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Guarda Compartilhada
• Conceitos
pátrio poder (CC/16) = poder familiar (CC/02)
= autoridade parental (+ adequado): conjunto
de direitos e deveres atribuídos igualmente ao pai
e à mãe quanto à pessoa e aos bens dos filhos
menores. É personalíssimo, impostergável,
irrenunciável, indelegável, intransmissível,
imprescritível.
#
guarda = custódia = zelo = cuidado = wargen
(do alemão) = guarda, espera; warden (do
inglês) = guarda; wargen (do francês) =
proteção, observância, vigilância ou administração;
= ter em sua companhia, proteger.
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Guarda Compartilhada
guarda
poder familiar
(pequena porção do
poder familiar)
• Espécies de guarda
guarda monoparental ou unilateral
ou exclusiva ou única (sole
custody): tradicional; conferida
exclusivamente a um do par parental ou
mesmo a uma 3ª pessoa; não implica em
alteração na autoridade parental.
alternada ou por revezamento:
atribuída simultaneamente a ambos os pais,
com alternância de período de residência do
filho com cada um deles.
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• Espécies de guarda
compartilhada ou conjunta:
- origem inglesa joint custody;
- exercício em comum pelos pais de um certo
número de prerrogativas relativas aos filhos
menores;
- não é a guarda, mas os outros atributos da
autoridade parental que são exercidos em
comum;
- permite que filhos de pais separados sejam
assistidos por ambos;
- equivale à concessão de autoridade legal a
ambos os pais decidir questões relevantes
quanto ao bem estar de seus filhos.
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• Evolução
– Inglaterra: 1º país a adotar a guarda compartilhada
nos idos de 1980; autoridade parental confiada à mãe.
– França: Lei 87.570/87 substituiu guarda por
autoridade parental; 90% da guarda e da chefia do lar
é materna.
– Canadá: lei de 1985 admite guarda conjunta
amigável; não distingue guarda e poder familiar; 76%
chefia do lar é materna.
– EUA: tem legislação prevendo a guarda compartilhada;
não distingue guarda e poder familiar; 76,6% da
guarda e da chefia do lar é materna.
– Portugal: Lei 59/99, exercício conjunto do poder
paternal se houver acordo dos pais; presunção de
quem exerce a autoridade parental é de quem tem a
guarda da criança; guarda e autoridade parental se
confundem; 80% dos casos têm adotado a guarda
compartilhada.
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– Critérios legais:
liberdade convencional,
primazia do melhor interesse da criança,
preferência à parentalidade, afinidade e
afetividade
– Jurisprudência:
uníssona pela possibilidade da guarda
compartilhada em situações de consenso sem
admissão naquelas conflitantes
– Enunciado nº 335 do CJF:
“A guarda compartilhada deve ser estimulada,
utilizando-se, sempre que possível, da mediação
e da orientação de equipe interdisciplinar.”
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120.000 separações
100.000
80.000 guarda
60.000 paterna
40.000 guarda
20.000 materna
0 guarda ambos
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
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200.000
150.000 divórcio
guarda c/ pai
100.000
guarda c/ mãe
50.000
guarda ambos
0
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
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• Conclusão
- casuística – flexibilização – diversidades. Não deve ser
imposta como solução para todos os casos, mas deve ser
uma opção alternativa à tradição.
- “Antes de sermos homo sapiens ou seres humanos que
pensam, somos homo affectus, ou seres humanos que
sentem.”
- “O direito é, então, o conjunto de regras que tornam
possível a convivência harmoniosa entre os seres
humanos, dando a cada um o que é seu, ou seja, fazendo-
se justiça para que sobrevivamos e sejamos felizes.
Quanto mais o direito se afastar desse propósito,
tornando-se um arcabouço normativo frio e não baseado
no afeto, mais longe estará da sua razão de ser, que é a
de fazer justiça.” (Andréa Almeida Campos - PUC-PE)
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