemporâneas. Vamos, juntos, explorar as nuances
desse pensamento e construir coletivamente um entendimento mais aprofundado
sobre a importância desses conceitos na compreensão da subsistência da vida
em sociedade.
 Foco no conteúdo

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Leia os textos e reflita

Thomas Hobbes, em sua obra mais importante, Leviatã, distingue duas categorias de
Estado – O Estado racional, originário da razão humana e o Estado real, baseado nas
razões da força. O poder absoluto do Estado justificava-se a partir da assertiva de que o
homem não é naturalmente sociável, ao contrário, o homem é o maior inimigo do
homem – homo homini lupus*.
*Homo homini lupus: expressão em latim que significa "o homem é o lobo do homem.

John Locke, também contratualista, introduzia à Teoria do Estado um novo conceito, o

de ideal da liberdade burguesa, daí porque é considerado o precursor do liberalismo na
Inglaterra. Caberia ao Estado, tão somente, regular as relações da vida social,
reservando ao homem os direitos inerentes à personalidade humana, as liberdades
fundamentais e o direito à vida, direitos estes, por definição, anteriores e superiores ao
próprio Estado.
 Na prática

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Puxe mais
Vamos trabalhar em grupo
● Forme grupos pequenos para discutir as principais diferenças entre as
teorias.
● Cada participante deve refletir individualmente sobre como as ideias de
Hobbes e Locke influenciam a compreensão contemporânea da relação
entre o indivíduo e o Estado.
A) Como essas teorias se refletem na nossa concepção de direitos
individuais? Como as ideias de Hobbes e Locke podem ser aplicadas aos
desafios atuais?
 Foco no conteúdo

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"O Estado Moderno implica ‘centralização do poder’, fundado no ‘princípio
da territorialidade, da obrigação política’ e da ‘progressiva aquisição da
impessoalidade do comando político’, pode ser conceituado como ‘forma de
poder historicamente determinada e, enquanto tal, caracterizada por
conotações que a tornam peculiar e diversa de outras formas, historicamente
também determinadas e interiormente homogêneas, de organização de
poder’”.
(RAMOS, Eduardo da Rosa. Noções Gerais Sobre a Origem do Estado e do
Estado Moderno, 2012)

https://www.youtube.com/watch?v=uwJb5wofAB4&t=4s
 Foco no conteúdo

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O Tratado de Westfália 1648
● Também conhecida com a Paz de
Westfália, foi um marco histórico
caracterizado pela assinatura de dois
tratados de paz nas cidades alemãs de
Münster e Osnabrück, em 1648,
encerrando, assim, a Guerra dos
Trinta Anos (1618 – 1648). A Ratificação do Tratado Hispano-Holandês
● Representou um importante passo na de Münster.
Esta pintura comemora a ratificação, em 15
consolidação do Estado moderno. de maio de 1648, do tratado de paz hispano-
holandês assinado em janeiro daquele ano,
também em Münster.
 Foco no conteúdo

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O que foi a Guerra de Trinta Anos? Analise coletivamente a
imagem
Motivações: iniciando com conflitos religiosos
entre cristãos católicos e protestantes, que logo
ganhou outros contornos, com motivações
políticas (expansão territorial e econômica, e busca
por hegemonia) e domínio de território pela igreja.
Estado da Europa em 1648: após três décadas de
guerras e milhões de mortes, a Europa se
encontrava devastada.
A Vitória de Fleurus – 1634 -
pintado por Vincenzo
Carducci.
 Foco no conteúdo

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Os tratados foram assinados nas cidades alemãs de Münster e Osnabrück.

Principais Atores:
● Império Sacro-Germânico (Católicos).
Territórios atuais de vários países:
● Alemanha, Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, República Checa,
Eslováquia, Eslovênia, parte da França, Itália e Polônia.
● Envolvimento de França, Suécia e Espanha.

Aprofundamento – O que foi a Guerra dos 30 Anos?

https://www.youtube.com/watch?v=4gV60vBlnnw
 Foco no conteúdo

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Princípios – Chave da Paz de Westfália
Estados Soberanos
● Poder político acima da igreja.
Soberania externa: nenhuma autoridade é superior às
outras e cada uma reconhece a outra como soberana sobre
seu território.
Soberania interna: a autoridade é exclusiva sobre seu
território e nenhum estado pode interferir nos assuntos de
Um panfleto da Paz de
outro estado. Vestfália de 1648.

Aprofundamento – O ESTADO e a SOBERANIA - A Paz de Vestfália!

https://www.youtube.com/watch?v=-306BZmEYUQ
 Foco no conteúdo

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Os Tratados de Westfália, ao introduzirem conceitos fundamentais como
"soberania", "Estado-nação", "razão de estado", "diplomacia" e "equilíbrio
de poder", têm sido objeto de estudo crucial nas áreas de Relações
Internacionais e Direito Internacional Público. Embora não constituam um
documento diplomático formal único, sua importância é incontestável.

Segundo Felipe Kern Moreira, antes de 1648 não existia um sistema de Estados, mas
também não se pode dizer que o sistema tenha surgido instantaneamente após essa
data. Além disso, os tratados não garantiram paz e tolerância, já que a Espanha e a
França continuaram em guerra até 1659.
 Foco no conteúdo

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Leia o texto e reflita

Estudos recentes, como o de Diego Santos Vieira de Jesus, questionam a

profundidade das inovações da "Paz de Vestfália" e levantam debates sobre
possíveis brechas nos princípios de autonomia e territorialidade do modelo
westfaliano de relações internacionais. Jesus destaca as dificuldades do
modelo em alcançar paz e estabilidade, sugerindo que a "Paz de Westfália"
consagrou uma ordem cooperativa legal de entidades autônomas não-
soberanas. Ele argumenta que a soberania não é o único conceito possível
para interpretar a interação entre atores autônomos, apontando para um mito
da Paz de Vestfália na história das relações internacionais modernas.
 Na prática

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Todo mundo escreve

Estudante, devemos lembrar sempre que a história é um processo contínuo,

significando que cada nova fase ou etapa está intrinsecamente ligada às
anteriores e/ou posteriores. A Paz de Westfália não representou uma virada de
página para abrir um capítulo totalmente novo e desconhecido, mas sim
fortaleceu desenvolvimentos e tendências já em curso.
Dentro do contexto da visão histórica, aborda-se o tempo como um processo
contínuo, a paz de Westfália influenciou a relação contemporânea das relações
internacionais? E, a partir da assinatura do tratado, como ficou a noção de
soberania dos Estados? Explique.
 Na prática

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Correção
Dentro do contexto da visão histórica, aborda-se o tempo como um processo
contínuo, a paz de Westfália influenciou a relação contemporânea das
relações internacionais? E, a partir da assinatura do tratado, como ficou a
noção de soberania dos Estados? Explique.
Resposta: A perspectiva de enxergar a Paz de Westfália como um
fortalecimento de desenvolvimentos em curso destaca a continuidade
histórica. A noção de soberania dos Estados, estabelecida nesse período,
ainda ecoa nos desafios geopolíticos contemporâneos, moldando a forma
como os países abordam as relações internacionais e a autonomia.
 Aplicando

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Mostre-me

Agora, vamos finalizar nossa aula com uma atividade. Escreva se as

afirmações abaixo são verdadeiras (V) ou falsas (F) e mostre ao seu professor.

A Paz de Westfália estabeleceu princípios fundamentais, incluindo

o da soberania dos Estados.
O Tratado de Westfália foi assinado para encerrar a Guerra dos
Cem Anos.
Os tratados foram assinados nas cidades alemãs
de Münster e Osnabrück.
 Aplicando

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Correção

A Paz de Westfália estabeleceu princípios fundamentais, incluindo V

o da soberania dos Estados.
O Tratado de Westfália foi assinado para encerrar a Guerra dos F
Cem Anos.
Os tratados foram assinados nas cidades alemãs
de Münster e Osnabrück. V
O que aprendemos hoje?

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● Aprendemos a identificar as características do Estado
Moderno e suas implicações políticas;
● Analisamos as causas e consequências da Guerra dos
Trinta Anos;
● Compreendemos e analisamos o contexto histórico e
os termos do Tratado de Westfália.
 Referências

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SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Coordenadoria Pedagógica – COPED, 2023. Currículo em
Ação – 7o ano, Volume 1. São Paulo, 2022.
LEMOV, Doug. Aula nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão da sala de aula. Porto Alegre: Penso,
2023.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista: Etapas Educação Infantil e Ensino
Fundamental. Secretaria da Educação – São Paulo: SEE, 2019.
CARNEIRO, Henrique. Guerra dos Trinta Anos. História das guerras, v. 3, p. 163-187, 2006.
CERVO, Amado Luiz. Hegemonia coletiva e equilíbrio: a construção do mundo liberal (1815-1871). In:
SARAIVA, José Flavio Sombra. História das Relações Internacionais Contemporâneas: da sociedade
internacional do século XIX à era da globalização. São Paulo: Saraiva, 2007.
JESUS, Diego Santos Vieira de. O baile do monstro: o mito da paz de Vestfália na história das relações
internacionais modernas. História (São Paulo), v. 29, n. 2, 2010.
Bull, H. A sociedade anárquica. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 32. 2002.
Carneiro, H. Guerra dos Trinta Anos. História das guerras, 3, 163-187. 2006.
Moreira, Felipe Kern. 2011. “Não Fale Da Paz Da Paz De Vestfália!”. Meridiano 47 - Journal of Global Studies
13 (129): 3-9. https://periodicos.unb.br/index.php/MED/article/view/4483.
 Referências

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Imagem e vídeos
Slide 3 – Imagem: 350 anos Vestefália Paz: Selo impresso pelo Bundespost em 1998. Disponível em:
https://de-academic.com/pictures/dewiki/68/DPAG1998-03-12-WestfaelischerFriede.jpg. Acesso em: 19 dez.
2023.
Slide 8 – Vídeo: MONARQUIAS NACIONAIS - A formação dos Estados modernos - Resumo Desenhado.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=uwJb5wofAB4&t=4s. Acesso em: 18 dez. 2023.
Slide 9 – Imagem: A Ratificação do Tratado Hispano-Holandês de Münster. Fonte Wikipedia. Disponível em:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paz_de_Vestf%C3%A1lia. Acesso em: 17 dez. 2023.
Slide 10 – Imagem: A Vitória de Fleurus – 1634 - pintado por Vincenzo Carducci. Fonte: Wikimedia. Disponível
em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Batalla_Fleurus_(1622).jpg. Acesso em: 19 dez. 2023.
Slide 12 – Imagem: Um panfleto da Paz de Vestfália de 1648. Fonte: Wikimedia. Disponível em:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Flugblatt_1648.jpg. Acesso 18 dez. 2023.
Video: Aprofundamento - O ESTADO e a SOBERANIA - A Paz de Vestfália!. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=-306BZmEYUQ. Acesso em: 19 dex. 2023.
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