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O CÓDIGO

NAPOLEÔNICO
O que era a Lei civil dos franceses
antes de Napoleão?
 Era fragmentado e regulava diferentes
matérias que não se podiam acomodar
num livro único, em vista da pasmaceira
do parlamento, que dependia de
convocação real e dos privilégios da
nobreza e do clero perante a justiça. Só
ao povo interessaria a promulgação de um
código de feição igualitária; porém o povo
praticamente não existia como força
política.
História:
 O Código Napoleônico, originalmente chamado
de Code Civil des Français (ou código civil dos
franceses) entrou em vigor em 21 de março de
1804. Unificou pela primeira vez em um
documento escrito, as leis francesas.
Anteriormente, muitas regiões francesas
seguiam apenas leis não-escritas, baseadas em
costumes e privilégios. Nos locais em que havia
algum código de leis escrito, ele era muito
semelhante à Lei Romana.
 O código outorgado por Napoleão se
caracterizou por valorizar a figura do homem em
detrimento a da mulher, privilegiar as classes
médias em detrimento dos grupos sociais mais
pobres. Napoleão sabia que tentativas anteriores
— em outros países europeus — de implementar
um código de leis único não foram bem-
sucedidas, devido à resistência da população e
dos magistrados. Então, para garantir a adoção
desse sistema pelos magistrados e pela
população francesa, Bonaparte impôs forte
censura à imprensa e organizou uma força
policial eficiente para estabelecer a “ordem” nas
cidades francesas. Tais medidas tornaram a
França o primeiro país a ter um efetivo sistema
de leis escrito.
Código Penal e Código Criminal
 Foi estabelecido para proteger os direitos
das pessoas. Um de seus objetivos era
evitar prisões arbitrárias, os indivíduos
tinham que ser processados. A prisão por
crimes religiosos (blasfêmia, heresia,
bruxaria, sacrilégio, entre outros) foi
proibida. Em poucos anos, esse novo
código regularia grande parte da vida
cotidiana dos franceses.
RELIGIÃO X ESTADO:
 Os revolucionários franceses pregavam a separação
entre a Igreja e o Estado, por essa razão, desde o início
da revolução, tentaram excluir a participação da Igreja
em diversos aspectos da sociedade. Por exemplo: na
época, o sistema educacional era muito dependente da
Igreja, que administrava quase todas as escolas. Os
revolucionários definiram que Educação era função do
Estado e proibiram a existência de escolas religiosas.
Napoleão percebeu que era impossível proibir a
população de ter uma religião e que a Igreja tinha um
papel importante a desempenhar na sociedade, por isso
reatou relações com a Igreja Católica e declarou que o
catolicismo era a religião da grande maioria dos
franceses. É importante observar que Bonaparte não
declarou que a França era um país católico, portanto, os
não-católicos não poderiam ser perseguidos pelo Estado
por motivos religiosos.
Art. 1º. da Declaração:
 “Os homens nascem e ficam livres e iguais
em direitos. As distinções sociais só
podem ser fundadas na utilidade comum”.

Art. 8º. da Declaração:


“Todos os franceses gozarão dos
direitos civis”.
 Jamais o direito permanecerá imutável,
pois, pela sua natureza, é uma espelhação
do corpo social que age em resultado de
inúmeros e complexos fatores biológicos,
antropológicos, morais, políticos e
culturais ou científicos. O direito é tudo
isto, em forma de leis que se derrogam,
revogam ou se criam, numa razão de ser
derivada da condição existencial do
homem.
Napoleão...
 “ Amo o poder, mas como um verdadeiro
artista. Amo – o como um músico ama o
seu violino; amo – o para tirar – lhe sons,
acordes, harmoniais.

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