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Turma: 2021.40.30 - Recepcionista em Serviços de Saúde.

UC 1: Recepcionar e atender usuários e acompanhantes nos serviços de saúde.

Aula 17.

Profª. Priscila do Carmo Oliveira.


Enfermeira. Graduanda em dermatologia e estética.
QUAL A DIFERENÇA
ENTRE URGÊNCIA E
EMERGÊNCIA ???
Segundo o Conselho Federal de Medicina, em sua Resolução CFM n°
1.451, de 10 de março de 1995

Emergência como sendo constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em
risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. O
tempo para resolução é extremamente curto, normalmente quantificado em minutos.
Tais como: perda de consciência sem recuperação, dificuldade respiratória de forma aguda
acompanhada de cianose, dor intensa súbita no peito acompanhada de suor frio, falta de ar e
vômitos; dificuldade de movimentação ou de fala repentina; grande hemorragia; quadro alérgico
grave com placas vermelhas, falta de ar e inchaço; movimentos descoordenados em todo o corpo ou
parte deles acompanhados de desvio dos olhos, repuxo da boca com sialorréia; aumento súbito da
pressão arterial, acompanhado de dores de cabeça de forte intensidade. Graves fraturas, queda de
grandes alturas, choque elétrico, afogamentos e intoxicações graves.
URGÊNCIAS: são situações que apresentem alteração
do estado de saúde, porém sem risco iminente de
vida, que por sua gravidade, desconforto ou dor,
requerem atendimento médico com a maior
brevidade possível. O tempo para resolução pode
variar de algumas horas até um máximo de 24 horas.

Tais como: cefaléias súbitas de forte intensidade, não


habituais e que não cedem aos medicamentos
rotineiros; dor lombar súbita muito intensa
acompanhada de náuseas, vômitos e alterações
urinárias; febre elevada em crianças de causa não
esclarecida.
MISSÃO DO ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Ser instrumento capaz de


acolher o cidadão e garantir um
melhor acesso aos serviços de
urgência/emergência.
Tipos de classificação Forma de encaminhamento Onde ir

Caso gravíssimo. O paciente necessita de atendimento


Emergência Hospital
imediato e possui risco de morte.

Caso grave. O paciente precisa de atendimento o mais Hospital ou Unidade de Pronto-


Muito urgente
prontamente possível. Atendimento 24h (UPA)

Caso de gravidade moderada, não considerada como


Unidade de Pronto-Atendimento 24h
Urgente emergência, pois o paciente possui condições clínicas para
(UPA) ou Unidade de Emergência
aguardar.

Unidade de Pronto-Atendimento 24h


Caso menos grave. Exige atendimento médico, mas o
(UPA) ou Atendimento ambulatorial em
Pouco Urgente paciente pode ser assistido no consultório médico, de forma
Unidades Básicas de Saúde ou Unidades
ambulatorial.
de Saúde da Família

Caso de menor complexidade e sem problemas recentes. O Atendimento ambulatorial em Unidades


Não Urgente paciente deve ser atendido e acompanhado no consultório Básicas de Saúde ou Unidades de Saúde
médico, no formato ambulatorial. da Família
ACOLHIMENTO COM
CLASSIFICAÇÃO
Enfermagem:
DE RISCO
Vermelha (Emergência): ATENDIMENTO IMEDIATO.
(Ex de casos: Politraumatizado grave, inconsciente, queimaduras,
hemorragia, Parada Respiratória, suicidio, comprometimento da coluna
Vertebral)
Amarela (Urgência): PRIORIDADE
(Ex: Politraumatizado consciente, cefaéia intensa, diminuição do nívela de consciência, overdose,
dor abdominal intensa, sangramento vaginal em
moderada quantidade (gravidez confirmada ou suspeita, Febre alta, Abuso
Sexual)
Verde (Não Urgência): ATENDIMENTO POR ORDEM DE CHEGADA.
(Idosos acima de 60 anos, deficientes físicos, sangramento vaginal sem dor, :
FERIMENTO CRANIANO MENOR, DOR ABDOMINAL DIFUSA, CEFALÉIA
MENOR, DOENÇA PSIQUIáTRICA, DIARRÉIAS, IDOSOS E GRávIDAS
ASSINTOMáTICOS)
Azul (aparentemente não graves): ordem de chegada
(Casos que podem ser resovidos em UBS e que não corre risco de morte, escoriações, ferimentos
leves)
OBS: Idosos acima de 60 anos, deficientes físicos e pacientes escoltados, têm prioridade sobre os
pacientes classificados como verdes.
• Alguns grupos de pacientes foram descritos no protocolo como situações especiais.
São eles: idosos, deficientes físicos, deficientes mentais, acamados, pacientes com dificuldade de locomoção,
gestantes, algemados, escoltados ou envolvidos em ocorrência policial, vítimas de abuso sexual e pacientes que
retornam em menos de 24h sem melhora.

• Esses pacientes devem merecer atenção especial da equipe de classificação de risco e dentro da avaliação
deve ser priorizada , respeitando a situação clínica dos outros pacientes que aguardam atendimento.
OBJETIVOS

Humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidadão que busca os serviços de


urgência/emergência;

Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usuários que demandam os serviços de


urgência/emergência, visando identificar os que necessitam de atendimento médico mediato ou
imediato;

Utilizar o encontro com o cidadão como instrumento de educação no que tange ao atendimento de
urgência/emergência;

Construir os fluxos de atendimento na urgência/emergência considerando a rede dos serviços de


prestação de assistência à saúde.
VAMOS PRATICAR?

1. Fraturas
2. Luxações
3. Torções
4. Asma brônquica em crise
5. Feridas lácero-contusas (causadas pela compressão ou tração dos tecidos) sem grandes hemorragias
6. Corte profundo
7. Acidente de origem elétrica
8. Picada ou mordida de animais peçonhentos
9. Queimaduras
10. Afogamentos
11. Hemorragia (forte sangramento)
12. Infarto do miocárdio (dor forte no peito)
13. Dificuldade respiratória
14. Derrames, perda de função e/ou dormência nos braços e pernas
15. Inconsciência/desmaio
VAMOS PRATICAR?

17. Intoxicação por alimento ou medicamento


18. Sangue no vômito, urina, fezes ou tosse
19. Grave reação alérgica
20. Febre alta permanente
21. Convulsões, dores intensas no peito, abdômen, cabeça e outros
22. Agressões físicas
23. Acidentes de carro, moto, atropelamento e quedas
24. Transtornos psiquiátricos
25. Dor abdominal de moderada intensidade
26. Retenção urinária em pacientes idosos
27. Febre maior que 38 graus há pelo menos 48h que melhora com antitérmicos mas retorna antes de
completarem-se 4h da tomada do antitérmico
28. Mais de um episódio de vômito em até 12h
Imagine que você recebe o seguinte paciente : Sexo masculino de 40 anos,
em sua unidade de saúde apresentendo desconforto respiratório grave.
Apresenta histórico de asma e problemas cardíacos. No exame clínico, você
observa que ele está com a respiração ineficaz, com cianose de
extremidades, agitado e com saturação de O2 de 89% pelo oxímetro de
pulso. SSVV: PA: 220/140mmHg; P: 150 bpm; 38 irpm.

Como classificaria este paciente?


REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM 1863, 2 9 / 0 9 / 2 0 0 3 . Política Nacional de Atenção às


Urgências e Emergências. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2003a.
Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de
Gestão da Educação na Saúde, Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de
Enfermagem Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde do adulto,
assistência cirúrgica, atendimentode emergência. 2ª edição, 1ª reimpressão. - Brasília: Ministério da
Saúde; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. A rede de atenção à urgência e emergência. Abril, 2012.

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