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Profª.Ms.

Adélia Maria dos Santos


Rebelato
PRÁTICAS RECOMENDADAS PARA A
SEGURANÇA DO PACIENTE NOS
SERVIÇOS DE SAÚDE

UNIDADE 3
SEÇAO 2
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE

A identificação é um processo básico, sobre o qual não


há necessidade de escrever. Contudo, apesar de básico,
ele não acontece da forma que deveria, existem falhas
graves, como administração de medicamento em
paciente errado, caso dois homens se chamem José. É
necessário que haja uma identificação correta, visto que
estamos falando de um serviço de saúde e devemos
prezar pela integridade do paciente/cliente.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
É de suma importância que o paciente seja identificado
no momento da sua admissão. A forma mais adotada
mundialmente é a pulseira de identificação, pois é
simples, efetiva e de baixo custo, no entanto existem
pulseiras até com código de barras e tecnologias para
rastreamento. Seja qual for, o importante é garantir o seu
propósito primordial: assegurar a correta identificação do
paciente/cliente e evitar uma infinidade de incidentes.
PACIENTE/CLIENTE ENVOLVIDO COM A SUA
PRÓPRIA SEGURANÇA

O paciente precisa saber o porquê de ser identificado


e ser orientado que o colaborador, antes de fazer
qualquer procedimento, deve perguntar a ele o nome
e conferir a identificação da pulseira. O
paciente/cliente precisa ser inserido no processo de
forma ativa, pois ele também é responsável pela sua
segurança.
PACIENTE/CLIENTE ENVOLVIDO COM A SUA
PRÓPRIA SEGURANÇA

A correta identificação não se trata apenas de um processo, mas de


algo muito maior, pois melhora a comunicação entre os
profissionais e os pacientes e evita a ocorrência de incidentes.
Outro ponto que não podemos deixar de fora é a identificação do
profissional de saúde, o qual deve portar o crachá com nome e foto
visível. O paciente precisa ter segurança e saber quem é o
profissional que está cuidando dele.
A IDENTIFICAÇÃO COMO SEGURANÇA DE
TODOS OS PROCESSOS

Em alguns serviços de saúde, existem muitos processos


que ocorrem simultaneamente, e outros, sequencialmente.
A aplicação da identificação dos serviços de saúde não só
para as pessoas que estão neste ambiente mas também
em todos os outros. É tudo integrado e interconectado. Os
processos, as medicações, a nutrição, os exames enfim,
tudo precisa de identificação, pois isso evita incidentes,
organiza o serviço e facilita a comunicação.
CUIDADO LIMPO É CUIDADO SEGURO
Outro ponto essencial dos serviços de saúde é manter o
paciente/cliente livre de infecções associadas ao cuidado
prestado. Chamamos isso de Infecções Relacionadas à
Assistência à Saúde (IRAS). A ação mais simples e
necessária é a higiene das mãos em todas as oportunidades,
principalmente antes e depois de assistir o paciente/cliente. A
princípio, podemos pensar que isso é algo inerente ao
profissional de saúde, o que de fato é, mas não acontece
como deveria, especialmente em setores não críticos.
CUIDADO LIMPO É CUIDADO SEGURO

No organismo humano, existem mais bactérias do


que células, isso parece absurdo, porém é real, e
nos dá a dimensão da importância da higiene das
mãos, do banho e da acuidade corporal. No corpo
humano, existem duas “florestas” de
microrganismos, que chamamos de bioflora e
microbiota.
CUIDADO LIMPO É CUIDADO SEGURO

A primeira refere-se aos micróbios que fazem parte da nossa


colônia corporal, ou seja, fazem parte do nosso corpo e nos
ajudam, inclusive, na imunidade. Essa flora não é o foco
quando pensamos em risco de transmissão de infecção,
porém a segunda flora, que chamamos também de transitória,
é perigosa e foco da nossa preocupação com a higiene das
mãos.
CUIDADO LIMPO É CUIDADO SEGURO

Durante a nossa rotina diária, seja no serviço de saúde ou


não, “pegamos” os microrganismos que não fazem parte da
nossa flora residente. Ao lavarmos as mãos, removemos
todos eles e evitamos repassá-los para outras pessoas ou
para nós mesmos, ao colocarmos a mão na boca, no nariz
ou nos olhos. Sendo assim, precisamos lavar as mãos e
incentivar a todos que fazem parte do serviço de saúde,
sejam profissionais, pacientes ou colaboradores, por meio
de campanhas, protocolos e incentivos constantes.
ADMINISTRAÇÃO SEGURA

Um aspecto fundamental para segurança do


paciente/cliente é a assistência segura na
administração de medicamentos, nutrição ou
procedimentos. Se você fizer uma busca
simples na internet sobre erro de medicação,
compreenderá o porquê de falarmos sobre isso.
É alarmante!
ADMINISTRAÇÃO SEGURA

Os protocolos são as grandes ferramentas para


alinhar e padronizar os processos de administração
e evitar incidentes. No caso das medicações, é
essencial que a equipe tenha uma padronização de
preparo, reconstituição, diluição e administração,
bem como compatibilidade, incompatibilidade, dose
e via de administração e a cadeia medicamentosa.
ADMINISTRAÇÃO SEGURA

A administração de sangue e hemocomponentes em serviços


de saúde é relativamente frequente e apresenta muitos riscos,
por exemplo, incompatibilidade, reação inflamatória e até óbito.
Para ser um procedimento seguro, é necessário o
cumprimento de várias etapas, conferências e checklists antes
de se chegar ao leito do paciente, no momento de administrar
nele e após a realização.
ADMINISTRAÇÃO SEGURA

Por exemplo: ao chegar ao hemoderivado,


confere-se se o sangue corresponde à tipagem
sanguínea do paciente e verificam-se os sinais
vitais antes, durante e após a infusão, tudo
para garantir que o procedimento tenha êxito,
pois, caso ocorra uma intercorrência, esta pode
ser detectada imediatamente.
SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA

Um grande aliado na consolidação da qualidade e


segurança do paciente é a tecnologia, a qual ajuda
de muitas formas, desde um monitor que monitora
os sinais vitais, um sistema de rastreio de
medicação, a prescrição eletrônica e equipamentos
de última geração. A tecnologia, no entanto, não é
determinante na segurança do paciente, e sim o
processo bem definido.
SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA

A tecnologia pode ajudar a salvar vidas, mas é uma ferramenta


que precisa ser utilizada com cuidado, baseada em evidência e
controlada pelo servidor de engenharia clínica. Um dos grandes
problemas é a queimadura em cirurgia pela placa de bisturi,
colocada de forma incorreta. Esse é um exemplo de uma
tecnologia importante, mas que precisa estar unida a um processo
seguro, para que se tire o melhor benefício, ao menor custo.

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