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CONVIVÊNCIA E PROTEÇÃO DOS FILHOS

Art. 1579: O fato de ter havido divórcio dos pais não terá interferência no exercício do poder
familiar. Conjugalidade não se confunde com parentalidade.

 Resgate histórico

- Declaração Universal dos direitos da criança [1959]. Contexto dos direitos humanos. Criança
deixa de ser atrelada aos pais e passa a ser vista como sujeito de direitos. Começa-se a perquirir
o direito da criança e não o interesse do pai. A figura do pátrio poder [poder dos pais em relação
aos filhos] é retirada. Nesse contexto, ainda se estava no CC/16, tendo ainda ideia de pátrio
poder.

- Lei 6165/77 (lei do divórcio): atenua a questão do pátrio poder, mas ainda mantem a questão
de perquirição de culpa [em caso de culpa, os filhos ficarão com o cônjuge que não tem culpa /
em caso de culpa de ambos, os filhos ficarão com a mãe].

- CF/88: Em conformidade com a declaração, ratifica os princípios no nosso ordenamento (art.


227 sintetiza os princípios).

- Convenção sobre os direitos da criança (1987).

- ECA: prevê os direitos do art. 227 da CF e ainda amplia a normatização desses direitos, trata
especificamente de cada direito fundamental (um capítulo para cada).

- O ordenamento, assim, adotou a doutrina da proteção integral. Em todas as circunstâncias, o


princípio norteador é o melhor interesse da criança. A criança passa a ser o centro do interesse,
não existindo mais a situação de hierarquização. Impõem-se deveres jurídicos aos pais que
devem ser cumpridos no interesse dos filhos.

- É necessário observar, após o divórcio, a convivência familiar. Como o poder familiar [que
não é alterado] será exercido em conjunto após a quebra da conjugalidade, como essa relações
vão se dar a partir desse momento.

 CC/02 (Ler Paulo Lôbo)

*Art. 1583: Tipos de guarda. §1º: responsabilização conjunta – os pais devem estar sempre em
contato, em comunicação. Os dois têm uma moldura mais livre. “alguém que o substitua”: não
acabou o poder familiar, há apenas uma substituição para aquela situação específica.

*Em caso de divórcio, um dos critérios é a guarda dos filhos. A guarda será unilateral ou
compartilhada. A guarda compartilhada, após 2014, virou regra (evitar a alienação parental e o
abandono afetivo). Tem-se como regra a manutenção da convivência familiar. O tempo dividido
com os pais deve ser dividido de forma equilibrada. A cidade considerada base de moradia é
aquela que melhor atenda os interesses do menor. Ainda que a criança esteja apenas com um
dos pais, o outro tem direito a supervisionar.

*Art. 1584: A guarda poderá ser requerida (consenso) ou decretada (onde o acordo não é
pressuposto). Se o juiz observar que há espaço, ele pode decretar a guarda compartilhada,
mesmo não havendo consenso, pois o que se tutela é o melhor interesse da criança, não o dos
pais. §2º: Guarda compartilhada como regra.

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